Aeronáutica destrói pistas de pouso clandestinas no Pará

KÁTIA BRASIL
daAgência Folha, em Manaus

A FAB (Força Aérea Brasileira) utilizou seis caças AMX para bombardear quatro das oito pistas clandestinas abertas na tríplice fronteira entre o Brasil, Guiana e Suriname por traficantes de drogas e armas. Os caças foram deslocados do Rio de Janeiro.

A manobra que ocorreu entre terça-feira e anteontem na serra do Acaraí, ao norte do Pará, fez parte da segunda fase da operação Guisu [iniciais de Guiana e Suriname] da Polícia Federal.

Segundo a PF, nas pistas da serra do Acaraí os traficantes trocam drogas e armas com guerrilheiros e também enviam cocaína para o Sudeste do Brasil e países da Europa e Estados Unidos.

A terceira fase da operação Guisu na região começa no dia 29 de novembro, quando a PF explodirá com dinamite as outras quatro pistas na mesma região, mas sem a participação dos caças da FAB.

A Agência Folha apurou que nessa fase a Polícia Federal fará incursões no território guianense a pedido daquele governo. A intenção é destruir laboratórios de refino de cocaína de organizações narcotraficantes da Colômbia.

As pistas que foram destruídas foram localizadas na serra do Acaraí por imagens de satélites monitorados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). "Com as imagens detectamos um fluxo de aeronaves. A base de apoio eram essas pistas", disse José Fernandes Sales, superintendente da Polícia Federal do Amazonas.