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Tíndaris

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Coordenadas:38° 08' 44" N15° 02' 23" E

Laguna de Tindari.

Tíndaris ouTindário (emgrego: Τυνδαρίς,estrab.; Τυνδάριον,ptol.) é uma pequena localidade (umafrazione) nocomuna dePatti, naProvíncia de Messina naSicília, entreBarcellona Pozzo di Gotto eCefalù.

Tíndaris foi importante cidade naAntiguidade, sendo hoje um famoso santuário dedicado àVirgem, também conhecida pelopoema "Vento a Tindari", escrito pelo Nobel de LiteraturaSalvatore Quasimodo.

Histórico

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Tíndaris situava-se sobre uma colina íngreme e alta que se projeta comopromontório sobre uma amplabaía domar Tirreno, tendo a Punta deMilazzo ao leste e o Cabo Calaviá ao oeste, e distava - segundo os itinerários antigos - 36milhas deMessana (atualMessina).[1] Era uma cidade daGrécia, e uma das últimas cidades sicilianas que podem reivindicar uma origem puramente grega, tendo sido fundada porDionísio, o Velho em 396 ou 395 a.C. Seus colonos originais foram os remanescentes dosmessênios exilados, que foram guiados peloNaupacto,Zacinto, e oPeloponeso pelosespartanos após o fim daGuerra do Peloponeso. Estes haviam primeiramente sido estabelecidos por Dionísio em Messana, quando ele repovoou a cidade; mas os espartanos sentiram-se ofendidos, e foram então transferidos para o lugar de Tíndaris que havia sido previamente incluída no território deAbaceno. Os colonos então batizaram a cidade como Tíndaris, em honra às suas divindades nativas, os Tindáridas (Tyndaridae) ouDióscuros, filhos deTíndaro, e prontamente receberam cidadãos novos de outros lugares, logo elevando a população local a cinco mil cidadãos.[2] Isto elevou a nova cidade a um lugar de grande importância.

Ruínas gregas, em Tíndaris

É novamente mencionada em344 a.C., quando foi uma das primeiras cidades que declararam apoio aTimoleonte após seu desembarque na Sicília.[3] Num período posterior é novamente mencionada como aderindo à causa deHieron, e o apoiando durante sua guerra contra osmamertinos, em269 a.C.. Nesta ocasião ele posicionou suas tropas em Tíndaris, à esquerda, e em Tauromênio (modernaTaormina), à direita.[4] Realmente a posição privilegiada de Tíndaris a tornava um importante ponto estratégico no Tirreno, assim comoTauromênio estava para omar da Sicília, e consequentemente são citadas nas guerras subsequentes. NaPrimeira Guerra Púnica era no começo tributária deCartago; mas os cidadãos, alarmados com o crescente poder dosromanos, estavam a ponto de revoltar-se em favor destes, mas foram contidos pelos cartagineses que, para tal, sequestraram os principais cidadãos e os mantiveram reféns.[5] Em257 a.C. ocorre nas suas proximidades abatalha de Tíndaris, entre seus habitantes e os deLípara, onde uma frota romana sob comando deMarco Atílio Régulo obtém alguma vantagem sobre a armada cartaginesa, mas sem qualquer efetivo resultado positivo.[6] A frota romana é descrita naquela ocasião como margeando o promontório de Tíndaris, mas a cidade contudo não caiu em suas mãos, e isto não ocorreu até quando da queda de Panormo (atualPalermo), em254 a.C., quando os tindarenses expulsaram a guarnição cartaginesa e se uniu à aliança romana.[7]

Bem pouco se ouve falar de Tíndaris sob o governo romano, mas parece ter sido uma cidade florescente e considerável.Cícero chama-lhe denobilissima civitas,[8] e sabe-se de seus habitantes atuaram com zelo e fidelidade para com os romanos em várias ocasiões. Entre outras, proveram de armamentos as forças navais deCipião Africano, fato que em gratidão ele pagou restituindo-lhe uma estátua deMercúrio que havia sido levada pelos cartagineses, e que continuou sendo um objeto de grande veneração na cidade, até quando foi novamente arrebatada pelo ávidoVerres.[9]

Tíndaris foi também uma das dezessete cidades selecionadas peloSenado romano, aparentemente como uma distinção honorífica, para contribuir com certas oferendas ao templo deVênus emÉrix.[10] mas noutros aspectos não possuía qualquer privilégio particular, e estava na condição demunicípio ordinário, com seus próprios magistrados, senado local, etc., mas era certamente, ao tempo de Cícero, um dos lugares mais consideráveis da ilha. Porém, sofreu severamente com as exações de Verres.,[11] e os habitantes, para se vingarem do seu opressor, demoliram sua estátua pública assim que deixou a ilha.[12]

Tíndaris suportou novamente uma parte considerável da guerra entreSexto Pompeu eOtaviano (36 a.C.). Foi um dos pontos ocupados e fortificados pelo primeiro, ao preparar a defesa dos estreitos sicilianos, mas foi tomada porAgripa após sua vitória naval em Milas, e tornou-se um dos seus bastiões na ofensiva contra Pompeu.[13] Após isto, não se ouve falar mais de Tíndaris na história; mas não há dúvida de que continuou a existir durante o longo período doImpério Romano.Estrabão fala dela como um dos lugares ao norte da Sicília que, ao seu tempo, ainda merecia o título de cidade; ePlínio, o Velho dá-lhe o título decolônia". É provável que recebera a condição de colônia sob Augusto, pois encontra-se uma inscrição deColônia Augusta Tindaritanoro.[14] Plínio menciona uma grande calamidade que a cidade teria sofrido, quando (ele diz) metade da cidade foi engolida pelo mar, provavelmente por conta de um terremoto que teria causado a colina sobre a qual está situada, mas não há qualquer pista sobre a data deste evento;[15] Os Itinerários Antoninos atestam a existência de Tíndaris, ainda como um lugar considerável, noséculo IV.[16]

Santuário de Tíndaris.

Situação atual

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Até oséculo XIX o lugar de Tíndaris estava completamente deserto, mas o nome foi mantido graças a uma igreja, que ocupava o ponto mais elevado da colina onde a cidade situava-se antigamente, e era chamada deMadonna di Tindaro. Sita a cerca de 180 metros acima do nível do mar, é um marco para os marinheiros. Ruínas consideráveis da antiga cidade também são visíveis. Ocupa toda o planalto, ou parte superior do monte, e podem ser encontrados restos de antigas paredes, a intervalos, por toda a beira do precipício, menos em uma parte diante do mar em que o precipício é bastante íngreme. Não é improvável que ali houve um desmoronamento, tal como registrado por Plínio. Dois portões da cidade ainda podem ser distinguidos. Os principais monumentos que podem ser registrados, nas ruínas, são: o teatro, que apresenta restos bastante deteriorados, mas o suficiente para perceber que não possuía grandes dimensões, e que era aparentemente uma construção romana ou, então, assim como o Tauromênio, uma reconstrução romana sobre fundações gregas; um grande edifício com dois belos arcos de pedra, em geral chamado Ginásio, mas cuja real destinação não é determinável; vários outros edifícios dos tempos romanos, mas de caráter incerto, um pavimento commosaico e alguns túmulos romanos.[17]

A Madona Negra de Tíndaris, com inscriçãoNIGRA SUM SED FORMOSA.

Numerosas inscrições, fragmentos de esculturas e de elementos decorativos de arquitetura, bem como moedas, vaso etc., foram também encontrados no sítio.

Lendas religiosas

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Uma lenda local narra que alaguna foi criada após a vinda de um peregrino que chegara para visitar a imagem da Virgem; mas este se recusara a orar porque a madona era negra. Outra diz que uma mulher derrubou um bebê, acidentalmente, no mar e a madona fizera a terra subir para salvar sua criança. As areias de Marinelo têm um formato que lembra a madona de perfil.

Referências

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  • Este artigo incorporou texto oriundo da obra “Dictionary of Greek and Roman Geography” (DP), deWilliam Smith (1856).
  1. Itinerário de Antonino, p. 90;Tab. Peut.
  2. Diod. xiv. 78.
  3. Diod. xvi. 69.
  4. Diod. xxii. Exc. H. p. 499
  5. Diod. xxiii. p. 502.
  6. Pol. i. 25; Zonar. viii. 12.
  7. Diod. xxiii. p. 505.
  8. Cícero, Verrinas, iii, 43
  9. Cic. Verr. iv. 3. 9-42, v. 47.
  10. Cic.Verr. v. 47; Zumpt,ad loc.; Diod. iv. 83.
  11. Cic.Verr. ll. cc.
  12. Cic.Verr. ii. 66.
  13. Apiano,B.C. v. 105, 109, 116.
  14. Estrab. vi. p. 272; Plin. iii. 8. s. 14; Ptol. iii. 4. § 2; Orell.Inscr. 955.
  15. Plin. ii. 92. s. 94.
  16. Itin. Ant. pp. 90, 93; Tab. Peat.
  17. Serra di Falco,Antichità della Sicilia, vol. v. part vi.; Smyth'sSicily, p. 101; Hoare'sClassical Tour, vol. ii. p. 217, etc.
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