OVLS-1 V3 em suaplataforma móvel de lançamento noCentro de Lançamento de Alcântara | |
| Função | Lançador de satélites |
|---|---|
| Fabricante | IAE/DCTA |
| País de origem | |
| Tamanho | |
| Altura | 19,7 m |
| Diâmetro | 1 m |
| Massa | 50 000kg |
| Estágios | 4 |
| Capacidade | |
| Carga útil paraLEO | 380 kg (órbita de 750 km) |
| Estado | Descontinuado |
| Locais de lançamento | |
| Lançamentos totais | 2 |
| Sucessos | 0 |
| Outro | VLS-1 V03 (destruído antes do lançamento) |
| Voo inaugural | 2 de dezembro de1997 (VLS-1 V01) |
| Último voo | VLS-1 V02 |
| Primeiro nível | |
| Motores | 4 propulsores S 43 |
| Propulsão | 303,0kN |
| Tempo de queima | 60 seg |
| Combustível | Sólido |
| Segundo nível | |
| Motores | 1 propulsor S 43 |
| Propulsão | 320,6 kN |
| Tempo de queima | 58 segundos |
| Combustível | Sólido |
| Terceiro nível | |
| Motores | 1 propulsor S 40 |
| Propulsão | 208,39 kN |
| Tempo de queima | 56 segundos |
| Combustível | Sólido |
| Quarto nível | |
| Motores | 1 propulsor S 44 |
| Propulsão | 33,24 kN |
| Tempo de queima | 70 segundos |
| Combustível | Sólido |
OVeículo Lançador de Satélites ou oVLS é um modelo defoguete desenvolvido noBrasil com a finalidade de colocarsatélites naórbita daTerra. Este foguete teve como base componentes desenvolvidos sobre a tecnologia empregada nos foguetes dafamília Sonda.
O VLS-1 começou a ser desenvolvido em1985 e já passou por dois testes em voo em1997 e em1999.
OInstituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) que faz parte doDepartamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) desenvolveu, a partir de1966 uma família de foguetes de sondagem da sérieSonda.
O aperfeiçoamento crescente datecnologia espacial permitiu o desenvolvimento doVLS, em que o primeiroestágio é constituído de quatro propulsores iguais, do tipo de S-43, que operam simultaneamente e é similar ao primeiro estágio do fogueteSonda IV, foguete pertencente à última série da família Sonda.
O propulsor do segundo estágio é idêntico ao do primeiro estágio, a menos da suatubeira móvel. O propulsor do terceiro estágio é do tipo S-40, também equipado comtubeira móvel e é oriunda do primeiro estágio do foguete Sonda IV. O propulsor S-44 do quarto estágio foi construído comfibra de carbono, possuitubeira fixa e é o responsável pelo último incremento develocidade e que injeta o satélite em órbita.
O veículo dispõe de baia de equipamentos para acomodar sistemas para o basculamento do veículo, controle e guiamento, rolamento do quarto estágio, equipamentos de bordo tais comotransponder,telemetria, teledestruição, etc.
Com capacidade para colocar satélites de até 350 kg em órbitas baixas (de 250 a 1 000 km), o VLS-1 permitirá a consolidação de tecnologia indispensável à satelização de engenhos espaciais de significativa importância para o país.
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e aAgência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram, em audiência pública realizada no Senado Federal em 16 de fevereiro de 2016, o fim do Projeto Veículo Lançador de Satélite-1.[1][2] Em seguida, em uma reunião ocorrida no dia 29 de fevereiro de 2016 no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), ficou implícito o fim do projeto VLS-1, sendo a prioridade deslocada para o VLM-1. Os componentes e subsistemas pertencentes ao VLS-1 poderiam ser utilizados no foguete de sondagem VS-43.[3]
Foram previstos quatro voos de qualificação antes do foguete estar considerado apto a participar mais ativamente do programa espacial. Três foguetes foram produzidos entre 1997 e 2003, porém na prática só dois voaram.
Em seu voo inaugural do primeiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites, denominadoVLS-1 V01, em novembro de1997, na operação denominadaBrasil, o primeiro protótipo do VLS-1 foi lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), transportando oSCD-2A, um satélite de coleta de dados. Contudo, durante os primeiros segundos de voo, devido a uma falha na ignição em um dos propulsores do 1º estágio, houve a necessidade de acionar em solo o comando de autodestruição.
A investigação conduzida posteriormente apontou o mau funcionamento de um equipamento, chamado "dispositivo mecânico de segurança"(DMS), como o fator causador da falha.[4]
Pouco mais de dois anos depois, em dezembro de1999, a operaçãoAlmenara foi realizado o segundo voo de qualificação, levando a bordo doVLS-1 V02 um satélite científico desenvolvido peloINPE, oSACI-2. Novamente, uma falha também no sistema pirotécnico, porém no 2º estágio, ocasionou a explosão deste, havendo a necessidade de autodestruição por telecomando.
A investigação indicou que a falha foi devida à penetração de chama na parte superior do bloco de propelente do propulsor do segundo estágio.[4]
No dia22 de agosto de2003, três dias antes da data prevista para o lançamento, oVLS-1 V03 da operação denominada deSão Luís, sofreu uma ignição prematura[4] provocando oacidente por volta das 13h30 na base de Alcântara, no Maranhão, três dias antes do seu lançamento, matando 21 técnicos que estavam naplataforma de lançamento.
Seria o terceiro voo de qualificação. Dois satélites científicos de tecnologia nacional, oSATEC, doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e oUNOSAT, daUniversidade Norte do Paraná, foram destruídos.
| # | Foto | Veículo | Carga | Data | Local | Resultado | Observações |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 1 | VLS-1 V1 | SCD-2A | 2 de Dezembro de1997 | CLA | Falhou | Destruído no Lançamento | |
| 2 | VLS-1 V2 | SACI-2 | 11 de Dezembro de1999 | CLA | Falhou | Destruído no Lançamento | |
| 3 | VLS-1 V3 | SATEC UNOSAT | 22 de Agosto de2003 (três dias antes da data prevista para o lançamento) | CLA | Falhou | Destruído na base de lançamento |
| # | Foto | Veículo | Carga | Data | Local | Resultado |
|---|---|---|---|---|---|---|
| 1 | VLS-1 mockup | Teste de plataforma, sem combustível e sem carga útil[5][6] | 2012 | CLA | Sucesso[7] | |
| 2 | Operação Santa Bárbara | Testes de componentes e redes elétricas[8] | 2016 | CLA | Cancelado[9] | |
| 3 | VLS-1 XVT-01 VSISNAV | apenas os dois primeiros estágios ativos[8] | 2017 | CLA | Cancelado[9] | |
| 4 | VLS-1 XVT-02 | Teste de lançamento completo[8] | 2018 | CLA | Cancelado[9] | |
| 5 | VLS-1 V-04 | Lançamento do satélite Amazônia-1[8] | 2019 | CLA | Cancelado em 2019 | |
| 2021 | Centro de Lançamento Sriharikota | Lançado pelaÍndia em fevereiro de 2021.[10] |


O IAE e o CTA realizaram vários testes nos diferentes estágios do foguete VLS a fim de qualificá-los de maneira independente, tendo o primeiro teste de qualificação sido executado, com sucesso, em outubro de 2008.[11] Em 2010 foi lançado com sucesso um foguete experimental com apenas os dois primeiros estágios, denominado VLS-1B, porém sem carga útil.
Depois da explosão do último foguete na base de lançamento o Brasil recriou um foguete totalmente revisado.
Foram gastos mais de 3 milhões dedólares para que a Agência Espacial Russa apontasse falhas.
Em 2012 seria lançado o foguete completo com um satélite ainda a ser definido.[12]
As partes do VLS-1 como motores, baia, coifa, são montadas noCentro Técnico Aeroespacial (CTA), emSão José dos Campos no estado deSão Paulo, e transportadas, por avião, emcontainers, para oCentro de Lançamento de Alcântara (CLA), que são depositados no hangar de preparação do veículo.
Após inspecionadas, as partes são transportadas para a plataforma de lançamento e montadas com o auxílio daTorre Móvel de Integração (TMI) a qual possui, na sua parte superior uma sala limpa, que permite a montagem final do satélite e o fechamento da coifa.
Após os testes finais, no processo de preparação para o lançamento, a TMI é deslocada sobre trilhos e o foguete fica pronto para o lançamento. Na fase final do processo de preparação os testes são controlados a partir dacasamata e o lançamento a partir do Centro de Controle. O CLA conta com equipamentos de telemedidas, de rastreamento e de meteorologia, dentre outros, para o acompanhamento e avaliação do voo.

É um veículo lançador de satélites que utiliza motores-foguetes carregados compropelente sólido do tipocomposite (perclorato de amônio,alumínio em pó epolibutadieno) em todos os estágios, com capacidade para colocarsatélites de até 350kg emórbitas baixas que variam de 250 a 1 000 km e com várias possibilidades de inclinações quando lançado doCentro de Lançamento de Alcântara (CLA).
As suas principais características são:
Os quatro motores do primeiro estágio têm cerca de nove metros de altura. No total, o VLS tem 19,4 m.
Encontra-se em fase de estudos de definição e desenvolvimento e qualificação de seus sistemas e subsistemas, que serão testados no foguete de sondagem VS-43, oVeículo Lançador de Microssatélite, denominadoVLM, para atendimento às missões de injeção em órbita de satélites até 100 kg.
O VLM será um veículo de quatro estágios, que tomará como base a parte central do VLS-1, os 2º, 3º e 4º estágios do VLS-1, acrescido de um 4º estágio e lançado da mesma plataforma do VLS-1.
OPrograma Cruzeiro do Sul (PCS), foi apresentado pelo governo brasileiro em 24 de outubro de 2005. Este ambicioso programa, cujo nome é uma referência àconstelação de 5 estrelas, foi previsto para ser conduzido pela AEB e pelo CTA em parceria com aRússia, para o desenvolvimento de 5 novos foguetes lançadores de satélites até 2022, a um custo estimado de US$ 700 milhões.
O primeiro modelo de lançador desse novo programa, o VLS-Alfa, será um VLS-1 com o terceiro e o quarto estágio substituídos por um estágio de combustível líquido. Os modelos de foguete projetados para este programa são os seguintes:
