| Zenildo de Lucena | |
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| Dados pessoais | |
| Nascimento | 2 de janeiro de1930 São Bento do Una,PE |
| Morte | 26 de março de2017 (87 anos) Rio de Janeiro,RJ |
| Carreira militar | |
| Força | |
| Anos de serviço | 54 anos (de 28 de fevereiro de 1945 a 1 de janeiro de 1999) |
| Hierarquia | General de exército |
| Comandos |
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| Honrarias | |
Zenildo Gonzaga Zoroastro de LucenaGCMM (São Bento do Una,2 de janeiro de1930 —Rio de Janeiro,26 de março de2017)[2][3][4] foi umGeneral de Exércitobrasileiro, que exerceu o cargo deMinistro do Exército entre 1992 e 1999, sendo o último a ser ministro do Exército antes da extinção deste e posterior criação do Ministério da Defesa.
Zenildo nasceu emSão Bento do Una, município localizado noAgreste Pernambucano, filho da professora Maria Augusta Siqueira de Lucena e do servidor público José Higino Homem de Lucena.
Ingressou naAcademia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1948, sendo declarado Aspirante-a-Oficial da Arma deCavalaria em dezembro de 1950.
Foi o primeiro colocado de sua turma de cavalaria naEscola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e também de sua turma daEscola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Em função desses resultados escolares, foi condecorado com aMedalha Marechal Hermes de prata dourada com duas coroas.[carece de fontes?]
Era ligado aos setores mais nacionalistas do Exército e integrou um grupo de oficiais que apoiou a indicação do GeneralAlbuquerque Lima para suceder o GeneralArtur da Costa e Silva, na Presidência da República. O objetivo do grupo era evitar a indicação do GeneralEmílio Garrastazu Médici, que, no entanto, acabou sendo eleito pelo Congresso Nacional em 25 de outubro de 1969.[5]
Como coronel, comandou o 2º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Rio de Janeiro e, entre 1978 e 1979, aEscola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), emCampinas, entre 18 de fevereiro de 1978 e 23 de junho de 1979.[6]
Foi promovido aGeneral-de-Brigada em 31 de março de 1983 e comandou a da 11.ª Brigada de Infantaria Blindada, também emCampinas, no período de 5 de maio desse ano a 14 de janeiro de 1985.[7]
Entre 25 de janeiro de 1985 e 27 de janeiro de 1987, comandou aEscola de Comando e Estado-Maior do Exército.[8]
Em seguida, foi Chefe do Estado-Maior doII Exército, emSão Paulo, de 3 de fevereiro a 24 de novembro de 1987. Em 25 de novembro deste mesmo ano foi promovido aGeneral-de-Divisão.
Foi, também, Vice-Chefe doEstado-Maior do Exército, emBrasília, no período de setembro de 1989 a março de 1992.[9]
Promovido aGeneral de Exército em 31 de março de 1992, foi Chefe doDepartamento-Geral do Pessoal, entre 2 de abril e 3 de agosto desse ano.[10]
Em seguida, assumiu oComandante Militar do Leste, noRio de Janeiro, de 21 de agosto a 7 de outubro de 1992.[11]
Admitido àOrdem do Mérito Militar, Zenildo foi promovido em julho de 1992 ao grau de Grã-Cruz.[1]
Deixou o cargo no CML para assumir oMinistério do Exército em 9 de outubro de 1992. Permaneceu na função durante o governo do PresidenteItamar Franco e no primeiro mandato presidencial deFernando Henrique Cardoso, até dezembro de 1998.[12][13]
Quando assumiu o Ministério do Exército, quando a jovem democracia brasileira passava pelo seu primeiro teste de fogo.Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto desde 1960, havia sido afastado do cargo. A linha-dura farejou o vácuo de poder e voltou a se agitar nos quartéis. A conspiração foi cortada na raiz. O general Zenildo enquadrou os golpistas, exigiu respeito à hierarquia e garantiu o apoio da caserna ao novo governo de Itamar Franco.
Sua atuação firme foi reconhecida, e ele permaneceu no cargo após a posse de Fernando Henrique Cardoso. No governo tucano, Zenildo voltou a demonstrar talento para controlar crises. Deu aval àLei dos Desaparecidos Políticos e ao pagamento de indenizações a famílias de vítimas do regime militar. Apoiou a criação do Ministério da Defesa, que subordinou as três Forças à autoridade civil. No primeiro volume dos "Diários da Presidência", Fernando Henrique exaltou a competência e a lealdade do oficial. "É discreto, democrata, tem comando e tranquiliza a retaguarda do Exército", escreveu o ex-presidente.[14]
Depois de entregar o Ministério do Exército para o GeneralGleuber Vieira, passou a viver na cidade do Rio de Janeiro, onde morreu em 26 de março de 2017, aos 87 anos.[15]
Zenildo foi casado com Maria Edith Jourdan Lucena, com quem teve duas filhas, Valéria May e Renata Beatriz, e cinco netos.
| Precedido por Carlos Olavo Queiroz Guimarães | 16º Comandante da EsPCEx 1978 — 1979 | Sucedido por José Enaldo Rodrigues de Siqueira |
| Precedido por Eduardo Cesar Lucena Barbosa | 40º Comandante da ECEME 1985 — 1987 | Sucedido por Léo Ulysséa Lebarbenchon |
| Precedido por Geise Ferrari | 37º Chefe do Departamento-Geral do Pessoal 1992 | Sucedido por Edson Alves Mey |
| Precedido por Angelo Baratta Filho | 19º Comandante Militar do Leste 1992 | Sucedido por Romero Lepesqueur |
| Precedido por Carlos Tinoco Ribeiro Gomes | 9º Ministro do Exército 1992 — 1999 | Sucedido por Gleuber Vieira |