Os praticantes alegam que a ventosaterapia pode tratar uma ampla variedade de condições médicas,[1][2] mas não há evidências suficientes de que ela traga benefícios à saúde e em alguns casos pode ser nociva para o paciente,[4] causandoqueimaduras[5][6] e irritação dapele.[7][8][9]
No livroTrick or Treatment(Truque ou tratamento),Simon Singh eEdzard Ernst escreveram que não existe nenhuma evidência de quaisquer efeitos benéficos da ventosaterapia para qualquer condição médica.[8]
A ventosaterapia é muito utilizada como alternativa de tratamento para ocâncer. No entanto, aAmerican Cancer Society (Sociedade Americana de Câncer) informa que "aevidência científica disponível não suporta afirmações de que ventosaterapia tem quaisquer benefícios para a saúde", e também que o tratamento apresenta um pequeno risco de queimaduras.[7]
Não há evidências de que a ventosaterapia funcione melhor do que umplacebo.[10][11]
Ilustração do livroExercitationes practicae de 1694, mostra um homem recebendo ventosaterapia nas nádegas
A origem da ventosaterapia é desconhecida. A medicina tradicional iraniana usa práticas dehijama, com a crença de que a ventosaterapia com escarificação pode eliminar tecido cicatricial, enquanto que sem a escarificação, a prática teria uma função purificadora através dos órgãos.[12]
A ventosaterapia foi usadaGrécia antiga porHippocrates (c. 460) para doenças variadas, e pormédicos daRoma antiga como forma desangria.[13][14] O método foi recomendado pelo profeta islâmicoMaomé[15] e, a partir disso, foi bastante praticado por médicos muçulmanos que seguiram desenvolvendo o método. Com a expansão islâmica, este método em suas variadas formas foi difundido na Ásia e Europa.[15] Na China, o uso mais antigo da ventosaterapia que se tem registro é do alquimista e curandeirotaoístaGe Hong (281–341 AD).[16] A ventosaterapia também é mencionada no livro deMaimonides sobre saúde e era usada em comunidades judaicas do leste europeu.[17]William Osler recomendava seu uso para tratarpneumonia emielite aguda no início do século XX.[18]
Desde os anos de 1950, é uma das modalidades de medicina tradicional chinesa praticada em hospitais da China.[19]
Os copos redondos de vidro são aquecidos internamente comfogo, que expande o ar aí existente. Após aplicação numa área da pele, o ar aquecido começa a arrefecer e forma-se umvácuo parcial no seu interior. A diferença de pressão entre o ar interior e o exterior acaba por gerar uma força de sucção.[carece de fontes?]
Os copos são aplicados imediatamente após o aquecimento em áreas especificas dapele, principalmente nas costas.[carece de fontes?]
↑abVashi, NA; Patzelt, N; Wirya, S; Maymone, MBC; Zancanaro, P; Kundu, RV (Julho de 2018). «Dermatoses caused by cultural practices: Therapeutic cultural practices».Journal of the American Academy of Dermatology.79 (1): 1–16.PMID29908818.doi:10.1016/j.jaad.2017.06.159 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Nimrouzi M; Mahbodi A; Jaladat AM; Sadeghfard A; Zarshenas MM (2014). «Hijama in traditional Persian medicine: risks and benefits.».J Evid Based Complementary Altern Med.19 (2): 128–136.PMID24647093.doi:10.1177/2156587214524578
↑abQayyim Al-Jauziyah (2003). Abdullah, Abdul Rahman (née Raymond J. Manderola), ed.Healing with the Medicine of the Prophet. [S.l.]: Darussalam.ISBN978-9960892917
↑Dharmananda, Subhuti.«Cupping».itmonline.org. Institute for Traditional Medicine. Consultado em 28 de fevereiro de 2025. Arquivado dooriginal em 6 de março de 2023
↑Lilly, E; Kundu, RV (abril de 2012). «Dermatoses secondary to Asian cultural practices» 4 ed.International Journal of Dermatology.51: 372–379.PMID22435423.doi:10.1111/j.1365-4632.2011.05170.x