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Temeno (emgrego:Τέμενος), namitologia grega, era um filho deAristomaco e irmão deCresfontes eAristodemo. Ele era umHeráclida, trisneto deHéracles (Hércules) e ajudou a liderar o quinto e final ataque aMicenas noPeloponeso. Ele tornou-se Rei deArgos.
Temeno e seus irmãos reclamaram para o oráculo que suas instruções se haviam provado fatais para aqueles que as tinham seguido (o oráculo havia dito aHilo para atacar através da passagem estreita quando o terceiro fruto estivesse maduro). Eles receberam a resposta de que por "terceiro fruto" a "terceira geração" era referida, e que a "passagem estreita" não era o istmo de Corinto, mas os estreitos dePatras. Eles de acordo construíram uma frota emNaupacto, mas antes de zarparem, Aristodemo foi atingido por um raio (ou alvejado porApolo) e a frota destruída, porque um dos Heráclidas havia morto um videnteacarnaniano.
O oráculo, sendo novamente consultado por Temeno, propôs-lhe que oferecesse umsacrifício expiatório e banisse o assassino por dez anos, e depois procurasse um homem com três olhos para ser guia. Em seu caminho de volta a Naupacto, Temeno encontrou comÓxilo, umetólio, que havia perdido um olho, montando um cavalo (portanto perfazendo os três olhos) e imediatamente intimou-o a seu serviço. De acordo com outro relato, uma mula em que Óxilo montava havia perdido um olho. Os Heráclidas repararam seus navios, velejaram deNaupacto aAntírrio, e de lá para Riu emPeloponeso. Uma batalha decisiva foi travada comTisâmeno, filho deOrestes, o principal regente na península, que foi derrotado e morto. Essa conquista foi tradicionalmente datada de sessenta anos após aGuerra de Troia.
Os Heráclidas, que portanto tornaram-se praticamente mestres de Peloponeso, procederam para distribuir seu território entre si por lotes.Argos ficou para Temeno[1],Lacedemônia paraProcles eEurístenes, os filhos gêmeos deAristodemo, eMessênia paraCresfontes[2]. SegundoPausânias, Cresfontes queria a Messênia, subornou Temeno[2], e este manipulou o sorteio de forma que Cresfontes ganhasse[3]. O fértil distrito deÉlida havia sido reservado por acordo para Óxilo. Os Heráclidas regeram em Lacedemônia até221 AEC, mas desapareceram bem mais cedo em outros países.
Essa conquista dePeloponeso pelos dórios, comummente chamada a "Invasão dórica" ou "Retorno dos Heráclidas", é representada como uma recuperação pelos descendentes de Héracles da herança de direito de seu ancestral herói e seus filhos. Os dórios seguiram o costume de outras tribos gregas em clamando como ancestral para suas famílias regentes um dos heróis lendários, mas as tradições não devem por conta disso ser consideradas como inteiramente míticas. Elas representam uma invasão conjunta de Peloponeso por etólios e dórios, os últimos tendo sido empurrados para o sul de seu lar setentrional original sob pressão dos Tessalianos. É notável que não haja menção desses Heráclidas ou de sua invasão emHomero ouHesíodo.Heródoto (vi. 52) fala de poetas que tinham celebrado seus feitos, mas esses limitavam-se a eventos imediatamente posteriores à morte de Héracles.
A estória foi primeiramente amplificada pelos tragedistas gregos, que provavelmente tomaram sua inspiração de lendas locais, que glorificavam os serviços prestados por Atenas aos regentes de Peloponeso.
Temeno fez como seu general e conselheiro Delfontes, um descendente de Ctesipo, filho de Héracles, que era casado com sua filha Hirnetão[4].
Seus filhos, suspeitando que seriam preteridos na sucessão pelo genro do rei, conspiraram e tomaram o poder, liderados por Ceio, o mais velho[4].
Outros filhos de Temeno são mencionados por Pausânias: Cerines, Fálces, Agreu[5] e Ístmio[6].
Este rei é considerado ancestral dos reis da Macedônia, através de seus descendentes Gauanes, Éropo ePérdicas, que teriam emigrado de Argos para a região[7]. Pérdicas, o mais novo, se tornaria rei da Macedônia, sendo ancestral dos reis atéAlexandre, o Grande[8].