| Toyota GT-One[1] | ||||
|---|---|---|---|---|
| Visão geral | ||||
| Nomes alternativos | Toyota TS020 | |||
| Produção | 1998-1999 | |||
| Fabricante | Toyota | |||
| Modelo | ||||
| Classe | GT1-LMGTP | |||
| Carroceria | Fibra de carbono e Kevlar | |||
| Designer | André de Cortanze | |||
| Ficha técnica | ||||
| Motor | Toyota RV36V-R V8 3.6L | |||
| Potência | 600 bhp / 448 kW @ 6,000 rpm | |||
| Torque | 650 Nm | |||
| Transmissão | TTE 6-velocidades semiautomático | |||
| Dimensões | ||||
| Comprimento | 4840 mm | |||
| Largura | 2000 mm | |||
| Altura | 1125 mm | |||
| Peso | 900 kg | |||
| Tanque | 90l | |||
| Cronologia | ||||
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Toyota GT-One, ouToyota TS020,[nota 1] foi umesporte protótipoGT1/LMGTP desenvolvido pela fabricante japonesaToyota em associação com sua divisão de competiçãoToyota Team Europe para competição nos eventos de automobilismo das24 Horas de Le Mans de1998 e1999 emLe Mans,França.[2][3]
Foi o último esforço da montadora japonesa em competições de carros esporte antes da sua estreia naFórmula 1, tendo usando o GT-One para substituir seus ultrapassados modelos feitos para a antiga categoria doGroup C que tornaram a fabricante, outrora, bem sucedida em competições internacionais.
Após sua participação na edição de 1999 com protótipo GT-One, a montadora retornaria a provas longa duração apenas em 2012[4] em parte pelo fim do envolvimento no campeonato deFórmula 1[5] usando o modeloToyota TS030 Hybrid, agora como um veículo de especificação LMP ehíbrido.
Após a extinção da categoria dosGroup C para as24 Horas de Le Mans de 1994, e a introdução da categoria deGT em seu lugar, aToyota decidiiria alterar seus planos de forma a se tornar participativa nessa nova categoria, a partir dacorrida do ano seguinte.[6] Contudo, o principal obstáculo enfrentado pela construtora eram as novas regras impostas pelaFederação Internacional do Automóvel (FIA) e aAutomobile Club de l'Ouest (ACO) para a categoria em1995: carros que competissem na categoria deveriam ser construídos a partir de um modelo de rua. Isso impedia que o Toyota 94C-V, antiga campanha da equipe, viesse a participar.[6] Sem possibilidades de utilizar seus carros de competição incluindo o Toyota TS010 de campanha, em 1993, a montadora decide direcionar seus esforços para um novo projeto ingressando com dois modelos diferentes de competição, todos preparados paras novas regras introduzidas pela FIA: o Toyota Supra LM GT e o Toyota MC8R, a partir da equipe SARD Racing Team.[7][8]
OToyota Supra referido apenas por Toyota Supra LM GT foi o primeiro modelo a ser introduzido para categoria GT1 em 1995. Em Le Mans, o carro obteve a 30º posição na qualificação[9] e problemas de assoalho durante a prova. Mais tarde a transmissão apresentou defeitos, fazendo com que o carro regressa-se aos boxes. Novos problemas relacionados ao assoalho do carro e a transmissão se repetiram além de excessiva temperatura nocockpit dos pilotos. A equipe conseguiria finalizar as24 Horas de Le Mans 1995 em décimo quarto lugar na sua categoria.[9][7] Em 1995, o modelo Toyota MC8, versão de rua necessária para homologação do SARD MC8R de corrida foi lançado. O carro ingressou no ano para competição em Le Mans mas abandonou a corrida quatorze voltas após o seu início.[10]
Em1996 a equipe trouxe seus dois projetos de campanha as pistas novamente. Para esse ano, problemas relacionados ao assoalho do Toyota Supra GT LM se repetiram incluindo defeitos no sistema de exaustão e/ou escapamento e defeitos repetitivos nofreio vinham acontecendo obrigando o carro a parar nos boxes. Na volta 205, o pilotoHidetoshi Mitsusada se envolveu em um acidente, fazendo com que o Toyota Supra LM GT abandonasse a competição.[11] O SARD MC8-R vinha competindo sem grandes problemas apesar da penúltima posição. No final do ano a Toyota obteve como melhor posição o vigésimo quarto lugar.[12]
Com todos os esses problemas, a fabricante japonesa resolveu abandonar sua campanha de GT e retirou-se das24 Horas de Le Mans 1997, para poder se direcionar para o projeto de um novo carro de GT para o evento do ano seguinte. Todavia, o carro SARD MC8-R, que havia até então sido liderado sob campanha da montadora japonesa ainda é inscrito para prova francesa de1997. Sem apoio técnico direto o carro não obteve o tempo necessário para que pudesse ingressar na corrida.[nota 2][nota 3][13]
Entre1995 e1996 a fabricante nipônica se associou com a equipe japonesa SARD, no entanto, para1997, decidiria tomar como apoio a sua própria divisão técnica de competição com sede emColónia,Alemanha, aToyota Team Europe. Operando também em conjunto com aDallara Automobili Andre de Cortanze, diretor técnico da divisão da Toyota e ex-designer naFórmula 1 lideraram esforços para construção de um novo carro para o regulamento GT1.[14] Neste processopranchetas de desenho foram substituídas por sistemas avançados deCAD o que permitia uma maior precisão no desenho.[15]
Para o benefício próprio, Cortanze havia explorado a regulamentação colocada pelaAutomobile Club de l'Ouest (ACO), principal órgão regulamentador do evento das 24 Horas de Le Mans, para desenvolver o novo carro da Toyota exclusivamente para classe GT1.[16] Como exigência, o modelo de rua necessário para homologação do carro de corrida, deveria possuir alguns requisitos como: duas poltronas e um espaço que comportasse pelo menos uma mala pequena.[nota 4]
Após nove meses de trabalho, a Toyota libera seu primeiro chassi em outubro de1997,[1] em menos de um ano de trabalho previsto, desde o início do projeto. Para homologação do carro, seria necessário ainda a construção de uma versão de rua, para que pudesse participar na categoria inscrita. Norbert Kreyer, diretor técnico da divisão de motores daToyota Team Europe, realizou ainda algumas modificações para aperfeiçoar o carro, como a redução dopeso, o que garantia uma redução do consumo de combustível e o aumento do limite de velocidade final do carro.[2]
Em dezembro de1997, a Toyota libera para testes o novo carro para sua campanha em1998.[1]
A configuração adotada pela Toyota foi a configuraçãoV8, que se mostrava mais confiável do que outras configurações. Esta escolha foi dada levando em conta a durabilidade, exigido pelas provas de resistência como as 24 horas de Le Mans. A câmera do motor possui uma capacidade máxima de 3,6l decombustível, resultando em 3578cc.[1] Em conjunto com motor operavam doisturbocompressores Garrett. No total o motor desempenhava 600bhppotência mecânica a 6000rpm com um torque máximo de 649N m a 6000 rpm. A maior velocidade registrada em competição, se deu nos treinos livres para as24 Horas de Le Mans 1999 onde registrou 351 km/h.[17]
O primeiro aparecimento do novo protótipo da Toyota realizou-se no dia de ensaio oficial para as24 Horas de Le Mans 1998, em maio.[1] Nesse dia três novos chassis do Toyota GT-One foram apresentados a público. Mais tarde, os carros iniciaram obtendo os melhores tempos nos treinos livres, com segundo, quinto, e décimo lugares. Posteriormente, para a semana da prova, todos os três carros repetiram seus bons desempenhos, qualificando-se em segundo, sétimo e oitavo lugares.[18] Seus principais concorrentes eram as fabricantes alemãsMercedes-Benz, com modeloMercedes-Benz CLK-LM,Porsche, com a nova versão doPorsche 911 GT1 e aNissan com oNissan R390 GT1 LM.
A primeira perda da equipe Toyota aconteceu nas horas iniciais da corrida, com veículo número vinte e oito, do pilotoMartin Brundle que sofreu um acidente em alta velocidade, ocasionado pela falha dos freios, onde colidiu fortemente em uma barreira depneus. Os dois outros veículos continuaram a competir pelas dez primeiras posições. Perto do horário de encerramento, o Toyota GT-One número vinte e nove sofreu uma falha na caixa de transmissão, privando a Toyota de obter o melhor resultado da corrida. Assim, a equipe foi deixado o nono lugar na corrida, com a entrada do veículo número vinte e sete, que terminou a corrida vinte e duas voltas atrás do vencedor Porsche 911 GT1, após ser obrigado a regressar ao pit-stop pelo rompimento de um de seus pneus.
O abandono dos três veículos da equipe foi um duro golpe para a fabricante Toyota, após a extensa temporada na fabricação e testes.[19]
| N° | Categoria | Equipe | Pilotos | Veículo | Treinos | Classificação final na corrida |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Motor | ||||||
27 | GT1 | Toyota GT-One | 8º | 9º - 326 voltas (25 do final) | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 | ||||||
28 | GT1 | Toyota GT-One | 2º | DNF (Acidente) - 191 voltas | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 | ||||||
29 | GT1 | Toyota GT-One | 7º | DNF (Caixa de transmissão) - 330 voltas | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 |
AToyota foi forçada a fazer alterações para o Toyota GT-One com a introdução do regulamento da LMGTP e a saída da categoria GT1. Na sessão oficial de testes emLe Mans, o GT-One's foram novamente rápidos, tomando o primeiro, terceiro e quinto tempos. Nesse ritmo, na fase de qualificação para a corrida, os três GT One’s obtiveram o primeiro, segundo e oitavo lugares.[21] No início da corrida houve uma extensa troca de posições entre os principais concorrentes. Os carros da Toyota se mantiveram nas primeiras posições, apesar da luta constante com Mercedes-Benz. No entanto, uma combinação de falhas trouxe maus resultados a equipe. Parte docascalho afiado acidentalmente trazido para a superfície da pista pelos carros concorrentes trouxe prejuízos ao primeiro dos GT-One foi perdido quando sofreu um furo em um dos seus pneus e privouMartin Brundle de completar a prova. Danificado, o carro foi incapaz de retornar aos boxes, abandonando a corrida. No meio da corrida, outro GT-One deThierry Boutsen foi perdido com mesmo problema sobretudo com um acidente em alta velocidade, danificando permanentemente o carro.
Isso deixou a equipe somente com o carro número três, que havia retornado dos boxes após problemas mas retornara a prova ainda correndo entre as primeiras posições da corrida. A perda novamente de dois carros, como na temporada passada, concentrou os esforços para o único veículo restante deixando a disputa entre Toyota e BMW que travaram uma briga intensa pela vitória na corrida. Porém, um contato acidental com aBMW V12 LM de Thomas Bscher provocou novamente um furo de pneu levando o carro restante da Toyota ao pit-stop, perdendo a chance de vencer a corrida. O retorno a corrida, ainda a frente dos veículos restantes da Audi, garantiu como prêmio, o segundo lugar geral.


| N° | Categoria | Equipe | Pilotos | Veículo | Treinos | Classificação final na corrida |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Motor | ||||||
3 | LM GTP | Toyota GT-One | 8º | 2º - 364 voltas (1 do final) | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 | ||||||
1 | LM GTP | Toyota GT-One | Pole | DNF (Pneu furado) - 90 voltas | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 | ||||||
2 | LM GTP | Toyota GT-One | 2º | DNF (Acidente) - 173 voltas | ||
| Toyota R36V 3.6L Turbo V8 |
|url= (ajuda) (em inglês). Supercars.net. Consultado em 12 de fevereiro de 2013 |url= (ajuda) (em inglês). Mulsannes Corner. Consultado em 12 de fevereiro de 2013 |url= (ajuda) (em inglês). Mulsannes Corner. Consultado em 12 de fevereiro de 2013