Vicentinho | |
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Vicentinho | |
Deputado Federal porSão Paulo | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de2003 atéatualidade |
Legislatura | 52.ª,53.ª,54.ª,55.ª,56.ª,57.ª |
Dados pessoais | |
Nascimento | 8 de abril de1956 (68 anos) Acari (RN) |
Partido | PT(1981–presente) |
Profissão | político,sindicalista. |
Vicente Paulo da Silva, conhecido comoVicentinho (Acari,8 de abril de1956), é um ex-metalúrgico, advogado, professor universitário,líder sindical epolíticobrasileiro.[1] Foi presidente daCentral Única dos Trabalhadores.
Atualmente exerce o seu 5°mandato dedeputado federal peloPartido dos Trabalhadores deSão Paulo,[2] ao qual é filiado desde1981.[1]
Nascido noRio Grande do Norte, iniciou sua carreira no movimento sindical em1977 em São Paulo, quando filiou-se ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânica e de Material Elétrico deSão Bernardo do Campo eDiadema.[3]
Foi membro da comissão de mobilização na histórica greve de 80, e um ano após esse fato, foi eleito vice-presidente deSindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema.[4]
Foi enquadrado naLei de Segurança Nacional em1982.[5]
Em1983, dirigiu com outros companheiros, a greve geral e de solidariedade aos petroleiros (primeira greve geral após o golpe de1964).[6]
Outro fato importante que ocorreu nesse mesmo ano foi a sua participação na fundação daCentral Única dos Trabalhadores (CUT), sendo eleito Presidente da primeira CUT - Regional do Brasil, a CUT ABC.[7]
Foi eleito o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em1987, e reeleito dali a 3 anos.[8][9]
Em1993, foi eleito presidente-fundador do sindicato unificado dos metalúrgicos do ABC. Em1994, foi eleito Presidente da Central Única dos Trabalhadores - CUT Nacional. Foi reeleito em1997.[8]
Em2000 e2004, disputou as eleições para a prefeitura deSão Bernardo do Campo, mas perdeu nas duas ocasiões (paraMaurício Soares eWilliam Dib, respectivamente).[10][11]
Foieleitodeputado federal em 2002, sendo reeleito em 2006, 2010, 2014 e 2018, e assumindo como suplente em 2022.[1][12][13][14][15][16][17][18]
Em 2000, Vicente forneceu uma entrevista aoMuseu da Pessoa[19] em que descreve as dificuldades em sua juventude em decorrência da seca que assolava sua região. Essa época foi marcada pela fome e por sua saída da escola para trabalhar e ajudar sua família financeiramente.
"A seca é muito sofrimento porque, em época de seca, por exemplo, a gente comia só feijão macaça, que é o feijão de corda que as pessoas falam em outras regiões, mas lá é o feijão macaça. A gente comia macaça, farinha, às vezes ovo, porque tinha galinha. Mas, também, em época de seca, a galinha ia se acabando. As coisas iam se acabando, se acabando, até desaparecerem. Era muito sofrimento, era muito difícil.Em função da seca, eu e meu irmão mais velho, a gente estudava, mas tivemos que parar para poder trabalhar. Meu irmão mais velho é pouco mais velho do que eu, 2 anos. Então, ele era menino como eu e, tanto ele como eu, quando começava a ter uma certa idade, trabalhávamos com nosso pai. Na seca de 70, por exemplo – foi a grande seca que nós vimos lá –, eu tive que parar de estudar para poder trabalhar junto com meu irmão e meu pai, para poder nos sustentar. Porque o que nós ganhávamos, os 3, ainda assim não dava para ter uma vida tranquila. Era um salário muito pequeno, talvez equivalente a uns 10 ou 15 reais por mês. Era muito pouca coisa, tanto que eu me lembro que eles davam um saco com uma certa quantidade de fubá, feijão, aquele arroz que lá na minha terra chama "bugô", mas aqui é o arroz de quibe. Era aquele arroz que a gente ganhava. Tinha aquelas contribuições da Aliança para o Progresso, eu me lembro disso, óleo... então, ninguém vivia bem, ninguém se alimentava, tinha que comer regradamente porque senão..."— Vicente Paulo da SilvaEm entrevista ao Museu da Pessoa
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