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Trasmiera

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Este artigocita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Fevereiro de 2022)
Trasmiera
Tresmiera
Comarca
Praia de Berria, Santoña
Praia de Berria,Santoña
Praia de Berria,Santoña
Brasão de armas de Trasmiera
Brasão de armas
Gentílicotrasmerano, -na
Localização
Mapa da comarca na Cantábria
Mapa da comarca na Cantábria
Mapa da comarca na Cantábria
Trasmiera está localizado em: Espanha
Trasmiera
Localização de Trasmiera na Espanha
43° 24′ 40″ N, 3° 36′ 33″ O
PaísEspanha
Comunidade autónomaCantábria
ProvínciaCantábria
Características geográficas
Área total558 km²
População total(2021) [1]62 178 hab.
Densidade111,4 hab./km²
Outras informações
Nº demunicípios19
Paisagem emRiotuerto
Convento de San Sebastián de Hano, junto às marismas de Santoña

Trasmiera, também conhecida comomerindade de Trasmiera e historicamente comoTresmiera[a][b][c] é uma dascomarca históricas do norte deEspanha, naprovíncia ecomunidade autónoma daCantábria. Tem 558 km² de área e em 2021 tinha 62 178 habitantes.[1] Situa-se a leste dorio Miera e estende-se até aorio Asón [es]; na costa estende-se pelas baíasde Santander deSantoña [es], ocupando uma grande parte do litoral oriental da Cantábria. A costa nessa área caracteriza-se pelas suas falésias e belas praias, como as deLangre [es],Loredo [es],Isla [es], as deNoja e a deBerria [es]. No interior a comarca tem extensosprados, instalaçõeshoteleiras eparques de campismo.

A comarca não tem atualmente estatuto administrativo, pois apesar de já existir uma lei para a divisão em comarcas da Cantábria desde 1999, esta ainda não foi regulamentada.[5]

Limites da comarca de Trasmiera
Mar Cantábrico
Comarca de
Santander
Costa Oriental
Asón-Agüera
Vales PasiegosAsón-AgüeraAsón-Agüera

História

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Os vestígios mais antigos conhecidos da região são daPré-história e encontram-se nascavernas dePuente Viesgo, Santoña, Miera eLa Garma [es] (emOmoño [es], Ribamontán al Monte). Os vestígios da presençaromana são escassos, exceto na baía de Santoña, pois aromanização da zona foi pouco relevante. Em contrapartida, a cultura dos povoscântabros persistiu até ao final doReino Visigótico(418–711 d.C.).

Entre os séculos VIII e X teve lugar um processo derepovoamento, o que indica que a região estaria praticamente desabitada. O reiAfonso I dasAstúrias(r. 739–757),duque da Cantábria, mandou repovoar o que agora se conhece como Comarca de Trasmiera, onde havia muito poucos núcleos humanos. O repovoamento foi feito seguindo o costuma da época, patrocinando a fundação de pequenosmosteiros, em volta dos quais se foram estabelendo assentamentos de famílias vizinhastransumantes que se organizaram em aldeias, que deram origem a muitas das povoações atuais. Aosmonges era oferecida a propriedade (a chamadapresúria) de terras sem uso na condição de as cultivarem. Osmosteiros de repovoamento mais antigos foram os de São Vicente de Fístoles (emEsles [es],Santa María de Cayón) eSanta Maria de Puerto [es] em Santoña. Este último teve um amplo domínio jurisdicional que durou até aoséculo XVI, mas a partir doséculo XI, uma ordem real obrigou-o a depender doMosteiro de Nájera [es], naRioja e assim se manteve até aoséculo XIX, quando adesamortização extinguiu os mosteiros.

Nos documentos doséculo IX a comarca aparece como delimitação geográfica e administrativa. Esta delimitação contribuiu para que ao longo dos séculos se tenham podido conservar muitos costumes e atividades ancestrais. Uma das atividades mais curiosas é o uso demoinhos de maré, que funcionaram até há pouco tempo; na localidade deIsla (município de Arnuero).

Historicamente a Cruz deSomarriba [es], na localidade homónima do município de Liérganes, marcava o limite ocidental de Trasmiera com o território dasAstúrias de Santillana [es]. Considera-se que a cruz marca a divisória entre a Cantábria oriental (que começa em Trasmiera) e a Cantábria ocidental.[6]

Merindade de Trasmiera

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Trasmiera aparece citada nacrónica deAfonso III das Astúrias(866–910), escrita noséculo IX, e foi vinculada aoCondado de Castela no século seguinte.[7] A partir doséculo XIII a demarcação foi estabelecida com entidade administrativa por ordem real. Em finais doséculo XIV registaram-se na região numerosos episódios dasguerras de bandos [es], provocadas pelas diversas famílias que compunham a estrutura senhorial da Cantábria em disputa pela ampliação dos seus domínios. Em Trasmiera a guerra foi protagonizada pelo enfrentamento entre a família Giles de Solórzano, apoiada pelosVelasco [es], e a família Negretes de Agüero (Marina de Cudeyo).

O rei era representado na região por ummerino (meirinho) que no início era um membro daCasa de Lara, originária daprovíncia de Burgos; passado algum tempo, osmerinos passaram a ser escolhidos entre as famílias autóctones da comarca. Regida pelos seus "concelhos de homens debehetría [es]",[d] a comarca conseguiu livrar-se do imposto daalcavala [es] noséculo XV. OsReis Católicos(r. 1474–1504) ajudaram a consolidar a estrutura interna emjuntas — Cudeyo, Ribamontán, Siete Villas, Cesto e Voto, a que depois se juntaram, mediante carta de irmandade, as vilas de Santoña e Escalante, assim como o lugar de Argoños em 1579. Cada junta construiu a sua casa de audiência e cadeia, ao passo que as juntas gerais damerindade eram realizadas emHoz de Anero (Ribamontán al Monte), que era a capital da merindade. Até à criação dosayuntamientos (municípios) constitucionais, em 1834, a merindade gozou de consideráveis isenções fiscais, um alto grau deautogoverno e isenções militares para fins de autodefesa.[e]

Municípios

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Moinho de maré em Argoños
Ponte de Liérganes
MunicípioÁrea
(km²)
População
(2021)[1]
Densidade
(hab./km²)
Argoños5,51 834333,5
Arnuero24,72 14486,8
Bárcena de Cicero36,74 399119,9
Bareyo32,42 12965,7
Entrambasaguas43,25 357124
Escalante19,176239,9
Hazas de Cesto21,91 64475,1
Liérganes36,72 40365,5
Marina de Cudeyo28,45 186182,6
Medio Cudeyo26,87 606283,8
Meruelo16,42 174132,6
Miera33,838611,4
Noja9,22 650288
Ribamontán al Mar36,94 629125,4
Ribamontán al Monte42,22 38256,4
Riotuerto30,51 64553,9
Santoña11,511 011957,5
Solórzano23,51 04844,6
Voto77,72 78935,9

Ofícios artísticos tradicionais trasmeranos

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Ao longo de séculos houve váriosofícios artísticos nos quais ganharam grande fama muitos naturais de Trasmiera tiveram muita fama, nomeadamente osmestres de obras os artesãos deretábulos e desinos.

Mestres canteiros

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Claustro doMosteiro dos Jerónimos,Lisboa, em cuja construção o mestre de obras trasmerano João de Castilho teve um papel muito relevante

A fama dos mestrescanteiros de Trasmiera remonta à Idade Média e praticamente não há catedral ou grande monumento em Espanha no qual não tenham trabalhado mestres trasmeranos.[10] O ofício de canteiro na região tinha tradicionalmente uma boa formação e era conhecido fora da comarca. Durante os séculos XV a XVIII deu-se o grande apogeu da construção em Espanha, Portugal e nas suas colónias americanas e muitos canteiros trasmeranos trabalharam em grandes obras, como oMosteiro do Escorial,[f] aCatedral de Siguença e vários grandes monumentos daGaliza, mas deixaram muito poucasmarcas na Cantábria.

Sabe-se que no início doséculo XII numerosos pedreiros de Trasmiera foram chamados para trabalhar na construção dasmuralhas de Ávila. A partir doséculo XV há registo de que trabalhavam em toda aCastela e tinham cargos de responsabilidade. Isso levou-os a criar umgrémio, uma associação fechada eesotérica na qual comunicavam por meio de umjargão especial que só eles conheciam, chamadapantoja [es].[11]

O ofício era transmitido de pais para filhos, proporcionando a estes últimos uma aprendizagem especial que lhes permitia serem mestres e dirigir obras decatedrais antes dos 30 anos. Os contratos eram temporários e sazonais. A emigração ocorria geralmente em março, para regressar no inverno. Os canteiros mais famosos e mais solicitados por vezes estavam anos fora das suas terras e só regressavam para casar ou para administrar as suas propriedades e às vezes para fazer otestamento. Mesmo quando estavam muitos anos fora de casa, não perdiam a condição de vizinhos do local de origem. Os seusapelidos quase sempre refletiam o lugar de procedência. Alguns destes pedreiros chegaram a obter o estatuto defidalgos, com as suas próprias armasheráldicas outorgadas pelo rei, e em alguns casos ocuparam cargos públicos.[carece de fontes?] O sobrenome da famílianobre Cantera (pedreira em castelhano) tem origem em Trasmiera, devido à existência de numerosas pedreiras das quais se extraía pedra que era levada paraBilbau e que também era usada para edificações em Somo (Ribamontán al Mar),Pedreña (Marina de Cudeyo) e outros locais.[11]

Mestre de obras trasmeranos famosos

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Mosteiro de Santa Cruz, emCoimbra, em cuja construção esteve envolvido o trasmerano Diogo de Castilho

Mestresretabulistas

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A conceção e construção deretábulos foi outro ofício tradicional da Cantábria em geral e de Trasmiera em particular. Atalha em madeira foi muito apreciada durante a Idade Média eRenascimento e depois doConcílio de Trento (1563), que promoveu o culto das imagens e dos retábulos, surgiram na região várias oficinas especializadas. A atividade teve o seu apogeu noséculo XVII, uma época sobre a qual há extensa documentação.

Algunsretabulistas, comoSimón de Bueras,Juan de Alvarado [es] eBartolomé de la Cruz alcançaram grande prestígio, nomeadamente naRioja, Castela ePaís Basco. Os chamados "Mestres das Sete Vilas" (em redor da baía de Santoña) foram os que tiveram mais contacto com as oficinas castelhanas. Muitos dessesretabulistas eram arquitetos consumados e tinham oficinas onde trabalhavam os talhadores,carpinteiros, assembladores,douradores e toda uma série de artesãos especializados necessários para a construção de retábulos de alta qualidade. Estas oficinas trabalhavam comescultores,pintores e outros artistas.

Alguns dos ofícios indispensáveis nas oficinas de retábulos eram o mestre arquiteto, que organizava a estrutura e fazia o desenho; o mestre entalhador, que se encarregava dos motivos decorativos; o mestre carpinteiro; o mestre escultor; os mestres pintores, que se ocupavam dapolicromia; e os mestres douradores, que se ocupavam dodouramento e dos estofados. Além dos mestres, nas oficinas havia também aprendizes eoficiais (operários). Durante os primeiros cinco anos o mestre ensinava o aprendiz, alimentava-o e dava-lhe sapatos. Se o aprendiz quisesse continuar comooficial, passava pelo menos mais cinco anos até alcançar um nível no ofício que lhe permitia tornar-se independente estabelendo-se por conta própria.

Estilo das imagens

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O mestres retabulistas trasmeranos foram muito influenciados peloromanismo [es] deMiguel ângelo e dos seus seguidores, muito em voga na primeira fase daContrarreforma (século XVI). As imagens são muito realistas e expressivas, deixando muito patente o sofrimento dos santos e mártires. O expoente máximo desta corrente é obascoJuan de Ancheta [es], discípulo deJuan de Juni. O estilo dos mestres escultores foi evoluindo e em meados doséculo XVI deixam-se influenciar pela corrente do galegoGregorio Fernández. As oficinas dos retabulistas imitam e difundem as novas modas até que os gostos vão mudando e no final do século as imagens vão sendo gradualmente suprimidas e a os retábulos passam a ter outro tipo de decoração.

Mestres sineiros

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Sinos em Santoña, fundidos por mestres sineiros de Meruelo

O fabrico desinos na Cantábria é uma tradição que remonta à Idade Média. A comarca de Trasmiera foi o berço de prestigiados fundidores de sinos,[13] cuja fama ultrapassou as fronteiras de Espanha, tendo sido contratados em várias partes da Europa e da América. O ofício desenvolveu-se sobretudo na Junta das Sete Vilas, formada pelas localidades de Bareyo, Ajo (Bareyo), Güemes (Bareyo), Arnuero, Castillo (Arnuero), Isla (Arnuero), Soano (Arnuero), Meruelo e Noja, onde houve numerosas oficinas de sinos. O conhecimento foi transmitido de pais para filhos ao longo dos séculos, tendo-se constituído linhagens de mestres sineiros.[10]

A importância dos mestres sineiros cântabros foi tal que diversos estudiosos assinalam que não há catedral,basílica ouigreja em Espanha que não tenha tido nos seus campanários a marca de um fundidor cântabro.[10] No México e no Peru há várias catedrais com sinos fabricados por mestres trasmeranos. Em 1797 foi fundido um sino para aCatedral de Lima que se chama "A Cantábria",[14] o que reflete a importância dos seus artesãos e do seu lugar de procedência.[carece de fontes?] Em 1753 foi fabricado por mestres de Arnuero para aCatedral de Toledo[15] aquele que é considerado o maior sino de Espanha, com 14,4 toneladas,[16] que demorou dois anos a ser fabricado. Diz-se que quando tocou pela primeira vez os vidros da cidade partiram-se[15] e as grávidas abortaram com o susto,[carece de fontes?] o que levou a que fosse perfurado para amortecer o volume das suas badaladas.[15] Quando ospríncipes das Astúrias se casaram, o presente oficial da Cantábria aos foi o sino "Virgem Bem Aparecida", com 1,6 toneladas, fundido emGajano (Marina de Cudeyo)[17] por dois dos últimos herdeiros da tradição sineira trasmerana, os irmãos Portilla.[18]

Praia de Langre, Ribamontán al Mar
Praia de Langre, Ribamontán al Mar

Notas

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  • Parte do texto foi inicialmente baseado na tradução do artigo«Trasmiera» na Wikipédia em castelhano (acessadonesta versão).
  1. «Os de Tresmiera podem pescar em alto mar para comer, mas não para vender. Todos os outros não podem fazê-lo sob penas graves, sobre as quais esta vila executória tem […][2]
  2. «Merindad de Tresmiera del Baston de las Quatro Villas»[3]
  3. «Leon et Asturias et Tresmiera ao longo do rio Oue»[4]
  4. O termobehetría [es] está ligado ao direito de poder eleger osenhor (que em condições normais era imposto, sem que os submetidos tivessem opção de escolha).[8] Num sentido mais estrito designava uma terra cujo cultivador tem a liberdade de escolher o seu senhor.[9]
  5. «Trasmiera se guarda a sí misma»[7]
  6. Um dos principais arquitetos do complexo do Escorial foiJuan de Herrera, um cântabro natural deRoiz (Valdáliga).
  7. Não confundir com o outro arquiteto cântabro homónimo mencionado numa nota anterior, que deu o nome aoestilo herreriano e que foi seu contemporâneo.

Referências

  1. abc«Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero»(ZIP).www.ine.es (em espanhol).Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022 
  2. Castañeda 1592[falta página]
  3. Madrid Álvarez 1990, p. 113.
  4. Menéndez Pidal 1955, p. 493.
  5. Ley 8/1999, de 28 de abril, de comarcas de la Comunidad Autónoma de Cantabria(PDF) (em espanhol),Parlamento da Cantábria, arquivado dooriginal(PDF) em 12 de dezembro de 2009 
  6. Soto, Javier (25 de abril de 2016).«Cruz de Somarriba, Cantabria - 61710 - Biodiversidad Virtual / Etnografía» (em espanhol). www.BiodiversidadVirtual.org. Consultado em 1 de fevereiro de 2022 
  7. abLinares Argüelles et al. VIII 1985[falta página]
  8. «behetría».Diccionario de la lengua española. dle.rae.es (em espanhol). Real Academia Espanhola 
  9. Alvar Ezquerra 2001, p. 92.
  10. abcPellón Gómez de Rueda 2000, p. 107.
  11. abLinares Argüelles et al. II 1985[falta página]
  12. Linares Argüelles et al. IV 1985[falta página]
  13. Setién, Adrián (2000).«Campaneros trasmeranos» (em espanhol). Campaners de la Catedral de València. campaners.com. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  14. Pellón Gómez de Rueda 2000, p. 131.
  15. abcPellón Gómez de Rueda 2000, p. 178.
  16. «La campana gorda de la catedral de Toledo es la mayor de España» (em espanhol). www.abc.es. 13 de setembro de 2004 
  17. Buigues Metola, Marcos (7 de julho de 2004).«Virgen Bien Aparecida (1) - Residencia del Príncipe Felipe - Palacio de la Zarzuela - Madrid» (em espanhol). Campaners de la Catedral de València. campaners.com. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 
  18. «Portilla, hermanos (gajano) - Marina de Cudeyo (Cantabria)» (em espanhol). Campaners de la Catedral de València. campaners.com. Consultado em 3 de fevereiro de 2022 

Bibliografia

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