Marco Cláudio Tácito (emlatim:Marcus Claudius Tacitus; c. 200 – junho de 276) foi oimperador romano de 275 a 276.
Tácito deve ter nascido no ano 200 d.C., a julgar que alegadamente tinha 75 anos quando foi proclamado imperador em 275. Sua vida antes deste ano é sobretudo referida pelaHistória Augusta, cujo relato é encarado como totalmente ficcional; dentre as alegações feitas, há aquela de que foi aparentado com o historiadorTácito. A única informação segura sobre sua vida pregressa é que foicônsul em 273 comJúlio Placidiano. SegundoZósimo eJoão Zonaras, foi proclamado imperador pelo exército depois do assassinato deAureliano(r. 270–275) no outubro de 275,[1] talvez setembro[2] ou novembro. À época, estava emInteramna Nahars, 60 quilômetros ao norte deRoma, de onde viajou à capital para ser confirmado pelosenado.[1]
Como imperador, deificou Aureliano e então prendeu e executou muitas pessoas envolvidas em seu assassinato. Com isso, voltou sua atenção à defesa do império. Aureliano havia recrutado oshérulos emeótidas para invadir doImpério Arsácida, mas com sua morte a expedição foi cancelada e os bárbaros, se sentindo frustrados, começaram a pilhar as províncias naÁsia Menor comoPonto,Galácia,Capadócia eCilícia. Tácito nomeou seu irmão Floriano comoprefeito pretoriano e eles marcharam contra os invasores, o que rendeu rendeu ao imperador o título deGótico Máximo.[1]
Em seu caminho de volta à Europa, faleceu. Zósimo e Zonaras alegam que havia nomeado seu parente Maximino como governador daSíria Palestina, mas o último foi assassinado e os assassinos, temendo sua reação, o assassinaram também; dizem ainda que alguns deles também estiveram envolvidos no esquema contra Aureliano. AHistória Augusta relata que Tácito adoeceu com febre e começou a mostrar sinais de megalomania. Se sabe que faleceu em junho de 276. Meses antes disso, havia sido nomeado para seu segundo consulado comEmiliano. Há evidência numismática para um terceiro consulado, mas não há registros nosfastos consulares conhecidos.[1]
Teve filhos, cujos nomes não foram registrados. Sua família tinha propriedades em Interamna,Numídia eMauritânia. Tácito foi descrito nas fontes comopríncipe do senado (princeps senatus), consular de primeira sentença (primae sententiae consularis), e homem consular (consularibus vir).[2]
Referências
- Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «M. Claudius Tacitus 3».The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia A referência emprega parâmetros obsoletos
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