Ocupa uma área de 277 423,627 km²[12], pouco maior que oEquador e aNova Zelândia, sendo adécima maior unidade federativa em área territorial no Brasil. Com mais de 1,5 milhão de habitantes, é o quarto estado mais populoso da Região Norte e ovigésimo quarto mais populoso do Brasil. Apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 000 habitantes: Palmas, a capital e sua maior cidade com quase 290 000 habitantes em 2017, eAraguaína, com cerca de 175 000 habitantes. Tocantins possui um dos mais baixos índices de densidade demográfica no país, superior apenas ao dos estados deRoraima,Amazonas, Mato Grosso eAcre. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2022 a densidade demográfica equivale a 5,45 hab./km2.[12]
Dotupi:tukana, tucano, e tĩ, bico, nome de antiga nação indígena. Ambos os termos estão emrelação genitiva, o que dá a ideia de origem, pertencimento, e enseja a inversão dos termos (conforme indicam as setas).
O território do atual Tocantins passa a constar nos mapas em 1593, com a expedição dos bandeirantes António Macedo e Domingo Luís Grau, fazendo parte daCapitania de São Vicente (1534–1709). A ocupação da região do atual Tocantins se iniciou na primeira metade doséculo XVII, quandojesuítas criaram osaldeamentos missionários em Palma (atualParanã) e em Duro (atualDianópolis), para a catequese dospovos indígenas locais.[17]
Em 1722, a região do atual Tocantins fazia parte daCapitania de São Paulo e osbandeirantes descobriram ouro na região deVila Boa (atualGoiás), o que fomentou a procura pelo metal na região do atual Tocantins e na região de Goiás também. Nas décadas de 1730 e 1740, com o aumento da procura de ouro, a coroa portuguesa decide desmembrar esse território da Capitania de São Paulo, tentando diminuir o poder paulista na região, criando assim aCapitania de Goiás incluindo o território tocantinense. Chegaram à região desbravadores, em grande parte oriundos das regiõesNorte eNordeste do Brasil e surgiram os primeiros arraiais, que originaram municípios comoNatividade,Almas,Arraias,Porto Nacional e,Conceição do Tocantins. Durante décadas, o norte de Goiás (o atual Tocantins) foi uma das regiões daCapitania em que mais produziu ouro, com o uso da mão-de-obra formada porafricanos escravizados.[10][18][19]
No final do século XVIII, a mineração de ouro na Capitania de Goiás entrou em declínio e a Capitania passou por uma profunda crise econômica, acentuada no atual Tocantins. A região passou a ter como base econômica a agricultura e muitos dos antigos mineradores deixaram o território tocantinense, o qual se torna isolado.
Mapa da Província do Araguaia que seria criada durante o Império do Brasil onde hoje seria o Tocantins, 1873.Arquivo NacionalRuínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos emNatividade
Em 1821, pouco antes daIndependência do Brasil, diante do abandono da região pelo governo goiano, Segurado proclamou o Governo Autônomo do Tocantins, mas a revolta é reprimida.[23]
NoImpério do Brasil, houve mais duas tentativas de emancipar o norte de Goiás. Em 1863, oVisconde de Taunay defendeu a criação da Província da Boa Vista do Tocantins, com capital na vila de Boa Vista (atualTocantinópolis). Em 1889, Fausto de Souza defendeu a divisão do Império em 40 províncias, sendo uma delas a do Tocantins. NaPrimeira República Brasileira, o discurso separatista sobreviveu na imprensa regional, principalmente de Porto Nacional, que era o centro econômico e político tocantinense da época.[24]
NoEstado Novo, quando o governo federal manda criar os territórios federais deGuaporé (atualRondônia),Rio Branco (atualRoraima),Iguaçu ePonta Porã, estes dois últimos extintos em 1946, houve também a pressão para criar o território federal do Tocantins.[24]
Em 13 de maio de 1956, o Dr. Feliciano Machado Braga, Juiz de Direito de Porto Nacional, juntamente com o Prof. Fabrício César Freire, o Bioquímico Dr. Oswaldo Ayres da Silva, o Jornalista João Matos Quinaud, o Advogado Dr. Francisco Mascarenhas, o Escrivão Pethion Pereira Lima e o Odontólogo Dr. Severo Gomes, com a adesão das entidades como a ATI (Associação Tocantinense de Imprensa), CENOG (Casa do Estudante do Norte Goiano) e UAO (União Artística e Operária), lançou o "Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins", como uma expressão do desejo emancipacionista do norte de Goiás. Formaram-se comissões para estudar as formas de implantação do novo estado, sendo criados, então uma bandeira e um hino.
Durante quatro anos, foram realizadas paradas cívicas no dia 13 de maio alusivas à data de lançamento do movimento. Em sinal de sua dedicação à causa, o juiz Feliciano Machado Braga passou a despachar em documentos oficiais como "Porto Nacional, Estado do Tocantins" e foi transferido de Porto Nacional e assim, o movimento perdeu sua força e seu líder maior de então.
Com aconstrução de Brasília e a expansão da agricultura, a região do Tocantins começou a se desenvolver, com a construção daRodovia Belém-Brasília, a mineração de ouro ecalcário e a extração de madeira. Com isso, muitos migrantes vindos de outras partes do Brasil foram para o então norte de Goiás.[10] A ocorrência de intensos conflitos agrários na região conhecida como "Bico do Papagaio", no norte tocantinense, entre os rios Araguaia e Tocantins, nessa época, alimentou a defesa pela emancipação da região.
Em 1982, houve rumores no qual se afirmava que o governo federal estaria disposto a criar o "Território Federal do Tocantins", de modo a contrabalançar a influência doPartido do Movimento Democrático Brasileiro na Região Norte do país, tendo em vista a conquista dos governos doAmazonas, Pará eAcre pela legenda oposicionista, restando ao governistaPartido Democrático Social o controle, por nomeação presidencial, do estado deRondônia e dos territórios federais doAmapá eRoraima. Tal alarido logo foi desmentido. Entretanto, o movimento autonomista já havia se articulado e, em 1985, o então senadorBenedito Vicente Ferreira, pertencente aoPartido da Frente Liberal (PFL) de Goiás, protocolou noSenado Federal um projeto de lei que propunha a criação do estado do Tocantins, este sob o número Nº 201.
Depois de ter seu projeto vetado pelo então presidenteJosé Sarney,José Wilson Siqueira Campos, membro do Partido Democrático Social e deputado federal por Goiás, apresentou aoCongresso Nacional um projeto de lei criando o estado do Tocantins. Aprovado pelos parlamentares em março, foi encaminhado ao presidente José Sarney, que novamente o vetou em 3 de abril de 1985. À época, José Sarney afirmou que tal matéria deveria ser submetida à Constituinte, que elaboraria a nova Constituição nacional.[25]
Durante aAssembleia Nacional Constituinte, ocorreu uma nova tentativa de emancipação da região. O artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, estabeleceu condições para a criação do novo estado no bojo de uma reforma que extinguiu os territórios federais existentes e concedeu plena autonomia política aoDistrito Federal. Dessa forma, em 5 de outubro de 1988, o norte do estado de Goiás foi emancipado, passando a se chamar Tocantins, com sua capital provisória emMiracema do Tocantins e instalado definitivamente em 1° de janeiro de 1989, sendo inserido naRegião Norte do Brasil, uma vez que, enquanto pertencente a Goiás, era parte daRegião Centro-Oeste brasileira.[26] Em 1° de janeiro de 1990, a capital foi transferida paraPalmas, uma cidade planejada.[10]
O novo estado que surgia adotou umlema dalíngua tupi: "co yvy ore retama" pode ser dissecado da seguinte forma:[27]
co: este, esta.
yvy: terra, solo. O 'y' representa o som [ɨ], o qual não existe noportuguês brasileiro, mas existiu no tupi e existe atualmente no português de Portugal. O 'v' representa [β], o mesmo som que tem o 'b' doespanhol
ore: nosso, nossa. Trata-se do nós exclusivo, isto é, que exclui o ouvinte (ou, no caso, o leitor). Presume-se que este enunciado (kó yby oré retama) seja de autoria de um indígena, e que esteja dirigido para não nativos.
retama: terra, mais no sentido de lar, ou pátria, lugar de nascimento. Em sua forma absoluta étetama. A formaretama é usada apenas quando em relação com outra palavra (no caso,oré).[27]
Nota-se que não há palavra para o verbo "ser" no enunciado, pois, de fato, não há o verbo ser em tupi.[27]
Nos anos 1990 e 2000, houve a expansão doagronegócio no Tocantins e o estado se desenvolveu. Com isso, migrantes de todo o país se fixaram em seu território.[23]
O relevo do estado do Tocantins é sóbrio. Pertence ao Planalto Central Brasileiro. Caracteriza-se, sobretudo, pelo solo sob cerrados, predominando, na sua maioria, superfícies tabulares e aplainadas, resultantes dos processos de pediplanação. As principais regiões geográficas do estado são a Chapada da Bahia do Meio-Norte, com altitudes variadas de 300 a 600 m e representadas pela Serra da Cangalha e Mangabeira no Município de Itacajá; Chapada da Bacia de São Francisco, um divisor das águas das Bacias São Francisco/Tocantins, com altitude média de 900 m e representada pela Serra Geral de Goiás; Planalto do Tocantins, com altitude médias de 700 m; e a Peneplanície do Araguaia, constituída por um peneplano de colinas suaves com altitudes de 300 a 400 m, ao longo dos vales dos rios Araguaia e das Mortes. O estado, num todo, é caracterizado por variadas gamas de rochas ígneas e metamórficas do complexo cristalino e unidades sedimentares de diversas idades.[14]
O clima do estado é otropical de savana (Aw, emKöppen), que é caracterizado por uma estação chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro). É condicionado fundamentalmente pela sua ampla extensão latitudinal e pelo relevo de altitude gradual e crescente de norte a sul, que variam desde as grandes planícies fluviais até as plataformas e cabeceiras elevadas entre 200 m e 600 m, especialmente pelo relevo mais acidentado, acima de 600 m de altitude, ao sul. Há uma certa homogeneidade climática no Tocantins. Porém, por sua grande extensão de contorno vertical definem-se duas áreas climáticas distintas.
A norte doparalelo 6º S, onde o relevo é suavemente ondulado, coberto pelaFloresta Fluvial Amazônica, o clima é mais úmido, segundo Köppen, sem inverno seco. Com temperaturas médias anuais variando entre 24 °C e 28 °C, as máximas ocorrem em agosto/setembro com 38 °C e a média mínima mensal em julho, com 22 °C, sendo que a temperatura média anual é de 26 °C. Em geral as precipitações pluviométricas são variáveis entre 1 500 e 2 100 mm, com chuvas de novembro a março.
A sul doparalelo 6º S, onde o clima predominante é semiúmido ou sazonalmente seco, os meses chuvosos e os secos se equilibram e astemperaturas médias anuais diminuem lentamente, à medida que se eleva aaltitude. As máximas coincidem com o rigor dassecas em setembro/outubro com ar seco e enfumaçado dasqueimadas de pastos e cerrados. Assim, a temperatura compensada no extremo sul, varia de 22 °C e 23 °C, no centro varia de 26 °C a 27 °C e no norte, de 22 °C a 23 °C. As chuvas ocorrem de outubro a abril.
Ahidrografia do estado do Tocantins é delimitada a oeste peloRio Araguaia e ao centro peloRio Tocantins.[31] Ambos correm de sul para norte e se unem no município deEsperantina, banhando boa parte do território tocantinense. O Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia-Tocantins (PRODIAT) dividiu a hidrografia do estado em duas sub-bacias: Sub-bacia do Rio Araguaia: formada pelo Rio Araguaia e seus afluentes, tendo um terço de seu volume no estado; Sub-bacia do Rio Tocantins: formada pelo Rio Tocantins e seus afluentes, ocupando dois terços de seu volume aproximadamente no Estado.[32][33]
O Rio Araguaia nasce nas vertentes da Serra do Caiapó e corre de sul para norte, formando a maior ilha fluvial do mundo, aIlha do Bananal e lança suas águas no Tocantins, depois de percorrer 1 135 km engrossado por seus afluentes. O rio Tocantins nasce em Goiás, com o nome de Rio Padre Souza, no limite entre os municípios deOuro Verde de Goiás (GO),Anápolis (GO) ePetrolina de Goiás (GO). O Rio Tocantins só passa a receber o seu nome após a confluência entre oRio das Almas e oRio Maranhão, localizada entre os municípios tocantinenses deParanã eSão Salvador do Tocantins. Sendo um rio deplanalto, lança suas águas barrentas em plenabaía de Guajará, noPará.[32] Oregime hídrico daBacia Araguaia-Tocantins é bem definido, apresentando um período deestiagem, que culmina em setembro-outubro e um período decheias, de fevereiro a abril. Há anos em que as enchentes ocorrem mais cedo, em dezembro, dependendo da antecipação das chuvas nascabeceiras. (MINTER/1988).[32]
As unidades de conservação estaduais são:Parque Estadual do Cantão;Parque Estadual do Jalapão;Parque Estadual do Lajeado;Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins; Área de Proteção Ambiental das Nascentes de Araguaína; Área de Proteção Ambiental do Rio Taquari; Área de Proteção Ambiental Foz do Rio Santa Teresa;Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão; Área de Proteção Ambiental Jalapão; Área de Proteção Ambiental Lago de Peixe-Angical; Área de Proteção Ambiental Lago de Palmas; Área de Proteção Ambiental Lago de Santa Isabel; Área de Proteção Ambiental Lago de São Salvador do Tocantins, Paranã e Palmeirópolis; Área de Proteção Ambiental Sapucaia e Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado. Em 5 de abril de 2005, através da Lei Estadual nº 1.560, o Governo do Estado do Tocantins instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), estabelecendo os critérios e normas para a criação e gestão das unidades estaduais.
O Tocantins é um dos Estados mais religiosos do Brasil, mostra a pesquisa Novo Mapa das Religiões, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, no dia 24 de agosto. Tanto no índice de católicos, quanto no de evangélicos, o Estado está bem-posicionado no ranking nacional, conforme mostra a pesquisa. Segundo o levantamento, 70,6% dos tocantinenses, ou seja 969 727 pessoas, sãocatólicos, o que garante ao Estado 14º lugar no ranking. O Estado está em 10º lugar em número deprotestantes, com 21,96% de sua população, ou seja 301 631 pessoas. Dessesprotestantes, 15,51% são pentecostais e 5,19% pertencem a outras correntes, entre elas as tradicionais. Contudo, a pesquisa da FGV revela que o Tocantins está menos católico hoje do que quando foi realizado o último levantamento, em 2003. Naquele ano, os católicos representavam 79,83% da população (hoje são 70,6%).
O Tocantins é um estado dafederação, sendo governado por três poderes, oexecutivo, representado pelo governador, olegislativo, representado pelaAssembleia Legislativa do Tocantins, e ojudiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins e outros tribunais e juízes. Também se permite, nas decisões do governo, a participação popular, que dar-se-á sob a forma dereferendos eplebiscitos.[44]
O município de Palmas é quem detém o maior número de eleitores, com 172 344 000 destes. Em seguida aparecem Araguaína, com 102 800 eleitores, Gurupi (55 200 eleitores), Porto Nacional (37 100eleitores) e Paraíso do Tocantins, Colinas do Tocantins e Araguatins, com 31 500, 21 600 e 21 100 eleitores, respectivamente. O município com menor número de eleitores é São Félix do Tocantins, com 1 300.[45]
O estado foi governado, de 1.º de janeiro de 2015 a 22 de março de 2018, e de 6 a 19 de abril do mesmo ano, porMarcelo Miranda (PMDB), tendo como vice-governadora Cláudia Lelis (PV). OTribunal Superior Eleitoral cassou os mandatos de ambos e umaeleição suplementar foi marcada para o dia 3 de junho. O Tocantins passou a ser governado porMauro Carlesse (PHS) até 31 de dezembro de 2018.[47][48]
O Tocantins é conhecido como umaterra nova, de novas possibilidades e oportunidades, atrativa para migrantes e propícia ao aporte de novosinvestimentos com uma série deincentivos fiscais: a economia tocantinense está assentada em um agressivo modelo expansionista de agroexportações e é marcada por seguidosrecords de hiper-superávits primários: a maioria de sua pauta de exportação é soja em grão e carne bovina, revelando sua forte inclinação agropecuária.
Em 2005, Tocantins exportou 158,7 milhões de dólares e importou 14,3 milhões. Sua indústria é principalmente a agroindústria, centralizada em seis distritos instalados em cinco cidades-polo:Palmas,Araguaína,Gurupi,Porto Nacional eParaíso do Tocantins. Sua indústria é ainda pequena e voltada principalmente para consumo próprio. Observa-se uma economia, que com sucesso consegue reter capitais com sua pequenaindústria (reduzindo a necessidade de importações), uma população comrenda per capita em posição mediana, uma potência agrícola em expansão com um PIB cada vez maior e com deficiências principalmente nosetor secundário (indústrias).
O valor bruto da produção agrícola do estado foi estimado em mais de R$ 7,6 bilhões em 2019.[51] Nasoja, o Tocantins é o maior produtor da Região Norte do Brasil. Na safra de 2019, o Tocantins colheu 3 milhões de toneladas.[52][53] Nomilho, o estado colheu perto de 1 milhão de toneladas em 2019.[51] Em 2019, o Tocantins foi líder na produção dearroz na região Norte, tornando-se o terceiro maior produtor do Brasil. Colheram mais de 670 000 toneladas na safra 2016/2017.[51] Em relação aoabacaxi, em 2018, o Tocantins foi o sexto maior estado produtor do Brasil, com 69 milhões de frutas.[54] Em 2019, o rebanho bovino do estado era de 8 milhões de animais.[51]
Sobre a indústria, o Tocantins teve um PIB industrial de R$ 4,5 bilhões em 2017, equivalente a 0,4% da indústria nacional. Emprega 30 234 trabalhadores no setor. Os principais setores industriais são: Construção (34,1%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Eletricidade e Água (28,4%), Alimentos (22,5%), Minerais não metálicos (5,2%) e Químicos (1,5%). Esses 5 setores concentram 91,7% da indústria do estado.[55]
O potencial exportador do estado vem aumentando consideravelmente, tendo o Tocantins, em 2012, exportado aproximadamente 644 milhões de dólares, divididos principalmente em soja (69,37%), carne bovina congelada (20,29%), álcool etílico (3,35%), carne bovina (2,58%) e miúdos comestíveis (1,34%).[50] Boa parte de suas importações é de maquinário, material de construção, ferro e aeronaves de pequeno porte, produtos que representam a base de um expansionismo econômico. Não se observa a importação de produtos produtíveis em solo estadual: o que representa uma contenção de evasão econômica, garantindo umsuperávit nabalança comercial, retendo mais divisas dentro do estado.[carece de fontes?]
A produção de borracha natural (látexin-natura) após anos de incentivo dos órgãos agropecuários estaduais, estabilizou-se em três regiões, norte (Araguaína), centro (Pium) e sul (Palmeirópolis), com a região sul possuindo a maior área plantada do estado. Uma importante ajuda à economia estadual, como ocorre com a maioria das prefeituras do país, consiste no recebimento de verbas federais, principalmente através do FPM —Fundo de Participação dos Municípios.[carece de fontes?]
Nosetor terciário (comércio e serviços) suas principais atividades estão concentradas na capitalPalmas e também nas cidades que estão localizadas à beira da Rodovia Belém-Brasília (BR's153 e226). Faz-se importante frisar a relevância dessa rodovia para o Tocantins, pois ela corta o estado de norte a sul e possibilita um melhor desempenho no crescimento econômico das cidades localizadas às suas margens, servindo comoentreposto de transportes rodoviários e de serviços a viajantes. Além disso, a Rodovia Belém-Brasília também facilita o escoamento da produção do Tocantins para outros estados e para portos no litoral.[carece de fontes?]
As principaisrodovias federais do Tocantins são aBR-153 e aBR-226, que juntas formam o eixo viário da Rodovia Belém-Brasília. As demais são aBR-010, aBR-230 (Rodovia Transamazônica), aBR-235 e aBR-242. Estas últimas rodovias, com a exceção da BR-230, ainda possuem muitos trechos sem pavimentação ou até mesmo incompletos. No Tocantins, a Rodovia Belém-Brasília (BR-153 eBR-226) foi a primeira rodovia a ter sido construída e pavimentada no estado, tendo sido construída durante o final da década de 1950 (governo Juscelino Kubitschek),[56]
O Tocantins possui trêsaeroportos servidos por voos regulares:Aeroporto de Palmas,Aeroporto de Araguaína eAeroporto de Gurupi. Todos os demais aeroportos do estado são servidos apenas por empresas detáxi aéreo. AFerrovia Norte-Sul (ou EF-151) está em processo de construção, sendo operada de forma regular desde Aguiarnópolis até Porto Nacional pelaVLI enquanto aFerrovia de Integração Oeste-Leste (ou EF-334) ainda está em fase de planejamento no trecho que passará pelo estado. Vale ressaltar que a ferrovia já liga Açailândia — MA a Anápolis — GO, mas o trecho a sul de Porto Nacional — TO não é operado de forma regular pois não há pátios para carregamento/descarregamento de vagões. AValec ainda estuda o modelo de concessão para a ferrovia. As principaishidrovias do estado são as hidrovias dorio Tocantins e dorio Araguaia.[carece de fontes?]
Há demasiadas instituições educacionais no Tocantins, com a capital estadual, Palmas, abrigando as principais destas. A educação tocantinense possui um índice, de acordo com dados de 2010, de 0,624 pontos, ocupando a décima quarta melhor colocação no país, comparada à dos demais estados brasileiros. Na Região Norte, fica atrás do Amapá (0,629) e de Roraima (0,628), e à frente de Rondônia (0,577), Amazonas (0,561), do Acre (0,559) e do Pará (0,528).[57]
Sobre o analfabetismo, alista de estados brasileiros por taxa de alfabetização mostra o Tocantins com a décima sétima maior taxa, com 88,11% de sua população considerada alfabetizada. Em números absolutos, o Tocantins possui um total de 1 129 733 pessoas com mais de 10 anos de idade alfabetizadas, sendo 894 078 na área urbana e 235 655 na área rural.[58]
A culinária é parte da cultura do Tocantins e recebeu diversas influências brasileiras, como de origem indígena, portuguesa e africana. Devido a localização do estado é possível perceber traços gastronômicos de várias regiões brasileiras, como Centro-Oeste (Goiás), Nordeste (Maranhão) e Norte (Pará). Alguns ingredientes são facilmente encontrados na mesa tocantinense, como a farinha de puba, o pequi, a mandioca, o milho, os pescados, a galinha caipira, a jacuba, a sebereba, entre outros.[59][60] Diversos pratos típicos compõem a mesa da cozinha tocantinense, como o peixe assado, a peixada no leite de coco babaçu, o chambari (músculo bovino com osso cozido), a paçoca de carne de sol frita, a galinhada caipira feita com pequi, típica das regiões de Jalapão e Serras Gerais.[61][62]
NaCopa do Brasil de 2004, o Palmas surpreendeu chegando até as quartas de finais eliminando times bem mais tradicionais do futebol brasileiro, na primeira fase eliminou oRemo na primeira fase, na segunda fase eliminouNacional deManaus, nas oitavas de finais eliminou oGama, nas quartas de finais foi eliminado por outra surpresa que foi15 de Novembro deCampo Bom, time que na época era treinado porMano Menezes.[carece de fontes?]
↑Governo Estadual do Tocantins.«Criação do Estado do Tocantins - 1988».Tocantins - História. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura. Consultado em 2 de junho de 2017