AUniversidade Humboldt de Berlim (emalemão:Humboldt-Universität zu Berlin) é a mais antiga universidade deBerlim, fundada em1810 comoUniversidade de Berlim (Universität zu Berlin) pelo linguista e educador liberalprussianoWilhelm von Humboldt, cujo modelo universitário influenciou fortemente outras universidadeseuropeias e ocidentais.[1] Desde 1828 era conhecida comoUniversidade de Frederico-Guilherme (Friedrich-Wilhelms-Universität), em homenagem ao rei daPrússiaFrederico Guilherme III,[2] mais tarde também comoUniversität Unter den Linden. Em 1949, trocou seu nome paraHumboldt-Universität em homenagem a seu fundador.
Depois de 1933, como todas as universidades alemãs, foi transformada em uma instituiçãonazista de ensino. Foi da biblioteca da Universidade que 20 000 livros escritos por "degenerados" e oponentes do regime foram retirados para serem queimados em 10 de maio daquele ano naOpernplatz (hojeBebelplatz) para uma demonstração defendida pelaSA, que também incluiu um discurso deJoseph Goebbels. Hoje em dia, um monumento a esse evento pode ser visto no centro da praça, consistindo de um painel de vidro abrindo-se para uma sala branca subterrânea contendo prateleiras vazias com espaço para 20 mil livros e uma placa, contendo uma epígrafe de uma obra de Heinrich Heine de 1820: "Das war ein Vorspiel nur, dort wo man Bücher verbrennt, verbrennt man am Ende auch Menschen" ("Aquilo foi somente um prelúdio; onde se queimam livros, queimam-se no final também pessoas"). Estudantes judeus, professores e oponentes políticos dos Nazistas foram expulsos da Universidade e muitos deportados e assassinados.[2]
Em 1946, a Universidade reabriu suas portas, mas desta vez no setorsoviético da cidade. A administração soviética logo tomou o controle da Universidade, relegando todos os estudantes que não se conformavam à ideologiacomunista. Em reação a isso, aUniversidade Livre de Berlim foi fundada em 1948 no setor ocidental da cidade.[3] Até o colapso do regime alemão oriental em 1989, a Universidade Humboldt permaneceu sob um controle severo doPartido Socialista Unificado da Alemanha ou SED, que, através da rigorosa seleção dos estudantes segundo a linha do partido, garantiu que nenhuma oposição democrática poderia nascer nos seuscampi. Os estudantes e professores da universidade não participaram dos movimentos populares pelos direitos civis de 1989 naAlemanha Oriental de maneira considerável, e elegeram o controverso membro do SED e antigo espião daStasi Heinrich Fink como Diretor da Universidade ainda em 1990.
A universidade Humboldt de Berlim e a torre de televisão ao fundo
Após a liberação doComunismo, a universidade foi radicalmente reestruturada e todos os professores tiveram que postular por suas cadeiras novamente. A faculdade foi grandemente substituída por professores daAlemanha Ocidental, entre eles renomadas personalidades como ohistoriador de ArteHorst Bredekamp e o historiador Heinrich August Winkler. Atualmente, a Universidade Humboldt é uma universidade pública com um elevado número de estudantes (37 145 em 2003, entre os quais mais de 4 662 estrangeiros) segundo o modelo das universidades da Alemanha Ocidental, e como a sua parceira Universidade livre de Berlim.
Seu prédio principal está localizado no centro de Berlim, na avenidaUnter den Linden. O prédio foi construído sob ordem do príncipeHeinrich da Prússia. A maior parte dos institutos está localizada no centro, em torno do edifício principal, com exceção do Instituto de Ciências Naturais, localizado em Adlershof, no sul de Berlim.[4]