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Winston Churchill

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Churchill" e "Winston Churchill" redirecionam para este artigo. Para o neto, vejaWinston Churchill (1940–2010). Para outros significados, vejaChurchill (desambiguação).
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Sir Winston Churchill
Churchill em 1941
Primeiro-Ministro do Reino Unido
Período10 de maio de1940
a26 de julho de1945
MonarcaJorge VI
Antecessor(a)Neville Chamberlain
Sucessor(a)Clement Attlee
Período26 de outubro de1951
a5 de abril de1955
MonarcasJorge VI
Isabel II
Antecessor(a)Clement Attlee
Sucessor(a)Anthony Eden
Período8 de outubro de1959
a25 de setembro de1964
MonarcaIsabel II
Antecessor(a)David Grenfell
Sucessor(a)Rab Butler
Período28 de outubro de1951
a1 de março de1952
MonarcasJorge VI
Isabel II
Antecessor(a)Manny Shinwell
Sucessor(a)Conde Alexander de Tunis
Período10 de maio de1940
a26 de julho de1945
MonarcaJorge VI
Antecessor(a)Lorde Chatfield
Sucessor(a)Clement Attlee
Período6 de novembro de1924
a4 de junho de1929
MonarcaJorge V
Antecessor(a)Philip Snowden
Sucessor(a)Philip Snowden
Período13 de fevereiro de1921
a19 de outubro de1922
MonarcaJorge V
Antecessor(a)Visconde Milner
Sucessor(a)Duque de Devonshire
Período25 de maio de1915
a25 de novembro de1915
MonarcaJorge V
Antecessor(a)Edwin Montagu
Sucessor(a)Herbert Samuel
Dados pessoais
Nome completoWinston Leonard Spencer-Churchill
Nascimento30 de novembro de1874
Woodstock,Oxfordshire,Inglaterra
Morte24 de janeiro de1965 (90 anos)
Londres, Inglaterra
ProgenitoresMãe:Jeanette Jerome
Pai:Randolph Churchill
Alma materRoyal Military College
(Sandhurst, Berkshire, Inglaterra)
Prêmio(s)Nobel de Literatura(1953)
EsposaClementine Hozier (c. 1908; v. 1965)
Filhos(as)
PartidoConservador(1900–04, 1924–64)
Liberal(1904–24)
Religiãoagnóstico
Profissão
Serviço militar
Serviço/ramo
Anos de serviço1893–1924
GraduaçãoTenente-coronel
ConflitosSegunda Guerra dos Bôeres
Primeira Guerra Mundial

Sir Winston Leonard Spencer Churchill (Woodstock,Oxfordshire,Inglaterra;30 de novembro de1874Londres,24 de janeiro de1965) foi ummilitar,estadista eescritorbritânico que serviu comoprimeiro-ministro doReino Unido de 1940 a 1945, durante aSegunda Guerra Mundial, e novamente de 1951 a 1955. Além de dois anos entre 1922 e 1924, foimembro do Parlamento (MP) de 1900 a 1964 e representou um total decinco círculos eleitorais. Ideologicamenteliberal econômico eimperialista, foi durante a maior parte de sua carreira um membro doPartido Conservador, que liderou de 1940 a 1955. Também foi membro doPartido Liberal de 1904 a 1924.

De ascendência inglesa e americana mista, Churchill nasceu emOxfordshire em umafamília rica e aristocrática. Juntou-se aoExército Britânico em 1895 e viu ação naÍndia britânica, aGuerra Madista e aSegunda Guerra dos Bôeres, ganhando fama comocorrespondente de guerra e escrevendo livros sobre suas campanhas. Eleito deputado conservador em 1900, desertou para os liberais em 1904. No governo liberal deHerbert Henry Asquith, Churchill serviu como presidente da Junta de Comércio eSecretário de Assuntos Internos, defendendo a reforma prisional e a previdência social dos trabalhadores. ComoPrimeiro Lorde do Almirantado durante aPrimeira Guerra Mundial supervisionou aCampanha de Galípoli, mas depois que se provou um desastre, foi rebaixado aChanceler do Ducado de Lancaster. Renunciou em novembro de 1915 e se juntou aos Fuzileiros Escoceses Reais naFrente Ocidental por seis meses. Em 1917 retornou sob o governo deDavid Lloyd George e serviu sucessivamente como Ministro de Munições,Secretário de Estado da Guerra, Estado do Ar e Estado das Colônias, supervisionando oTratado Anglo-Irlandês e política externa britânica no Oriente Médio. Depois de dois anos fora do Parlamento, serviu comoChanceler do Tesouro no governo conservador deStanley Baldwin, retornando alibra esterlina em 1925 aopadrão-ouro em sua paridade pré-guerra, um movimento amplamente visto como criando pressão deflacionária e deprimindo a economia do Reino Unido.

Fora do governo durante seus chamados "anos selvagens" na década de 1930, Churchill assumiu a liderança ao pedir o rearmamento britânico para combater a crescente ameaça domilitarismo naAlemanha Nazista. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, ele foi renomeado Primeiro Lorde do Almirantado. Em maio de 1940, tornou-se primeiro-ministro, substituindoNeville Chamberlain. Churchill formou um governo nacional e supervisionou o envolvimento britânico no esforço de guerra dosAliados contra asPotências do Eixo, resultando navitória de 1945. Após a derrota dos conservadores naseleições gerais de 1945, tornou-selíder da oposição. Em meio ao desenvolvimento daGuerra Fria com aUnião Soviética, alertou publicamente sobre uma "Cortina de Ferro" da influência soviética na Europa e promoveu a unidade europeia. Entre seus mandatos como primeiro-ministro, eleescreveu vários livros contando sua experiência durante a guerra pela qual foi premiado com o PrêmioNobel de Literatura em 1953. Perdeu aeleição de 1950, mas voltou ao cargo em 1951. No seu segundo mandato preocupou-se com as relações exteriores, especialmente asrelações anglo-americanas e a preservação doImpério Britânico. Internamente, seu governo enfatizou a construção de casas e completou o desenvolvimento de uma arma nuclear iniciada por seu antecessor. Com a saúde em declínio, Churchill renunciou ao cargo de primeiro-ministro em 1955, embora permanecesse como deputado até 1964. Após sua morte em 1965, recebeu umfuneral de estado.

Amplamente considerado uma das figuras mais significativas doséculo XX, Churchill continua popular naanglosfera, onde é visto como um líder vitorioso em tempos de guerra que desempenhou um papel importante na defesa dademocracia liberal da Europa contra a disseminação dofascismo.[1][2] Por outro lado, foi criticado por alguns eventos de guerra e também por suas visõesimperialistas, comentáriosracistas e a sua alegada aprovação de violações dedireitos humanos,[3] nomeadamentena Índia.[4]

Início da vida e família

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Infância, adolescência e escolaridade (1874–95)

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Winston Churchill nasceu na casa ancestral de sua família, oPalácio de Blenheim emOxfordshire, em 30 de novembro de 1874, e passou sua adolescência na época do reinado daRainha Vitória, em que o Reino Unido era umasuperpotência. Nascido na rica e aristocrática família doDuque de Marlborough, ramo dafamília Spencer,[5] adotou o nome Churchill como tradição originada por seu tetravôGeorge Spencer-Churchill, 5.º Duque de Marlborough, que usava o nome em sua vida pública,[6] para salientar a relação com o generalJohn Churchill, 1.° Duque de Marlborough.[7] O seu pai,Lorde Randolph Churchill, foi um político de sucesso, tendo servido oPartido Conservador como parlamentar por anos e comoministro da Fazenda do Reino Unido em 1886. A sua mãe,Jennie Jerome, foi umasocialitenorte-americana, filha dofinancistaLeonard Jerome, que detinha uma fortuna multimilionária. O casal se conheceu em agosto de 1873. Ficaram noivos apenas três dias depois, casando-se naembaixada britânica em Paris, em abril de 1874.[8] O casal, mesmo sendo rico, viveu uma vida com excessivas mordomias, gastando além de sua renda. Por isso, estava frequentemente endividado. De acordo com o biógrafoSebastian Haffner, a família original de Churchill era "rica para padrões normais, mas pobre em comparação àqueles ricos".[9]

Churchill, aos sete anos, em 1881

Dos 2 aos 6 anos de idade, viveu emDublim, onde seu avô havia sido indicado comoVice-Rei daIrlanda e empregado seu pai como secretário pessoal. Especula-se que Winston pode ter desenvolvido o seu fascínio por assuntos militares a partir de sua convivência e observação de paradas militares, passando peloÁras an Uachtaráin (então Pavilhão do Vice-Rei),[10][11] muito embora o próprio Churchill relacione a fascinação com a sua coleção de mil soldadinhos de chumbo, o seu brinquedo preferido durante a infância.[12] Nessa época, nasceu o seu irmão mais novo,Jack Churchill. Até os dias atuais, há especulações de que Randolph não era o seu pai biológico, devido aos numerosos pretendentes de Jennie.[13] Durante a maior parte da década de 1880, Randolph e Jennie foram efetivamente afastados, anos durante os quais ela teve muitos pretendentes. Churchill não tinha praticamente nenhum relacionamento com o seu pai; referindo-se a sua mãe, Churchill declarou mais tarde "eu a amava muito — mas à distância". O seu relacionamento com o irmão Jack foi caloroso.[14] EmDublin, os irmãos foram cuidados principalmente por sua babá, Elizabeth Everest.[15] Mais tarde, escreveu que "Tinha sido a minha amiga mais querida e íntima durante os 20 anos em que vivi".[16]

Aos 7 anos, ele foi estudar na St. George's School emAscot,Berkshire; Churchill definiu a época de colégio como "os anos mais desagradáveis e os únicos estéreis de sua vida".[17] Durante esse período, ele não se destacara em nenhuma matéria, salvo emesgrima e na matéria sobrelíngua inglesa, na qual venceu alguns campeonatos colegiais. Churchill narra que "todos seus companheiros, até os mais moços, pareciam, sob todos os pontos de vista, superiores nos esportes e nos estudos".[18] Durante esse período, as visitas à sua família, emWestminster (novo local que sua família escolheu morar) só ocorriam em datas específicas e feriados: Durante o período de férias escolares, ele fez sua primeira viagem ao exterior, ao lado de seus pais e irmão, para Gainsten naÁustria-Hungria.[19]

Devido a problemas de saúde, em setembro de 1884, ele se mudou para a Escola Brunswick emHove; lá seu desempenho acadêmico melhorou muito, mas não a sua conduta.[20] Em abril de 1888, ele foi aprovado por pouco no exame de admissão naHarrow School, nessa escola seu desempenho acadêmico continuou alto (principalmente emhistória), porém informes de comportamento mostram que seus professores o consideravam "impessoal e descuidado".[21] Durante a sua estadia na escola, ele escreveu cartas e poesias que foram publicadas na revista da escola, "Harrovian", e venceu uma competição deesgrima.[22] O seu pai insistiu para que ele estivesse preparado para umacarreira militar, logo os seus 3 últimos anos na Harrow School estiveram mais focados em atividades físicas, pelo que ele teve um mau desempenho na maioria de suas avaliações.[23]

Churchill, aos vinte e um anos, em 1895

Churchill teve ainda enormes dificuldades em aprenderlatim, durante toda a sua mocidade. Por conta do seu desinteresse e de sua dificuldade com a matéria — então obrigatória nas escolas do Reino Unido, logo ele foi enquadrado entre "os mais atrasados em idiomas da turma deHarrow School" e, por conta disso, só poderia aprenderinglês. Todos os outros colegas estudaramlatim,grego e outras línguas, mas Churchill esgotou a matéria da língua inglesa, fato que colaborou com oNobel de Literatura que recebera décadas mais tarde.[24]

Em um feriado que passou no município deBournemouth, em janeiro de 1893, Churchill caiu e ficou inconsciente por 3 dias.[25] Em março do mesmo ano, ele foi contratado para o seu primeiro emprego, em uma escola em Lexham Gardens,South Kensington.[25]

Dificuldades de fala

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Durante sua infância e vida adulta, ele demostrava dificuldade em pronunciar a letra "S" e a letra "Z".[26] Tal limitação fazia com que suas notas durante a fase escolar fossem constantemente abaixo da média.[27]

Vários autores das décadas de 1920 e 1930 mencionam a dificuldade de fala de Churchill como "grave e agonizante".[28] Os seus discursos eram preparados para evitar hesitações e diminuir o efeito de sua dificuldade.[27] A esse respeito, Churchill afirmou que a sua dificuldade não o atrapalhava.[29]

Vida adulta

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Opalácio de Blenheim, emOxfordshire, Reino Unido, foi o lar de Churchill durante sua infância

Carreira Militar: 1895-1899

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Após duas tentativas frustradas de ingressar naReal Academia Militar de Sandhurst, Churchill tentou uma terceira vez, sendo nessa a que obteve o esperado sucesso. Pouco depois de terminar Sandhurst, o seu pai morreu. Isto o levou a acreditar que os membros de sua família inevitavelmente morriam jovens.[30] Em fevereiro de 1895, Churchill foi chamado para servir comosegundo-tenente em um regimento da cavalaria do Exército Britânico, conhecido comoHussardos da Quarta Rainha, localizado emAldershot.[31] Em outubro deste mesmo ano, foi à ilha de Cuba — à época colônia espanhola — para ser correspondente doDaily Graphic e enviar reportagens sobre aGuerra de Independência Cubana.[32]

A carreira militar de Churchill foi movida por uma grande ambição política. Desde muito cedo interessava-se por debates e tinha ambição de participar destes. Escreveu à mãe em 29 de agosto de 1897, quando estava a caminho da Índia, que sentia "que o fato de ter feito serviço militar com tropas britânicas quando era jovem me dará mais peso político. Deve aumentar as minhas pretensões de ser ouvido e pode talvez melhorar minhas perspectivas de obter popularidade no país".[33]

Participou naGuerras dos Bôeres como jornalista, onde foi capturado e na noite de 12 de dezembro de 1899 conseguiu fugir, alcançando aÁfrica Oriental Portuguesa e finalmenteDurban (controlada pelos ingleses) em 23 de dezembro desse ano.

Durante aPrimeira Guerra Mundial, foiPrimeiro Lord do Almirantado e, portanto, o principal responsável do desastre dacampanha de Galípoli.

Carreira literária

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A carreira literária de Churchill começou cedo. Em 1897, ele havia começado a escrever um romance político utópico que se passava numa República fictícia, onde expôs todas as suas visões e opiniões políticas. Abandonou quando foi para a Índia.[33] Suas primeiras obras publicadas foram os relatos da campanha: "A História do Campo de Malakand Force" (1898) e "A Guerra do Rio" (1899), respectivamente uma da campanha no Paquistão e outra naBatalha de Ondurmã.[34]

Em 1900, ele publicou o seu único romance,Savrola e, 6 anos depois, a sua primeira grande obra, a biografia de seu pai,Lorde Randolph Churchill.[34]

Vida política

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Winston Churchill, em "10 Downing Street", exibindo o "V" de vitória

Também em 1900, tornou-se um membro do Parlamento,[34] eleito aos 26 anos peloPartido Conservador. Tendo passado para os liberais, foi subsecretário das colônias em 1905 e membro pleno do Gabinete como ministro do Comércio, três anos mais tarde.Primeiro Lorde do Almirantado naPrimeira Guerra Mundial, teve de renunciar depois da desastrada expedição dos Dardanelos. Depois de servir na frente de combate na França, retornou ao governo como ministro do Material Bélico, voltando ao Partido Conservador em seguida e se tornando ministro das Finanças, após a guerra.

Churchill, como Secretário do Interior, em 1910, enviou batalhões de policiais de Londres e ordenou que atacassem os mineiros grevistas em Tonypandy, no sul do País de Gales; um deles foi morto e quase 600 grevistas e policiais ficaram feridos. Mais tarde, ele assumiu o comando operacional da polícia durante um cerco de anarquistas letões armados em Stepney, onde decidiu permitir que eles fossem queimados até a morte em uma casa onde estavam presos.[35]

Noperíodo entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, naCâmara dos Comuns, por uma violenta crítica aonazismoalemão, rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que o Reino Unido não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser reconduzido ao posto de Primeiro Lord do Almirantado (setembro de 1939) e depois a ser nomeadoprimeiro-ministro, nove meses após ainvasão da Polônia porAdolf Hitler em setembro de 1939 e consequentedeclaração de guerra àAlemanha pelo Reino Unido, em função do tratado de defesa mútua assinado com aPolônia.

Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico,[34] contando 65 anos de idade. Os seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e a sua crescente aproximação com o então presidente americanoFranklin D. Roosevelt, visando a que osEstados Unidos ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados.

Never was so much owed by so many to so few (Nunca tantos deveram tanto a tão poucos).

Winston Churchill, 20 de agosto de 1940,
em agradecimento aos integrantes daRAF
pela vitória naBatalha da Grã-Bretanha.[36]

Never was so much owed by so many to so few ("Nunca tantos deveram tanto a tão poucos"): célebre frase de Churchill, num cartaz de propaganda.[36]

O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova suprema, que significaram os bombardeios sistemáticos daAlemanha sobreLondres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeios, em 20 de julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um graveatentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizargás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos, abandonando a ideia ao final.[37] Nessa época, ele comandava o país de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs deitado na cama, tomando banho em um cômodo separado de seu quarto, de forma tal que às vezes oficiais britânicos encontravam-no andando pelo prédio seminu e molhado.[37] A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo umcoquetel deuísques, apavorava seu médico.[37]

Apesar da vitória naSegunda Guerra Mundial, em 1945 osconservadores de Churchill perderam as eleições para os trabalhistas, liderados porClement Attlee, que se tornou primeiro-ministro. Em 1951, em razão de vitória por ampla maioria dos conservadores nas eleições daquele ano,[34] Churchill voltou ao cargo de primeiro-ministro; tinha então 76 anos de idade.

Recebeu oNobel de Literatura de 1953,[38] por suas memórias de guerra (cinco volumes, também disponível nas livrarias em versão condensada, em volume único) e seu trabalho literário e jornalístico, anterior aos tempos de primeiro-ministro. Na ocasião, ele foi saudado como o maior dos britânicos vivos. Foi o primeiro a cunhar o termo "cortina de ferro" para ilustrar a separação entre aEuropa comunista e a ocidental.

A 1 de março de 1955, Churchill proferiu o seu último discurso na Câmara dos Comuns comochefe de governo, intitulado "Jamais desesperar", anunciando a sua renúncia aomandato de primeiro-ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco deguerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de morrer. Nos últimos anos de vida parlamentar, teve atuação discreta, proferindo discursos apenas ocasionalmente.

NoQuênia (Revolta dos Mau-Mau), Churchill dirigiu as políticas envolvendo a realocação forçada de pessoas locais das terras altas férteis para dar lugar a colonos brancos e ao encarceramento de mais de 150 000 homens, mulheres e crianças em campos de concentração. As autoridades britânicas usaram estupro, castração, cigarros acesos em pontos sensíveis e choques elétricos para torturar quenianos.[35]

Em 21 de junho de 1955, foi inaugurada pela prefeitura deLondres a estátua de Churchill com a presença dele próprio. Em 1963, aos 89 anos, foi homenageado com o título decidadão honorário dosEstados Unidos pelo então presidenteJohn Kennedy. Não podendo receber a homenagem emWashington em razão de estado de saúde precário, foi representado pelo seu filho Randolph.

Morreu em Hyde Park Gate em Londres, a 24 de janeiro de 1965, vítima de um último e derradeiro derrame. Está sepultado na St Martin's Church,Bladon,Oxfordshire naInglaterra.[39]

Ideais

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Sepultura, St Martin's Church, Bladon

Apesar da carreira política de Churchill ter sido marcada por posições de destaque no seio do governo britânico em ambas as grandes guerras doséculo XX, pela análise aos seus discursos verifica-se sempre uma busca pelapaz, tendo chamado aSegunda Guerra Mundial de "a guerra desnecessária", defendendo a ideia de que os países europeus deveriam ter impedido aAlemanha de recompor suas forças armadas antes da guerra, visando evitá-la. Churchill acreditava que a entrada dosEstados Unidos na guerra era essencial para a derrota donazismo, criando grandes laços com os Estados Unidos e com o presidenteFranklin Roosevelt. Fez com este diversos contatos, entre eles a concepção daCarta do Atlântico em 1941. Apesar de ser incondicionalmente antinazista,[37] segundo Paul Gray, jornalista da TIMES, em seu artigo em 11 de maio de 1999, ele cita e acusa Churchill como defensor dahigiene racial.[40]

Churchill foi influenciado e um grande apreciador deEdward Gibbon, autor deA História do Declínio e Queda do Império Romano.[41]

Churchill era também um apaixonado pela pintura,[34] tendo escrito um livro sobre pintura[34] e dito que, "Quando eu chegar ao céu, pretendo passar uma parte considerável do meu primeiro milhão de anos pintando...".[42] Em 2007, o jornalista Stephen McGinty lançou o livro "Churchill's Cigar", um caso de amor e paz e na guerra, no qual relata uma história encantadora sobre um caso de amor que se consumia diariamente na fumaça. Churchill era um apaixonado por charutos, de preferência cubanos, os quais consumia diariamente.

Produção literária

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Winston Churchill recebeu em 1932 a aprovação de um médico para beber álcool "ilimitado" nosEstados Unidos, durante a era daLei Seca.

Churchill foi um escritor prolífico, tendo publicado sob o nome literário deWinston S. Churchill; recebeu oPrêmio Nobel da Literatura em 1953 pelos seus inúmeros trabalhos publicados, especialmente a sua obra de seis volumesThe Second World War (A Segunda Guerra Mundial). Na cerimônia de entrega, o Nobel foi justificado "pelo seu domínio da descrição histórica e biográfica, bem como pela brilhante oratória na defesa exaltada dos valores humanos".[34]

A primeira obra de Churchill como escritor foi para uma série de cinco artigos sobre aGuerra de Independência Cubana noThe Graphic, em 1895, o ano da morte do seu paiLorde Randolph. Durante o resto de sua vida, a escrita foi a sua principal fonte de renda. Quase sempre bem pago como autor, ele escreveu um número estimado entre oito e dez milhões de palavras em mais de 40 livros, milhares de artigos de jornais e revistas[43] e, pelo menos, dois roteiros de cinema.[44]

É objeto de confusão com o romancista norte-americano homônimo e seu contemporâneo: o escritor americano ainda é ocasionalmente confundido com o Churchill britânico. Os romances do Churchill "americano" são muitas vezes erradamente atribuídos ao Churchill "britânico" ou, pelo menos, listado com obras deste último, especialmente por livreiros. O britânico Churchill escreveu apenas um romance,Savrola, sendo mais conhecido por suas histórias populares.[45]

Churchill, após tomar conhecimento dos livros do Churchill americano, então, muito mais conhecidos do que os dele, escreveu-lhe sugerindo que ele iria assinar suas próprias obras "Winston S. Churchill", usando o seu nome do meio, "Spencer", para diferenciá-los.[46] Essa sugestão foi aceita em uma carta de resposta.[47]

Estátua de Churchill naPraça do Parlamento emLondres

O seu primeiro livro publicado foiThe Story of the Field Force Malakand,[48] onde ele detalha a campanha militar britânica na sua antiga província deNorth-West Frontier Province em 1897, uma zona geográfica que agora faz parte doPaquistão e doAfeganistão.

O segundo livro de Churchill,The River War,[49] descreve a reconquista britânica doSudão. Foi escrita em 1899, quando ele ainda era um oficial do exército britânico. O livro fornece uma história do envolvimento britânico no Sudão e do conflito entre as forças britânicas lideradas porLorde Kitchener e os jihadistasislâmicos liderados por um autoproclamado segundo profeta do IslãoMaomé Amade, que tinha iniciado uma campanha para conquistar o Egipto, expulsar os infiéis não muçulmanos e abrir caminho para a segunda vinda do Profeta. Churchill esteve presente naGuerra Madista, que é descrita no livro.

O romanceSavrola, escrito antes e após a campanha Malakand, é a única obra de ficção de Churchill. É um trabalho em grande parte convencional no seu género, com uma trama centrada numa revolução na "Laurania", um estado europeu fictício. Crê-se que alguns dos seus personagens foram modelados em membros da sua família.

De Londres a Ladysmith via Pretória (London to Ladysmith via Pretoria) é um livro escrito por Winston Churchill publicado pela primeira vez em 1900. É um registo de impressões pessoais de Churchill durante os primeiros 5 meses daSegunda Guerra dos Bôeres. Inclui um relato da libertação do cerco a Ladysmith (cidade da África do Sul) e também a história da captura de Churchill pelosbôeres e a sua fuga dramática para Moçambique. O livro é dedicado ao Pessoal dos Caminhos de Ferro da Província doNatal naÁfrica do Sul.

Ian Hamilton's March (A Marcha de Ian Hamilton) é uma descrição das suas experiências ao acompanhar oexército britânico durante aSegunda Guerra dos Bôeres, como continuação dos acontecimentos relatados emDe Londres a Ladysmith via Pretória. O livro é uma colectânea de reportagens originalmente publicadas em jornal. Retornado da guerra, Churchill tratou de publicá-las em conjunto num livro que apareceu em maio de 1900 publicado por Longmans, tendo acabado por vender 8 mil exemplares. Em 1930, Churchill produziu uma autobiografia,Os Meus Primeiros Anos, que também tinha vários capítulos dedicados à sua experiência na guerra dos Bôeres. O general Ian Hamilton comandou o exército britânico que percorreu 400 milhas de Bloemfontein a Pretória, travando com as forças Boer dez grandes batalhas (incluindo a batalha de Rooiwal) e catorze menores.

The World Crisis (A Crise Mundial) é a análise por Winston Churchill daPrimeira Guerra Mundial, originalmente publicada em cinco volumes (normalmente confundidos com seis volumes, pois o Volume III foi publicado em duas partes). Publicada entre 1923 e 1931, em muitos aspectos prefigura a sua obra mais conhecidaA Segunda Guerra Mundial.A Crise Mundial é simultaneamente analítica e, em algumas partes, uma justificação por Churchill do seu papel na guerra. Churchill tem a fama de ter dito sobre este trabalho que "não é história, mas uma contribuição para a história".[50]

Os Meus Primeiros Anos (My Early Life: A Roving Commission), também conhecido nos EUA comoA Roving Commission: My Early Life (Uma Comissão Errante: Os Meus Primeiros Anos), é um livro de Winston Churchill de 1930. É uma autobiografia desde o seu nascimento em 1874 até aproximadamente 1902. O livro descreve inicialmente a sua infância e os tempos de escola, delineando o contexto para os relatos seguintes. Depois uma parcela significativa do livro cobre as suas experiências naSegunda Guerra Boer de 1899 a 1902, incluindo ainda relatos de outras campanhas sobre as quais tinha escrito anteriormente como a relativa à reconquista doSudão e a campanha em Malakand no que é hoje oPaquistão. Foi traduzido em treze línguas, tem sido considerado por alguns como o seu melhor livro e uma das obras mais notáveis doséculo XX. Martin Gilbert, o biógrafo oficial de Churchill, menciona-o apenas uma vez, tendo escrito:

Churchill começou a elaborar ainda um outro livro,Thoughts and Adventures, uma colectânea de artigos de jornal que ele tinha escrito nos últimos 20 anos, e sobre as suas aventuras a voar, a sua queda de avião, a pintura como passatempo, a escapada de morte certa na frente ocidental, desenhos animados e cartunistas, eleições e a economia.

Martin Gilbert[51]

Neste livro, ele expõe o seu pensamento sobre o estado das questões modernas. Discute a ameaça do progresso científico, designadamente o desenvolvimento das armas nucleares. Também discute os efeitos das civilizações de massa sobre a natureza humana.[52]

Great Contemporaries (Grandes Contemporâneos) é um conjunto de 25 ensaios biográficos curtos sobre pessoas famosas, escritos por Winston Churchill. O conjunto original de 21 ensaios publicado em 1937 foi escrito principalmente entre 1928 e 1931. Quatro foram adicionados para a edição de 1939,John Fisher,Charles Stewart Parnell,Baden-Powell eFranklin D. Roosevelt.[53] Em 1941, os ensaios sobreBoris Savinkov eLeon Trótski foram retirados de edições publicadas naquela época, uma vez que tinham sido adversários deJosef Stalin, que como líder daUnião Soviética era então oficialmente aliado da Grã-Bretanha contra a Alemanha nazi naSegunda Guerra Mundial, e o artigo sobre Roosevelt foi removido em 1942 quando os EUA também se tornaram oficialmente aliados da Grã-Bretanha tendo Roosevelt como Presidente. A edição depois da guerra de Odhams de 1947 reincorporou estes três ensaios. Outras personalidades foram ocaiserGuilherme II,George Bernard Shaw,Joseph Chamberlain,John French,John Morley,Hindenburg,Herbert Henry Asquith,Lawrence da Arábia, MarshalFoch,Afonso XIII,Douglas Haig,Arthur James Balfour,Adolf Hitler,George Nathaniel Curzon,Philip Snowden,Clemenceau, eJorge V.

A Segunda Guerra Mundial é uma história em seis volumes do período que vai do fim da Primeira Guerra Mundial até julho de 1945. Foi a obra mais ambiciosa de todas as publicadas por Churchill, a qual iria consumir uma grande parte da sua vida, após a derrota nas eleições de 1945 do pós guerra. O primeiro volume foi publicado em 1948, mas o trabalho apenas foi terminado em 1953.

Uma História dos Povos de Língua Inglesa é uma história em quatro volumes do Reino Unido e das suas antigas colônias e possessões em todo o mundo, cobrindo o período desde a invasão da Grã-Bretanha porCésar (55 a.C.) até ao início daPrimeira Guerra Mundial (1914).[54] Iniciado em 1937, foi finalmente publicado em 1956-58, tendo sido adiado várias vezes pela guerra e pelo seu trabalho noutros textos. Este trabalho foi uma das obras de Churchill mencionadas na sua citação dePrémio Nobel da Literatura.[55]

Ideologia política

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Dwight Eisenhower e Churchill realizam disparos com carabinasM1 durante os preparativos daOperação Overlord. O generalOmar Bradley é visto à direita de Churchill, inspecionando o armamento.

Churchill era um político de carreira, sendo descrito pelo biógrafo Robert Rhodes James como um homem "que se dedicaria por toda a sua vida adulta à profissão da política".[56] Na visão de James, Churchill era "fundamentalmente um homem muito conservador" e que este "conservadorismo básico era uma característica notável de suas atitudes políticas".[57] Gilbert descreveu Churchill como sendo "liberal em sua visão" durante toda a sua vida,[58] embora Jenkins pensasse que "há espaço para discussões sobre se ele foi sempre um liberal filosófico enraizado".[59]

Gilbert descreveu Churchill como "um radical" que acreditava que o Estado era necessário para garantir "padrões mínimos de vida, trabalho e bem-estar social para todos os cidadãos".[60] Muitos liberais duvidaram da convicção de seu radicalismo, quando se tratava de reforma social.[61] Os discursos de Churchill sobre o liberalismo enfatizavam a retenção da estrutura social existente na Grã-Bretanha e a necessidade de "gradualidade" em vez de mudança revolucionária;[62] ele aceitou e endossou a existência de divisões de classe na sociedade britânica.[63] Churchill buscou a reforma social não por um desejo de desafiar a estrutura social existente, mas por uma tentativa de preservá-la.[64] Charles Masterman, um reformador liberal que conheceu Churchill, afirmou que este "desejava na Inglaterra, um estado de coisas em que uma classe superior benigna distribuía benefícios a uma classe trabalhadora industriosa,bien pensant e grata".[61] Na visão de Jenkins, o passado privilegiado de Churchill impedia-o de ter empatia pelos pobres e, em vez disso, "simpatizava com eles do alto".[65] Como ministro, Churchill se engajou na retórica anti-socialista,[66] e procurou claramente diferenciar o socialismo do liberalismo.[67]

Liberalismonão éSocialismo e nunca será. Há um grande abismo fixado. Não é um abismo de método, é um abismo de princípio… O Socialismo procura derrubar ariqueza; o Liberalismo procura levantar apobreza. O Socialismo destruiria interesses privados; o Liberalismo preservaria os interesses privados da única maneira pela qual eles podem ser seguramente e justamente preservados, ou seja, reconciliando-os com o direito público. O Socialismo mataria aempresa; o Liberalismo salvaria a empresa dos obstáculos do privilégio e da preferência … O Socialismo exalta a regra; o Liberalismo exalta o homem. O Socialismo ataca ocapital; o Liberalismo ataca omonopólio.

Winston Churchill sobre Liberalismo e Socialismo, 14 de Maio de 1908[68]

Embora Churchill tenha perturbado os reisEduardo VII eJorge V em sua carreira política, ele sempre permaneceu um monarquista firme,[69] exibindo uma visão romantizada da monarquia britânica.[70] Jenkins descreveu a oposição de Churchill ao protecionismo como sendo baseada em uma "profunda convicção",[71] embora durante sua carreira política muitos questionassem a sinceridade das crenças antiprotecionistas de Churchill.[72] Embora, como Secretário do Interior, considerasse as execuções sancionatórias como uma de suas tarefas mais emocionalmente exigentes, ele não endossou a abolição da pena de morte.[73]

Churchill exibiu uma visão romantizada do Império Britânico.[70] Churchill estava bem-disposto aosionismo.[74]

Relações com os partidos políticos

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James descreveu Churchill como tendo "nenhum compromisso permanente com qualquer" partido, e que suas "mudanças de lealdade nunca foram desconectadas de seus interesses pessoais".[75] Ao fazer campanha para seu assento no Oldham em 1899, Churchill se referiu a si mesmo como um Conservador e um Tory Democrat;[76] no ano seguinte, ele se referiu aos Liberais como "idiotas, puritanos e fadistas".[72] Em uma carta de 1902 a um colega conservador, Churchill afirmou que tinha "opiniões amplas, tolerantes e moderadas — um anseio por compromisso e acordo — um desdém por hipócritas de todos os tipos — um ódio aos extremistas, sejam eles Jingos ou Pró-Boers; e eu confesso que a ideia de um partido central, mais fresco, mais livre, mais eficiente e, acima de tudo, leal e patriótico, é muito agradável ao meu coração".[77] Este sonho de um "Partido do Centro", que reuniria elementos mais moderados dos principais partidos britânicos — e assim permanecer permanentemente no cargo — era recorrente para Churchill.[78]

Em 1903, ele estava cada vez mais insatisfeito com os Conservadores, em parte devido à promoção que eles faziam do protecionismo econômico, mas também porque atraíra a animosidade de muitos membros do partido e provavelmente estava ciente de que isso poderia ter impedido que ganhasse um cargo no gabinete sob um governo Conservador. O Partido Liberal vinha atraindo um apoio crescente, e assim a sua deserção também pode ter sido influenciada pela ambição pessoal.[79] Numa carta de 1903, ele se referiu a si mesmo como um "Inglês Liberal … Eu odeio o Partido Conservador, seus homens, suas palavras e seus métodos".[80] Jenkins observou que, com Lloyd George, Churchill formou "uma parceria de radicalismo construtivo, dois Novos Liberais que reformaram a sociedade e que deram as costas à velha tradição Gladstoniana de se concentrar em questões políticas libertárias e deixar as condições sociais cuidando de si próprias".[81]

Ao longo de sua carreira política, o relacionamento de Churchill com o Partido Conservador foi tempestuoso.[63]

Imperialismo e visões raciais

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As avaliações do legado de Churchill são amplamente baseadas em sua liderança do povo britânico na Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, suas opiniões pessoais sobre império e raça continuam a gerar debates. Churchill era um imperialista e monarquista ferrenho e exibia consistentemente uma "visão romantizada" tanto do Império Britânico quanto do monarca reinante, especialmente deElizabeth II durante seu último mandato como primeiro-ministro.[82][83]

Churchill foi umimperialista emonarquista convicto e exibiu consistentemente uma "visão romantizada" tanto do Império Britânico quanto do monarca reinante, especialmente durante seu último mandato como primeiro-ministro.[84][85][70] Churchill foi descrito como um "imperialista liberal"[86] que via o imperialismo britânico como uma forma dealtruísmo que beneficiava os seus povos súditos.[87] Ele defendeu contra o autogoverno negro ou indígena na África, na Austrália, no Caribe, nas Américas e na Índia, acreditando que o Império Britânico promovia e mantinha o bem-estar daqueles que viviam nas colônias.[88]

De acordo com Addison, Churchill se opôs à imigração da Commonwealth.[89] Addison afirma que Churchill se opôs aoantissemitismo (como em 1904, quando criticou ferozmente a proposta de lei sobre estrangeiros) e argumenta que nunca teria tentado "incitar a animosidade racial contra os imigrantes ou perseguir as minorias".[90] Na década de 1920, Churchill apoiava o sionismo, mas acreditava que ocomunismo era o produto de uma conspiração judaica internacional.[91] Embora esta crença não fosse única entre os políticos britânicos da época, poucos tinham a estatura de Churchill,[92] e o artigo foi criticado pelo The Jewish Chronicle da época.[93]

Churchill fez uma série de comentários depreciativos sobre etnias não-brancas ao longo de sua vida. O historiador Philip Murphy atribui em parte a força desse vitríolo a um "desejo quase infantil de chocar" seu círculo íntimo.[94] A resposta de Churchill à fome de Bengala foi criticada por alguns contemporâneos como lenta, uma controvérsia posteriormente aumentada pela publicação de comentários privados feitos ao secretário para a Índia,Leo Amery, nos quais Churchill supostamente disse que a ajuda seria inadequada porque " Os indianos [estavam] se reproduzindo como coelhos".[94][95] Philip Murphy diz que, após a independência da Índia em 1947, Churchill adotou uma postura mais pragmática em relação ao império, embora tenha continuado a usar a retórica imperial. Durante o seu segundo mandato como primeiro-ministro, ele foi visto como uma influência moderadora na supressão britânica das insurgências armadas contra o domínio colonial na Malásia e no Quénia; ele argumentou que políticas implacáveis contradiziam os valores britânicos e a opinião internacional.[94]

Vida pessoal

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Religião

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Churchill foi batizado em 27 de dezembro de 1874, na capela doPalácio de Blenheim, e foi criado sob os ideais daIgreja Anglicana;[96] no entanto, suas crenças religiosas como adulto têm sido descritas comoagnósticas.[97] Um artigo acadêmico publicado em 2013 resume as visões religiosas de Winston Churchill:[98]

Não frequentava cultos da igreja regularmente, preferindo agraciar as catedrais apenas em ocasiões do Estado e ritos de passagem. ABíblia que ele leu apenas "por curiosidade" e discussões sobre o dogma da Igreja estavam, por assim dizer, quase no fim de sua lista de afazeres. Além disso, Churchill entrou em um período de fervoranti-religioso durante seus 20 e poucos anos. A sua atitude abrandou quando ele envelheceu, mas oceticismo que ele adotou nunca se dissipou completamente. Parece justo dizer que, em um nível estritamente intelectual, Churchill era umagnóstico. Por outro lado, ele permaneceu simpático à crença religiosa e, em particular, àfé cristã, e tendeu sinceramente a recorrer a seus recursos conforme necessário, independentemente de qualquer contradição lógica com suas dúvidas formais. Os hinos e a adoração que Churchill absorveu em sua juventude incorporaram nele uma conexão emocional e espiritual com aIgreja Anglicana — embora permanecesse longe dos seus ensinamentos. Certa vez, ele descreveu o seu relacionamento com a Igreja como um suporte: ele a apoiou do lado de fora. Era um defensor inflexível da civilização cristã e defendia fervorosamente a necessidade da ética cristã em uma sociedade democrática

Em 1898, numa carta calmamente escrita diante da perspectiva de morte em batalha, ele escreveu à mãe: "Não aceito a fé cristã ou qualquer outra forma de crença religiosa".[99] Em uma carta ao primo, ele se referiu à religião como "um delicioso narcótico" e expressou uma preferência peloprotestantismo sobre ocatolicismo romano, relatando que ele sentia "um passo mais próximo da razão".[100]

Durante a Guerra dos Bôeres, Churchill frequentemente rezava durante o calor da batalha, mas ele admitiu que achava que era uma coisa irracional de se fazer. Ele refletiu que: "A prática [da oração] era confortante e o raciocínio não levava a lugar nenhum. Por isso, agi de acordo com meus sentimentos sem me preocupar em acertar essa conduta com as conclusões do pensamento".[101]

Em 1907, Churchill recebeu uma carta de sua futura cunhada, Lady Gwendoline Bertie, na qual ela suplicou: "Por favor, não se converta aoIslão; notei em sua disposição uma tendência para a orientalização [fascinação pelo Oriente e o Islão], tendências do tipoPaxá, eu realmente tenho".[102] No entanto, Gwendoline pode ter falado de brincadeira, ou a tendência "orientalizadora" dele pode ter sido apenas caprichosa, pois Churchill havia visto o fanatismo muçulmano de perto, durante o seu serviço militar na Campanha do Sudão. EmThe River War (1899), o seu relato do conflito, ele havia escrito aos 24 anos: "Os muçulmanos individuais podem mostrar qualidades esplêndidas… mas a influência da religião paralisa aqueles que a seguem. Nenhuma força retrógrada mais forte existe no mundo".[103] Em Outubro de 1940, no entanto, Churchill deu "aprovação feliz" à alocação do Gabinete de Guerra de 100 mil libras para a construção da Mesquita Central de Londres emRegent's Park.[104]

Animais de estimação

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Churchill era amante dos animais e possuía uma ampla gama de animais, incluindo cães, gatos, cavalos, porcos, peixes e cisnes negros, muitos dos quais foram mantidos emChartwell.[105] Jock Colville contou como Churchill, na época da Segunda Guerra Mundial, como primeiro-ministro, conversava com seus gatos sobre as questões que estava contemplando. Colville presenteou Churchill com o seu último gato, chamado Jock, em seu aniversário de 88 anos e Churchill providenciou para que o Chartwell National Trust sempre abrigasse um gato chamado Jock.[106]

Voluntariado

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Foi Rotariano associado ao Rotary Club de Londres e Rotary Club de Wanstead & Woodford, na Inglaterra.[107]

Casamento e descendência

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Clementine Hozier, esposa de Winston Churchill

Churchill casou-se comClementine Hozier, em setembro de 1908.[108] Eles permaneceram casados por 57 anos.[109] Churchill estava ciente da tensão que a sua carreira política exercia sobre o seu casamento[110] e, de acordo com seu secretário particular Jock Colville, nos anos 1930, teve um breve caso com Doris Castlerosse.[111]

A primeira filha de Churchill, Diana, nasceu em julho de 1909;[112] o segundo filho,Randolph, em maio de 1911.[113] A terceira,Sarah, nasceu em outubro de 1914,[114] e a quarta, Marigold, em novembro de 1918.[115] Esta última morreu em agosto de 1921, desepsia[116] e foi enterrada noCemitério de Kensal Green.[117] Em 15 de setembro de 1922, nasceu a quinta e última filha de Churchill,Mary. Mais tarde naquele mês, Churchill compraram aChartwell House, que seria a sua casa até à sua morte em 1965.[118][119] Segundo Jenkins, Churchill era um "pai entusiasmado e amoroso", mas que esperava demais de seus filhos.[120]

Ascendência

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Ancestrais de Winston Churchill[121]
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
George Spencer-Churchill, 5.º Duque de Marlborough
 
 
 
 
 
 
 
George Spencer-Churchill, 6.º Duque de Marlborough
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Susan Stewart
 
 
 
 
 
 
 
John Spencer-Churchill, 7.º Duque de Marlborough
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
George Stewart, 8.º Conde de Galloway
 
 
 
 
 
 
 
Jane Stewart
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jane Paget
 
 
 
 
 
 
 
Randolph Churchill
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Robert Stewart, 1.º Marquês de Londonderry
 
 
 
 
 
 
 
Charles Vane, 3.º Marquês de Londonderry
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frances Pratt
 
 
 
 
 
 
 
Frances Anne Vane
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sir Henry Vane-Tempest, 2.º Baronete
 
 
 
 
 
 
 
Frances Anne Vane-Tempest
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anne MacDonnell, 2.ª Condessa de Antrim
 
 
 
 
 
 
 
Winston Churchill
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aaron Jerome
 
 
 
 
 
 
 
Issac Jerome
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elizabeth Ball
 
 
 
 
 
 
 
Leonard Jerome
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reuben Murray
 
 
 
 
 
 
 
Aurora Murray
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sarah Guthrie
 
 
 
 
 
 
 
Jennie Jerome
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ambrose Hall
 
 
 
 
 
 
 
Ambrose Hall
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mehitable Beach
 
 
 
 
 
 
 
Clarissa Hall
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
David Wilcox
 
 
 
 
 
 
 
Clarissa Willcox
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anna Baker
 
 
 
 
 
 

Obras literárias

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Referências

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Bibliografia

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Ligações externas

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Precedido por
Josef Stalin
Pessoa do ano
1940
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Precedido por
Neville Chamberlain
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(1ª vez)

1940 — 1945
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1951 — 1955
Sucedido por
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Precedido por
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Prêmio Nobel de Literatura
1953
Sucedido por
Ernest Hemingway
Winston Churchill
Vida
Escritos
Discursos
Legado e
representações
Família
Relacionados
1927–50
1951–75

1951:Mohammed Mossadegh
1952:Isabel II do Reino Unido
1953:Konrad Adenauer
1954:John Foster Dulles
1955:Harlow Curtice
1956:Guerreiros Húngaros pela Liberdade
1957:Nikita Khrushchov
1958:Charles de Gaulle
1959:Dwight D. Eisenhower
1960:Cientistas Americanos:George Beadle /Charles Draper /John Enders /Donald A. Glaser /Joshua Lederberg /Willard Libby /Linus Pauling /Edward Purcell /Isidor Rabi /Emilio Segrè /William Bradford Shockley /Edward Teller /Charles Townes /James Van Allen /Robert Woodward
1961:John F. Kennedy
1962:Papa João XXIII
1963:Martin Luther King Jr.
1964:Lyndon B. Johnson
1965:William Westmoreland
1966:A Geração Abaixo dos Vinte e Cinco
1967:Lyndon B. Johnson
1968:Os Astronautas da Apollo 8:William Anders /Frank Borman /Jim Lovell
1969:A Classe Média Americana
1970:Willy Brandt
1971:Richard Nixon
1972:Henry Kissinger /Richard Nixon
1973:John Sirica
1974:Faisal da Arábia Saudita
1975:Mulheres Americanas:Susan Brownmiller /Kathleen Byerly /Alison Cheek /Jill Conway /Betty Ford /Ella Grasso /Carla Hills /Barbara Jordan /Billie Jean King /Carol Sutton /Susie Sharp /Addie Wyatt

1976–2000
2001–presente

2001:Rudy Giuliani
2002:As Delatoras:Cynthia Cooper /Coleen Rowley /Sherron Watkins
2003:O Soldado Americano
2004:George W. Bush
2005:Os Bons Samaritanos:Bono /Bill Gates /Melinda Gates
2006:Você
2007:Vladimir Putin
2008:Barack Obama
2009:Ben Bernanke
2010:Mark Zuckerberg
2011: O Manifestante
2012:Barack Obama
2013:Papa Francisco
2014:Combatentes do vírusebola: Jerry Brown / Kent Brantly / Ella Watson-Stryker / Foday Gollah / Salome Karmah
2015:Angela Merkel
2016:Donald Trump
2017:Aqueles que Quebraram o Silêncio
2018:Os Guardiões e a Guerra da Verdade:Jamal Khashoggi / Maria Ressa / Wa Lone e Kyaw Soe Oo / Funcionários doThe Capital
2019:Greta Thunberg
2020:Joe Biden /Kamala Harris
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1951:Lagerkvist ·1952:Mauriac ·1953:Churchill ·1954:Hemingway ·1955:Laxness ·1956:Jiménez ·1957:Camus ·1958:Pasternak ·1959:Quasimodo ·1960:Perse ·1961:Andrić ·1962:Steinbeck ·1963:Seféris ·1964:Sartre ·1965:Sholokhov ·1966:AgnonSachs ·1967:Asturias ·1968:Kawabata ·1969:Beckett ·1970:Soljenítsin ·1971:Neruda ·1972:Böll ·1973:White ·1974:JohnsonMartinson ·1975:Montale
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