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Zacarias de Góis e Vasconcelos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deZacarias de Góis)
Zacarias de Góis
13º, 15º e 18º Presidente do Conselho de Ministros doBrasil
Período3 de agosto de1866
a16 de julho de1868
MonarcaPedro II
Antecessor(a)O Marquês de Olinda
Sucessor(a)O Visconde de Itaboraí
Período15 de janeiro de1864
a31 de agosto de1864
MonarcaPedro II
Antecessor(a)O Marquês de Olinda
Sucessor(a)Francisco José Furtado
Período24 de maio de1862
a30 de maio de1862
MonarcaPedro II
Antecessor(a)O Marquês de Caxias
Sucessor(a)O Marquês de Olinda
Presidente da Província do Paraná
Período19 de dezembro de1853
a3 de maio de1855
Sucessor(a)Teófilo Vitório Ribeiro de Resende
Presidente da Província de Sergipe
Período28 de abril de1848
a17 de dezembro de1849
Antecessor(a)Joaquim José Teixeira
Sucessor(a)Amâncio João Pereira de Andrade
Presidente da Província do Piauí
Período28 de junho de1845
a7 de setembro de1847
Antecessor(a)Francisco Xavier de Cerqueira
Sucessor(a)Marco Antônio de Macedo
Dados pessoais
Nome completoZacarias de Góis e Vasconcelos
Nascimento5 de novembro de1815
Valença,Baía de Todos os Santos
Morte29 de dezembro de1877 (62 anos)
Rio de Janeiro,Município Neutro,Brasil
Alma materFaculdade de Direito do Recife
PartidoConservador
Profissãoadvogado
AssinaturaAssinatura de Zacarias de Góis e Vasconcelos

Zacarias de Góis e Vasconcelos[1] (Valença,5 de novembro de1815Rio de Janeiro,29 de dezembro de1877) foi umadvogado epolítico brasileiro.

Foi presidente das províncias doPiauí,Sergipe eParaná (neste último, o seu primeiro presidente[2]), deputado provincial pela Bahia em 1843, reeleito em 1845 e 1847,presidente da Câmara dos Deputados pelo Paraná em 1864, deputado geral,senador doImpério pela Bahia (de 1864 a 1877),ministro da Marinha (verGabinete Itaboraí I), daJustiça, daFazenda epresidente do Conselho de Ministros por três vezes. Participou da fundação daLiga Progressista em 1864.

Como pensador político, legou para a nação brasileira o livro"Da Natureza e Limite do Poder Moderador".[3] Neste livro, o conselheiro Zacarias faz uma análise doPoder Moderador, sugerindo que seu poder deveria ser reduzido. Foi originalmente publicado em 1860 e reeditado em 1862. Sua veiculação se deu durante o período de maior popularidade deD. Pedro II, causando polêmica pela posição avançada que tinha para a época, ao defender uma diminuição do poder do monarca em favor de um governo parlamentarista mais forte.

Quando presidiu a nova província do Paraná, instalou aAssembléia, inaugurou a sede do governo e ordenou a construção daEstrada da Graciosa, entre outras importantes obras de seu governo.[4]

Foi irmão do magistradoJoão Antônio de Vasconcelos, presidente doSupremo Tribunal de Justiça em 1880.

Vida antes da presidência da Província do Paraná

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Infância, família e educação

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Nasceu em Valença, nolitoral da Bahia, em 5 de novembro de 1815. Naquela época, oReino do Brasil, pertencente aoReino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, era dividido emcapitanias gerais e subalternas, não tendo sido, ainda, declaradoindependente dePortugal.[5]

Era oriundo de umafamília tradicional, filho do capitão Antônio Bernado de Vasconcelos e de Dona Maria Benedita de Assunção. Perdeu o pai quando tinha cinco anos de idade e recebeu educação do conselheiroJoão Antônio de Vasconcelos, sendo Zacarias mais novo que o seu próprio irmão.[5]

Terminou os seus estudos no curso deliceu na cidade deSalvador. Naquele período de estudo, mostrou-se sobremaneira distinto. Após terminar o liceu, Zacarias estudou no curso de letras naFaculdade de Direito do Recife, aliás, Olinda.[5]

Formou-se em leis no dia 22 de novembro de 1837. Desde então, alcançou odoutorado, depois da defesa de suatese, em 1840. Na faculdade em que Zacarias foi formado, foi julgado como elemento importante ao próprio fato de ser brilhante. A faculdade ainda estava à procura de manter Zacarias como membro do seucorpo de alunos. Uma das cátedras de maior dificuldade do curso de direito foi entregue pela mesma faculdade. Uma das cátedras mais difíceis estava vazia há pouco tempo.[5]

A carreira política e seus primeiros passos

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Zacarias de Góis, 1850.
Liceu Piauiense, instituído no governo Zacarias de Góis.

Após ficar pouco tempoestagiando nomagistério, e sendo levado pelos seus pendores, obviamente, para apolítica, ocargo deprofessor foi abandonado por Zacarias, e, embora fosse extremamente jovem, teve ingresso na política comodeputado geral, apenas três anos após se formar. Teve tempo, portanto, de promover intervenção nos temas que diziam a respeito damaioridade deDom Pedro II, e nas discussões mostrou-se muito distinto, deixando ser visto peloparlamento como umestadista de pulso, fundamentalmente um homem de palavra etalento, mas também deautoridade eautocracia.[5]

Já nessa oportunidade não atuava somente no parlamento, no direito, na teoria e na honestidade. Participou daadministração pública. Foi ocupante de pastas que deram muito trabalho. Serviu como organizador de gabinetes comoPrimeiro-Ministro do Brasil. Governou comopresidente dasprovíncias doParaná,Piauí eSergipe.[5]

Na idade de 38 anos, oPartido Conservador, ao qual era afiliado, o escolheu para instalar a Paraná, em 19 de dezembro de 1853. Sendo responsável por dar andamento a essa administração, deu início à vida política. Era exigente em pulso, prudência e sabedoria. Além disso, a responsabilidade de Zacarias era muito sacrificante. Na época em que Zacarias fixou residência com sua jovem esposa há meses, Curitiba contava com mais de mil habitantes, quando o Paraná emancipou-se deSão Paulo.[5]

Além disso, a decisão cabível seria a escolha davila ou cidade para ser acapital da província mais nova do Império do Brasil. Um erro comum, por maior que fosse a leveza, assim na administração como na política, teria bastado para deixar ofuscado o seu nome brilhante.[5]

Contrariamente ao que era possível de acontecer, porém, por tal forma que se houve, Zacarias condicionou-se à apresentação de um modelo que servisse de exemplo para administradores locais, tanto noPiauí, onde deliberou a mudança da capital deParnaíba paraTeresina, como emSergipe, como em especial no Paraná, onde, na verdade, atuou extraordinariamente.[5]

Assembleia Geral do Império do Brasil

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Noparlamento, para a qual participou ativamente e trabalhou durante a mais precoce juventude, ficou famoso como um homem dotado de severidade, austeridade e escrúpulo, ainda que também entrasse na fila da intransigência. Referindo-se ao fato de atuar como inspetor de alunos (na época tem surgido a expressão popular "dar a mão em palmatória", que significa reconhecer os próprios erros) e professor que ensinavadireito, era chamado pelos parlamentares dedecurião, demais vezes "Catão, o Censor". Foi acusado pelos políticos devido ao tratamento de seus companheiros como se fosse professor exigindo trabalho de alunos incompetentes, usando da fala com o dedo para cima.[6]

Talvez sendo criticado por não ser propriamente convicto e zeloso, o fato de ser tradicionalmente honrado pelo seu triunfo era a perfeição do fato de ser moralmente íntegro, que se aliava à grandeza dos méritos intelectuais e competência. Era exagerado quanto ao princípio da autoridade, mas foi permanentemente bem sensato e devido à inegabilidade do seu espírito público, teve, obviamente, capacidade para solucionar os casos de emergência. OJornal do Comércio de 30 de dezembro de 1877, que o Dr. Deolindo Amorim citou na publicação de artigo no mesmo periódico no dia 1º de novembro de 1953, noticiando sobre a morte de Zacarias:[6]

Um futuro historiador do Brasil não poderá, com efeito, narrar os acontecimentos de sua época, sem recordar o nome do Conselheiro Zacarias de Goes e Vasconcelos.[6]
 
O seu biógrafo, estudando-lhe o caráter e as ações, poderá mostrar-se severo com o homem político; mas procedendo com justiça, não negará ao Conselheiro Zacarias de Goes, a homenagem devida a uma inteligência superior, a uma honorabilidade imaculada e a uma rigidez de princípios não muito comuns.[6]
 
Jornal do Comércio.

Nota-se que, já naquela época em que tudo levava ao fato de que os homens de conduta ilibada surtassem com facilidade, e em que tantos políticos tinham severidade e rigidez, rigidamente sendo conduzido por princípios, Zacarias era notado como homem excepcionalmente meritoso.[6]

Era difícil (para ele como para a totalidade dos políticos) de conciliar o casamento dos princípios e a política partidária conveniente e interessada. O destaque no homem público nascido na Bahia quanto ao fato de que era imaculadamente honorável é constituído em dever de elementar justiça.[6]

Outro jornal, aGazeta de Notícias, que o Dr. Deolindo Amorim citou na magnificência do seu artigo a que lhe foi referido. nestes termos foi resumida a biografia do Conselheiro Zacarias:[6]

Em tudo quanto fez, revelou quanto era grande.[6]
 

Grande com efeito, pelo seu caráter espirituoso, cordial e íntegro, ele, obviamente, o foi.[6]

Presidência da Província do Paraná

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Desde o início, cadagoverno necessita de adaptação. Quando ele se inicia, dando começo também para o bem coletivo de um novo tipo de vida, a tarefa torna-se duplamente difícil: auto-adaptação e adaptação do novo governo como função, às necessidades coletivas. Para o Conselheiro Zacarias havia uma variedade de problemas nessa posição: organização com tateamentos e aproximações, experimentação e imposição, na totalidade das esferas de atuação.[7]

A missão, contrariamente, teve dupla dificuldade no sentido político: era necessária a satisfação da província e dando à mostra de que seria possível a sua vida pós-emancipação e com seus meios apropriados, favorecer o reconhecimento de sua missão construtiva pelos políticos. Não seria o dever da expectativa da importância de um governo desse tipo, que daria começo a uma vida administrativa e política com inexistência de meios e tendo tudo a iniciar quanto àadministração. Entretanto, o Conselheiro Zacarias realizou a instalação da província e no governo que inaugurou foi o responsável pela assinatura dos primeiros modelos que aparecem nos atos oficiais. Realizou a montagem da máquina administrativa e ainda que não tivesse, no sentido local, nenhuma experiência em tradição na conservação ou na correção, ou de acordo com a qual pudesse servir de guia, na administração local não foi um presidente que integrou aburocracia, um político dotado de mediocridade que se encarregava do encaminhamento de papéis.[7]

Havia para ele, como para a totalidade dos políticos que o sucediam, a inadiabilidade do expediente que necessitaria despacho e a solução dele, do conselheiro, era deixar aos seguidores, urna forma já precedente, espécie dejurisprudência, de que havia de tomar posse da plenitude e do triunfo da responsabilidade com relação à história local. A tarefa de organização da administração representa dificuldade e muito trabalho e fazer andar os assuntos relacionados à república.[7]

Zacarias de Goes e Vasconcelos mostrou-se, como o primeiro administrador dos negócios públicos da província, um gestor muito capaz. Para ele, era possível dar um empurrão restrito à administração na normalidade de sua rotina, e já teria cumprido, essencialmente, o seu dever. Mas não foi isso o que fez. Buscando influência para o futuro e dando diretrizes, deu-as no melhor e no sentido de maior perfeição. Não hesitava em ser talentoso para exceder a rotina, e ultrapassou tudo a que ele era estritamente obrigado, dando reforço aos créditos competentes que lhe davam sua vida política anterior.[7]

Durante a chegada do Conselheiro Zacarias chegou ao Paraná, aureolou que seus atos não poderiam ser motivo de desonra, a não ser contrariamente, de aumento, de fixação e de engrandecimento. Na sua vinda para a província mais nova doImpério do Brasil, deu por abandonado o cargo deministro da Marinha, que quando tinha 37 anos somente havia sido o ocupante da pasta no ministério conservador de 1852. Na época do império era do parlamento quase sempre que tiveram saída ospresidentes de província. A regra foi confirmada por Zacarias. Havia feito casamento anterior há pouco tempo com Dona Carolina Vieira de Matos Vasconcelos, que nasceu em Paris, e dama de honra, por muito tempo, da Imperatriz DonaTeresa Cristina de Bourbon. Casou-se no dia 7 de outubro de 1853 com a filha de Domingos de Matos Vieira e Joana Carolina Leite de Castro, pessoas que pertenciam à mais alta distinção.[7]

Mas a situação política para ele, durante a tomada dainvestidura (de acordo com a carta imperial de 17 de setembro de 1853), não era das de maior favorecimento. Estava no governo, já no final do mandato, o ministério conservador de 11 de maio de 1852 e a 6 de setembro de 1853 sendo presidente o admirável Visconde de Itaboraí, sob cujas vistas foi determinada a criação da Província do Paraná. OVisconde de Itaboraí consultou Zacarias. Foi aceito por Zacarias que o ministério da Marinha fosse deixado e assim foi. Tratava-se de um posto oferecedor de insegurança. Depois foi instalada a província sob seu governo extremamente brilhante de 19 de dezembro de 1853 a maio de 1855, época em que foi passado o cargo ao Dr.Teófilo Vitório Ribeiro de Resende.[7]

Sem se compromissar com os interesses regionais e as ambições políticas que os partidos de campanário tinham, como foi no caso em que foi escolhida a capital da província, em que foi mantido como juiz de verdade, estranho a pessoas que influenciassem e interviessem, foi obviamente entusiasmante, esperançosa e fiel a chegada de Conselheiro Zacarias ao litoral do Paraná em dezembro de 1853. A declaração feita peloJornal do Comércio de 24 de dezembro de 1853, responsável pela transmissão de impressões epistolares deixadas por um filho da província, foi esta:[7]

Paranaguá é hoje, teatro de grandes festas pela feliz chegada à cidade, da,primeira autoridade comissionada, pelo governo imperial para pôr em execução a lei que manda transformar em província a Comarca de Curitiba.
 
Jornal do Comércio.

Num outro trecho da notícia as impressões são continuadas:[7]

Polido, atencioso, e prazenteiro, S. E. o Sr. Conselheiro Zacarias tem aqui sabido angariar simpatia de todas as pessoas que têm tido o prazer de lhe falar.

Sem perturbação era mantido como o grande estadista no apontamento das condições de acordo com as impressões que ocorreram no primeiro dia: Tinha polidez e amabilidade até o momento de sua retirada da província. Porém, os que sentiram-se iludidos com essa atitude polida, pensando que ela fosse fraqueza, foram tremendamente enganados. Zacarias foi intolerante com os relapsos, ainda que, quando fizessem parte de família ilustre, fossem detentoras de títulos, posições, relações e padrinhos, enquanto ele mesmo só agradava aos políticos, mesmo sendo muito inteligente e útil para o povo.[7]

O sectarismo político que o Conselheiro tinha, em exibição no parlamento, não fez com que Zacarias fosse exteriorizado na presidência da Província do Paraná. Como um político espirituosamente arejado, teve capacidade de fazer a distinção de conveniências e situações que ocorriam e emCuritiba jamais lhe foi notado sequer nenhum resquício de paixão partidária.[7]

Contrariamente da indicação feita por seus antecedentes parlamentares e tribunícios, e teriam o direito de dar previsão, ele foi conservado na beira de competições e de partidarismos como se lhe tivesse competência para a representação do poder moderador de verdade, ao invés de se encarnar no poder executivo.[7]

No primeiro discurso que Zacarias pronunciou em Curitiba, ao dar resposta à fala do presidente da Câmara Municipal, o Conselheiro fez a seguinte declaração:[7]

Se o maligno espírito de partido quebrar a sua fúria ante as considerações do bem público que bradam tão alto pela união dos habitantes do Paraná, se ele se abstiver de manchar a era da instalação da província em escândalo de ambição e egoísmo, terá de ser sem dúvida o seu progresso tão rápido d'ora em diante quanto há sido até hoje, retardado o desenvolvimento de seus consideráveis recursos.
 
Zacarias de Góis e Vasconcelos.

Foi geralmente agradável ao se dar ouvidos às tais expressões e os seus atos sempre foram confirmadas às suas palavras. Foi governante do Paraná vendo à sua frente apenas o bem público e não dando muita importância às tendências partidárias.[7]

Assim que o Conselheiro Zacarias assumiu, as primeiras autoridades que auxiliaram na administração: Augusto Frederico Collin (secretário); Dr. Antônio Manoel Fernandes Júnior (chefe de polícia); João Caetano da Silva (inspetor da tesouraria) assumiram com ele.[7]

No dia seguinte, Zacarias nomeou: Manoel José da Cunha Bittencourt (tesoureiro da fazenda geral) e o Dr. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá (procurador das causas gerais).[7]

Certos dias após a nomeação, o jornal da corte fazia a transcrição de novas impressões de correspondência particular:[7]

O Sr. Conselheiro Zacarias vai cautelosamente estudando os homens e as coisas com tino e perspicácia admiráveis. Sabe acudir com tempo ao reclamo das necessidades públicas. A escolha dos funcionários da província, feita por S. E. tem sabido agradar.

Foi muito bom, de acordo com a possibilidade de ver essas expressões, o ambiente que existiu no início da sua administração. A impressão que sua administração causou na definição de seus passos também foi muito boa. Os deputados provinciais que deveriam entram em reunião em 15 de maio de 1854, só foram realizadores da sessão inicial de 15 de julho daquele ano.[7]

Foi naquela oportunidade que o Conselheiro Zacarias fez a declaração:[7]

Cumpria-me, senhores, ver-nos reunidos o mais cedo possível, para ter nos representantes da província, o apoio de que tanto necessitava; mas correram razões que impeliram-me a usar da faculdade, concedida pelo artigo 24 do ato adicional, de adiar a Assembleia Provincial.
 
Zacarias de Góis e Vasconcelos.

A passagem de Zacarias pela província do Paraná alterou a dinâmica política da região, fazendo com que o Conselheiro tivesse que lidar com a elite local para governar. Neste sentido, tanto liberais como conservadores foram salutares à sua administração. A mobilidade política que lhe era característica, assim como o apoio do marquês de Paraná garantiram seu êxito frente a presidência da província. Ao longo de sua gestão, a cidade de Curitiba foi transformada para sediar a administração provincial, sendo a figura de Zacarias de Góis marcada até os dias atuais na paisagem urbanística por meio de um busto comemorativo instalado na atual Praça Zacarias.[8]

Processo de Vital Maria Gonçalves de Oliveira

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Em 1874, defendeu, como advogado de defesa, o bispo Dom FreiVital Maria Gonçalves de Oliveira noSupremo Tribunal de Justiça, numaQuestão Religiosa entre aIgreja Católica e aMaçonaria e que resultou na prisão de Vital Maria em 1872.[9]

Morte

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Zacarias de Góis e Vasconcelos morreu enquanto ocupava o cargo de senador, no dia 28 de dezembro de 1877, na cidade do Rio de Janeiro.[10]

Gabinete de 24 de maio de 1862

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Mais Informações:Gabinete Zacarias I

Foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro do Império

Gabinete de 15 de janeiro de 1864

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Mais Informações:Gabinete Zacarias II

Zacarias de Góis foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro da Justiça

Gabinete de 3 de agosto de 1866

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Mais Informações:Gabinete Zacarias III

Foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro da Fazenda

Obras

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  • Da natureza e limites do poder moderador. Rio de Janeiro: N. Lobo Vianna, 1860.
  • Da natureza e limites do poder moderador. Rio de Janeiro: Typ. Universal de Laemmert, 1862. (segunda edição).
  • Discursos proferidos no debate do voto de graças de 1865. Rio de Janeiro: Typ. Perseverança, 1865.
  • Discursos proferidos no debate do voto de graças de 1868. Rio de Janeiro: Typ. de João Ignacio da Silva, 1868.
  • Discursos do Sr. conselheiro Zacharias proferidos no Senado na discussão do voto de graças. Bahia: Typ. do Diário, 1869.
  • Discursos proferidos no debate do voto de graças e do orçamento do Império de 1870. Rio de Janeiro: Typ. João Ignacio da Silva, 1871.
  • Discursos proferidos no Supremo Tribunal Justiça na sessão de 21 de fevereiro de 1874. Rio de Janeiro: Typ. do Apostolo, 1874.
  • Discursos Parlamentares. Rio de Janeiro: Typ. da Reforma, 1876.
  • Reforma eleitoral: discursos proferidos no Senado. Rio de Janeiro: Typ. do Diário do Rio de Janeiro, 1876.

Referências

  1. Pela grafia arcaica,Zacarias de Goes e Vasconcellos.
  2. Paraná, 157 anos! Nostalgia (Gazeta do Povo) - acessado em 19 de dezembro de 2010
  3. Vasconcelos, Zacarias de Góis (2002).Zacarias de Góis e Vasconcelos. São Paulo: 34 
  4. Zacarias de Goes Vasconcellos Faculdade de Educação - Unicamp - acessado em 26 de dezembro de 2010
  5. abcdefghiCarneiro, David; Vargas, Túlio (1994).História do período provincial no Paraná. Curitiba: Banestado. p. 57-58 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautores= (ajuda)
  6. abcdefghiCarneiro, David; Vargas, Túlio (1994).História do período provincial do Paraná. Curitiba: Banestado. p. 58-59 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautores= (ajuda)
  7. abcdefghijklmnopqrCarneiro, David (1994).História do período provincial no Paraná. Curitiba: Banestado. p. 60-63 
  8. Santos, Eduardo José Neves (2019).«O desempenho de Zacarias de Góes e Vasconcellos na instalação da província do Paraná: história e memória»(PDF). Centro de Memória – Unicamp (CMU).Anais. IX Seminário Nacional do CMU – Memória e histórias locais: esquecimento, diversidades culturais e identidades. (Anais de Eventos). Consultado em 5 de janeiro de 2020 
  9. «Biografia». Arquivo Nacional. Consultado em 16 de março de 2021 
  10. «Biografia»(PDF). Estudos da Filosofia Brasileira- EFB. Consultado em 16 de março de 2021 

Bibliografia

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  • Cabral, Oswaldo Rodrigues:A História da Política em Santa Catarina Durante o Império. Edição em 4 volumes, organizada por Sara Regina Poyares dos Reis. Florianópolis : Editora da UFSC, 2004.
  • SANTOS, Eduardo José Neves. As múltiplas faces da polêmica liberal: o embate entre Zacarias de Góes, conservadores e progressistas na questão da navegação comercial no Império (1857-1866). 2019. 1 recurso online (249 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP.[1]

Ligações externas

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Precedido por
Francisco Xavier de Cerqueira
Presidente da província do Piauí
1845 — 1847
Sucedido por
Marco Antônio de Macedo
Precedido por
Joaquim José Teixeira
Presidente da província de Sergipe
1848 — 1849
Sucedido por
Amâncio João Pereira de Andrade
Precedido por
Manuel Vieira Tosta
Ministro da Marinha do Brasil
1852 — 1853
Sucedido por
Pedro de Alcântara Bellegarde
Precedido por
Presidente da província do Paraná
1853 — 1855
Sucedido por
Teófilo Vitório Ribeiro de Resende
Precedido por
Marquês de Caxias
Presidente do Conselho de Ministros
24 de maio de 1862 — 30 de maio de 1862
Sucedido por
Marquês de Olinda
Precedido por
José Ildefonso de Sousa Ramos
Ministro dos Negócios do Império do Brasil
1862
Sucedido por
Pedro de Araújo Lima
Precedido por
Marquês de Olinda
Presidente do Conselho de Ministros
15 de janeiro de 1864 — 31 de agosto de 1864
Sucedido por
Francisco José Furtado
Precedido por
João Lins Vieira Cansansão de Sinimbu
Ministro da Justiça do Brasil
1864
Sucedido por
Francisco José Furtado
Precedido por
Marquês de Olinda
Presidente do Conselho de Ministros
3 de agosto de 1866 — 16 de julho de 1868
Sucedido por
Visconde de Itaboraí
Precedido por
João da Silva Carrão
Ministro da Fazenda do Brasil
1866 — 1868
Sucedido por
Joaquim José Rodrigues Torres
Brasão do Império do Brasil (segundo reinado)

Junta governativa sergipana de 1822-18241Manuel Fernandes da Silveira2Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque -Manuel de Deus Machado3Inácio José Vicente da Fonseca -Manuel de Deus Machado -Inácio José Vicente da Fonseca -Manuel de Deus Machado4Joaquim Marcelino de Brito -Manuel de Deus Machado -José Francisco de Meneses Sobral -Joaquim Marcelino de Brito -José Pinto de Carvalho5José Joaquim Geminiano de Morais Navarro6Manuel Ribeiro da Silva Lisboa -Inácio Dias de Oliveira -Sebastião Gaspar de Almeida Boto -Manuel Joaquim Fernandes de Barros7Bento de Melo Pereira -Inácio Dias de Oliveira -Sebastião Gaspar de Almeida Boto -Bento de Melo Pereira8José Mariano de Albuquerque Cavalcanti9José Elói Pessoa -Sebastião Gaspar de Almeida Boto10Joaquim José Pacheco -Sebastião Gaspar de Almeida Boto -Joaquim Martins Fontes11Venceslau de Oliveira Belo -Joaquim Martins Fontes12João Pedro da Silva Ferreira -Joaquim Martins Fontes -João Pedro da Silva Ferreira13João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu -Joaquim Martins Fontes14Sebastião Gaspar de Almeida Boto15Anselmo Francisco Peretti16Manuel Vieira Tosta17José de Sá Bitencourt Câmara -José Francisco de Meneses Sobral18Antônio Joaquim Álvares do Amaral19José Ferreira Souto -José Francisco de Meneses Sobral -João José de Bittencourt Calasans20Joaquim José Teixeira21Zacarias de Góis e Vasconcelos22Amâncio João Pereira de Andrade23José Antônio de Oliveira Silva24Luís Antônio Pereira Franco25Inácio Joaquim Barbosa -José da Trindade Prado -João Gomes de MeloSalvador Correia de Sá e BenevidesJosé da Trindade PradoJoão Dabney de Avelar BroteroManuel da Cunha GalvãoTomás Alves JúniorJoaquim Tibúrcio Ferreira GomesJoaquim Jacinto de MendonçaJoaquim José de OliveiraÂngelo Francisco RamosAntônio Dias Coelho e MeloAlexandre Rodrigues da Silva ChavesAntônio Dias Coelho e MeloCincinato Pinto da SilvaÂngelo Francisco RamosAntônio Dias Coelho e MeloJosé Pereira da Silva MoraisAntônio de Araújo Aragão BulcãoJosé da Trindade PradoEvaristo Ferreira da VeigaJosé da Trindade PradoDionísio Rodrigues DantasFrancisco José Cardoso JúniorAntônio Cândido da Cunha LeitãoDionísio Rodrigues DantasJosé da Trindade PradoLuís Álvares de Azevedo MacedoJoaquim Bento de Oliveira JúniorCipriano de Almeida SebrãoManuel do Nascimento da Fonseca GalvãoCipriano de Almeida SebrãoAntônio dos Passos MirandaCipriano de Almeida SebrãoJoão Ferreira de Araújo PinhoJosé Martins FontesAntônio Francisco Correia de AraújoJosé Martins FontesFrancisco Ildefonso Ribeiro de MenesesRaimundo Bráulio Pires LimaTeófilo Fernandes dos SantosLuís Alves Leite de Oliveira BeloJoão Batista Guimarães SerneHerculano Marcos Inglês de SousaJosé Joaquim Ribeiro de CamposJosé Aires do NascimentoFrancisco de Gouveia Cunha BarretoLuís Caetano Muniz BarretoFerreira BandeiraManuel José de Araújo GóisOlímpio Manuel Santos VitalFrancisco de Paula Prestes PimentelJerônimo Sodré Pereira

Brasão do Império do Brasil (segundo reinado)
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(D. Pedro I)
Período regencial
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(D. Pedro II)
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Bandeira do Brasil (1889-1960)Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Bandeira do Brasil (1889-1960)Período Populista
(4.ª República)
Bandeira do BrasilDitadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6.ª República)
Com a criação doMinistério da Defesa, em10 de junho de1999, o ministro da Marinha passou a ser denominado comandante da Marinha.
  1. Zacarias de Góis e Vasconcelos
  2. Teófilo Vitório Ribeiro de Resende
  3. Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
  4. Vicente Pires da Mota
  5. José Antônio Vaz de Carvalhais
  6. Francisco Liberato de Matos
  7. Luís Francisco da Câmara Leal
  8. José Francisco Cardoso
  9. Antônio Barbosa Gomes Nogueira
  10. Manuel Antônio Ferreira
  11. Sebastião Gonçalves da Silva
  12. José Joaquim do Carmo Júnior
  13. André Augusto de Pádua Fleury
  14. Agostinho Ermelino de Leão
  15. André Augusto de Pádua Fleury
  16. Manuel Alves de Araújo
  17. André Augusto de Pádua Fleury
  18. Agostinho Ermelino de Leão
  19. Polidoro César Burlamaqui
  20. Carlos Augusto Ferraz de Abreu
  21. José Feliciano Horta de Araújo
  22. Carlos Augusto Ferraz de Abreu
  23. Antônio Augusto da Fonseca
  24. Agostinho Ermelino de Leão
  25. Antônio Luís Afonso de Carvalho
  26. Agostinho Ermelino de Leão
  27. Venâncio José de Oliveira Lisboa
  28. Manuel Antônio Guimarães
  29. Frederico José Cardoso de Araújo Abranches
  30. Agostinho Ermelino de Leão
  31. Adolfo Lamenha Lins
  32. Manuel Antônio Guimarães
  33. Joaquim Bento de Oliveira Júnior
  34. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
  35. Rodrigo Otávio de Oliveira Meneses
  36. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
  37. Manuel Pinto de Sousa Dantas Filho
  38. João José Pedrosa
  39. Sancho de Barros Pimentel
  40. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
  41. Carlos Augusto de Carvalho
  42. Antônio Alves de Araújo
  43. Luís Alves Leite de Oliveira Belo
  44. Brasílio Augusto Machado de Oliveira
  45. Antônio Alves de Araújo
  46. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho
  47. Alfredo d'Escragnolle Taunay
  48. Joaquim de Almeida Faria Sobrinho
  49. Antônio Ricardo dos Santos
  50. José Cesário de Miranda Ribeiro
  51. Ildefonso Pereira Correia
  52. Balbino Cândido da Cunha
  53. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
  54. Joaquim José Alves
  55. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá
Brasão do Império do Brasil (segundo reinado)

Império

Manuel Alves BrancoJosé Carlos Pereira de Almeida TorresFrancisco de Paula Sousa e MeloPedro de Araújo LimaJosé da Costa CarvalhoJoaquim José Rodrigues TorresHonório Hermeto Carneiro LeãoLuís Alves de Lima e SilvaPedro de Araújo LimaAntônio Paulino Limpo de AbreuÂngelo Moniz da Silva FerrazLuís Alves de Lima e SilvaZacarias de GóisPedro de Araújo LimaZacarias de GóisFrancisco José FurtadoPedro de Araújo LimaZacarias de GóisJoaquim José Rodrigues TorresJosé Antônio Pimenta BuenoJosé Maria da Silva ParanhosLuís Alves de Lima e SilvaJoão Lins Vieira Cansanção de SinimbuJosé Antônio SaraivaMartinho Álvares da Silva CamposJoão Lustosa da Cunha ParanaguáLafayette Rodrigues PereiraSousa DantasJosé Antônio SaraivaJoão Maurício WanderleyJoão Alfredo Correia de OliveiraAfonso Celso de Assis Figueiredo


República

Tancredo NevesBrochado da RochaHermes Lima

Bandeira do Império do Brasil



Bandeira do Brasil
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Bandeira do primeiro reinado e regênciaPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª República
Bandeira do Brasil (1889-1960)Estado Novo
(3.ª República)
Bandeira do BrasilPeríodo Populista
(4.ª República)
Bandeira do BrasilDitadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6.ª República)
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Indica secretário com atribuições equivalentes ao ministro da Fazenda (órgão extinto durante ogoverno Bolsonaro)
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Câmara dos Deputados
Bandeira do primeiro reinadoPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Joaquim Marcelino de BritoRomualdo Antônio de SeixasVenâncio Henriques de ResendeMartim Francisco Ribeiro de AndradaManuel Inácio Cavalcanti de LacerdaAntônio Paulino Limpo de AbreuJosé Joaquim Fernandes TorresFrancisco Muniz TavaresDias de CarvalhoAntônio Pinto Chichorro da GamaGabriel Mendes dos SantosJosé Ildefonso de Sousa RamosMaciel MonteiroBrás Carneiro Nogueira da Costa e GamaPedro Francisco de Paula Cavalcanti e AlbuquerqueZacarias de Góis e VasconcelosFrancisco José FurtadoCamilo Maria Ferreira ArmondSaldanha MarinhoFrancisco de Paula da Silveira LoboPedro Francisco de Paula Cavalcanti e AlbuquerqueJoaquim Otávio NébiasBrás Carneiro Nogueira da Costa e GamaInocêncio Marques de Araújo GóisManuel Francisco CorreiaPaulino José Soares de SousaCamilo Maria Ferreira ArmondMartinho Álvares da Silva CamposMartim Francisco Ribeiro de AndradaJoão Ferreira de MouraJosé Rodrigues de Lima DuarteAntônio Moreira de BarrosManuel Alves de AraújoAntônio Moreira de BarrosFranklin Américo de Meneses DóriaAndré Augusto de Pádua FleuryDomingos de Andrade FigueiraGomes de CastroHenrique Pereira de Lucena
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª,3.ª e4.ª
Repúblicas
Bandeira do BrasilDitadura militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6ª República)
Controle de autoridade
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