| População total | |
|---|---|
| ~2.500 | |
| Regiões com população significativa | |
| 1.050 (2014)[1] | |
| 1.467 (2018)[2] | |
| Línguas | |
| língua tuiuca | |
| Grupos étnicos relacionados | |
| Tucanos | |

Ostuiucas[3] são um grupoindígena dafamília linguística tucana oriental que habita o noroeste doestado brasileiro doAmazonas, mais precisamente asáreas indígenasAlto Rio Negro, Médio Rio Negro I, Médio Rio Negro II, Pari Cachoeira I, Pari Cachoeira II, Pari Cachoeira III, Yauareté I e Yauareté II, além do Resguardo deVaupés naColômbia.
Autodenominam-seDokapuara,Utapinõmakãphõná ouUmerekopinõ.Utapinoponã significa "filhos da cobra de pedra". Sua população foi estimada em 815 no total: 350 na Colômbia e 465 no Brasil (SIL, 1995). Gravações nas pedras de muitas cachoeiras são evidências da ocupação humana da região do Alto Rio Negro desde 1200 anos a.C. Os primeiros contatos com osbrancos (expediçõesportuguesas em busca deescravos e asmissões dos jesuítas) aconteceram por volta do ano 1650.[4]
Cultivam mandioca (Manihot esculenta), batata (Ipomoea batatas), inhame (Dioscorea), taioba (Xanthosoma),pupunha (Bactris gasipaes),cacau,plátano, abacate (Persea americana), pimentas (aji)Capsicum, ananás (Ananas comosus), caju (Anacardium occidentale), manga (Mangifera indica),laranja elimão (Citrus × limon). Caçam anta (Tapirus terrestris), porco-do-mato (pecari) (Tayassu pecari), paca (Agouti paca) ejacarés (Caiman crocodilus).
Oxamanismo oupajelança tuiuca envolve a crença de que os "pajés do universo" podem afligir os homens com doenças e trovão. Seusespíritos são representados pelaslagartas. Uma cerimônia é necessária para apaziguá-los através debenzimentos. Realizamcerimônias rituais periódicas (ciclo anual) que assumem três formas básicas:caxiris (festas com bebidafermentada -peyuru), dabucuris ou intercâmbio cerimonial, e os ritos de Yurupari envolvendoflautas sagradas, dos quais só participam os homens.[5]
Utilizam diversas plantaspsicoativas: o caapi,Banisteriopsis caapi , que preparam emmaceração a frio;munõ (cigarrão detabaco –Nicotiana tabacum); o ipadu –Erythroxylum coca - que consomem comendo durante uma festa ritual (nascimento de crianças, cerimôniaTõkowi , o "ritual de dar o nome" -Yeriponá baseriwi e outros): as folhas, depois de secas e transformadas em um pó fino, são misturadas com folhas deembaúba torrada.

A festa do Yurupari (Jurupari) é interpretada como uma afirmação da identidade, um rito de renascimento: os meninos ficam na posiçãofetal, bebemayahuasca ou caapi, são chicoteados peloskumú - os pajés mais sábios - para serem fortes e, depois, banhados no rio para representar a chegada dosancestrais pela Anaconda, o Deus da Transformação, Pamuri Koamaku.[6], PHILLIPS, 2011 (o.c.)
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