Comemora-se neste ano o bicentenário de nascimento de Joaquim Le Breton, crítico de arte 'francês, tão característico do neoclassicismo estético de sua época e ligado ao nosso país por nele haver fundado uma Escola de Arte. Nascido aos 7...
moreComemora-se neste ano o bicentenário de nascimento de Joaquim Le Breton, crítico de arte 'francês, tão característico do neoclassicismo estético de sua época e ligado ao nosso país por nele haver fundado uma Escola de Arte. Nascido aos 7 de abril de 1760 em Saint-Meen de Gael na Bretanha, foi o chefe e idealizador da Missão Artística de 1816, que veio para o Rio de Janeiro contratada por D. João VI, a fim de criar-se a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, posteriormente denominada Academia Imperial de Belas Artes e hoje Escola Nacional de Belas Artes. Autor de volumoso Relatório, apresentado a Napoleão em 1808, sôbre o desenvolvimento das Artes na França, a partir de 1789, escreveu também elogios dos escultores Julien, Pajou, Moitte e Claudet, dos compositores Haydn e Gretry, do pintor Vien e de 'outros artistas. Foi secretário perpétuo da classe de Belas Artes do Instituto de França, tendo conhecido Alexandre de Humboldt e outras personalidades de sua época. Sua biografia e as causas de sua vinda para o Brasil foram, em nosso idioma, estudadas pelo historiadores Afonso d'Escragnole Taunay em seu trabalho A Missão Artística de 1816, cuja 1a. edição é de , 1911, vinda à luz na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, LXXIV, 3. A segunda, com modificações, constitui a publicação n.° 18 da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1). Em 1911, Taunay insistira em dizer que a idéia da criação da Escola nascera de portuguêses e brasileiros. Todavia, em 1956 já reconhece, baseado em documentos diplomáticos lusos, que fêz copiar em Portugal, que o idealizador da Missão e da Escola fôra Le Breton, em Paris.