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| Detalhes | |||
| Corrida | 53.Volta ao País Basco | ||
| Válida para | UCI WorldTour de 2013 | ||
| Etapas | 6 | ||
| Data | 1 – 6 abril 2013 | ||
| Distância | 833,1 km | ||
| País | |||
| Partida | Elgoibar | ||
| Chegada | Beasain | ||
| Nº de equipes | 21 | ||
| Ciclistas que iniciaram | 164 | ||
| Ciclistas que finalizaram | 70 | ||
| Velocidade média | 38,463 km/h | ||
| Official site | Official site | ||
| Classificação final | |||
| Vencedor | |||
| Segundo | |||
| Terceiro | |||
| Prêmio por pontos | |||
| Prêmio de montanha | |||
| Sprints | |||
| Equipes | |||
| ◀2012 | 2014▶ | ||
| Documentação | |||
A53.ª edição daVolta ao País Basco, disputou-se em2013 entre1 e6 de abril, esteve dividida em seis etapas: cinco em estrada e a última emcontrarrelógio, por um total de 833,1 km.
A prova integrou-se noUCI WorldTour de 2013.
O vencedor final foiNairo Quintana (quem também fez-se com a etapa rainha)[1] depois de arrebatar a camisola amarela ao seu compatriotaSergio Henao (finalmente terceiro e vencedor também de uma etapa)[2] na última e decisivacontrarrelógio na localidade guipuzcoana deBeasain na que também lhe arrebatou a camisola cinza da regularidade.[3] Depois desse contrarrelógio final entre eles se situouRichie Porte parceiro de equipa de Henao.[4][5]
Nas outras classificações secundárias impuseram-seAmets Txurruka (montanha[6] e metas volantes)[7] eMovistar (equipas).[8]

Como costuma ser habitual se adiantou parte do percurso ao finalizar aedição anterior.[9] No entanto, com respeito a ditas intenções não finalizou emBiscaia como tinham previsto fazer dando especial protagonismo aGuipúscoa no percurso definitivo anunciado de 23 de março de 2013 com o início emElgoibar, final da 4.ª etapa emArrate (Eibar) e final da prova (final da 5.ª etapa e 6.ª etapa íntegra) emBeasain.[10] Devido a isso se repetiram passo pelos mesmos lugares em diferentes etapas -deixando a um lado acontrarrelógio que sempre se disputa na localidade final da etapa anterior- por exemplo o passo por Elgoibar na 1.ª, 4.ª e 5.ª etapas,[11][12][13] pelo porto de Elgueta (subido por diferentes vertentes) e Vergara na 1.ª, 2.ª e 4.ª etapas,[11][14][12] porEchevarría e o porto de San Miguel na 1.ª e 4.ª etapas[11][12] e porAzpeitia na 1.ª e 5.ª etapas.[11][13]
1.ª etapa
A primeira parte da etapa passou pela comarca do Alto Deva para depois de uma volta voltar aElgoibar para dirigir-se ao duro e estreito porto de Azurki pela vertente de Endoia[15] -que não se subia a nível profissional desde a Volta ao País Basco de 2002 conquanto até 2004 era habitual naEuskal Bizikleta ainda que por outra vertente- a 56,5 km da meta. Depois de finalizar a sua descida em Elgoibar se adentrou na última parte da etapa que conquanto poderiam se produzir reagrupamentos os altos de Kalbario (3.º categoria) e San Miguel (2.ª categoria) cujo cume está situada a 7 km da chegada[11] poderiam evitar a chegada de um grupo numeroso a meta sobretudo se as condições meteorológicas são adversas. A última vez que se chegou a Elgoibar, também depois da passagem por Azurki por essa vertente, foi no primeiro sector da 5.ª etapa de dita edição do 2002 no que apesar do duplo passo posterior pelo porto de Azcárate (2.ª categoria) -que situaram a cume de Azurki a uns 30 km da chegada-[16] chegaram destacados 5 corredores com quase 1 minuto de vantagem sobre o seguinte grupo.[17]
2.ª etapa
Etapa clássica da Volta ao País Basco com final em Vitoria, a única com previsível chegada em massa de um grupo numeroso. Se adentra emÁlava através de Salinas de Léniz[18] (2.ª categoria) e depois de chegar à capital alavesa sem dificuldades orográficas repete-se praticamente o mesmo circuito daedição de 2008[19] e daedição de 2012[20] (últimas vezes que esta Volta tem chegado a dita capital): porto de Vitoria (3.ª categoria), rodeio peloCondado de Treviño para enfrentar o estreito alto de San Martín (3.ª categoria) e finalmente o porto de Zaldiaran[21] (3.ª categoria, às vezes catalogado de 2.ª) a 9 km da meta.[14]
3.ª etapa
Clássica etapa com final nas imediações do bairro doArvoredo noVale de Trápaga ainda que desta vez com uma modificação substancial em seu final endurecendo-o consideravelmente ao mudar a ordem das ascensões ao Arvoredo com respeito ao último final nessa zona naedição de 2005.[22] Os primeiros 80 km decorreram porÁlava entrando emBiscaia através deGordejuela e o alto de San Cosme (não pontuável, habitualmente pontuado de 3.ª categoria).[23] Depois de passar pelo alto de Humaran (3.ª categoria) se adentrou na subcomarca da Zona Mineira através deSopuerta onde decorreram os últimos quilómetros da etapa. Depois de passar peloVale de Trápaga subiu-se o porto da Reineta (2.ª categoria)[24] que costumava ser o final clássico desta etapa; no entanto antes de subir à La Longínqua baixou-se pela estrada BI-3757 finalizada em 2008[25] (que já se utilizou como ascensão naedição de 2010 na primeira subida à zona do Arvoredo).[26] Depois de um pequeno rodeio porCiérvana para evitar cruzamentos voltou-se praticamente ao mesmo lugar para ascender o porto através deMusques utilizando as estradas rurais de Putxeta e Las Calizas e culminando com a ascensão até La Longínqua (2.ª categoria).[27] Esta irregular e dura vertente do porto (que combina trechos de uns 500 metros meio ao 15% de desnível -chegando até 21%- com descidas e falsos planos)[28] nunca tinha sido utilizada como final de etapa e o mais perto foi na mencionada edição de 2010 que se coroou a 18 km de meta[26] e ainda assim deixou destacados a 9 corredores (que foram neutralizados por outro pequeno grupo a 2 km de meta chegando o seguinte grupo a mais de minuto e meio) e sem o acrescentado da Longínqua.[29]
4.ª etapa
Tradicional chegada aEibar com final emArrate depois de passar por Usartza (1.ª categoria) e anteriormente por Ixua (1.ª categoria)[30] calcando praticamente os mesmos últimos 90 km desde aedição de 2010: Vergara,Placencia de las Armas, Karabieta (2.ª categoria), Miota[31] (3.ª categoria), Areitio[32] (3.ª categoria) com as ascensões finais mencionadas de Usartza e Ixua (ambas de 1.ª categoria) com o alto de San Miguel (2.ª categoria) -que já se ascendeu na primeira etapa a 7 km de meta-[11] entre essas duas.[33][34][35][12]
5.ª etapa
A etapa com mais portos ou altos pontuáveis desta edição com até 10. Ao pouco de começar ascendeu-se o porto de Urraki[36] (1.ª categoria) - que não se subia a nível profissional desde a Euskal Bizikleta de 2004 - e depois de cruzar várias pequenas ascensões de 3.ª categoria chegou-se ao alto de Liernia emMutiloa onde se deu 1 volta a um circuito de 33 km com os altos pontuáveis deOlaberría (2.ª categoria) eGaviria (3.ª categoria) mais o mencionado de Liernia (não pontuável) e Ceráin (não pontuável) ao princípio de dito circuito. Posteriormente depois de passar por segunda vez por Olaberria a corrida dirigiu-se aBeasain para enfrentar a parte decisiva da etapa com de novo Gabiria (3.ª categoria) Liernia (não pontuável) e Ceráin (não pontuável), Barbaris[37] (2.ª categoria) e de novo Olaberría (2.ª categoria) esta última a 5,8 km da meta.[13] A vertente pela que se subiu ao alto de Olaberria em todas suas ascensões foi inédita no ciclismo profissional já que a pouco mais de 1 km teve várias rampas meio ao 21% de desnível.[38]
6.ª etapa
Como vem sendo habitual acontrarrelógio final passou pelos pontos fortes da etapa anterior. Assim à saída deBeasain se dirigiram à "parte alta de Ormáiztegui" para repetir a seguir os primeiros quilómetros do circuito utilizado no dia anterior com o alto de Liernia, Ceráin e Olaberria (desta vez não pontuável) para depois da sua descida se dirigir a Beasain[39] tal e como se fez ao final da etapa anterior.[13]
Depois de conhecer-se o percursoSamuel Sánchez, líder doEuskaltel Euskadi, declarou que:“É a Volta ao País Basco mais dura dos últimos anos” destacando a penúltima etapa e ocontrarrelógio deBeasain.[40][41]
Apesar de não acabar em alto similar opinião tiveram da etapa deBeasainHaimar Zubeldia eGorka eIon Izagirre conhecedores dessa zona doGoyerri,[42] destacando os irmãos Izagirre também os últimos 500 m das ascensão à Longínqua.[43][44]
Por sua vezBeñat Intxausti descreveu a subida irregular da Longínqua:"A Longínqua é uma subida em escada, com três rampas de 600 metros, curtas, mas duras, modelo clássicas. É mais duro Arrate, mas igual há mais diferenças na Longínqua". Coincidindo na dureza da etapa deBeasain pronosticando que "Se se vai um grupo pequeno pode fazer mais dano que Arrate e A Longínqua".[45]
Alberto Contador, líder doSaxo Tinkoff e vencedor em duas ocasiões da Volta ao País Basco, conhecedor do terreno pela sua etapaamador também fez boa atuação nas etapas deBeasain (a de em linha como acontrarrelógio):As etapas de Beasain eu acho que vão marcar a corrida, mais inclusive que os dois finais em alto. No entanto, também advertiu:Numa Volta como esta todas as etapas são importantes. Igual a de Vitoria é a mais tranquila, mas o resto vão ser todas superimportantes. Qualquer corte pode fazer-te perder segundos importantíssimos ao final.[46]
A imprensa especializada descreveu o aumento de dureza global com respeito às últimas edições[47] e a recuperação do final na Longínqua que não se subia desde2005[48] com 6 jornadas muito diferentes entre si dando oportunidades a diferente tipo de corredores. Não devia encontrar algumas voltas afastando os portos duros da chegada e a repetição de passagem por alguns portos inclusive em diferentes etapas, além da tradicionalcontrarrelógio do último dia que em sua opinião deveria estar colocada antes para que tenha umas primeiras diferenças que obriguem a atacar aos corredores tendo em conta que o percurso é propício para poder recuperar essas diferenças.[47]
Pela primeira vez em sua história não passou porNavarra nem sequer uns quilómetros. Conquanto não há uma obrigação dos lugares por onde a corrida tem de passar tem sido tradicional, e sempre ocorreu até esta edição, queÁlava,Guipúscoa,Biscaia eNavarra tivessem ao menos um início e final de etapa condicionando às vezes o percurso por isso.
Destacou o quilometragem docontrarrelógio final já que habitualmente costuma rondar os 10-15 km e desta vez foi-se até os 24 km igualando a marca da contrarrelógio deZalla (realizada em2006,2009 e2011) ainda que com a grande diferença de que naquela apesar de subir os altos de Avellaneda (não pontuável), o porto de Bezi (de 3.ª categoria -mas como costuma ser habitual nos contrarrelógios desta corrida sem catalogar na crono-) e o alto da Herrera (não pontuável) passavam maioritariamente por estradas principais[49] e inclusive por longas retas. No entanto, desta vez grande parte do traçado passou por estradas urbanas e rurais além de passar pelo porto de Olaberria[13] que na etapa anterior tinha sido catalogado de 2.ª categoria.[39]
Por último, cabe destacar a recuperação de portos duros de 1.ª categoria como Azurki e Urraki que levavam quase 10 anos sem se subir a nível profissional que substituíram, em certa maneira, aos portos tradicionais nesta corrida, e inclusive naVolta a Espanha a seu passo peloPaís Basco, de Urkiola e Orduña. Cabe destacar que ao menos se subia um deles (Urkiola ou Orduña) na maioria das edições e são isoladas ocasiões, como em2012 e nesta de 2013 na que não se subiu nenhum deles conquanto nesta se compensou a sua falta com os portos mencionados.
Tomaram parte na corrida 21 equipas: os 19 de categoriaUCI ProTeam (ao ser obrigada sua participação); mais 2 equipas de categoriaProfissional Continental mediante convite da organização (Cofidis, Solutions Crédits eCaja Rural-Seguros RGA). Formando assim um pelotão de 164 ciclistas, com 8 corredores cada equipa (excepto o Blanco e Argos-Shimano que saíram com 7 e o Sky que saiu com 6), dos que acabaram 70.[5] As equipas participantes foram:[50]
| Data | Percurso | type | Distância (km) | Vencedor | Líder geral | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| 1 | 1 abr. | Elgoibar –Elgoibar | 156,5 | |||
| 2 | 2 abr. | Elgoibar –Vitoria-Gasteiz | 170,2 | |||
| 3 | 3 abr. | Vitoria-Gasteiz –Valle de Trápaga | 164,7 | |||
| 4 | 4 abr. | Valle de Trápaga –Arrate | 151,6 | |||
| 5 | 5 abr. | Eibar –Beasain | 166,1 | |||
| 6 | 6 abr. | Beasain –Beasain | 24 |
| Elgoibar -Elgoibar | (156,5 km) |
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Ainda que no dia tinha começado com a chuva apontada pelas previsões meteorológicas, esta cedeu para o momento da saída da corrida desdeElgóibar e o transcurso da etapa, com seis cotas pontuáveis, esteve marcado pelo bom tempo. O conseguinte secado do asfalto serviu para reduzir a perigo atribuída ao descida final desde o porto de San Miguel até à meta situada na mesma villa guipuzcoana da que tinham partido os corredores, conhecida como a capital damáquina ferramenta.
Após várias tentativas para conformar uma escapada, finalmente estabeleceu-se um dúo cabeceiro formado porAmets Txurruka eLaurent Didier. Os dois fugidos foram ampliando a sua margem: ascendido já Asensio, a seu primeiro passo por Elgóibar contavam com quatro minutos de margem. No entanto, o trabalho doSaxo-Tinkoff no pelotão fez que a partir de então a diferença se fora reduzindo progressivamente. Durante a subida ao alto do Calvario, Didier não pôde manter o ritmo e deixou em solitário a Txurruka, que coroou o porto com minuto e meio com respeito ao grupo principal. O ciclista vizcaíno se pós como cabeça de corrida na comarca de Leia Artibai, da que era oriundo, onde foi finalmente atingido pelo pelotão pouco antes de atravessar seuEchevarría natal. Não obstante, o ter cruzado em cabeça os cinco primeiros portos da jornada serviu-lhe para situar ao termo da etapa à frente da classificação da montanha.
Com a fuga já neutralizada diversas equipas trataram de pôr à frente do pelotão, mas foi finalmente oSky quem tomou o comando da mão deVasil Kiryienka, que dirigiu o grupo a caminho a San Miguel e em suas primeiras rampas, completando a última parte da subida oMovistar. No entanto, no ponto em que se localizava o cartaz do porto se produziu uma queda que fracturou o pelotão para a descida: por diante estabeleceu-se um grupo de 17 corredores, incluídos homens comoRichie Porte,Contador,Van Garderen,Gerrans,Weening,Peter Velits,Fuglsang,Henao,Nairo Quintana,Rui Costa,Špilak,Kreuziger ouVicioso. Este grupo cabeceiro decidiu seguir adiante e cedo começaram a colaborar nos relevos para protagonizar um rápido descida final, enquanto por detrás os cortados tratavam de organizar-se e dar-lhes caça.
Com o grupo de dezassete já nas ruas de Elgóibar, foram Gerrans e Velits os primeiros em sair da última rotunda e encarar a recta de meta, protagonizando um sprint no que o vencedor foi o australiano Gerrans, quem se converteu depois no primeiro líder da classificação geral. Tanto Velits como o resto de unidades do grupo cruzaram a linha de chegada com o mesmo tempo, mas não assim quem tinham ficado separados e tinham tentado lhes atingir: a 5 s chegaramSamuel Sánchez,Gilbert,Talansky,Klöden, os irmãosGorka eIon Izagirre,Hesjedal,Cunego,Poels ouPéraud, e algo mais de tempo cederam outros favoritos comoIntxausti (a 21 s),Tony Martin (a 28 s) ouDe Gendt (a 53 s). O mais prejudicado foi não obstanteVan den Broeck: implicado na queda de San Miguel que tinha protagonizado a jornada e com o joelho consequentemente ensanguentado, perdeu mais de cinco minutos e ficou praticamente sem opções para disputar a geral.[51]
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| Elgoibar -Vitoria-Gasteiz | (170,2 km) |
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Ao igual que na jornada inaugural,Amets Txurruka voltou a protagonizar a fuga da jornada: escapado em solitário praticamente desde a saída, seu propósito inicial era coroar em primeira posição os dois primeiros portos do dia (ainda em território guipuzcoano) para somar pontos e consolidar a sua liderança na classificação da montanha, objectivo que conseguiu. No entanto, e dado que tinha acumulando uma vantagem com respeito ao pelotão que chegou a ser de até 5 minutos, o escalador vizcaíno continuou com sua fuga pela llanada alavesa para posteriormente seguir somando pontos nos pequenos portos de Vitoria e San Martín e nas metas volantes, ainda que com uma margem cada vez menor com respeito ao grupo principal até ser finalmente neutralizado.
Na subida a San Martín marcharam-se do pelotão os rodadoresJens Voigt eAdriano Malori, quem depois de superar a cota e ultrapassar a Txurruka passaram a ser a cabeça de corrida. Na suave ascensão ao Zaldiaran, Malori atacou e conseguiu separar-se de Voigt para coroar com 11 segundos sobre o grupo, que já tinha atingido ao alemão. No descida atacaramJosé Herrada eMatteo Montaguti para unir-se a Malori em cabeça, e pouco depois tentou-o tambémPhilippe Gilbert (comRichie Porte a sua roda). Não obstante, as diferenças eram escassas e para o final da baixada todos estavam agrupados num numeroso pelotão.
Na plana aproximação aVitoria oAstana tentou controlar o grupo em aras de preparar uma chegada ao sprint para seu velocistaFrancesco Gavazzi, mas já adentrados nas ruas da capital alavesa foi oOrica GreenEDGE o que se pôs à frente: o líder da geralSimon Gerrans primeiro eMichael Matthews depois fizeram de lançadores para que seu colegaDaryl Impey se fizesse com a vitória de etapa na tradicional linha de chegada na Avenida de Gasteiz, repetindo assim o triunfo obtido na edição do ano anterior nesse mesmo palco. Ainda que as diferenças na geral mantiveram-se sem mudanças ao entrar todos em meta com o mesmo tempo, o postómetro determinou uma mudança de líder: Gavazzi, segundo nesse dia, passou a ser o novo camisola amarela, além de fazer-se também provisionalmente com a camisola branca da regularidade.[52]
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| Vitoria-Gasteiz -Valle de Trápaga | (164,7 km) |
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Na primeira das duas etapas com final em alto a escapada do dia esteve composta por cinco corredores:Amets Txurruka (protagonista pelo terceiro dia consecutivo),Omar Fraile,Mikel Landa,Romain Bardet eDani Navarro, todos eles com tempo perdido na classificação geral. O quinteto chegou a contar com uma vantagem de até cinco minutos, mas o trabalho doMovistar no pelotão durante a ascensão à Reineta fez que a diferença se reduzisse a menos de dois minutos. Os fugidos puderam baixar aGallarta e coroar o alto de Cobarón sendo ainda cabeça de corrida, ainda que com uma pequena margem que fez que todos eles terminassem sendo neutralizados pouco depois de cruzarMusques. Pese a que não conseguiram fazer com a vitória de etapa, a fuga sim serviu a Txurruka para seguir somando pontos face a consolidar sua liderança tanta na classificação da montanha como na das metas volantes.
A ascensão final consistia em realidade numa série de duros repechos pelos montes de Triano unidos por trechos de falso plano, pelo que na aproximação no pelotão se viveu uma pugna entre as equipas para se fazer com uma boa colocação. Nas rampas de Puchetas situaram-se à frente do grupo os favoritos, enquanto por detrás iam cedendo algumas unidades, e no falso plano ulterior tratou de fazer com o controle oSaxo-Tinkoff. No trecho das Calizas produziu-se uma mudança de ritmo deSergio Henao, que conquanto não lhe serviu para se marchar em solitário sim serviu para fazer uma nova seleção de corredores. Finalmente foramCarlos Betancur eCaruso quem saíram das rampas das Calizas com uns metros de vantagem com respeito ao grupo de favoritos, encarando assim o leve descida até povo mineiro do Arvoredo com quase 10 s de margem.
No muro final de 500 metros desde O Arvoredo à meta situada no seu cemitério da Longínqua atacou de novo Henao, quem desse modo conseguiu atingir aos dois homens cabeça de corrida à altura do zigzague de curvas situado no meio do trecho. Na ascendente mas já reta última parte os colombianos Henao e Betancur protagonizaram uma dura luta roda a roda em pós da vitória, na que se impôs de maneira ajustada e sobre a linha de chegada Henao; Betancur alçou o braço em sinal de protesto, ao entender que a mudança de direção e bamboleio do seu rival lhe tinha fechado a trajetória, mas a reclamação foi desestimada pelos juízes. Além do triunfo, Henao conseguiu também fazer com a liderança da geral para se converter assim no novo camisola amarela.
Depois dos dois ciclista e um algo mais atrasado Caruso chegaram o resto de favoritos: o também colombianoNairo Quintana (a 8 s), um quarteto formado porUlissi,Porte, Contador eŠpilak (a 10 s),Igor Antón (a 16 s) e um grupo de dez que incluía aSamuel Sánchez,Intxausti,Péraud,Gadret,Fuglsang eCunego (a 21 s). Mais tempo perderamKreuziger ouVan Garderen, enquanto ciclistas comoTalansky,Klöden,Hesjedal eVelits cederam mais de um minuto com respeito a Henao.[53]
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| Valle de Trápaga -Arrate | (151,6 km) |
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A segunda etapa consecutiva de montanha esteve marcada pela chuva e o frio, em contraste com os dias anteriores. Ao pouco de começar retirava-se da competição o belgaJurgen Van den Broeck, e pouco depois fariam o próprioSimon Gerrans,Jérémy Roy,Janez Brajkovič eThomas de Gendt. A jornada teve um início nervoso no que se sucederam as tentativas de fuga infrutuosas, participando em várias delasGorka Izagirre, incluída uma efémera escapada de nove corredores que foi rapidamente abortada pelo pelotão ao se encontrar nelaAndrew Talansky, considerado um rival face à classificação geral. Essas tentativas de fuga fizeram que apesar do mau tempo a primeira hora de corrida se corresse a uma grande velocidade (49 km/h em media), percorrendo nesse tempo praticamente em sua totalidade o trecho plano prévio ao periplo montanhoso que lhes esperava.
Pouco antes de completar a primeira hora, e a pouco mais de quinze quilómetros da primeira cimeira do dia, o alto de Pagatza, se formava uma escapada que sim conseguiria se consolidar como cabeça de corrida, composta por cinco ciclistas:Peter Velits,Eduard Vorganov,Matteo Montaguti,Daniele Ratto eRein Taaramäe; Velits, o melhor colocado na geral, estava a 1 min 49 s do líder após ter cedido esse tempo na etapa anterior. Os fugidos coroaram Pagatza com uma vantagem de 5 minutos e mantiveram grande parte da margem sobre um pelotão encabeçado pelos seis corredores do Sky nas subidas a Karabieta Miota: ao primeiro passo porEibar, a 40 km de meta e que dava início à parte decisiva da jornada, contavam ainda com 4 min 10 s.
Na primeira subida aArrate, o alto de Ixua, ficaram sucessivamente descolgados Taaramae, Vorganov e Ratto, conquanto este último conseguiu unir no descida a Velits e Montaguti em cabeça de corrida. O trío cabeceiro encarou a ascensão a San Miguel com mais de quatro minutos de margem. O trabalho doMovistar no pelotão fez que a diferença baixasse a 2 min 30 s na cume, mas o que não se seguisse reduzindo no descida fez que no plano posterior porElgóibar passassem a colaborar também na perseguição os conjuntosEuskaltel Euskadi,Astana e Sky: ao segundo passo por Eibar a margem limitava-se a 1 min 20 s.
A última ascensão do dia e segunda a Arrate, o alto de Usartza, supôs o final da escapada: Ratto cedeu nas primeiras rampas e os dois sobreviventes da fuga, Velits e Montaguti, viram como a sua margem acabou de extinguir com as mudanças de ritmo de Movistar (comJosé Herrada) e Sky (com o líderSergio Henao), bem como pela ação de grupos perseguidores que foram saltando do pelotão. A 5 km para o final da etapa,Simon Špilak ePieter Weening atingiram a Velits e Montaguti. Špilak tratou de ir-se em solitário, mas depois de chegar a contar com 13 s na última parte da ascensão terminou sendo caçado pelo grupo dos favoritos no momento em que cruzava o cartaz que indicava que tinha coroado o porto, a 2 km de meta.
O sexteto composto pelo líder Henao,Nairo Quintana,Richie Porte,Alberto Contador,Carlos Betancur,Jean-Christophe Péraud e o próprio Špilak enfilou então o leve descida para o Santuário de Arrate. Quintana tomou uma pequena vantagem antes da série final de curvas esquerda-direita e conseguiu desse modo fazer com a vitória de etapa, atravessando a linha de chegada com 2 segundos de vantagem aos demais, encabeçados por um Henao que seguia dessa forma à frente da classificação. O resto de candidatos para a geral foram chegando à meta sozinhos ou em pequenos grupos e acumularam maior atraso: ainda por abaixo do médio minuto Weening,Samuel Sánchez,Poels ouCunego, algo mais atrasadosIntxausti, Talansky ouVan Garderen e já mais de um minuto gente comoFuglsang, Velits ouKreuziger. Tanto Péraud como Talansky sofreram sendas caídas no momento em que cruzavam a linha branca de meta devido à superfície escorregadia como consequência da chuva sob a que se tinha disputado a etapa.[54]
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| Eibar -Beasain | (166,1 km) |
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A penúltima etapa, última em estrada, contava com um perfil avariado pela comarca doGoyerri que incluía até dez cotas pontuáveis. À dificuldade própria do percurso uniu-se o mau tempo, com baixas temperaturas e frequentes intervalos de precipitações (principalmente em forma de chuva, e inclusive de neve em algum momento). Todo isso propiciou que nesse dia deixassem a corrida 75 ciclistas entre não apresentados e retirados, incluindo a ciclistas comoPhilippe Gilbert,Andreas Klöden,Tejay Van Garderen,Ryder Hesjedal ouAndy Schleck.[55]
Depois das primeiras ascensões aOlaberría e Gaviria ficou estabelecida uma fuga de cinco corredores:Dani Navarro,José Herrada,Rui Costa,Andrew Talansky eJakob Fuglsang, estes dois últimos considerados antes do início da rodada basca candidatos ao triunfo final mas que depois da quatro jornadas anteriores tinham perdido já mais de um minuto na geral; Ion Izagirre tinha ficado já descolado ao não poder seguir o ritmo dos outros cinco. A cabeça de corrida coroou o porto com 50 s sobreAmets Txurruka eOmar Fraile, ambos daCaja Rural-Seguros RGA, e 1 min 40 s sobre um pelotão comandado peloSky (os gregáriosXabier Zandio eVasil Kiryienka, amém do líderSergio Henao e o chefe de fileirasRichie Porte). Após o passo porMutiloa o par vizcaína reduziu o seu atraso com respeito aos cinco de diante a 32 s, e dado que um Txurruka extenuado depois das escapadas dos três primeiros dias não podia lhe seguir o ritmo Fraile continuou com a perseguição em solitário, lhes dando caça à saída deSegura; nesse momento o sexteto cabeceiro seguia contando com um minuto de vantagem sobre o grupo principal.
Na segunda subida a Olaberría Fraile realizou uma mudança de ritmo que pôs em auros ao resto de escapados e que finalmente lhe permitiu se marchar em solitário, deixando atrás aos outros cinco ciclistas. No pelotão saltaramThibaut Pinot eGorka Izagirre: o segundo deles se marchou na descida até chegar a contactar com o quinteto, mas depois do primeiro passo por Beasain o grupo principal encabeçado pelo Sky (do que atirava Kiryienka, único gregário ainda disponível para o Sky de Henao e Porte) neutralizou a todos os perseguidores. Fraile, que seguia fugido, chegou a ampliar a sua margem até 1 min 35 s na segunda ascensão a Gaviria e coroou Barbaris com ainda um minuto de vantagem, o que fez queEuskaltel Euskadi colaborasse com o Sky em sua perseguição.
Na terça e última subida a Olaberría foi o líder Henao quem pôs-se a atirar do grupo, que atingiu assim a Fraile. Nas últimas rampas, coincidindo com o aparecimento de um sol que manter-se-ia até metra, tentou se irSamuel Sánchez com Henao a sua roda, aguentando também Porte,Špilak eNairo Quintana; algo mais atrasado rodava Contador. Na descida, e partindo de sua posição em cabeça, Samuel Sánchez tentou novamente e levou-se com ele de novo a Henao, mas em Lazcano foram atingidos e se formou assim o grupo de favoritos com oito unidades: Samuel Sánchez, Henao, Porte, Quintana, Špilak, Contador,Weening eGadret. No plano paraBeasain produziu-se o ataque de Porte: Quintana tratou de responder apanhando-lhe a roda, mas não pôde e o australiano se marchou em solitário a meta em pos da vitória, cruzando a linha de chegada com 4 s com respeito aos sete aos que tinha deixado atrás, incluindo seu colega Henao ao que recortava assim sua renda na classificação geral face à decisiva contrarrelógio final do dia seguinte. Outros contendiendtes foram chegando a meta em pequenos grupos: a 20 s fizeram-noUlissi,Betancur eCaruso, a 27 sPoels e a 44 sCunego,Velits,Kreuziger eIntxausti;Péraud, até então sétimo na geral, cedeu mais de três minutos.
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| Beasain -Beasain | (24 km) |
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A decisiva contrarrelógio com a que concluía a rodada basca, idêntica ao trecho final da etapa anterior, se disputou sob umas condições de frio e chuva, após que as cimeiras dos arredores deBeasain tivessem amanhecido nevadas. O ponto intermediário fixou-se em Ceráin, entre o alto de Liernia e o duro trecho deOlaberría, enquanto a reta de meta estava situada numa rua empedrada da cintura urbana da vila vagonera.
O especialistaTony Martin, vigente campeão do mundo da modalidade e dos primeiros em tomar a saída devido ao atraso acumulado nas jornadas prévias, marcou o tempo de referência com 35 min 05 s. A sua marca não seria superada posteriormente por quem se disputavam a geral, de modo que o contrarrelógista alemão se fez com a vitória de etapa.
Entre quem disputavam-se o triunfo absoluto e o pódio final, no ponto intermediário foiNairo Quintana quem realizou o melhor tempo, avantajando ao teórico favoritoRichie Porte em 10 s. O jovem colombiano certificou em meta essa superioridade para adjudicar-se assim a camisola amarela e a txapela de vencedor da corrida. No pódio final esteve escoltado por dois ciclistas doSky,Richie Porte (a 23 s) e o até então líderSergio Henao (a 34 s), quem pôde conservar o terceiro degrau por um segundo anteSimon Špilak, finalmente quarto depois de protagonizar uma boa sessão que sim lhe serviu para superar aAlberto Contador.
A crono, na que se confirmaram o sexto e sétimo postos dePieter Weening eCarlos Betancur, serviu também para que se metessem entre os dez primeiros da geralBeñat Intxausti,Wouter Poels eJohn Gadret, em detrimento deSamuel Sánchez,Giampaolo Caruso eDiego Ulissi.
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| Fonte:ProCyclingStats | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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| Etapa (Vencedor) | Classificação geral | Classificação da montanha | Classificação da regularidade | Classificação das metas volantes | Classificação por equipas |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.ª etapa (Simon Gerrans) | Simon Gerrans | Amets Txurruka | Simon Gerrans | Amets Txurruka | Astana |
| 2.ª etapa (Daryl Impey) | Francesco Gavazzi | Francesco Gavazzi | |||
| 3.ª etapa (Sergio Henao) | Sergio Henao | Sergio Henao | Movistar | ||
| 4.ª etapa (Nairo Quintana) | Katusha | ||||
| 5.ª etapa (Richie Porte) | Movistar | ||||
| 6.ª etapa (Tony Martin) | Nairo Quintana | Nairo Quintana | |||
| Final | Nairo Quintana | Amets Txurruka | Nairo Quintana | Amets Txurruka | Movistar |
Nesta edição outorgaram-se pontos para o RankingUCI WorldTour de 2013 somente aos corredores de equipas ProTeam.
| Posição | 1° | 2° | 3° | 4° | 5° | 6° | 7° | 8° | 9° | 10° |
| Classificação Geral | 100 | 80 | 70 | 60 | 50 | 40 | 30 | 20 | 10 | 4 |
| Por Etapa | 6 | 4 | 2 | 1 | 1 |
A retransmissão televisiva da corrida correu a cargo de Euskal Telebista (ETB), a televisão pública basca, que emitiu todas as etapas ao vivo através de ETB 1 e em diferido por ETB Sat. Além de duas motos e as câmaras fixas de meta, contou-se também com um helicóptero para obter imagens aéreas. O narrador das retransmisões foi Fermin Aramendi, máximo responsável do ciclismo em dita estação, secundado nos comentários pelo exciclista e presentador de informativos Xabier Usabiaga. O jornalista Alfonso Arroio seguia in situ a corrida desde uma moto, entrevistando aos diretores desportivos que iam nos carros e dando referências de tempos e dorsais, além de entrevistar aos ciclistas mais destacados ao termo de cada etapa.[57][58]
O sinal televisivo da corrida foi facilitada assim mesmo a outras correntes:[59]
