Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Goécia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deThe Goetia)

Agoécia ougoétia, ainda tambémmagia goética, é um nome parapráticas mágicas que são vistas como não naturais, proibidas ou "diabólicas" quando contrastadas com ateurgia.[1] O termo é particularmente conhecido em conexão com a obraArs Goetia (A Arte da Goécia), que aparece como primeira seção dogrimório do século XVIIA Chave Menor de Salomão, popularizado na modernidade. Porém, a palavra já tinha uso desde aGrécia Antiga e foi usada posteriormente noneoplatonismo para se referir à baixa magia.

Etimologia e uso inicial

[editar |editar código-fonte]

A palavra emgrego clássico:γοητεία (goēteía) significa "feitiçaria,truques",[2] deγόης (góēs) "feiticeiro, bruxo" (plural:γόητεςgóētes).[3] O conceito era presente desde o início do imaginário demagia no mundo greco-romano.Górgias não distinguia "mageia" de "goēteia" e empregou ambos os termos como uma analogia para se referir ao poder encantador da palavra na arteretórica, noElogio de Helena: "duas técnicas de persuasão são encontradas, e que são os erros da alma e as opiniões do espírito".[4][5] Fontes posteriores consideraram exclusivamente o termo da goécia como se referindo à invocação (geralmente compulsória) dos mortos ou ànecromancia, como na definição daSuda (século X).[5][6]

Desenvolvimento

[editar |editar código-fonte]

Com a conotação que chegou mais particularmente àIdade Média, o termo passou a ser usado modernamente àconjuração e manipulação dedemônios e magia particularmente repreensível, mas é definido de diferentes formas: de acordo com Hans Biedermann, ele descreve "principalmentenecromancia ou conjuração de mortos, mas também em um sentido mais geral, a conjuração de seres demoníacos com a ajuda de 'ritos'blasfemos",[1] enquantoHenrique Cornélio Agrippa dividia a magia cerimonial em goécia e necromancia[7] e A. Debay iguala goécia àmagia negra.[8]Georg Pictorius, por sua vez, atribui à goécia, entre outras coisas, a necromancia, aantropomancia (em que o futuro é lido das entranhas depessoas sacrificadas), alecanomancia (conquistar um demônio com águaexorcizada) e "a profecia do tremor, afundamento ou terra aberta" (geomancia), do fogo (piromancia), do ar (aeromancia), das linhas da mão (quiromancia) ou do voo dos pássaros (auspícios).[9]

Osneoplatônicos atribuíam grande importância à separação entreteurgia e goécia;[10]Porfírio distinguiu teurgia da feitiçaria (goēteia) na obraSobre o Retorno da Alma,[11] eJâmblico afirmava que a teurgia não visava forçar as divindades como na goécia, mas purificar a alma do devoto e elevá-la pela livre vontade e disposição divina.[12] Jâmblico enfatizou que não se deve “de forma alguma confundir as ilusões produzidas pelas técnicas goéticas com a visão extremamente nítida dos deuses”.[13] Enquanto a teurgia trabalharia combons espíritos, a goécia invocavamaus espíritos;[1][14] a teurgia é avaliada como uma forma superior e a goécia como uma forma inferior de magia, usada para fins profanos.[15][12]

Os oponentes da magia, comoAgostinho de Hipona, entretanto, tendem a demonizar as duas igualmente, uma vez que para eles "ambas enredadas nos costumes enganosos de demônios falsamente chamados deanjos";[16] ou seja, segundo Agostinho e seus pares, teurgia e goécia só têm diferença no nome.[17]

Referências

  1. abc"Goëtie". In: Hans Biedermann (1973):Handlexikon der magischen Künste.Von der Spätantike bis zum 19. Jahrhundert. 2., verbesserte und wesentlich vermehrte Auflage. Graz: Akademische Druck- u. Verlagsanstalt. ISBN 3-201-00844-3, p. 203.
  2. «γοητεία».www.perseus.tufts.edu. Greek Word Study Tool. Consultado em 1 de abril de 2021 
  3. «LSJ». Perseus.tufts.edu. Consultado em 18 de outubro de 2013 
  4. Coelho, Maria Cecília Miranda Nogueira (29 de novembro de 2011).«Considerações sobre filosofia, retórica, imagem e verossimilhança em Platão»(PDF).Discurso (41): 185–222.ISSN 2318-8863.doi:10.11606/issn.2318-8863.discurso.2011.68372. Consultado em 1 de abril de 2021 
  5. abCollins, Derek (30 de abril de 2008).Magic in the Ancient Greek World (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons 
  6. Dickie, Matthew (2003).Magic and Magicians in the Greco-Roman World (em inglês). [S.l.]: Psychology Press 
  7. Agrippa von Nettemsheim.De incertitude et vanitate scientiarum.Über die Fragwürdigkeit, ja Nichtigkeit der Wissenschaften, Künste und Gewerbe. Berlim (1993): Akademie Verlag. ISBN 3-05-001930-1, p. 90
  8. Debay, A. (1869).Histoire des sciences occultes. Depuis l’antiquité jusqu’a nos jours. 2ª ed. Paris: E. Dentu. p. 30
  9. Pictor, Georg.Von den Gattungen der Ceremonial - Magie, welche man Goetie nennt. In: Scheible, J. (1846).Das Kloster. Weltlich und geistlich. Meist aus der ältern deutschen Volks-, Wunder-, Curiositäten-, und vorzugsweise komischen Literatur. Zur Kultur- und Sittengeschichte in Wort und Bild. Volume 3. Stuttgart, Leipzig. p. 615–626
  10. Prümm, Karl (1954).Religionsgeschichtliches Handbuch für den Raum der altchristlichen Umwelt. Hellenistisch-römische Geistesströmungen und Kulte mit Beachtung des Eigenlebens der Provinzen. Päpstliches Bibelinstitut. p. 378.
  11. Smith, Rowland B. E. (15 de abril de 2013).Julian's Gods: Religion and Philosophy in the Thought and Action of Julian the Apostate (em inglês). [S.l.]: Routledge 
  12. abJuliano, o Teurgista (1989).The Chaldean Oracles: Text, Translation, and Commentary (em inglês). [S.l.]: BRILL 
  13. Busch, Peter (2006).Das Testament Salomos. Die älteste christliche Dämonologie, kommentiert und in deutscher Erstübersetzung. Berlin: Walter de Gruyter. ISBN 978-3-11-018528-7. p. 206
  14. Prümm, Karl (1954).Religionsgeschichtliches Handbuch für den Raum der altchristlichen Umwelt. Hellenistisch-römische Geistesströmungen und Kulte mit Beachtung des Eigenlebens der Provinzen. Päpstliches Bibelinstitut. p. 95.
  15. Prümm, Karl (1954).Religionsgeschichtliches Handbuch für den Raum der altchristlichen Umwelt. Hellenistisch-römische Geistesströmungen und Kulte mit Beachtung des Eigenlebens der Provinzen. Päpstliches Bibelinstitut. p. 381.
  16. Otto, Bernd-Christian (2011).Magie. Rezeptions- und diskursgeschichtliche Analysen von der Antike bis zur Neuzeit. Religionsgeschichtliche Versuche und Vorarbeiten. Volume 57. Walter de Gruyter. ISBN 978-3-11-025420-4, ISSN 0939-2580. p. 331
  17. Soldan, Wilhelm Gottlieb (1843).Geschichte der Hexenprocesse.Aus den Quellen dargestellt. Stuttgart, Tübingen: Verlag der J. G. Cotta’schen Buchhandlung p.. 62 f., 167

Bibliografia

[editar |editar código-fonte]
  • Aleister Crowley (ed.), Samuel Liddell Mathers (trans.),The Goetia: The Lesser Key of Solomon the King. York Beach, ME:Samuel Weiser (1995)ISBN 0-87728-847-X.
Tipos
Práticas
Objetos
Folclore e
mitologia
Principais
tratados históricos
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Goécia&oldid=69545425"
Categorias:
Categoria oculta:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp