Telarca (do grego θηλήthelḗ, “mamilo” e ἀρχήarkhé, começo) é o período que marca o início do desenvolvimento dasmamas[1] e ocorre geralmente entre 8 e 13 anos de idade (em média: 10,5 anos). É geralmente o primeiro sinalfenotípico dapuberdade em meninas (60%) e ocorre em resposta ao aumento deestrogênios (estradiol) circulantes; ao mesmo tempo produz-se uma estrogenização da mucosa vaginal e o crescimento davagina e doútero.[2]
O desenvolvimento das mamas continua ao longo da puberdade eadolescência, como descrito por Marshall e Tanner, a partir da qual desenvolveram uma escala de maturação sexual. A telarca é a fase M2 de Tanner. É comum que um mamilo se desenvolva antes do outro e se torne maior.
O desenvolvimento das mamas antes dos 8 anos pode ser causado por umcisto ovariano produtor de estrógeno. Pode ocorrer nos primeiros anos de vida. O cisto aparece expontaneamente por causas desconhecidas (provavelmente originado decélulas germinativas da granulosa) e quase sempre regride expontaneamente sem causar maiores problemas. O aumento das mamas é interrompido até a puberdade. Na adolescência volta a crescer normalmente. Sendo assim raramente é necessário qualquer tratamento.[3]
A ausência de desenvolvimento das mamas até os 16 anos, ocorre em 3% das meninas e é sintoma depuberdade atrasada. Pode ser causado por desnutrição, diversas síndromes genéticas, transtornos endócrinos,transtornos alimentares ou excesso de exercícios em atletas.[4]
Quando as mamas crescem em pessoas do sexo masculino são chamadas deginecomastia, frequentemente estão associados a um aumento na produção deestrógeno e decrécimo da produção detestosterona. A ginecomastia pode se desenvolver como resultado de mudanças normais nos níveis hormonais, embora outras causas também existam. O aumento pode ser desigual. Em recém nascidos pode ser pelos estrógenos na gestação.[5]
Pode ser causado por diversos medicamentos (exemplo:anabolizantes),transtorno endócrino, poranomalia genética (ex:Síndrome de Klinefelter) ou tumores glandulares secretores de hormônios (ex:adenomas).[6]
Casos moderados podem melhorar com dieta, exercícios e perda de peso, sem necessidade de cirurgia.[7]