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Tibiriçá

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Tibiriçá
Outros nomesMartim Afonso
Nascimento
Estimado em 1475 sem data definida

São Paulo dos Campos de Piratininga- São Vicente
Morte
CônjugePotira
Filho(a)(s)Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí,Bartira eMaria da Grã
Ocupaçãolídertupiniquim
Religiãocatolicismo

Tibiriçá (nascido em data e local desconhecidos –São Paulo dos Campos de Piratininga,25 de dezembro de1562) foi um importante líderindígenatupiniquim dos primórdios dacolonização portuguesa do Brasil. Era aliado dos portugueses. Destacou-se nos eventos relacionados à fundação da atual cidade deSão Paulo, em 1554.[1]

Biografia

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Foiconvertido ebatizado pelosjesuítasJosé de Anchieta eLeonardo Nunes. Seu nome de batismo cristão foi Martim Afonso, em homenagem ao fundador da vila deSão Vicente,Martim Afonso de Sousa, passando a se chamar, então, Martim Afonso Tibiriçá.[2] Era chefe de uma parte da nação indígena estabelecida nos campos dePiratininga, com sede na aldeia de Inhampuambuçu. Era irmão dePiquerobi e deCaiubi, índios que também se destacaram durante a colonização portuguesa do Brasil: o primeiro, como inimigo dos portugueses; e o segundo, como grande colaborador dosjesuítas. Teve muitos filhos. Com a índia Potira, teve Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí,Bartira eMaria da Grã.

Bartira viria a desposarJoão Ramalho, aliado de Tibiriçá e a pedido de quem defendeu os portugueses quando estes chegaram a São Vicente. Apesar de ter sido a mais "famosa", Bartira não foi a única filha de Tibiriçá a se casar com portugueses naquele contexto. Tudo indica que o cacique foi muito hábil em se posicionar no mundo de então através das relações de parentesco de suas filhas. Teberê, outra de suas filhas, cujo nome cristão era Maria da Graça, se casou com Pedro Dias, um irmão jesuíta que veio ao Brasil devido à fundação do Colégio de São Paulo. Tibiriçá também casou Beatriz, que não está claro se era sua filha ou neta, com o português Lopo Dias.[3]

Em 1554, acompanhouManuel da Nóbrega e José de Anchieta na obra da fundação de São Paulo e estabeleceu-se no local onde hoje se encontra oMosteiro de São Bento, espalhando seus índios pelas imediações. A atual rua de São Bento era, por esse motivo, chamada, primitivamente, Martim Afonso (nome em que fora batizado ocacique). Graças à sua influência, os jesuítas puderam agrupar as primeiras cabanas deneófitos nas proximidades do colégio. Tibiriçá deu, aos jesuítas, a maior prova de fidelidade a 9 de julho de 1562 (e não 10 como habitualmente se escreve), quando, levantando a bandeira e umaespada de pau pintada e enfeitada de diversas cores, repeliu, com bravura, o ataque à vila de São Paulo efetuado pelos índiostupis,guaianás ecarijós chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi)Jaguaranho, no ataque conhecido como oCerco de Piratininga. Durante o combate, Tibiriçá matou seu irmão Piquerobi e seu sobrinho Jaguaranho.[4]

Tibiriçá morreu em 25 de dezembro de 1562, como atesta José de Anchieta em sua carta enviada ao padre Diogo Laínes,[5] devido a umapeste que assolou a aldeia.

Descendência

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Seus descendentes deram origem às principais famílias da elite colonial de São Paulo.[3] Dentre elas destaca-se suaSusana Dias, que fundou, em 1580, uma fazenda à beira doRio Tietê, a oeste da cidade de São Paulo, próximo àcachoeira denominada pelos indígenas de "Parnaíba": hoje, é a cidade deSantana de Parnaíba.

A rainhaSílvia da Suécia é uma de seus inúmeros descendentes.[6]

Marquesa Ferreira, uma importante aristocrata indígena do Rio de Janeiro quinhentista, é bisneta de Tibiriçá, por parte de sua filha,Bartira, casada comJoão Ramalho.[7]

Tem sua descendência descrita naGenealogia Paulistana, deLuís Gonzaga da Silva Leme.[8]

Cripta do Cacique Tibiriçá, localizada naCatedral da Sé, em São Paulo.

Memória

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Tacape atribuído a Tibiriçá. Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.

Tibiriçá é lembrado em vários momentos da história de São Paulo e do Brasil como um dos principais viabilizadores da construção da sociedade colonial no planalto. Há um projeto de lei tramitando para a inscrição do seu nome no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado noPanteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.[9] Uma peça identificada como sendo o seu tacape está em exposição noMuseu Histórico Nacional.[10]

Seus restos mortais encontram-se nacripta daCatedral da Sé desde 1930, quando foram transladados da igreja Imaculado Coração de Maria, localizada no bairro de Santa Cecília.[11]

Em sua homenagem, arodovia estadual SP-031, ligandoRibeirão Pires aSuzano, foi denominada Índio Tibiriçá, além de ter seu nome em duas ruas da capital, uma na Luz e ao outra noBrooklin Paulista.[11]

Ver também

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Referências

  1. NAVARRO, E. A.Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 469.
  2. TOLEDO, Roberto Pompeu de.A Capital da Solidão: Uma História de São Paulo das origens a 1900. 1ª ed., Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, pág. 104.
  3. abGODOY, Silvana Alves de. Mestiçagem, guerras de conquista e governo dos índios: a vila de São Paulo na construção da monarquia portuguesa na América (séculos XVI e XVII). Tese apresentada ao PPGHIS do Departamento de História da UFRJ, Rio de Janeiro, 2016.
  4. BUENO, E.Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores.Rio de Janeiro. Objetiva. 1999. p. 61.
  5. ANCHIETA, José de.Minhas Cartas. São Paulo: Editora Melhoramentos, pág. 96.
  6. «Ancestry of Queen Silvia of Sweden (b. 1943)».www.wargs.com. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  7. Siqueira Junior, Suelen (2022).Gentias da Terra: GÊNERO E ETNIA NO RIO DE JANEIRO COLONIAL. Niterói: [s.n.] 
  8. GONZAGA DA SILVA LEME, LuísGenealogia Paulistana, Volume ISão Paulo. Duprat & Comp. 1903. p. 30.
  9. «Chefes indígenas Tibiriçá e Arariboia podem ser inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Fonte: Agência Senado.» 
  10. ZAMORANO, Rafael. "A autoridade do especialista e do nome próprio na fundação do 'passado colonial' no Museu Histórico Nacional". In: DAHER, Andrea (org.). Passado presente: usos contemporâneos do “passado colonial” brasileiro. Rio de Janeiro: Gramma, 2017.
  11. ab«São Paulo - 460 anos - Parte 1».www.al.sp.gov.br. Consultado em 23 de junho de 2020 

Bibliografia

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  • DE LUCA, Roberto Ribeiro,Ascendentes e Descendentes do Alferes Joaquim Franco de Camargo e Maria Lourença de Moraes Edicon, s/d. pp. 117–118;
  • RODRIGUES, Edith Porchat.Informações Históricas sobre São Paulo no Século de sua Fundação, Martins Editora, 1954, pp. 142–143.
  • MONTEIRO, John Manuel. "Os Negros da Terra, Índios e Bandeirantes nas origens de São Paulo, no séc.XVI". São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
  • PETRONE, Pasquale.Aldeamentos Paulistas. São Paulo: EdUSP, 1995.
  • PREZIA, Benedito. "A guerra de Piratininga". FTD. 1991.
  • PREZIA, Benedito. "Os Indígenas do Planalto Paulista". Edusp. 1997

Ligações externas

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