Timor-Leste, oficialmenteRepública Democrática de Timor-Leste (emtétum:Timor Lorosa'e, oficialmenteRepúblika Demokrátika Timór-Leste), é um dospaíses mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha deTimor, noSudeste Asiático, além doexclave deOe-Cusse Ambeno, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha deAtaúro, a norte, e do ilhéu deJaco, ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no àIndonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oe-Cusse Ambeno, mas tem também fronteira marítima com aAustrália, noMar de Timor, a sul. Com 14 874 km2 de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses deBeja eFaro somadas, o que ainda é consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros,Sergipe. Sua capital éDíli, situada na costa norte.
A língua mais falada em Timor-Leste era oindonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje otétum (mais falado na capital). O tétum e oportuguês formam as duas línguas oficiais do país, enquanto oindonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste. Geograficamente, o país enquadra-se no chamadosudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas daMelanésia, o que o colocaria naOceania e, por conseguinte, faria dele umanação transcontinental.
O país foi colonizado peloImpério Português noséculo XVI e era conhecido comoTimor Português até adescolonização do país. No final de 1975, Timor-Leste declarou sua independência, mas no final daquele ano foiinvadido eocupado pelaIndonésia e foi anexado como a 27ª província do país no ano seguinte. Em 1999, após um ato deautodeterminação patrocinado pelasNações Unidas, o governo indonésio deixou o controle do território e Timor-Leste tornou-se o primeiro novoEstadosoberano doséculo XXI, em 20 de maio de 2002. Após a independência, o país tornou-se membro das Nações Unidas e daComunidade dos Países de Língua Portuguesa. Em 2011, Timor-Leste anunciou a intenção de participar daAssociação de Nações do Sudeste Asiático através da apresentação de uma carta de candidatura para se tornar o décimo primeiro membro do grupo.[5] É um dos dois únicos países predominantementecristãos nosudeste da Ásia, sendo o outro asFilipinas.
Timor-Leste tem uma renda média inferior à da economia mundial,[6] sendo que 37,4% da população do país vive abaixo dalinha de pobreza internacional, o que significa viver com menos de 1,25dólar dos Estados Unidos por dia,[7] e cerca de 50% da população éanalfabeta.[8] O país continua a sofrer os efeitos colaterais de uma luta de décadas pela independência contra a ocupação indonésia, que danificou severamente ainfraestrutura do país e matou pelo menos cem mil pessoas. O país é classificado no 128º lugar noÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH). No entanto, teve o sexto maior crescimento percentual doproduto interno bruto no mundo em 2013.[9]
"Timor" deriva detimur, que significaleste emmalaio, resultando assim em um topônimo tautológico que significaLeste-Leste. Emindonésio, isso resulta no nomeTimor Timur (nome daantiga província indonésiade facto;Timor Leste (em vez disso, é usado para se referir ao país). Em português, o país se chamaTimor-Leste. Emtétum éTimór Lorosa'e.[10][11]
Vestígios culturais em Jerimalai, na ponta leste de Timor-Leste, foram datados de 42 mil anos atrás.[14] Os primeiros habitantes conhecidos são aqueles que chegaram durante a migraçãoaustralo-melanésia pela região, provavelmente trazendo os precursores daslínguas papuas atuais.[15] Suspeita-se de uma migração posterior de falantes de línguasaustro-asiáticas, embora não restem tais línguas.[16][17] A chegada dospovos austronésios trouxenovas línguas e se fundiu com as culturas existentes na ilha.[18] Os mitos de origem timorenses contam que colonizadores navegaram ao redor da extremidade leste da ilha antes de desembarcar no sul. Essas pessoas são às vezes mencionadas como sendo daPenínsula Malaia ou das terras altasMinangkabau deSumatra.[19] A migraçãoaustronésia para Timor pode estar associada ao desenvolvimento da agricultura na ilha.[18][20]
Embora as informações sobre o sistema político de Timor durante esse período sejam limitadas, a ilha desenvolveu uma série interligada de entidades políticas governadas pelo direito consuetudinário. Pequenas comunidades, centradas em torno de uma casa sagrada específica, faziam parte desucos (ou principados) maiores, que por sua vez integravam reinos maiores liderados por umliurai. A autoridade dentro desses reinos era exercida por duas pessoas, com o poder terreno doliurai equilibrado pelo poder espiritual de umrai nain, geralmente associado à principal casa sagrada do reino. Essas entidades políticas eram numerosas e apresentavam alianças e relações instáveis, mas muitas eram suficientemente estáveis para sobreviverem desde os primeiros registros europeus no século XVI até o fim do domínio português.[21]:11–15
Desde talvez o século XIII, a ilha exportavasândalo,[21]:267que era valorizada tanto pelo seu uso no artesanato quanto como fonte de perfume.[22] Timor foi incluído nas redes comerciais doSudeste Asiático, daChina e daÍndia no século XIV, exportando sândalo,[23]mel ecera. A ilha foi registrada peloImpério de Majapait como fonte detributo.[24]:89 Foi o sândalo que atraiu osexploradores europeus para a ilha no início do século XVI. A presença europeia inicial limitou-se ao comércio,[25] sendo o primeiro assentamento português na ilha vizinha deSolor.[24]:90
A Batalha de Cailaco em 1726, parte de uma rebelião
Apresença portuguesa inicial em Timor foi muito limitada; o comércio era feito através de assentamentos portugueses em ilhas próximas. Só no século XVII é que estabeleceram uma presença mais direta na ilha, como consequência de terem sido expulsos de outras ilhas pelosneerlandeses.[21]:267 Após a perda de Solor em 1613, os portugueses mudaram-se paraFlores. Em 1646, a capital mudou-se paraCupão, no oeste de Timor, antes de também ser perdida para os neerlandeses em 1652. Os portugueses mudaram-se então paraLifau, no que é hoje o enclave deOecusse, em Timor-Leste.[24]:90 A ocupação europeia efetiva no leste da ilha só começou em 1769, quando a cidade deDíli foi fundada, embora o controle real tenha permanecido bastante limitado.[26] Umafronteira definitiva entre as partes neerlandesa e portuguesa da ilha foi estabelecida peloTribunal Permanente de Arbitragem em 1914 e permanece como a fronteira internacional entre os Estados sucessoresIndonésia e Timor-Leste, respectivamente.[27]
Para os portugueses, Timor-Leste permaneceu pouco mais do que um entreposto comercial negligenciado, com investimento mínimo em infraestrutura e educação, até o final do século XIX. Mesmo quando Portugal estabeleceu o controle efetivo sobre o interior de sua colônia, o investimento permaneceu mínimo.[21]:269, 273 O sândalo continuou sendo a principal cultura de exportação e as exportações decafé tornaram-se significativas em meados do século XIX.[22]
No início do século XX, uma economia interna instável levou os portugueses a extrair mais riquezas das suas colônias, o que encontrou resistência por parte dos timorenses.[23] A colónia era vista como um fardo económico durante aGrande Depressão e recebeu pouco apoio ou gestão por parte de Portugal.[21]:269
Durante aSegunda Guerra Mundial, Díli foi ocupada pelosAliados em 1941 e, posteriormente, pelosjaponeses a partir de 1942. O interior montanhoso da colônia tornou-se palco de umacampanha de guerrilha, conhecida como aBatalha de Timor. Travada por voluntários timorenses e forças aliadas contra os japoneses, a luta matou entre 40 mil e 70 mil civis timorenses. Os japoneses expulsaram as últimas forças australianas e aliadas no início de 1943.[28] O controle português, no entanto, foi retomado após arendição japonesa no final da Segunda Guerra Mundial.[29]
Portugal começou a investir na colônia na década de 1950, financiando a educação e promovendo as exportações de café, mas a economia não melhorou substancialmente e as melhorias nas infraestruturas foram limitadas.[21]:269 As taxas de crescimento anual permaneceram baixas, perto de 2%.[30] Após arevolução portuguesa de 1974, Portugal abandonou efetivamente a sua colínia em Timor e a guerra civil entre os partidos políticos timorenses eclodiu em 1975. AFrente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) resistiu a uma tentativa de golpe de Estado daUnião Democrática Timorense (UDT) em agosto de 1975[31] edeclarou unilateralmente a independência em 28 de novembro de 1975. Temendo um Estado comunista dentro do Arquipélago Indonésio, os militares indonésios lançaram umalançaram uma invasão em 7 de dezembro de 1975. A Indonésia declarouTimor-Leste sua 27ª província em 17 de julho de 1976.[32] OConselho de Segurança das Nações Unidas opôs-se à invasão e o estatuto nominal do território naONU permaneceu como "território não autónomo sob administração portuguesa".[33]
Manifestação contra a ocupação indonésia de Timor-Leste, naAustrália
AFretilin resistiu à invasão, inicialmente como um exército, mantendo o território até novembro de 1978 e depois como uma resistênciaguerrilheira.[34] Aocupação indonésia foi marcada por violência e brutalidade. Um relatório estatístico detalhado preparado para aComissão para a Recepção, Verdade e Reconciliação em Timor-Leste citou um mínimo de 102.800 mortes relacionadas ao conflito no período entre 1974 e 1999, incluindo aproximadamente 18,6 mil assassinatos e 84,2 mil mortes em excesso por fome e doenças. O número total de mortes relacionadas ao conflito durante esse período é difícil de determinar devido à falta de dados. Uma estimativa baseada em dados portugueses, indonésios e daIgreja Católica sugere que pode ter chegado a 200 mil.[35] A repressão e as restrições contrariaram as melhorias na infraestrutura e nos serviços de saúde e educação, o que significa que houve pouca melhoria geral nospadrões de vida; o crescimento económico beneficiou principalmente imigrantes de outras partes da Indonésia.[21]:271 Uma enorme expansão da educação visava aumentar o uso dalíngua indonésia e a segurança interna, tanto quanto o desenvolvimento.[36]
Omassacre de mais de 200 manifestantes pelas forças armadas indonésias em 1991 foi um ponto de virada para a causa da independência e aumentou a pressão internacional sobre a Indonésia. Após a renúncia do presidente indonésio Suharto,[34] o novo presidente,B. J. Habibie, instigado por uma carta do primeiro-ministro australianoJohn Howard, decidiu realizar um referendo sobre a independência.[37] Um acordo patrocinado pela ONU entre a Indonésia e Portugal permitiu a realização de umreferendo popular supervisionado pela ONU em agosto de 1999. Uma clara vitória da independência foi recebida comuma campanha punitiva de violência pormilícias pró-integração apoiadas por elementos das forças armadas indonésias. Em resposta, o governo indonésio permitiu que uma força multinacional de paz, aINTERFET, restabelecesse a ordem e auxiliasse refugiados e deslocados internos timorenses.[38] Em 25 de outubro de 1999, a administração de Timor-Leste foi assumida pela ONU por meio daAdministração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET).[39][40] O destacamento da INTERFET terminou em fevereiro de 2000 com a transferência do comando militar para a ONU.[41]
Xanana Gusmão, o primeiro presidente do país após a restauração da independência
Em 30 de agosto de 2001, os timorenses votaram em sua primeira eleição organizada pela ONU para eleger os membros da Assembleia Constituinte,[42][43] que aprovou a Constituição em 22 de março de 2002.[42] Em maio de 2002, mais de 205 mil refugiados haviam retornado.[44] Em 20 de maio de 2002, a Constituição da República Democrática de Timor-Leste entrou em vigor e Timor-Leste foi reconhecido como independente pela ONU.[43][45] A Assembleia Constituinte foi renomeada Parlamento Nacional eXanana Gusmão foi eleito o primeiro presidente do país.[46] Em 27 de setembro de 2002, o país tornou-se um Estado-membro da ONU.[47]
Em 2006,uma crise de agitação e lutas entre facções forçou 155 mil pessoas a fugirem de suas casas; as Nações Unidas enviaram forças de segurança para restabelecer a ordem.[48][49] No ano seguinte, Gusmão recusou-se a concorrer a um novo mandato. Embora tenham ocorrido incidentes menores durante o período que antecedeu aseleições presidenciais de meio de ano, o processo foi, no geral, pacífico eJosé Ramos-Horta foi eleito presidente.[50][51] Em junho de 2007, Gusmão concorreu àseleições parlamentares e tornou-se primeiro-ministro à frente do partidoCongresso Nacional para a Reconstrução Timorense (CNRT). Em fevereiro de 2008, Ramos-Horta ficou gravemente ferido emuma tentativa de assassinato; o primeiro-ministro Gusmão também foi alvo de disparos, mas escapou ileso. Reforços australianos foram imediatamente enviados para ajudar a manter a ordem.[52] Em março de 2011, a ONU transferiu o controle operacional da força policial para as autoridades de Timor-Leste. As Nações Unidas encerraram suamissão de manutenção da paz em 31 de dezembro de 2012.[48]
Francisco Guterres, do partido de centro-esquerda Fretilin, tornou-se presidente em maio de 2017.[53] O líder da Fretilin,Mari Alkatiri, formou um governo de coligação após as eleições parlamentares de julho de 2017. Este governo caiu pouco depois, levando a uma segunda eleição geral em maio de 2018.[54] Em junho de 2018, o ex-presidente e lutador pela independência,Taur Matan Ruak, tornou-se o novo primeiro-ministro.[55]José Ramos-Horta voltou a ser presidente em 20 de maio de 2022, após vencer o segundo turno daseleições presidenciais de abril de 2022 contra Francisco Guterres.[56]
A ilha caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação este-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado. O ponto mais alto do país, omonte Ramelau (ou Tatamailau), regista 2 960 metros de altitude, com quatro outros pontos a subirem acima dos 2 000 metros: omonte Cablaque, na fronteira dos municípios de Ermera e Ainaru (Ainaro), os montes Merique e Loelaco, na zona oriental e oMatebian, entreBaukau (Baucau) eVikeke (Viqueque).
Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre os 15 ºC verificados nas regiões montanhosas e os 30 ºC verificados emDíli e na ponta leste do país.
Timor-Leste possui um território de quase 15 000 km², ocupando a parte oriental da ilha deTimor. O país é muito montanhoso e tem umclima tropical. A montanha mais alta de Timor é oTatamailau, com 2 963 metros de altitude. Com chuvas dos regimes dasmonções, enfrenta avalanches de terra e frequentes cheias. O país possui mais de 1 000 000 de habitantes.[57][58] Também pertencem ao território timorense o enclave de Oe-Cusse Ambeno, na metade oeste da ilha de Timor, com 815 km², a ilha deAtaúro, ao norte de Díli, com 141 km², e o ilhéu deJaco, na ponta leste do país, com 11 km².[58][59]
Timor-Leste possui umclima tropical quente e úmido, caracterizado especialmente por duas estações bem definidas, que são causadas pela alternância das monções. Entre dezembro e maio há uma estação chuvosa que predomina em todas as regiões do país, originadas pelas monções advindas do noroeste e do sudoeste. Nos outros meses (junho a novembro) verifica-se uma estação seca, trazendo um clima mais enxuto, que é causado por ventos que sopram do sudeste e nordeste timorense.[60][61]
A montanhosa zona central regista muita precipitação e um período seco de quatro meses. Por fim, a zona menos acidentada do Sul, com planícies de grande extensão expostas aos ventos australianos, é bastante mais chuvosa do que o Norte da ilha e tem um período seco de apenas três meses.[62]
A população do país é de cerca de 1 291 358 em julho de 2017.[1] A população está concentrada especialmente na área em torno deDíli. A palavra "Maubere", utilizado anteriormente pelosportugueses para se referir aos nativos timorenses, e muitas vezes empregada como sinônimo de analfabetos e incultos, foi adotada pelaFrente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FReTiLIn) como um termo de orgulho.[63]
A população timorense consiste em uma série degrupos étnicos distintos, a maioria dos quais são descendentes demalaio-polinésios emelanésios. Os maiores grupos étnicos malaio-polinésios são otétum (100 mil),[64] principalmente no litoral norte e em torno deDíli; o mambai (80 mil), nas montanhas centrais; otocodede (63 170), na área em torno deMaubara eLiquiçá; ogalóli (50 mil), entre as tribosmacassai; o kemak (50 mil) no centro-norte da ilha de Timor; e o baikeno (20 mil), na área em torno dePante Macassar.
As principais tribos de origem predominantemente Papua incluem a bunak (50 mil)), no interior central da ilha de Timor; ofataluco (30 mil), na ponta leste da ilha, perto deLospalos; e o macassai, em direção ao extremo leste da ilha. Como resultado do casamento inter-racial, que era comum durante na era portuguesa, existe uma população de timorenses multirraciais e de origem portuguesa, conhecido como "mestiços".[65]
De acordo com aConstituição de Timor-Leste, otétum e oportuguês têm o estatuto de línguas oficiais. De acordo com parágrafo 3 do artigo 3 da Lei 1/2002, em caso de dúvida na interpretação das leis prevalece o português.[66]
O número de igrejas cresceu de 100 em 1974 para mais de 800 em 1994, conforme o número de membros das igrejas cresceu consideravelmente sob domínio indonésio comoPancasila, ideologia de Estado da Indonésia, que exigia que todos os cidadãos a acreditar em um Deus e não reconhecia as crenças tradicionais.[71]
Por outro lado, verifica-se que além de ser consideravelmente uma predominância de catolicismo, o animismo tem uma presença muito forte, e que por sua vez é praticado por todas as populações juntamente com as respetivas crenças acima mencionadas.[72]
O sistema político de Timor-Leste ésemipresidencialista, baseado nosistema português.[74][75]:175 A constituição estabelece tanto a separação dos poderes executivos entre o presidente e o primeiro-ministro, como aseparação dos poderes entre oexecutivo, olegislativo e ojudiciário.[76]:12 Não é permitido aos indivíduos participar simultaneamente nos poderes legislativo e executivo. O legislativo destina-se a controlar o executivo; na prática, o executivo tem mantido o controlo do legislativo sob todos os partidos políticos, refletindo a dominância de líderes individuais dentro dos partidos políticos e coligações.[75]:174 O executivo, por meio do conselho de ministros, também detém alguns poderes legislativos formais.[75]:175 O poder judiciário opera de forma independente, embora existam casos de interferência do executivo.[76]:13, 39[77] Alguns tribunais mudam de localização para melhorar o acesso para aqueles que vivem em áreas mais isoladas.[77] Apesar da retórica política, a constituição e as instituições democráticas têm sido respeitadas pelos políticos, e as mudanças de governo são pacíficas.[76]:15, 42 As eleições são conduzidas por um órgão independente,[78]:216 e a participação é alta, variando de cerca de 70% a 85%.[76]:17[79] O sistema político tem ampla aceitação pública.[76]:17[80]:106
Ochefe de Estado de Timor-Leste é opresidente da república, que é eleito por voto popular para um mandato de cinco anos,[81]:244 e pode cumprir um máximo de dois mandatos.[77] Formalmente, o presidente eleito diretamente detém poderes relativamente limitados em comparação com os de sistemas semelhantes, não tendo poder sobre a nomeação e destituição do primeiro-ministro e do conselho de ministros. No entanto, como são eleitos diretamente, os presidentes anteriores exerceram grande poder e influência informal.[75]:175 O presidente tem o poder de vetar legislação governamental, iniciar referendos e dissolver o parlamento caso este não consiga formar um governo ou aprovar um orçamento.[81]:244 Se o presidente vetar uma ação legislativa, o parlamento pode derrubar o veto com uma maioria de dois terços.[76]:10 O primeiro-ministro é escolhido pelo parlamento, cabendo ao presidente nomear o líder do partido oucoligação maioritário comoprimeiro-ministro de Timor-Leste e o gabinete, por proposta deste último.[76]:10[82] Comochefe de governo, o primeiro-ministro preside o gabinete.[82]
Os representantes noParlamento Nacionalunicameral são eleitos por voto popular para um mandato de cinco anos.[77] O número de assentos pode variar de um mínimo de cinquenta e dois a um máximo de sessenta e cinco. Os partidos devem obter 3% dos votos para entrar no parlamento, com os assentos para os partidos qualificados alocados usando ométodo D'Hondt.[82] As eleições ocorrem dentro da estrutura de um sistema multipartidário competitivo. Após a independência, o poder era exercido pelo partido políticoFretilin, que foi formado pouco antes da invasão indonésia e liderou sua resistência. Dada a sua história, a Fretilin se considerava o partido natural do governo e apoiava um sistema multipartidário, prevendo o desenvolvimento de umsistema de partido dominante. O apoio das Nações Unidas e da comunidade internacional, tanto antes quanto depois da independência, permitiu que o sistema político nascente sobrevivesse a choques como acrise de 2006.[75]:173
Os candidatos nas eleições parlamentares concorrem em um único distrito nacional, em um sistema de lista partidária. Um em cada três candidatos apresentados pelos partidos políticos deve sermulher. Esse sistema promove a diversidade de partidos políticos, mas dá aos eleitores pouca influência sobre os candidatos individuais selecionados por cada partido.[75]:175–176 As mulheres ocupam mais de um terço dos assentos parlamentares, sendo que os partidos são obrigados por lei a apresentar candidatas mulheres, mas são menos proeminentes noutros níveis e na liderança partidária.[77]
Existem divisões políticas ao longo de linhas de classe e ao longo de linhas geográficas. Há uma divisão geral entre as áreas leste e oeste do país, decorrente de diferenças que surgiram sob o domínio indonésio. A Fretilin, em particular, está fortemente ligada às áreas orientais.[75]:176–177 Os partidos políticos estão mais associados a personalidades proeminentes do que a ideologias.[76]:16[83] OCongresso Nacional para a Reconstrução Timorense tornou-se a principal oposição à Fretilin, após a sua criação para permitir queXanana Gusmão se candidatasse a Primeiro-Ministro naseleições parlamentares de 2007.[75]:168–169[84] Embora ambos os principais partidos tenham sido relativamente estáveis, eles continuam sendo liderados por uma "velha guarda" de indivíduos que ganharam destaque durante a resistência contra a Indonésia.[75]:175[76]:10–11[85][86]
A política e a administração estão centradas na capitalDili, sendo o governo nacional responsável pela maioria dos serviços públicos.[76]:9, 36Oecusse, separada do resto do país por território indonésio, é uma região administrativa especial com alguma autonomia.[75]:180 APolícia Nacional de Timor-Leste e asForças de Defesa de Timor-Leste detém omonopólio da violência desde 2008 e muito poucas armas estão presentes fora dessas organizações.[76]:8 Embora haja alegações deabuso de poder, existe alguma supervisão judicial da polícia e a confiança pública na instituição tem crescido.[77] Umasociedade civil ativa funciona independentemente do governo, assim como os meios de comunicação.[76]:11–12 As organizações da sociedade civil estão concentradas na capital, incluindo grupos estudantis. Devido à estrutura da economia, não existem sindicatos fortes.[76]:17 AIgreja Católica tem forte influência no país.[76]:40
AsForças de Defesa de Timor-Leste são o órgãomilitar responsável pela defesa do país. A FDTL foi estabelecida em fevereiro de 2001 e compreendia dois pequenos batalhões deinfantaria, um pequeno componente naval e várias unidades de apoio. O principal papel da FDTL é proteger Timor-Leste contra ameaças externas. Tem também um papel de segurança interna, que se sobrepõe ao daPolícia Nacional de Timor-Leste (PNTL). Esta sobreposição levou a tensões entre os serviços, que foram exacerbadas pela falta de moral e falta de disciplina dentro das F-FDTL.[87]
Os problemas das FDTL vieram à tona em 2006, quando quase metade da força foi demitida após protestos por discriminação e condições precárias. A demissão contribuiu para um colapso geral tanto da FDTL como da PNTL em maio e forçou o governo a pedir tropas estrangeiras para restaurar a segurança. A FDTL passou a ser reconstruída com assistência estrangeira e elaborou um plano de desenvolvimento da força a longo prazo.[88]
Ministério dos Negócios EstrangeirosManifestação contra a Austrália em dezembro de 2013
A cooperação internacional sempre foi importante para Timor-Leste; os fundos de doadores representavam 80% do orçamento antes de as receitas petrolíferas começarem a substituí-los.[76]:42–44 As forças internacionais também garantiram a segurança, com cinco missões daONU enviadas ao país a partir de 1999. A última, aMissão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, começou após acrise timorense de 2006 e terminou em 2012.[89]:4, 14
Timor-Lestesolicitou formalmente a adesão àASEAN em 2011,[76]:42–44[90] e obteve o estatuto de observador e foi aceite "em princípio" em novembro de 2022.[91] Apesar da liderança política nacionalista promover laços mais estreitos com os estados daMelanésia, o país ambiciona a adesão à ASEAN desde antes da sua independência, tendo os seus líderes afirmado que a adesão a organismos do Pacífico teria impedido a adesão à ASEAN. A adesão ao grupo foi pretendida por razões económicas e de segurança, incluindo melhorar a relação com a Indonésia. No entanto, o processo foi lento devido à falta de apoio de alguns membros da ASEAN e às preocupações relativamente à capacidade institucional de Timor-Leste para cumprir os compromissos da organização.[89]:10–11[92] Como parte dos seus esforços para demonstrar compromisso e capacidade, Timor-Leste estabeleceumissões diplomáticas em cadaEstado-membro da ASEAN até 2016. Em 27 de maio de 2025, o Primeiro-Ministro da Malásia,Anwar Ibrahim, presidente da ASEAN naquele ano, anunciou queTimor-Leste seria admitido como o 11.º membro pleno do bloco regional durante a Cimeira da ASEAN agendada para outubro de 2025 emKuala Lumpur, sujeito ao cumprimento das obrigações restantes no âmbito do pilar económico.[92] Timor-Leste é observador noFórum das Ilhas do Pacífico e noGrupo da Vanguarda Melanésia . De forma mais abrangente, o país é um líder no Grupo dos Sete Mais (g7+), uma organização de Estados frágeis. É também membro daComunidade dos Países de Língua Portuguesa.[76]:42–44[93]
Entre os doadores bilaterais que continuam a contribuir, incluem-seAustrália,Portugal,Alemanha eJapão, e Timor-Leste tem a reputação de utilizar os fundos dos doadores de forma eficaz e transparente. As boas relações com a Austrália ecom a Indonésia são um objetivo político do governo, apesar das tensões históricas e mais recentes. Estes países são importantes parceiros económicos e proporcionam a maior parte das ligações de transporte ao país.[76]:42–44 AChina também aumentou a sua presença ao contribuir para as infraestruturas em Dili.[89]:12
Timor-Leste está subdividido em 14municípios, cada um com uma capital, e que mantêm, com poucas diferenças, os limites dos 13 distritos existentes durante os últimos anos doTimor Português. O país é também formado por 69 postos administrativos, variando o seu número entre três e sete postos por município. Os postos administrativos são divididos em 466 sucos, compostos por uma localidade sede e subdivisões administrativas, e que variam entre dois e dezoito sucos por posto administrativo.[99] A última alteração administrativa timorense foi a criação do município de Ataúro, que desmembrou-se da capitalDíli em 1 de janeiro de 2022.[100]
A economia é dependente dos gastos públicos e, em menor medida, da assistência de doadores internacionais.[103] O desenvolvimento do setor privado tem ficado aquém devido à escassez de capital humano, fraqueza no setor de infraestrutura, um sistema jurídico incompleto e um ambiente regulatório ineficiente.[103] Depois do petróleo, o segundo maior produto de exportação é o café, que gera cerca de 10 milhões de dólares ao ano para o país.[103]
De acordo com os dados recolhidos no censo de 2010, 87,7% da população urbana e 18,9% das famílias rurais têmenergia elétrica, para uma média geral de 36,7%.[104] Osetor agrícola emprega 80% da população ativa. Em 2009, cerca de 67 mil famílias cultivaram café em Timor-Leste, sendo uma grande proporção delas pobres. Atualmente, as margens brutas são cerca de 120 dólares porhectare, com retornos por dia de trabalho de 3,70 dólares.[105]
O país ficou na 169ª posição geral e no último lugar noLeste da Ásia e Pacífico no relatório de 2013 doBanco Mundial sobre a facilidade de se fazer negócios. O país saiu-se particularmente mal nas categorias "registro de imóveis", "cumprimento de contratos" e "resolução de insolvência", sendo o último lugar na classificação mundial em todas as três.[106]
Timor-Leste agora tem receita de reservas de petróleo egás natural, mas pouco para desenvolver aldeias, que ainda dependem da agricultura desubsistência. Quase metade da população vive emextrema pobreza.[107]
Principaisexportações do país em 2010 (em inglês)Porto deDíli
OFundo de Petróleo de Timor-Leste foi criado em 2005 e em 2011 tinha atingido um valor de 8,7 bilhões de dólares.[108] O país é marcado peloFundo Monetário Internacional (FMI) como a "economia mais dependente do petróleo no mundo".[109] O Fundo de Petróleo paga por quase todo o orçamento anual do governo, que aumentou de 70 milhões de dólares em 2004 para 1,3 bilhão de dólares em 2011, com uma projeção de 1,8 bilhão de dólares para 2012.[108]
A administração colonial portuguesa concedeu para a Oceanic Exploration Corporation explorar depósitos de petróleo e gás natural nas águas ao sudeste de Timor. No entanto, isto foi reduzido pela invasão indonésia em 1976. Os recursos então foram divididos entre a Indonésia e aAustrália com o Tratado Timor de 1989.[110] O país não herdou nenhuma das fronteiras marítimas permanentes quando alcançou a independência. Um acordo provisório (o Tratado do Mar de Timor, assinado quando Timor-Leste tornou-se independente em 20 de maio de 2002) definiu uma Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto (ACDP) e concedeu 90% das receitas de projetos já existentes nessa área para Timor-Leste e 10% para o governo australiano.[111]
Um acordo em 2005 entre os governos de Timor-Leste e a Austrália determinou que ambos os países coloquem de lado a sua disputa sobre fronteiras marítimas e que Timor-Leste receberia 50% das receitas provenientes da exploração dos recursos da região (estimada em cerca de 20 bilhões de dólares ao longo de toda a vida do projeto).[112] Em 2013, Timor-Leste lançou uma ação noTribunal Permanente de Arbitragem deHaia, nosPaíses Baixos, para anular um tratado de gás que tinha assinado com aAustrália, acusando o Serviço Secreto de Inteligência Australiano (ASIS) de implantar uma escuta na sala do gabinete de Timor-Leste, emDíli, em 2004.[113]
A taxa dealfabetização de adultos em Timor-Leste em 2010 foi de 58,3%, acima dos 37,6% registrados em 2001.[114] O analfabetismo estava em 95% no final do governo da administração portuguesa.[115] AUniversidade Nacional Timor Lorosa'e é a principal universidade do país. Há também quatro faculdades.[71]
Desde a independência, tanto oindonésio como otétum perderam espaço nos meios educacionais, enquanto oportuguês aumentou sua importância: em 2001, apenas 8,4% doensino primário e 6,8% dos estudantes doensino secundário frequentavam uma escola deensino médio lusófono; em 2005, isto aumentou para 81,6% para escolas primárias e 46,3% para escolas secundárias.[116]
O indonésio desempenhou anteriormente um papel considerável na educação, sendo utilizado por 73,7% de todos os estudantes do ensino secundário como meio de instrução, mas em 2005 foi utilizado pela maioria das escolas apenas emBaucau,Manatuto, bem como na área da capital. AsFilipinas enviaram professores a Timor-Leste para ensinaringlês, para que possa começar um programa entre os dois países, onde os cidadãos timorenses receberão bolsas de estudos nas Filipinas.[116]
As taxas dedesnutrição em crianças diminuíram, mas em 2013 ainda estavam em 51%. A taxa de mortalidade materna de 2010 por 100 mil nascimentos foi de 370, sendo que foram registrados 928,6 em 2008 e 1016,3 em 1990. A taxa de mortalidade de menores de 5 anos por 1 000 nascimentos é de 60 e a taxa de mortalidade neonatal por 1 000 nascidos vivos é de 27.[118] O número departeiras por mil nascidos vivos é oito e o risco de morte de mulheres grávidas em toda a vida é de 1 em 44.[119]
O país tem uma das maiores taxas defumantes do mundo, com 33% da população fumando diariamente, sendo 61% homens.[120] Em 2013, apenas três mortes pormalária foram registradas, uma conquista reconhecida pelaOrganização Mundial da Saúde. Os gastos governamentais com saúde foram de 150 dólares por habitante em 2006.[117] Havia apenas dois hospitais e 14 centros de saúde em 1974. Em 1994, havia 11 hospitais e 330 centros de saúde.[71] Sergio Lobo, cirurgião é ministro da Saúde, diz que "muitas das questões relacionadas à saúde estão fora da competência do Ministro da Saúde". Desde a independência, o país estabeleceu uma escola demedicina, uma escola deenfermagem e uma escola deobstetrícia. Não há scanner deressonância magnética no país.[121]
Em torno de 66% dos núcleos familiares têm acesso à fontes de água potável e outros 21% têm acesso à água sobre ou dentro de casa (2010).[122] Outras famílias, como meio de fornecimento, têm de buscar água potável a partir de tubos públicos, poços, nascentes ou águas. Em 2020, foi criada aBee Timor Leste, para promoção das políticas nacionais para água e saneamento. Cerca de 90% das famílias utilizam a madeira para cozinhar e quase metade faz uso de querosene para produzir luz (37%).[123] A maior parte da energia provém de fontes geradores a diesel utilizados para produzir eletricidade, de propriedade da estatalEDTL, razão pela qual, em sua totalidade, a eletricidade está disponível por apenas algumas horas durante a noite em lugares menos povoados.[123][124]
OGlobal System for Mobile Communications (GSM) é operado, em grande parte, pelaTimor Telecom, atualmente uma empresa estatal. Em 2009, foi assinada uma parceria entre a empresa de telefonia chinesaZTE e a Timor Telecom, visando expandir ainda mais o sistema de telefonia móvelW-CDMA.[125] O monopólio da Timor Telecom em 2010 foi cancelado pelo governo para permitir a livre concorrência.[126] Em 28 de junho de 2012, aTelekomunikasi Indonésia Internacional (Telin) e aDigicel Pacific Limited (Digicel) obtiveram licenças para atuar no país.[127]
O número de telefones móveis aumentou significativamente após 2006. Em 2006, apenas 10% da população tinha umtelefone celular, e a participação em 2012 subiu para 600 000 telefones móveis, abrangendo mais da metade da população.[128][129] Em 2014, a proporção de usuários de telefones móveis subiu para 63% da população.[130] Linhas de telefone fixos, em 2008, eram apenas 2.641.[131]
Em 2008, havia em todo o país 926 conexões de Internet, contra 601 em 2004.[131] Em 2010, 0,21% da população tinha acesso àinternet.[132] Para o fornecimento deinternet banda larga para Timor-Leste, o governo do país estuda a construção de um cabo submarino de Darwin paraDíli em um futuro próximo.[133]
A cultura de Timor-Leste reflecte várias influências, incluindo portuguesas, católicas romanas e indonésias, de culturasaustronesias emelanésiasautóctones de Timor. A cultura timorense é fortemente influenciada pelas lendas austronésias. Por exemplo, o mito da criação timorense afirma que umcrocodilo envelhecido transformou-se na ilha de Timor, como parte de um pagamento da dívida a um rapaz que o ajudou quando ele estava doente.[134][135]
Há também uma forte tradição depoesia no país.[137] O primeiro ministroXanana Gusmão, por exemplo, é um poeta distinto, ganhando o apelido de "guerreiro poeta".[138] Oartesanato e atecelagem de lenços tradicionais (tais) também são difundidos.
Arquitetonicamente, edifícios de estilo português podem ser encontrados, juntamente com as tradicionais casas totem da região leste. Estes são conhecidos como umalulik ("casas sagradas") em tétum elee teinu ("casas de pernas") em fataluku.[139]
Uma extensa colecção de material audiovisual timorense é mantida noNational Film and Sound Archive daAustrália. Estas participações foram identificadas num documento intituladoThe NFSA Timor-Leste Collection Profile, que inclui entradas de catálogos e ensaios para um total de 795 imagens em movimento, sons e documentação que capturara a história e cultura de Timor-Leste desde o início do século XX.[140] O NFSA está a trabalhar com o governo timorense para garantir que todo este material possa ser usado e acessado pelas pessoas do país.[141]
A cozinha de Timor-Leste é composta por comidas populares regionais, como carne deporco,peixe,manjericão,tamarindo,legumes,milho,arroz, vegetais de raiz e frutas tropicais. A cozinha timorense tem influências da cozinha doSudeste Asiático e dospratos portugueses. Sabores e ingredientes de outras antigas colônias portuguesas podem ser encontrados devido à presença centenária portuguesa na ilha. Devido à combinação oriental e ocidental, a cozinha de Timor-Leste desenvolveu características relacionadas com a cozinha dasFilipinas, que também experimentou uma combinação culinária oriental-ocidental.[146]
Thomas Americo foi o primeiro lutador timorense a lutar por um título mundial de boxe. Foi assassinado em 1999, pouco antes da ocupação indonésia de Timor-Leste terminar.[148]
↑abO'Connor, Sue (15 de outubro de 2015). «Rethinking the Neolithic in Island Southeast Asia, with Particular Reference to the Archaeology of Timor‑Leste and Sulawesi».Archipel.90 (90): 15–47.ISSN0044-8613.doi:10.4000/archipel.362
↑abNiner, Sarah (2000). «A long journey of resistance: The origins and struggle of the CNRT».Bulletin of Concerned Asian Scholars.32 (1–2): 11–18.ISSN0007-4810.doi:10.1080/14672715.2000.10415775
↑Benetech Human Rights Data Analysis Group (9 de fevereiro de 2006).«The Profile of Human Rights Violations in Timor-Leste, 1974–1999»(PDF).A Report to the Commission on Reception, Truth and Reconciliation of Timor-Leste. Human Rights Data Analysis Group (HRDAG). pp. 2–4. Consultado em 26 de dezembro de 2022. Arquivado dooriginal(PDF) em 23 de dezembro de 2022
↑abcdefghijShoesmith, Dennis (24 de janeiro de 2020). «Party Systems and Factionalism in Timor-Leste».Journal of Current Southeast Asian Affairs.39 (1): 167–186.doi:10.1177/1868103419889759
↑Rui Graça Feijó (1 de abril de 2015). «Timor-Leste: The Adventurous Tribulations of Local Governance after Independence».Journal of Current Southeast Asian Affairs.34 (1): 85–114.doi:10.1177/186810341503400104
↑Hynd, Evan (5 de julho de 2012).«Timor's old guard marching on». Australian National University. Consultado em 1 de maio de 2022. Arquivado dooriginal em 28 de maio de 2022
↑abcSahin, Selver B. (1 de agosto de 2014). «Timor-Leste's Foreign Policy: Securing State Identity in the Post-Independence Period».Journal of Current Southeast Asian Affairs.33 (2): 3–25.doi:10.1177/186810341403300201
↑de Brower, Gordon (2001), Hill, Hal; Saldanha, João M., eds.,East Timor: Development Challenges For The World's Newest Nation,ISBN0-3339-8716-0, Canberra, Australia: Asia Pacific Press, pp. 39–51
Cashmore, Ellis (1988).Dictionary of Race and Ethnic Relations. New York: Routledge.ASINB000NPHGX6
Charny, Israel W., ed. (1999).Encyclopedia of Genocide.1. Santa Barbara, California: ABC-Clio.ISBN0-87436-928-2
Dunn, James (1996).East Timor: A People Betrayed. Sydney: Australian Broadcasting Corporation
Durand, Frédéric (2006).East Timor: A Country at the Crossroads of Asia and the Pacific, a Geo-Historical Atlas. Chiang Mai: Silkworm Books.ISBN9749575989
Durand, Frédéric (2016).History of Timor Leste. Chiang Mai: Silkworm Books.ISBN978-616-215-124-8
Groshong, Daniel J (2006).Timor-Leste: Land of Discovery. Hong Kong: Tayo Photo Group.ISBN988987640X
Gunn, Geoffrey C. (1999).Timor Loro Sae: 500 Years. Macau: Livros do Oriente.ISBN972-9418-69-1
Kingsbury, Damien; Leach, Michael (2007).East Timor: Beyond Independence. Col: Monash Papers on Southeast Asia, no 65. Clayton, Vic: Monash University Press.ISBN9781876924492
Hill, H; Saldanha, J, eds. (2002).East Timor: Development Challenges for the World's Newest Nation. London: Palgrave Macmillan UK.ISBN978-0-333-98716-2
Leach, Michael;Kingsbury, Damien, eds. (2013).The Politics of Timor-Leste: Democratic Consolidation After Intervention. Col: Studies on Southeast Asia, no 59. Ithaca, NY: Cornell University, Southeast Asia Program Publications.ISBN9780877277897
Levinson, David (1998).Ethnic Relations: A Cross-Cultural Encyclopedia. Santa Barbara, California: ABC-Clio
Molnar, Andrea Katalin (2010).Timor Leste: Politics, History, and Culture. Col: Routledge Contemporary Southeast Asia series, 27. London; New York: Routledge.ISBN9780415778862
Rudolph, Joseph R., ed. (2003).Encyclopedia of Modern Ethnic Conflicts. Westport, Connecticut: Greenwood Press. pp. 101–106.ISBN0-313-01574-0
Taylor, John G. (1999).East Timor: The Price of Freedom. Annandale: Pluto Press.ISBN978-1-85649-840-1
Viegas, Susana de Matos; Feijó, Rui Graça, eds. (2017).Transformations in Independent Timor-Leste: Dynamics of Social and Cultural Cohabitations. London: Routledge.ISBN9781315534992