OTerminal Intermodal Palmeiras–Barra Funda, também conhecido comoTerminal Barra Funda, ou apenasEstação Barra Funda, é o segundointercambiador de transportes mais importante deSão Paulo. Inaugurado em 17 de dezembro de 1988, fica localizado naBarra Funda e reúne num mesmo complexo terminal linhas deônibus municipais, intermunicipais, interestaduais, internacionais emetropolitanos,trens emetrô.
| Plataforma que, até 2011, atendia a Linha 7-Rubi da CPTM na estação Barra Funda (foto: Alexandre Giesbrecht) | |
| Uso atual | Estação de metrô Estação de trens metropolitanos |
| Proprietário | Governo do Estado de São Paulo |
| Administração | Metrô de São Paulo (1988-atualidade) CBTU (1988-1994) FEPASA (1988-1998) CPTM (1994-atualidade) ViaMobilidade (2022-atualidade) TIC Trens (2025-atualidade) |
| Linhas | |
| Sigla | BFU |
| Posição | Superfície |
| Plataformas | |
| Serviços | |
| Informações históricas | |
| Nome antigo | Barra Funda |
| Inauguração | 17 de dezembro de1988 |
| Projeto arquitetônico | Roberto Mc Fadden[1] e Luiz Carlos Esteves (apenas acessos)[2] |
| Localização | |
| Localização | |
| Endereço | Av. Mário de Andrade (sul) x Rua Jorn. Aloysio Biondi (norte), s/n -Barra Funda |
| Município | São Paulo |
| País | Brasil |
| Próxima estação | |
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, a estação Palmeiras Barra Funda teve média de 355.000 mil passageiros por dia nas plataformas de trens e metrô.
ALinha 3-Vermelha doMetrô de São Paulo movimenta cerca de 209.200 passageiros por dia na estação.[3]
ALinha 7-Rubi daCPTM e aLinha 8-Diamante daViaMobilidade, ambas doTrem Metropolitano de São Paulo, recebem, juntas, cerca de 144.814 passageiros por dia na estação. Em 26 de novembro de 2025 a estação da Linha 7 será transferida para a concessionáriaTIC Trens.[4]
O Terminal Rodoviário da Barra Funda recebe em média 40.000 passageiros por dia.



Em abril de 1892 os pátios do Brás e do Pari daSão Paulo Railway se encontravam superlotados ao ponto de parte das cargas ser impedida de descarregamento por falta de espaço, com os vagões carregados e parados nos desvios dos pátios. Ao mesmo tempo, cargas destinadas ao interior do estado estavam paradas por falta de vagões e locomotivas para transporte.[5] Esse “esgotamento” do transporte ferroviário era em parte culpa da Epidemia de Febre Amarela em Campinas[6] que fez adoecer dezenas de funcionários das ferrovias Paulista e Mogiana, mão-de-obra necessária para garantir a regularidade do tráfego de passageiros e mercadorias.[7][8] Também ocorreu escassez de carvão e a rediscussão do contrato de concessão da São Paulo Railway pelo Governo Federal. Diante dessa situação de esgotamento, o superintendente da São Paulo Railway, William Speers, apelava aos clientes para que retirassem suas cargas com urgência.[5] Ao mesmo tempo, a São Paulo Railway resolveu abrir uma pequena estação com um novo pátio de recebimento de cargas. O novo pátio foi aberto em 19 de maio de 1892 sendo batizado Barra Funda.[9] A pequena estação Barra Funda funcionou precariamente até 21 de janeiro de 1895 quando foi destruída por um incêndio.[10]
Após a fusão daCompanhia Ituana de Estradas de Ferro e daEstrada de Ferro Sorocabana em 1892, o trecho inicial da linha tronco da Ituana entre Itaici e Mairinque recebeu melhorias e unificação de bitola[11] com a rede e a Sorocabana passou a ser uma alternativa para o escoamento da produção de café do interior paulista até São Paulo, onde era transferida nos pátios do Brás e do Pari para a São Paulo Railway. Diante do alto custo de frete cobrado pela São Paulo Railway, detentora do monopólio do transporte de cargas e passageiros entre o Porto de Santos e Jundiaí, o barão de Socorro, presidente da Sorocabana, idealizou a construção de uma segunda ferrovia ao porto de Santos. Apesar de ter obtido a concessão do governo federal para construir a ferrovia Mairinque - Santos, a Sorocabana entrou em crise financeira e o projeto não saiu do papel. Como forma de retaliação, a São Paulo Railway passou a não receber mercadorias escoadas via linha Ituana pela Sorocabana nos pátios da Barra Funda, Brás e Pari, além de reter por longo período centenas de vagões de café da Sorocabana nos pátios sem justificativa plausível.[12]A resposta inicial da Sorocabana foi adquirir terrenos no entorno da estação de São Paulo para ampliar as instalações para receber cargas escoadas pela antiga linha Ituana[13] e a construção de uma nova casa para abrigar as turmas de conservação do quilometro 3 na Barra Funda.[14] A concentração de funcionários e equipamentos no quilômetro 3 deu origem ao pátio e estação Barra Funda da Sorocabana, aberto em 1902 mas ainda sem um prédio para atendimento de passageiros.[15][16][17]
A ideia de integrar os trens de subúrbio ao Metrô começou a ganhar corpo na década de 1970. Com o crescimento do distrito daBarra Funda, a Santos–Jundiaí investiu na reconstrução da estação, demolindo o prédio de estilo vitoriano e inaugurando outro de linhas modernistas em 1964.[9]
Em 1968, a Companhia do Metropolitano de São Paulo apresentou o primeiro projeto para a implantação da Estação Barra Funda, daLinha Leste-Oeste. Projetada em superfície, a estação teria, além de suas instalações usuais, um estacionamento-garagem, um terminal de ônibus e duas torres para receber as sedes da Companhia do Metropolitano e daFerrovia Paulista S.A. (Fepasa). Até 1979, o projeto era cogitado ao lado de uma pretensa expansão da Linha Leste-Oeste até aLapa. Nesse ano, devido à falta de recursos para as obras da linha e à transferência da gestão do Metrô, do município para o estado, o projeto foi abandonado, e um novo projeto passou a ser estudado.[18][19]
Dentro do projeto de remodelação dos subúrbios da Fepasa, a empresa inaugurou uma Estação Barra Funda para seus serviços, com entrada localizada no fim da Rua Barra Funda. Com projeto arquitetônico idêntico ao daEstação Lapa, a estação foi aberta em 1979 e demolida em 1988.[9]
Projetada pelos arquitetos Roberto MacFadden e Luiz Carlos Esteves (apenas os acessos do terminal), a estação atual foi construída pela empreiteiraMendes Júnior[20] (que posteriormente ganharia sem licitação o contrato de construção doMemorial da América Latina), contratada pelo Metrô com recursos do Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal, no local da antiga estação homônima da Sorocabana, para atender a sua Linha Leste–Oeste (atualLinha 3–Vermelha) e unificar em uma só estação as linhas de trem de subúrbio da Fepasa (antigaSorocabana) e daCBTU (antigaEstrada de Ferro Santos-Jundiaí). Durante a construção, em maio de 1986, foi desalojada uma favela que ficava sob o adjacente Viaduto Antártica, tendo sido entregues seis milcruzados para cada família.[21] Apesar dessa quantia, as famílias optaram por invadir um terreno noAlto da Lapa, no que foi considerada a primeira invasão de terreno municipal na gestãoJânio Quadros.[21]
A estação foi inaugurada em 17 de dezembro de 1988, apenas com as linhas do Metrô e da Fepasa. A linha da CBTU só seria transferida para lá em 5 de janeiro de 1989.[9]
Em 1990, saíam da estação os trens turísticos da Fepasa, que seguiam rumo às cidades deSantos ePeruíbe, no litoral paulista. Em 1996, a estação passou a ser a inicial e terminal dos trens de passageiros de longas distâncias da Fepasa que seguiam rumo ao interior paulista.[22] Os trens turísticos que saíam da estação e seguiam para o litoral foram desativados em 1997, ainda sob a gestão da Fepasa.
A área do Metrô recebeu um dos dois primeiros elevadores para deficientes físicos do sistema metroviário, em 1993.[23]
Após a unificação das linhas de subúrbio da Fepasa e da CBTU comoCPTM, passou a ter transferência gratuita entre as linhas das antigas companhias.[9] A estação Barra Funda da Santos–Jundiaí continuou operando, apenas com o serviço doTrem de Prata, até 29 de novembro de 1998, quando foi desativada.[24][25]
A Estação Barra Funda da Fepasa continuou operando com o serviço de trens de passageiros de longa distância até janeiro de 1999, quando deixaram de circular, após a privatização da companhia e a sua compra pela concessionáriaFerroban, atualmente extinta. Desde então, a estação opera somente com os serviços de trens metropolitanos e com o serviço da Linha 3–Vermelha do Metrô.
Em 27 de abril de 2006, a estação do Metrô passou a se chamar Palmeiras–Barra Funda, em homenagem àSociedade Esportiva Palmeiras, clube paulistano sediado a cerca de 1,1 quilômetro do terminal. O mesmo veio a acontecer com a CPTM durante o ano de 2007.
A Secretaria de de Transportes Metropolitanos anunciou que aLinha 11–Coral deveria ser levada até esta estação.[26] Em dezembro de 2024, foi inaugurada a extensão da linha até a estação, em operação assistida aos domingos, e em agosto de 2025 ela passou a operar aos sábados e aos dias úteis, inicialmente, apenas fora dos horários de pico.[27] Essa extensão se faz necessária para compensar a redução do traçado daLinha 7-Rubi, entreBrás e Palmeiras - Barra Funda, após a concessão à TIC Trens.[28]
A partir de 1º de setembro de 2023, o Expresso Aeroporto daLinha 13–Jade daCPTM passou a iniciar suas viagens a partir da Estação da Barra Funda, com sentido àEstação Aeroporto–Guarulhos, com paradas intermediárias na estações:Luz eGuarulhos-Cecap no sentido aeroporto e Guarulhos-CECAP,Brás e Luz no sentido Palmeiras-Barra Funda.[29][30] Dessa forma, buscou-se facilitar o acesso de passageiros do terminal rodoviário interestadual da Barra Funda, com oAeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos.[31]
A partir de 28 de agosto de 2025, a estação Palmeiras-Barra Funda passa a ser o terminal oficial das linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral da CPTM. Essa mudança transforma a estação em um hub central do transporte sobre trilhos em São Paulo.[32]
| Linha | Terminais | Comprimento (km) | Estações | Observações |
|---|---|---|---|---|
| 7 | Palmeiras-Barra Funda ↔Jundiaí | 57,100 | 17 | Antiga Linha A–Marrom/ Antiga Linha Noroeste–Sudeste (trecho noroeste) da CBTU |
| 8 | Júlio Prestes ↔Itapevi | 35,300 | 20 | Possui extensão operacional Antiga Linha B–Cinza / Antiga Linha Oeste do Trem Metropolitano daFEPASA |
| Palmeiras-Barra Funda ↔Rio Grande da Serra | 43,600 | 15 | Antiga Linha D-Bege/ Antiga Linha Noroeste–Sudeste (trecho sudeste) da CBTU | |
| 11 | Palmeiras-Barra Funda ↔Estudantes | 54,100 | 18 | Estação encontra-se em operação assistida Antiga Linha E–Laranja / Antiga Linha Leste Tronco do Trem Metropolitano da CBTU |
| 13 Jade (Expresso Aeroporto) | Palmeiras-Barra Funda ↔Aeroporto–Guarulhos | 27,800 | 5 | Serviço Expresso que parte de hora em hora entre as 05h e meia-noite em direção aoAeroporto–Guarulhos |
| Sigla | Estação | Inauguração | Integração | Plataformas | Posição | Notas |
|---|---|---|---|---|---|---|
| BFU | Palmeiras–Barra Funda | 19 de maio de 1892 (SPR); 17 de dezembro de 1988 (FEPASA eMetrô); 5 de janeiro de 1989 (CBTU) | Linha 3–Vermelha,Bilhete Único daSPTrans | Centrais e laterais | Superfície | Reconstruída pelo Metrô de São Paulo, com recursos do Governo Federal e do Governo Estadual deSão Paulo, em 1988 |
| Linha | Terminais | Estações |
|---|---|---|
| Palmeiras–Barra Funda ↔Corinthians–Itaquera | 18 |
| Sigla | Estação | Inauguração | Capacidade | Integração | Plataformas | Posição | Notas |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| BFU | Palmeiras–Barra Funda | 17 de dezembro de 1988 | 60 mil passageiros hora/pico | Linhas7 e8 do Trem Metropolitano,Bilhete Único daSPTrans eCartão BOM | Laterais e central | Superfície | Estação com estrutura de concreto pré-moldado |
| Linha | Terminais | Comprimento (km) | Estações | Observações |
|---|---|---|---|---|
| 1 | Peruíbe ↔Campinas | 290 | 105 | Conhecido comoTrem do Pettená, esta linha tinha como destino a estação central deCampinas, com partidas dePeruíbe, no litoral sul paulista, e a estação de Barra Funda era usada para embarque e/ou desembarque de passageiros oriundos da capital paulista e troca de locomotivas. Foi suprimido em 1997 juntamente com aFerrovia Paulista S.A. quando ocorreu a privatização |
A estação da CPTM possui duas obras de arte expostas em seu mezanino de distribuição e integração com o metrô:

A estação do metrô possui quatro obras de arte, dividas entre mezanino e plataformas:[35]

Terminal Rodoviário Barra Funda | |
|---|---|
| Mezanino e bilheterias do terminal rodoviário | |
| Uso atual | Terminal de ônibus rodoviário e urbano |
| Administração | Socicam SPTrans (apenas linhas urbanas) |
| Linhas | 139 |
| Principais destinos | Sudeste do Brasil Sul do Brasil Norte do Brasil Centro-Oeste do Brasil Puerto Suárez,Bolívia |
| Plataformas | 40 (28 de embarque e 12 de desembarque) |
| Área | 22 700 m² |
| Empresas situadas | 34 |
| Serviços | |
| Informações históricas | |
| Inauguração | 20 de dezembro de1989 |
| Localização | |
| Localização | São Paulo,SP Brasil |
A ala rodoviária do Terminal Palmeiras-Barra Funda foi aberta em 20 de dezembro de 1989 e atende a diversas linhas que conectam o bairro da Barra Funda a bairros periféricos e centrais do município de São Paulo. Serve também com linhas intermunicipais, principalmente com destino aooeste paulista, interestaduais (regiões Sudeste, Sul, Norte e Centro-Oeste do Brasil) e internacionais (Bolívia).[36]
| Ano[37][38] | Passageiros (em milhares) |
|---|---|
| 1989 | 152 |
| 1990 | 6 076 |
| 1991 | 5 702 |
| 1992 | 3 987 |
| 1993 | 3 733 |
| 1994 | 3 909 |
| 1995 | 4 659 |
| 1996 | 4 438 |
| 1997 | 4 109 |
| 1998 | 4 198 |
| 1999 | 7 089 |
| 2000 | 7 135 |
| 2001 | 7 442 |
| 2002 | 7 470 |
| 2003 | 7 091 |