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Piazza em 1970 | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Wilson da Silva Piazza | |
Data de nascimento | 25 de fevereiro de1943 (82 anos) | |
Local de nascimento | Ribeirão das Neves,Minas Gerais,Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro italiano | |
Altura | 1,75 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Jacaré Capitão | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | volante ouzagueiro | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1962–1963 1963–1978 | Renascença Cruzeiro | 0000000 00566000(40) |
Seleção nacional | ||
1969–1975 | Brasil | 00059000(36) |
Wilson da Silva Piazza (Ribeirão das Neves,25 de fevereiro de1943) é um ex-futebolistabrasileiro que atuava comovolante ouzagueiro.
Quando garoto, em Ribeirão das Neves, tinha simpatia peloVilla Nova, deNova Lima, mas foi noCruzeiro que Piazza viveu os mais áureos anos de sua carreira.
Começou a dar os primeiros chutes no início dadécada de 1960 noRenascença, clube de futebol amador deBelo Horizonte (que também revelouProcópio Cardoso eHilton Oliveira), onde conquistou um campeonato local, em 1962. Em função da contusão do atletaIlton Chaves, o jovem teve a sua oportunidade no Cruzeiro, sendo contratado junto aoRenascença em 1963, aos 20 anos de idade. E não a desperdiçou. Líder nato que era, Piazza recebeu, três anos depois, as bênçãos e a braçadeira decapitão de Carmine Furletti, o então vice-presidente do clube celeste. Foi o maior capitão da história do Cruzeiro: liderou o grupo estrelado por dez anos consecutivos, de 1966 a 1976.[1]
Piazza era conhecido por sair de campo com a camisa ensopada, pois sempre estava em todas as jogadas ofensivas do adversário, pronto a roubar a bola e a servirTostão eDirceu Lopes. Ele conta que ficava incomodado quando saia de campo após atuar improvisado na defesa, pois por ali não molhava a camisa toda, só a parte frontal - a posição de zagueiro não lhe permitia correr atrás da bola, mas apenas tomar conta de um pedaço restrito do campo. Ao lado deNatal, Tostão, Dirceu Lopes,Raul Plassmann e todo o famoso esquadrão celeste das décadas de 1960 e1970, Piazza fez parte do imbatível Cruzeiro campeão daTaça Brasil de 1966, pentacampeão mineiro entre 1965 e 1969 e campeão daCopa Libertadores da América de 1976 contra oRiver Plate.[2]
Piazza era soberano na sua posição de volante: desarmava com facilidade e era um implacável e leal marcador - que o diriaPelé. Nos confrontos entre Cruzeiro eSantos, o camisa 5 era tranquilo e infalível - e letal.
Uma das maiores partidas de Piazza com a camisa azul, se não a maior, foi o jogo contra o Santos em 1966. O time celeste, formado por garotos, enfrentava o poderoso Santos de Pelé e já vencia por 1–0. De repente, um lance mágico na partida: Pelé recuou até o meio-campo pedindo a bola, recebeu e, ao sentir o marcador se aproximar, girou o corpo em um drible que o marcou na carreira, por geralmente deixar seus marcadores humilhados. Pelé, todavia, mal conseguiu ver o eficiente capitão Piazza, que passou sem praticamente tocá-lo, levando consigo a bola e puxando o contra-ataque. O maior jogador de todos os tempos ficou parado, observando o volante azul se distanciar, sem ao menos esboçar alguma reação, tal era a surpresa de encontrar um marcador tão limpo, que jogava com tamanha categoria e eficiência e que ainda desarmava magnificamente. Piazza avançou com a redonda e saiu jogando para Dirceu Lopes, que comandou, junto com Tostão, o show do Cruzeiro.
Como começou a carreira no ataque, Piazza tinha facilidade nas finalizações: marcou 40 gols com a camisa celeste. Isto sem contar seu espírito de liderança e organização, que lhe valeram três convocações para aSeleção Brasileira, entre elas, a inesquecível seleção de 1970, na conquista do tricampeonato mundial. Polivalente que era, Piazza jogou como um quarto zagueiro e, ao lado deBrito, não fez feio com a camisa canarinha. Levantou a taça do tricampeonato.[3]
Atualmente, Piazza é presidente da Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP).[4]
Títulos oficiais:
Títulos não-oficiais: