Transporte público outransporte coletivo é um sistema detransporte para passageiros por conjuntos de viagens em grupos para uso pelo público geral, normalmente administrados em horários programados, operados em rotas estabelecidas e que cobram umataxa porcidade.[1][2] Osserviços de transporte público podem ser fornecidos tanto por empresaspúblicas comoprivadas.
Os transportes públicos numacidade providenciam o deslocamento de pessoas de um ponto a outro na área dessa cidade. A grande maioria das áreas urbanas de médio e grande porte possui algum tipo de transporte público urbano. O seu fornecimento adequado, empaíses comoPortugal eBrasil, é, geralmente, deresponsabilidade municipal, embora omunicípio possa conceder licenças, às vezes acompanhadas desubsídios, acompanhias particulares.
O transporte público urbano é parte essencial de uma cidade. Idealmente devem constituir o meio de locomoção primário em uma cidade, garantindo odireito de ir e vir de seuscidadãos. Além disso, ao utilizar o transporte público, o cidadão contribui para a diminuição dapoluição do ar epoluição sonora, doconsumo decombustíveis fósseis não-renováveis e para a melhoria da qualidade de vida urbana, uma vez que menoscarros são utilizados para a locomoção de pessoas.Diz-se também de sistema em que uma pessoa (ou grupo) aluga umônibus para determinado passeio, excursão e "lota-o" de pessoas, colegas para participarem desta viagem, passeio.
As saídas obedeceriam horários regulares;
Cada ocupante iria pagar apenas por seu lugar, independentemente de quanto lugares ocupados nos carros;
A rota ao redor deParis seria dividida em cinco setores, atarifa de cincocentavos permitiria cruzar apenas para mais um setor. Além disso, deveria ser paga uma nova tarifa.
Não seria aceitoouro como pagamento, a fim de evitar atrasos.
O serviço perdurou por quinze anos após a morte de Pascal. Naquele mesmo ano, porém, restrições doParlamento para que fosse usado apenas por pessoas "de condições" e o aumento da tarifa para seis centavos gradualmente foram tirando apopularidade donegócio, até que ele ser extinto, em 1677.[3]
Apenas 150 anos depois, em1826, com a criação doônibus porStanislas Baudry, na também francesaNantes é que o conceito de transporte público seria retomado, e ainda seguindo os mesmos critérios definidos por Pascal, que a propósito ainda hoje estão presentes no transporte público moderno.
Em1828, próprio Baudry fundou emParis aEntreprise Générale des Omnibus, para explorar o serviço de transporte coletivo nacapitalfrancesa. Logo em seguida, seu filho iniciaria empreendimentos similares emLyon eBordéus.[4] Abraham Brower[5] havia estabelecido em1827 a primeira linha de transporte público emNova Iorque. Em1829 a novidade chegaria aLondres pelas mãos de George Shillibeer e, a partir daí alcançaria rapidamente as principais cidades daAmérica,Europa e demais partes do mundo.
Em1863, a inauguração da primeira linha demetrô, emLondres, viria estabelecer novosparadigmas de qualidade no transporte público.
Ometrô de Londres era uma adaptação urbana da já conhecidaferrovia. Porém, segregando-se o sistema em vias exclusivas, subterrâneas, ometrô alcançava inédita eficiência emvelocidade e volume de passageiros transportados, liberando a superfície para o transporte individual ou para ospedestres.
Nova Iorque teria oficialmente sua primeira linha subterrânea de metrô em1904, embora já contasse com linhas elevadas urbanas trêsdécadas antes disso.[5]
Com a popularização doautomóvel no início doséculo XX, o ônibus retornaria à pauta como alternativa de transporte público. Inicialmente, osônibus eram baseados na estrutura decaminhões, com umacarroceria adaptada para o transporte de passageiros.
Os ônibus (autocarros em Portugal) são práticos e eficientes em rotas de curta e média distância, sendo frequentemente o meio de transporte mais utilizado no transporte público, por constituir uma opção econômica. A maior vantagem do ônibus é sua flexibilidade. As companhias de transporte procuram estabelecer uma rota baseada num número aproximado de passageiros na área a ser tomada. Uma vez estabelecida a rota, são construídos ospontos de ônibus (paragem de autocarro, em Portugal) ao longo dessa rota.
Porém, dada a sua baixa capacidade de passageiros, ônibus não são eficientes em rotas de maior uso. E, em rotas altamente usadas, causam muitapoluição, devido ao maior número de ônibus necessários para o transporte eficiente de passageiros nesta dada rota. Neste caso, é considerada a substituição da linha de ônibus por outra linha usandobondes ou mesmo ummetrô.
Para aumentar a capacidade do sistema, muitas cidades estão aderindo à construção de vias exclusivas para ônibus, sistema este conhecido como Bus Rapid Transit (BRT), que foi primeiramente implantado na cidade brasileira deCuritiba. No início do século XXI, o BRT foi construído em outras cidades do mundo, comoSão Paulo (Expresso Tiradentes), a capital chilenaSantiago (Transantiago) e cidades americanas comoLos Angeles eLas Vegas.
Uma parada de bonde (paragem de eléctrico em Portugal) noCairo, noEgito.
Os bondes (eléctrico em Portugal) são veículos que se movimentam sobretrilhos construídos no solo, e são alimentados poreletricidade, via cabos de eletricidade (catenárias) instalados ao longo da rota. Podem transportar mais passageiros do que um ônibus não-articulado e não poluem diretamente omeio ambiente.
Porém, devido à impossibilidade de locomoção lateral, podem causar problemas de trânsito em ruas cujo tráfego é pesado, especialmente porque a linha de bonde é instalada geralmente no centro da rua. Quando o deslocamento de passageiros é feito numa via pública comum, sempre que o bonde para nas suas paradas (paragens, em Portugal) semelhantes às de ônibus (ao invés de uma estação à parte), todos os veículos que o seguem são forçados a parar, até que o deslocamento de passageiros dentro e fora do bonde tenha terminado. Para a resolução deste problema, a construção de uma via pública exclusiva para bondes pode ser considerada.
Os bondes são, além disso, mais caros de se manter, por causa da constante manutenção necessária das linhas de eletricidade que o alimentam. Atualmente, poucas cidades, comoToronto eSan Francisco, usam bondes em larga escala para o transporte eficiente de passageiros. Linhas de bonde de diversas cidades atuam comoatrações turísticas, comoSan Francisco,Lisboa,Porto,Rio de Janeiro,Campos do Jordão eSantos.
O metrô (metro ou metropolitano em Portugal) é utilizado quando os ônibus ou bondes não atendem de modo eficiente a demanda de transporte de passageiros em certas rotas da cidade. Isto acontece quando os passageiros precisam percorrer longas distâncias ou se as rotas de ônibus/bondes ficam frequentemente congestionadas.
O metrô é alimentado por eletricidade, e é totalmente separado de espaços de acesso público, comoruas,estradas,ferrovias,parques e outros. O metrô pode rodar emtúneis abaixo do solo, em terra (quase sempre separada de outras áreas através de cercas) ou noar, suspenso através de pilares. Os passageiros embarcam em estações construídas ao longo da linha de metrô.
O metrô é um meio de transporte que não implica grandescustos a nível ecológico/ambiental, sendo ideal para o transporte em massa de passageiros. Porém, sua manutenção é muito cara, e só é economicamente viável em rotas de alta densidade. Além disso, ao contrário dos ônibus, as rotas de metrô precisam ser cuidadosamente planejadas.
Às vezes são de responsabilidade regional, quando são usadas como meio de transporte de passageiros numa grande cidade, ou entre diferentes cidades localizadas próximas uma da outra. Geralmente, aos passageiros usando trens interurbanos não é concedido o direito de transferência para outros meios de transporte público de uma dada cidade sem antes pagar taxa integral para o uso de tal transporte.
No planejamento de um sistema de transportes públicos urbanos é preciso ter em conta a eficiência dele, permitindo aos seus usuários tomar o mínimo de rotas possíveis e/ou a menor distância possível. O sistema precisa também ser economicamente viável para os seus usuários.
Cartão ilimitado de uso: O usuário compra umcartão que possuifoto eidentidade do usuário, que lhe permite usar o sistema ilimitadamente por uma certa quantidade detempo. O cartão precisa ser verificado pelomotorista do veículo ou pelo cobrador da estação.
Pré-paga: o usuário usa um cartão que pode precisar ser carregado em um posto licenciado. Quando usando o cartão ao usar uma rota, a taxa é cobrada automaticamente.
Tickets outokens que podem ser comprados com antecedência.
Tickets ouvale descontos para certos usuários comoidosos eestudantes.
Por distância: cobra-se pela distância percorrida pelo usuário, usado na maioria dascidades doJapão.
Passes de diversas modalidades, que consistem numdocumento identificativo do portador e que permitem o uso de determinados transportes públicos numa área ou rota pré-estabelecida, pagando-se determinadas quantias em períodos definidos (mensalmente, por exemplo).
Certos usuários comocrianças em idadepré-escolar são muitas vezes isentos de qualquer taxa.
Ônibus com embarque e desembarque pelo lado esquerdo emCampinas, noBrasil.
Livre: não cobra taxas dos seus usuários.
Transporte totalmente integrado: taxa única paga apenas na entrada, sendo que o usuário pode pegar conexões entre diferentes rotas sem o pagamento de uma taxa extra. Usado na maioria das cidadeseuropeias, todas as cidades doCanadá, bem como a maioria das cidadesamericanas e também é usado naRegião Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.[carece de fontes?]
Transporte integrado: taxa única paga apenas na entrada, passageiro precisa desembarcar em certos terminais centrais integrados para tomar outra rota, caso contrário, precisa pagar uma taxa extra. Usado na cidade deManaus,[6] na maioria das municípios doParaná, na Rede Metropolitana deGoiânia e no Sistema Transcol, presente naRegião Metropolitana de Vitória.
Por distância: cobra-se pela distância tomada pelo usuário. Usado na maioria das cidades doJapão.[carece de fontes?]
Transporte semi-integrado: Passageiros podem tomar umaconexão livre de taxa num terminal central de integração da companhia de transporte; porém, precisam pagar uma taxa para pegar rotas de outras companhias. A cidade deSão Paulo é um exemplo disso; passageiros tomando o metrô da cidade precisam pagar uma taxa extra para pegar rotas de ônibus, e vice-versa.[carece de fontes?]
Não integrada: Passageiros precisam pagar uma nova taxa ao pegar uma nova conexão. Comum em pequenas cidades e várias cidadesestadunidenses.[carece de fontes?]
A cidade dePetrópolis usa atualmente os dois sistemas, integrado e não integrado. O sistema integrado conta com seis terminais de integração, onde o passageiro pode se deslocar de um ponto a outro, pagando apenas uma passagem. Está atualmente toda sistematizada com o cartão da Setranscard, que é recarregável. Este sistema permite, aos passageiros, mais agilidade e menor custo das passagens, pois utilizam-se de apenas duas passagens diárias para se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa.[carece de fontes?]
As companhias que administram o sistema de transporte público urbano quase nunca são autossuficientes, isto é, areceita gerada pelas taxas de entrada epropaganda não são suficientes para cobrir despesas comsalários de funcionários e manutenção de equipamentos. A companhia deMetrô de São Paulo, por exemplo, teve um prejuízo de aproximadamente 350 milhões dereais no ano fiscal de2003. NaAmérica do Norte, a companhia mais eficiente economicamente é aToronto Transit Commission, deToronto, no Canadá, gerando 81% (dado de2004) da receita necessária para autossustentação.
O resto da receita necessária para a manutenção do sistema de transporte público urbano precisa ser pesadamente subsidiada pelo município (ou mesmo pelo governo), financiamento que pode custar caro aos cofres públicos da cidade e que causa frequentemente querelas públicas e aceso debate político.
Alguns dos principais problemas que encontramos no transporte público são a superlotação, os atrasos, a segurança, aviolência, a falta de conforto e a passagem cara.
A superlotação e os atrasos podem ser causados principalmente pela falta de veículos operando em determinadas linhas. A falta de ônibus circulando pela cidade acaba gerando a superlotação, principalmente nos horários de pico, e os atrasos para as pessoas que precisam desse meio de transporte para chegar aotrabalho ou estudar por exemplo, já que existem linhas com apenas um ônibus circulando, passando em um intervalo de aproximadamente uma hora dependendo do seu trajeto.
Apesar de haver constante debate acerca da eficiência de diferentes sistemas de transporte, o transporte público é geralmente visto como uma opção adequada em termos deeficiência energética. Um estudo feito em 2002 pelaBrookings Institution e aAmerican Enterprise Institute mostrou que o transporte público nos Estados Unidos consome a metade docombustível dos carros e caminhões leves. Além disso, o estudo verificou que veículos particulares emitem 95% mais demonóxido de carbono e duas vezes maisdióxido de carbono eóxido de nitrogênio do que veículos de transporte público para cada passageiro pormilha percorrida.[7]
Ambientalistas costumam alegar que o transporte público é menos poluente do que o transporte por automóveis. Um estudo de 2004, feito emMilão,Itália, durante umagreve no sistema de transportes ajuda a evidenciar o impacto do transporte de massa sobre omeio-ambiente. Foram coletadas amostras do ar entre os dias 2 e 9 de janeiro. As amostras foram testadas com o objetivo de identificar gases prejudiciais ao meio-ambiente, tais comometano,monóxido de carbono ehidrocarbonetos em geral. Foi feita umasimulação de computador que mostrou os resultados do estudo. No dia 2 de janeiro há menor concentração, resultado do menor trânsito na cidade durante oferiado de final de ano. No dia 9 de janeiro havia maiores concentrações desses gases devido à greve, que aumentou a frota de veículos particulares nas ruas da cidade.[9]
Com base nos benefícios do transporte público, esses estudos tiveram impacto em políticas públicas. Por exemplo, em 2009, o estado deNova Jérsia lançou uma iniciativa deplanejamento urbano.[10] O objetivo dessa iniciativa foi realocar a oferta de emprego a áreas de maior acessibilidade ao transporte público. A iniciativa percebia que o uso do transporte público seria uma forma de reduzirengarrafamentos, e, além disso, forneceria um estímulo econômico a áreas beneficiadas pela realocação de emprego, contribuindo com a redução de emissão de gás carbônico (CO2).
O uso do transporte público resulta em redução do consumo de gás carbônico per capita e do consumo de energia.[11] Outros dois benefícios são a redução dos engarrafamentos e o uso mais eficiente da terra. Quando levados em conta esses três fatores, estima-se que 37 milhões de toneladas de CO2 deixam de ser emitidas anualmente.[11] Outro estudo mostra os benefícios potenciais do transporte público em termos de emissão de gás carbônico nosEstados Unidos.[12]
Para comparar o transporte público com o transporte particular em termos de gasto energético, deve ser calculada a quantidade deenergia gasta por passageiro em uma dada distância percorrida. No estudo de David JC MacKay, são mostradas diversas vantagens do transporte público.[13]
Estudos mostram que o transporte público utiliza o espaço urbano de forma mais eficiente do que o transporte particular e permite uma organização menos esparsa das cidades.[14] O planejamento urbano centrado no transporte público otimiza essa organização. Isso permite a criação decentros comerciais próximos aosintermodais, atendendo às necessidades de consumo e de serviços da população local, o que reduz adispersão urbana.[15]
O transporte público leva aeconomias de escala, ou seja, investir nessa modalidade de transporte reduz ocusto total do transporte. A economia de tempo também pode ser significativa, pois a menor quantidade de carros nas ruas leva a menos congestionamentos, o que aumenta a velocidade média dos veículos. Modelos detransit-oriented development podem aumentar a utilidade e eficiência do sistema de transporte público, assim como podem permitir o florescimento de novos desenvolvimentos comerciais, além de modos mais organizados dezoneamento urbano. Por isso, o maior acesso a meios de transporte tende a alterar, em geral, positivamente, o valor da terra. No entanto, há também efeitos negativos no valor da terra, advindos, por exemplo, dapoluição sonora.
Muitas cidades observam que novos sistemas de transporte público possuem benefícios econômicos substanciais, provocando odesenvolvimento econômicoe social da região, e aumentando o valor da terra na região. Sistema de transporte público fixas e bem planejadas, tais comoferrovias, aparentemente possuem um impacto maior, talvez por que a construção destes meios de transporte significa assumir um objetivo a longo prazo para providenciar transporte para localidades específicas. Além disso, um eficiente e bem planejado sistema de transporte público maximiza os benefícios econômicos e ambientais de investimentos para o transporte público através do incentivo de maior desenvolvimento dentro de um certo raio das estações.
Traduzir o impacto econômico em uma fonte de renda para a rede de sistemas de transporte público tem sido um sonho de uma maioria deplanejadores urbanos. Poucas localidades possuem a habilidade de ceder o direito de desenvolvimento para um operador de transporte público urbano privado, tal comoHong Kong tem feito. O sucesso de Hong Kong ilustra bem o potencial desta ideia.
Outros alegam que o transporte público não é prático, por causa de seus altos custos e de sua ineficiência. Estas pessoas alegam que os custos de construção e de manutenção de um quilômetro de trecho demetrô ou delight rail muitas vezes equivale ou mesmo excede aos custos de construção e manutenção o quilômetro devias expressas urbanas, embora não desviem o mesmo número de veículos - embora proponentes do transporte público disputam a veracidade desta última informação. Além disso, as pessoas contra o transporte público alegam que os projetos de transporte público muitas vezes não incluem custos de operações a longo prazo, que geralmente não são cobertos pelo arrecadamento gerado através dos passageiros. Ora e meia,sindicatos de transporte público tem realizadogreves, ameaçando colocar a população da área urbana como reféns, até que suas demandas sejam atendidas. Porém, por causa do crescente congestionamento de automóveis, o número de pessoas utilizando-se de sistemas de transporte público nos Estados Unidos aumentou em 21% - mais do que o aumento do mesmo período em veículos o quilômetro, e excluindo passageiros o quilômetro emlinhas aéreas. Diversos Estados americanos considerados anteriormente a favor apenas de vias expressas, tais como oColorado e oUtah, tem aprovado mais investimentos para seus sistemas de transporte público, em2005.
Em várias cidades comoSevilha,Calcutá eCiudad del Este, muitas pessoas, para sustentarem-se, cobram uma taxa fixa para transportar, ilegalmente, pessoas em veículos (vans ecaminhonetes são os mais comuns) não cadastrados, fazendo-se passar por um órgão de transporte oficial. Isto causa grandesprejuízos econômicos para a(s) companhia(s) de transporte público que operam na cidade (devidamente cadastradas pelo órgão de transporte oficial da cidade/país). Este tipo de transporte também coloca emperigo avida dos passageiros transportados, através do uso de veículos não inspecionados, apresentando por vezes problemas mecânicos; ou através domotorista, não devidamente licenciado pelogoverno.
Naregião amazônica,Indonésia e no interior daChina, barcos de passageiros não cadastrados muitas vezes transitam emrios emares, sobrelotados, e também botando em perigo a vida dos passageiros transportados. Outro problema, existente em váriospaíses daÁfrica,América Latina eÁsia, são as companhias de transporte interurbano que não cadastram devidamente seus veículos.
Apesar de ser ilegal, este género deserviço é bastante usado pela população em geral, por duas razões:
Falta de transporte público adequado na região, especialmente em regiões isoladas comoflorestas tropicais.
Mesmo quando formas legais de transporte público estão disponíveis, várias pessoas ainda usam os métodos ilegais de transporte, uma vez que muitas vezes cobram menos dos seus passageiros, que não têm como pagar mais caro para usar o transporte público legalizado.
Críticos do transporte público muitas vezes alegam que o transporte público atrai "elementos não desejáveis", com histórias de criminosos atrás de passageiros, e desem-tetos dormindo em trens. Em algumas ocasiões, passageiros reagiram, tomando a lei em suas próprias mãos, como no famoso caso de1984 deBernhard Goetz.
Apesar destes incidentes, a grande maioria dos sistemas de transporte público é bem vigiada e possui baixas taxas decriminalidade. A maioria dos operadores de sistemas de transporte público desenvolveram métodos para desencorajar as pessoas a usarem suas facilidades como abrigo noturno. Sistemas de transporte público bem desenvolvidas são utilizadas por pessoas de diversas classes sociais, e novos sistemas possuem um impacto positivo no valor da terra e propriedades próximas às estações. O sistema demetrô de Hong Kong arrecada parte de suas verbas através do desenvolvimento de propriedades próximas às suas estações. Muito da oposição pública a novos projetos de transporte público são por causa do impacto em bairros por causa do novo desenvolvimento econômico provocado pela inauguração destes sistemas.
Em contraste, acidentes de carros causam cerca de um milhão de mortes no mundo todo. NosEstados Unidos, foram registrados em2003 um total de 42 643 mortes, três vezes mais o número de assassinatos (14 408). Mais de nove de cada dez pessoas nos Estados Unidos ou noCanadá locomovem-se para seus locais detrabalho através do uso de automóveis.
Alguns sistemas de transporte público proíbemalimentos e/oubebidas dentro de estabelecimentos e veículos administrados por este dado sistema. Regras tendem a ser mais rígidas em bondes, metrôs e ônibus do que em trens inter-urbanos de longa distância. Em fato, por vezes trens interurbanos vendem alimentos e bebidas a bordo, ou até mesmo possuem um carro debufê ou umrestaurante. Alimentos e bebidas trazidos de fora são permitidos, exceto aqueles em vagões especiais.
Estação de ônibus com assentos desenhados para evitar que sem-tetos durmam neles.
Na era onde viagens de longa distâncias tomavam diversos dias, acomodações adequadas para osono eram uma parte essencial do transporte público. Atualmente, a maioria daslinhas aéreas e trens de longa distância oferecemassentos reclináveis e muitos fornecemtravesseiros ecobertores para viajantes noturnos. Serviços que oferecem melhores instalações para o sono são comumente oferecidas, através do pagamento de um extra (exemplo, serviço de primeira classe existente em muitas linhas aéreas internacionais), e incluem vagões equipados comcamas em trens noturnos, maiores cabinas privadas emnavios, e assentos em aviões que são conversíveis em camas. Alguns turistas, inclusive, fazem uso de trens noturnos ou de viagens de ônibus noturnas, para evitar pagar por umhotel.
A habilidade de tomar sono adicional no caminho para o trabalho é uma opção atrativa para muitas pessoas usando sistemas de transporte público. Alguns sistemas de trens interurbanos inclusive fornecem "vagões silenciosos" onde conversas em alto volume etelefones celulares são proibidos.
Ocasionalmente, uma rota de transporte público local com um longo segmento noturno, e que aceita passes multiusos de baixo preço, adquire a reputação de um "hotel móvel" para pessoas com fundos limitados. A maioria dos sistemas de transporte público, porém, desencoraja ativamente isto, e até mesmo um preço baixo detém os indivíduos mais pobres, incluindosem-tetos. Um exemplo disto é a rota de ônibus 22 da Autoridade de Transporte do Vale de Santa Clara, cognominadaHotel 22, entrePalo Alto eSan José. Um passe por 24 horas custa quatro dólares e um passe mensal, 45 dólares, muito menos do que um hotel, casa ou apartamento.
Outro exemplo são os serviços de trens interurbanos operados pela CityRail emSydney,Austrália. Trens relativamente confortáveis operam entre Sydney eLithgow ouNewcasttle, durante a noite, em viagens de aproximadamente duas horas e meia de duração.Idosos,deficientes e pais únicos possuem direito a um passe diário, cujo valor é de 2,2dólares australianos.
↑«Trânsito de massa - Encyclopædia Britannica(em inglês)». Consultado em 10 de agosto de 2019.Trânsito de massa, também chamado de transporte de massa, ou transporte público, o movimento de pessoas dentro de áreas urbanas usando tecnologias de viagens em grupo, como ônibus e trens.
↑Barletta, Barbara; Dabdub, Donald; Blake, Donald R.; Rowand, F. Sherwood; Nissenson, Paul; Meinardi, Simone (2008). «Influence of the public transportation system on the air quality of a major urban center. A case study: Milan, Italy».Atmospheric Environment.42 (34): 7915–7923.doi:10.1016/j.atmosenv.2008.07.046