Asa de umaviãoAirbus A320.Exemplo de gráfico coeficiente de sustentação-ângulo de ataque.
Sustentação é a componente da resultante aerodinâmica perpendicular aovento relativo.[1]A resultante aerodinâmica (RA) é uma força que surge em virtude do diferencial de pressão entre o intradorso e o extradorso doaerofólio e tende a empurrá-lo para cima, auxiliada ainda pela reação do ar (Terceira Lei de Newton) na parte inferior da mesma. Ela é representada como um vetor que, quando decomposto, dá origem a duas forças componentes que são: a força de sustentação e aforça de arrasto. Graças a essa força o aerofólio é capaz de erguer-se. Se este for, por exemplo a asa de uma aeronave, esta alçará voo.A sustentação é função dadensidade do ar (densidade dividida por dois), docoeficiente de sustentação, da área da asa e da velocidade de voo elevada ao quadrado, e seu símbolo é "L" (Lift, em Inglês).[2]
V é a velocidade do vento em relação ao perfil aerodinâmico (vento relativo).
S ouA é a área projetada sobre o plano perpendicular à direção do vento.
L é a força de sustentação produzida.
um processo similar de sustentação pode ser desenvolvido para a locomoção em outros fluidos além do ar, destacadamente na água, como se necessita ao projetarhidrofólios.
Animação do fluxo em uma asa de avião.Forças atuando na asa de um avião.
Emaeronáutica é a principal força que permite que umaaeronave comasas se mantenha em voo. Esta, ao ser maior que o peso total da aeronave, lhe permite de(s)colar.
Para a sustentação se utiliza a notação, do termoinglêslift, e para o coeficiente de sustentação, o qual sempre se busca que seja o maior possível.
Além disso, a sustentação, e em consequência, seu coeficiente, dependem diretamente doângulo de ataque, aumentando segundo este até chegar a um ponto máximo, depois do qual o fluxo de ar que passa sobre oextradorso (parte superior da asa), não consegue correr em sua totalidade e manter-se aderido ao perfil aerodinâmico, dando lugar à "entrada em perda" ouestol (do termo inglêsstall).
Para a sustentação se utiliza a notação, e para o coeficiente de sustentação, já que esta força atua paralelamente ao eixo OZ do triedro de referência que se associa ao veículo.
Para poder comparar diretamente a sustentação que produzem dois veículos nas mesmas condições, se utiliza o coeficiente, exatamente pelos mesmos motivos que no caso daresistência aerodinâmica.
Nos veículosde passeio não se pode ter em conta nemaproveitar a sustentação e inclusive pode haver um pequeno coeficiente positivo.
Em muitos tipos de veículos de competição, como podem ser os daFórmula 1, ocorre tudo ao contrário, buscando-se que seja negativo (sustentação negativa); ou seja, que o veículo seja empurrado contra o solo, com o objetivo de obter um melhor agarre ouapoio aerodinâmico, mediante superfícies comoailerons ou utilização de fundo plano, que causa oefeito solo. Um exemplo máximo do aproveitamento deste efeito, foi o advento das chamadas "minissaias", no final dos anos 1970, que foram proibidas no início anos 1980.[3]
Além disso, em alguns destes veículos, dependendo entre outras coisas da distribuição de massas e do tipo detração, se buscamapoios aerodinâmicos diferentes para cada eixo, pelo que pode haver um coeficiente diferente associado a cada um deles.