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Sudão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaSudão (desambiguação).
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República do Sudão
جمهورية السودان (árabe)
Jumhūriyyat as-Sūdān
Republic of the Sudan (inglês)
Lema: النصر لنا(Al-Nasr Lana)
EmÁrabe: "A Vitória é Nossa"
Hino: نحن جند لله جند الوطن
EmÁrabe:"Nós somos o Exército de Deus e da Nossa Terra"
Localização do Sudão no continente africano
Localização do Sudão nocontinente africano
CapitalCartum
15° 31′ N, 32° 35′ L
Maior cidadeOndurmã
Língua oficialÁrabe einglês
GentílicoSudanês(a)[1]
GovernoRepública federalpresidencialista sob umaditadura militar
Abdel Fattah al-Burhan
Malik Agar
Kamil Idris
Independência doEgito e doReino Unido
• Data
1 de janeiro de 1956
Área
 • Total1 886 068km² (15.º)
 • Água (%)6,0
FronteiraEritreia,Etiópia,Sudão do Sul,República Centro-Africana,Chade,Líbia eEgito
População
 • Estimativa para 202247 958 856 hab. (30.º)
 • Urbana40,84% hab.
 • Densidade17 hab./km² (194.º)
PIB (PPC)Estimativa para 2022
 • TotalUS$ 207,7bilhões*[2]
 • Per capitaUS$ 4 450[2] (136.º)
PIB (nominal)Estimativa para 2022
 • TotalUS$ 42,7bilhões*[2]
 • Per capitaUS$ 916[2]
IDH (2021)0,508 (172.º) – baixo[3]
MoedaLibra sudanesa (SDG)
Fuso horárioTempo da África Central (UTC+2)
 • Verão (DST)não observado (UTC+2)
Cód. ISOSDN
Cód. Internet.sd
Cód. telef.+249
Website governamentalwww.sudan.gov.sd/index.php/en
Divisão atual do país, após a independência doSudão do Sul

OSudão (emárabe:السودان;romaniz.:As-Sudan; eminglês:Sudan), oficialmenteRepública do Sudão (em árabe: جمهورية السودان, transl.:Jumhūriyyat as-Sūdān; em inglês:Republic of the Sudan), é umpaísafricano, limitado a norte peloEgito, a leste peloMar Vermelho, por onde faz fronteira com aArábia Saudita, pelaEritreia e pelaEtiópia, a sul peloSudão do Sul e a oeste pelaRepública Centro-Africana,Chade eLíbia. ORio Nilo divide o país em duas metades: a oriental e a ocidental.[4] Sua religião predominante é oislamismo.[5] Quase um quinto da população do Sudão vive abaixo dalinha internacional de pobreza, vivendo com menos de US$ 1,25 por dia.[6]

Até 2011, o Sudão era o maior país da África e doMundo árabe, quando o Sudão do Sul se separou em um país independente, após umreferendo sobre a independência. O Sudão é hoje o terceiro maior país da África (após aArgélia e aRepública Democrática do Congo) e também o terceiro maior país do mundo árabe (depois da Argélia eArábia Saudita). Sua área consiste em 1 886 068 km².

A nação é membro daOrganização das Nações Unidas,União Africana,Liga Árabe,Organização da Conferência Islâmica e doMovimento de Países Não Alinhados, bem como um observador naOrganização Mundial do Comércio.[7][8] Sua capital éCartum, o centro político, cultural e comercial da nação. O Sudão é umaRepública federalpresidencialdemocrática e representativa; e as políticas do Sudão são reguladas pela Assembleia Nacional, sendo que o sistema legal sudanês é baseado nalei islâmica.

Grande parte da história do Sudão é marcada por conflitos étnicos, além de dois conflitos internos em andamento (um na região sul eoutro na região de Darfur) e duas guerras civis, entre1955 e 1972 e1983 e 2005. Existem inúmeros casos de limpeza étnica e escravidão no país.[9] O Índice de Percepção da Corrupção indicou o Sudão como o quarto país mais corrupto do mundo.[10] De acordo com oÍndice Global da Fome de 2013, o Sudão tem um valor indicador GHI de 27,0, indicando que o país tem um "estado alarmante de situação de fome", fazendo desta a quinta nação mais faminta do mundo.[11] SeuÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,510 (dados de 2019), o classifica como um dos mais baixos níveis dedesenvolvimento humano no mundo;[12] e seuÍndice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) (dados referentes ao ano de 2019) é de 0,333.[12]

História

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Ver artigo principal:História do Sudão

Antiguidade

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Ver artigos principais:Reino de Cuxe eNúbia
Ruínas de antigaspirâmides núbias emMeroê

OReino de Cuxe foi umEstado antigo daNúbia centrado nas afluências doNilo Azul,Nilo Branco eRio Atbara. Foi criado após o colapso daIdade do Bronze e a desintegração doImpério Novo doEgito Antigo. Foi centrado emNapata em sua fase inicial; depois que o rei Cáchita ("o cuxita") invadiu o Egito noséculo VIII a.C., os reis cuxitas ordenaram-se comofaraós da vigésima quinta dinastia do Egito, um século antes de serem derrotados e expulsos pelosassírios; no auge de sua glória, os cuxitas conquistaram um império que se estendia desde o que hoje é conhecido como Cordofão do Sul até todo o caminho para oSinai; e o reiPiyê tentou expandir o império noOriente Próximo, mas foi impedido pelo rei assírioSargão II.

A guerra que ocorreu entre o reiTaraca e o rei assírioSenaqueribe foi um acontecimento decisivo na históriaocidental, quando os núbios foram derrotados pelos assírios em sua tentativa de ganhar uma posição no Oriente Próximo. O sucessor de Senaqueribe,Assaradão, foi mais longe e invadiu o próprio Egito, depondo Taraca e liderando os núbios do Egito, a qual Taraca fugiu de volta para sua terra natal, onde morreu dois anos depois. O Egito tornou-se uma colônia assíria; no entanto, o reiTantamani fez uma tentativa final para recuperar a soberania do Egito. Assaradão morreu enquanto se preparava para deixar a capital assíria deNínive, a fim de expulsá-lo. No entanto, seu sucessor,Assurbanípal, enviou um grande exército para o sul do Egito terminando com todas as esperanças de um renascimento do império núbio.

Durante aAntiguidade Clássica, a capital núbia foi emMeroê. Na geografiagrega antiga, o reino meroítico foi conhecido como "Etiópia" (termo também usado anteriormente pelos assírios quando se depararam com os núbios). A civilização de Cuxe foi uma das primeiras no mundo a usar a tecnologia defundição deferro. O reino núbio em Meroê persistiu até oséculo IV. Com o colapso do império cuxita, vários Estados surgiram em seus antigos territórios, entre eles aNúbia.

Curiosidade

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O Reino de Cuxe é mencionado na Bíblia como tendo salvo os israelitas da ira dos assírios, embora a doença entre os sitiantes tenha sido a principal razão pelo fracasso em tomar a cidade.

Séculos XIX e XX

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O Sudão é incorporado ao mundoárabe na expansãoislâmica doséculo VII. O sul escapa ao controle muçulmano e sofre incursões de caçadores deescravos. Entre 1820 e 1822, é conquistado e unificado peloEgito e posteriormente entra na esfera de influência doReino Unido. Em 1881 eclode uma revolta nacionalista chefiada porMaomé Amade, líder religioso conhecido comoMádi, que expulsou os ingleses em 1885. Ele morre logo depois e os britânicos retomam o Sudão em 1898. No ano seguinte, a Nação é submetida ao domínio egípcio-britânico. Obtém autonomia limitada em 1953 e independência total em 1956.

O Sudão está emguerra civil há 46 anos. O conflito entre o governomuçulmano e guerrilheiros não muçulmanos, baseados no sul do território, revela as realidades culturais opostas da Nação. A guerra e prolongados períodos de seca já deixaram mais de 2 milhões de mortos.

A introdução daSharia, a lei islâmica, causou a fuga de mais de 350 mil sudaneses para países vizinhos. Entre outras medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação.

Conflito em Darfur

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Ver artigo principal:Conflito de Darfur

A 9 de setembro de 2004 oSecretário de Estado norte-americanoColin Powell denominou o conflito emDarfur degenocídio, declarando-a a piorcrise humanitária doséculo XXI.[13] Houve relatos de que osJanjawid (milícias governamentais) estava lançando ataques e bombardeios a vilarejos, e matando civis com base naetnia, cometendoestupros, roubando bens, terras e gado. Até o momento, mais de 2,5 milhões de civis foram deslocados, e estima-se o total de mortos entre 200 mil[14] e 400 mil.[15] Estas estimativas estão estagnadas desde que os relatórios iniciais daONU apontaramgenocídio já em 2003/2004.

A 5 de maio de 2006 o governo sudanês e o principal grupo rebelde do país, o Movimento de Libertação do Sudão - MLS - assinaram o Acordo de Paz de Darfur, que tentava pôr fim ao conflito.[16] O acordo estabelecia especificamente o desarmamento dos Janjaweed e desmantelamento dos grupos armados, e visava estabelecer um governo temporário no qual os rebeldes pudessem participar.[17] Somente um grupo rebelde, o SLA, comandado por Minni Arko Minnawi, aceitou assinar o acordo.[16]

Milícia do governo sudanês emDarfur

Desde que o acordo foi assinado, entretanto, tem havido notícias de violência generalizada na região. Surgiu um novo grupo, chamado Frente de Redenção Nacional, formado pela união de 4 grupos que recusaram-se a assinar os acordos de maio de 2006.[18] Recentemente, tanto o governo quanto as milícias islâmicas por ele apoiadas têm lançado grandes ofensivas contra os grupos rebeldes, resultando em mais mortes e mais refugiados. Conflitos entre os próprios grupos rebeldes também contribuíram para a violência.[18] Combates recentes na fronteira com oChade deixaram centenas de soldados e rebeldes mortos, e quase 250 mil refugiados sem ajuda humanitária.[19]

A população de Darfur é predominantemente negra e de religiãomuçulmana, enquanto amilíciaJanjawid é predominantemente árabe negra. A maioria dos etnicamente árabes de Darfur permanece longe do conflito. Os habitantes de Darfur - tanto árabes quanto não árabes - rejeitam profundamente o governo deCartum, que não lhes forneceu nada a não ser problemas.[20]

ACorte Criminal Internacional - CCI - indiciou o Ministro de Estado para Assuntos Humanitários,Ahmed Haroun, e o suposto líder da milícia islâmica Janjawid, Ali Mohammed Ali, também conhecido como Ali Kosheib, pelas atrocidades na região. Ahmed Haroum pertence à tribo Bargou, uma das tribos não árabes da região, e é acusado de incitar ataques contra grupos não árabes específicos. Ali Kosheib é um ex-soldado e líder das forças populares de defesa, e é acusado de ser um dos líderes dos ataques a vilarejos no oeste de Darfur. A 14 de julho de 2008 o promotor da Corte Criminal Internacional,Luis Moreno Ocampo, lançou 10 acusações criminais contra o presidente Al-Bashir, como as de patrocinarcrimes de guerra ecrimes contra a humanidade.[21] Al-Bashir foi acusado pelos promotores de ter "planejado e implementado o extermínio" de três grupos tribais em Darfur por motivos étnicos.[21] Espera-se que em breve Luis Moreno Ocampo peça aos juízes da CCI que expeçam um mandado de prisão contra Al-Bashir.[21]

ALiga Árabe, aUnião Africana e até aFrança apoiaram os esforços do Sudão para suspender as investigações da CCI.[22] Eles esperam que seja considerado o Artigo 16 da Convenção de Roma, que estabelece que as investigações da CCI podem ser suspensas se ameaçarem um processo de paz.[23]

Queda de Omar Al-Bashir

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Ver artigo principal:Conselho Militar de Transição (2019)

Em 11 de abril de 2019 o Exército do Sudão derrubou o presidente Omar Al-Bashir após várias semanas de protestos, o presidente Omar Al-Bashir foi afastado de todos os cargos e o governo foi demitido. Segundo a mídia, o exército anunciaria a criação de um comitê militar que liderará o país durante o período de transição.[24]

Golpe de Estado em 2021

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Ver artigo principal:Golpe de Estado no Sudão em 2021
Ver artigo principal:Tentativa de golpe de Estado no Sudão em setembro de 2021

Um golpe de Estado em outubro de 2021 interrompeu temporariamente o processo de transição democrática iniciado em 2019. O acontecimento marcou o crescente tensionamento no interior doConselho Soberano do Sudão, principalmente entre a ala militar e a ala civil, mas também internamente à cada um desses. O golpe gerou fortes protestos da população, mesmo diante da brutal repressão que deixou pelo menos 41 mortos. Organismos internacionais também assumiram uma posição de grave reprovação da movimentação golpista. No fim do mês posterior, novembro, um acordo foi celebrado entre as lideranças militares e o primeiro-ministro, até então em prisão domiciliar,Abdalla Hamdok, que teve sua posição restaurada. O acordo deliberou a libertação de todos os detidos pelas forças golpistas, e a retomada do acordo de transição elaborado em 2019. A conciliação foi celebrada internacionalmente; no país, porém, organizações civis rejeitaram fortemente o acordo com os militares, com a alegação de que esse não só não buscava fazer cumprir a justiça violada pelos militares, como também deixava partidos que antes eram membros do governo em uma situação não definida, como é o caso das Forças de Liberdade e Mudança. Intensos processos se seguiram à assinatura do acordo, com ampla participação social e forte repressão.[18][25][26][27]

Confrontos armados em 2023

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Ver artigo principal:Tentativa de golpe de Estado no Sudão em 2023

Na manhã de 15 de abril de 2023, eclodiram pesados confrontos em Cartum entre o exército sudanês e asForças de Suporte Rápidas. O conflito logo se espalhou pelo país deixando inúmeros mortos e feridos.

Geografia

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Sudão visto de satélite, após a independência doSudão do Sul

O Sudão está situado no norte docontinente africano, tendo omar Vermelho como costa a nordeste (853 km). Tem uma área total de 1 886 068 km², sendo o 16º do mundo em extensão. Faz fronteira com aRepública Centro-Africana, oChade, oEgito, aEritreia, aEtiópia, aLíbia, eSudão do Sul. Antes da independência doSudão do Sul, o Sudão era o maior país africano em extensão territorial, com 2 505 813 km².

A oeste do país, na região doDarfur, localiza-se o maciço vulcânico deJebel Marra, umhotspot adormecido do tipo caldeira, onde a parte mais elevada chama-seDeriba, é o ponto mais elevado do país com 3 042 metros de altitude.[carece de fontes?]

Os desertos daNúbia e daLíbia, partes do grandeDeserto do Sahara, têm o clima árido e predominam no centro e norte do país, enquanto no sul e sudeste são as savanas e florestas tropicais que tomam conta da paisagem. ORio Nilo é o principal rio do país, formado da junção doRio Nilo Branco, que se origina noLago Vitória, vindo peloSudão do Sul; e doRio Nilo Azul originário das terras altas daEtiópia ao leste. Juntam-se nas imediações da capitalCartum, seguindo para o norte na direção doEgito, para formar oLago Nasser. O rio é fonte de energia eléctrica, dada a quantidade decataratas e corredeiras no seu percurso, propício às construções deusinas hidroelétricas; e de irrigação para as plantações dealgodão, principal produto de exportação, ao lado dagoma-arábica. A maioria da população vive daagricultura de subsistência e dapecuária.[carece de fontes?]

Da região central a sul do país o clima predominante é o tropical, tendo raras ocasiões onde o clima subtropical predomina e interfere no clima, por conta dos desertos presentes em quase todo o território.

Demografia

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Vista do tráfego deCartum, a capital do país

O censo de 1993 no Sudão, informava que a população na altura era de 25 milhões de habitantes. Desde então não foi feito um censo fiável devido à guerra civil. AONU estimava em 2006 que a população já atingia os 32 milhões de habitantes, que corresponde a uma densidade populacional de 16,04 hab./km². As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 34,53% e 8,97%. A esperança média de vida é de 58,92 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,531 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,483 (2001). Estima-se que, em 2022, a população seja de 47,9 milhões de habitantes.

A população metropolitana deCartum (incluindo os distritos deCartum,Cartum Bahri eOndurmã) está a crescer rapidamente, 5 a 7 milhões, incluindo os 2 milhões de desalojados oriundos do sul devido à guerra e do oeste e este devido àseca.

O Sudão ocupa grande parte da bacia do alto Nilo, desde os contrafortes das Terras Altas da África Oriental até ao Sara. É um imenso país que manifesta influências étnicas e culturais dos países vizinhos. Devido a Independência da região sul em 9 de julho de 2011, a sua população passou a ser predominantemente árabe e muçulmana. A religião predominante é oislamismo sunita. De acordo com aconstituição de 2005 as línguas oficiais do país são oárabe e oinglês.[28]

Cidades mais populosas

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Cidades mais populosas doSudão
http://www.geonames.org/SD/largest-cities-in-sudan.html

Cartum

Ondurmã
PosiçãoLocalidadeEstadoPop.
1CartumCartum1 974 647
2OndurmãCartum1 200 000
3Porto SudãoMar Vermelho489 725
4CassalaCassala401 477
5El ObeidCordofão do Norte393 311
6KostiNilo Branco345 068
7Wad MedadiAl Jazirah332 714
8El-FasherDarfur do Norte252 609
9Ad-DamazinNilo Azul186 051
10El GeneimaDarfur Ocidental162 981

Religião

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Ver artigos principais:Religião no Sudão eIgreja Católica no Sudão

84% Da População doSudão pratica oIslamismo Sunita, sendo 1%Xiita.

Cristãos daIgreja Copta compõem 10% da população. 3% São membros daIgreja Católica,Igreja Protestante eFé Baha'i. 2% Não souberam explicar ou não responderam a pesquisa realizada em 2015.

Política

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O Sudão foi umarepública autoritária onde todo o poder estava nas mãos do presidenteOmar Hasan Ahmad Al-Bashir; ele e o seu partido estavam no poder desde ogolpe militar de 30 de junho de 1989 até sua derrocada em 11 de abril de 2019.

Desde 2003 que a região deDarfur assiste ao extermínio da população de Darfur, por parte dos janjaweed; este é conhecido como oConflito de Darfur.

Atualmente o Sudão é governado por uma junta militar desde a queda de Omar Al-Bashir em 2019.[28]

Subdivisões

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Ver artigo principal:Subdivisões do Sudão
Mapa político do Sudão após a independência doSudão do Sul

Atualmente depois da divisão com oSudão do Sul, o Sudão encontra-se dividido em 16estados (wilayat), que por sua vez se dividem em 90distritos. Os estados são:

Economia

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Ver artigo principal:Economia do Sudão
Principais produtos deexportação do Sudão em 2019 (em inglês)

As recentes políticas financeiras e investimento em novas infraestruturas não evitam que o Sudão continue a ter graves problemas econômicos. Desde 1997 que o Sudão tem vindo a implementar medidas macroeconômicas aconselhadas peloFMI. Começaram a exportarpetróleo em 1999; a produção crescente desde produto (atualmente 520 000 barris por dia) deu uma nova vida à indústria Sudanesa, e fez com que oPIB subisse 6,1% em 2003.

Como osEstados Unidos iniciaram sanções com o Sudão desde 1997, suas petrolíferas se retiraram do país neste ano, sendo substituídas porempresas de outros países como aTotal (França), KFPC (Kuwait),ONGC (Índia),Petronas (Malásia) e CNPC (China). A CNPC é controladora do consórcio Greater Nile Petroleum Operating Company (GNPOC), que inclui a Total, aONG e a Sudapet (estatal Sudanesa). A GNPOC é responsável pela maior parte da produção sudanesa, controlando os blocos 1, 2 e 4.

O Sudão tem um solo muito rico:petróleo,gás natural,ouro,prata,crômio,asbesto,manganês,gipsita,mica,zinco,ferro,chumbo,urânio,cobre,cobalto,granito,níquel ealumínio.

Apesar de todos os desenvolvimentos econômicos mais recentes derivados da produção petrolífera, aagricultura continua a ser o sector econômico mais importante do Sudão. Emprega 80% da força de trabalho e contribui com 39% para o PIB. Este aparente bem-estar económico é quase irrelevante; mais de 50% da população vive abaixo dalinha de pobreza.

Infraestrutura

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Educação

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A educação no Sudão é garantida pelo estado e obrigatória para crianças de 6 a 13 anos de idade. A educação primária se estende por oito anos, seguida de três anos de ensino secundário. O sistema educacional sofreu uma significativa reforma em 1990. A linguagem primária usada em todos os níveis de educação é o árabe, sendo que as instituições de ensino estão concentradas predominantemente em áreas urbanas. Muitas unidades escolares foram danificadas ou destruídas ao longo dos anos de guerra civil que o país enfrentou. Em 2001, oBanco Mundial estimou que a escolarização primária atingia 46% dos alunos elegíveis e 21% dos alunos do ensino secundário. As matrículas variam muito, registrando abaixo de 20% em algumas províncias. O Sudão tem 19 universidades, entre públicas e privadas, e a língua de ensino nestas é principalmente a árabe. A educação nos níveis secundário e universitário tem sido seriamente prejudicada pela exigência de que a maioria dos homens cumpram o serviço militar antes de completar sua educação.[29]

Em 2011, ataxa de alfabetização era de 71,9% da população total, sendo que 80,7% dos homens eram alfabetizados, contra 63,2% das mulheres.[30]

Cultura

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Bordado

A cultura sudanesa mostra os comportamentos, práticas e crenças de cerca de 578 tribos, comunicando-se em 145 línguas diferentes, numa região microcósmica da África, com extremos geográficos variando de areia dedeserto afloresta tropical.

Etnias

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Em 1999, o Sudão foi um dos maisétnica elinguisticamente diversos países do mundo. Tinha quase 600 grupos étnicos, falando mais de 400 línguas e dialetos. Muitos sudaneses são multilíngues. Os migrantes muitas vezes se esquecem da sua língua nativa quando se deslocam para uma região dominada por uma outra língua.

Ver também

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Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
CommonsCategoria noCommons
WikinotíciasCategoria noWikinotícias

Referências

  1. Instituto de Linguística Teórica e Computacional.«Portal da Língua Portuguesa, gentílico do Sudão». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  2. abcdFundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014).«World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 
  3. «Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022» 🔗(PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  4. Collins, Robert O. (29 de maio de 2008).A History of Modern Sudan (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press.ISBN 9780521858205 
  5. Davison, Roderic H. (1 de julho de 1960).«Where Is the Middle East?».Foreign Affairs 
  6. «MPI: Population living below $1.25 PPP per day (%)». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 30 de abril de 2014. Arquivado dooriginal em 3 de janeiro de 2014 
  7. «Africa: Sudan». CIA - The World Factbook. Consultado em 30 de abril de 2014 
  8. «WTO: Members and Observers». Organização Mundial do Comércio (OMC). Consultado em 30 de abril de 2014 
  9. «2009 Human Rights Report: Sudan (em português: Relatório de Direitos Humanos de 2009: Sudão)». U.S Department of State. Consultado em 30 de abril de 2014 
  10. «Corruption Perceptions Index 2013 (em português: índice de Percepção da Corrupção de 2013)». Transparência. Consultado em 30 de abril de 2014.Cópia arquivada em 3 de dezembro de 2013 
  11. «GLOBAL HUNGER INDEX»(PDF). IFPRI. 2013. Consultado em 30 de abril de 2014 
  12. abHuman Development Report 2020: The next frontier - Human development and the Anthropocene(PDF). [S.l.]: United Nations Development Programme. 2020. p. 354 
  13. Slavin, Barbara (9 de setembro de 2004).«Powell accuses Sudan of genocide».usatoday30.usatoday.com. USATODAY.com. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  14. «World Africa Q&A: Sudan's Darfur conflict» (em inglês). BBC NEWS. 23 de fevereiro de 2010. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  15. «The Genocide in Darfur - Briefing Paper». Save Darfur. Junho de 2008. Consultado em 31 de janeiro de 2017.Cópia arquivada em 31 de outubro de 2013 
  16. ab«Darfur Peace Agreement». U. S. Departament of State. 8 de maio de 2006. Consultado em 31 de janeiro de 2017.Cópia arquivada em 2 de junho de 2006 
  17. «Africa Main parties sign Darfur accord» (em inglês). BBC NEWS. 5 de maio de 2006. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  18. abcSteele, Jonathan (11 de outubro de 2006).«Khartoum struggles to defeat new alliance».The Guardian (em inglês).ISSN 0261-3077 
  19. «Heavy Fighting Breaks Out». www.strategypage.com. 11 de outubro de 2006 
  20. Waal, Alex de (25 de julho de 2004).«Darfur's deep grievances defy all hopes for an easy solution».The Guardian (em inglês).ISSN 0261-3077 
  21. abcWalker, Peter; Sturcke, James; agencies (14 de julho de 2008).«Darfur genocide charges for Sudanese president Omar al-Bashir».The Guardian (em inglês).ISSN 0261-3077 
  22. Charbonneau, Louis (18 de setembro de 2008).«France might be open to deal on Sudan's Bashir». Reuters. Consultado em 31 de janeiro de 2017.Cópia arquivada em 21 de setembro de 2008 
  23. «Rome Statute of the International Criminal Court»(PDF). International Criminal Court. 1 de julho de 2002. Consultado em 31 de janeiro de 2017. Arquivado dooriginal(PDF) em 10 de maio de 2005 
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  25. «Sudan's Burhan declares state of emergency, dissolves government».Reuters (em inglês). 25 de outubro de 2021. Consultado em 25 de outubro de 2021 
  26. «Sudan's Hamdok reinstated as PM after political agreement signed».Al-jazeera (em inglês). 21 de novembro de 2021. Consultado em 21 de novembro de 2021 
  27. «Teen shot dead in Sudan anti-coup protest after Hamdok reinstated».Al-jazeera (em inglês). 21 de novembro de 2021. Consultado em 21 de novembro de 2021 
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  29. «Country Profile: Sudan»(PDF) (em inglês). Library of Congress Federal Research Division. Dezembro de 2004. Consultado em 22 de outubro de 2014 
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Bibliografia

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  • Human Development Report 2020: The next frontier - Human development and the Anthropocene (2020) - United Nations Development Programme
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