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Soyuz TMA | |
|---|---|
| ASoyuz TMA vista daISS. | |
| Origem | |
| País | |
| Fabricante | RKK Energia |
| Operação | |
| Transportar três astronautas para a ISS e trazê-los de volta. | |
| Tipo de missão | |
| Versão específica para transporte espacial | |
| Características físicas | |
| Altura | 7,48 m |
| Diâmetro | 2,72 m |
| Volume | 9 m3 |
| Massa | 7.250 kg |
| Modelo (TMA) | 11F732A17[1] |
| Modelo (TMA-M) | 11F732A47[2] |
Soyuz-TMA, sendoTMA deTransporte Modificado Antropométrico (em russo:транспортный модифицированный антропометрический -Transportny Modifitsirovannyi Antropometricheskii), constitui a quarta geração das espaçonavesSoyuz.Permaneceu em serviço durante dez anos: de2002 na missãoSoyuz TMA-1 até2012 na missãoSoyuz TMA-22.
Ela tem sido usada para voos tripulados entre aTerra e aEstação Espacial Internacional, desde2003.
A nave tem várias modificações internas em relação ao modeloSoyuz-TM, de maneira a atender aos pedidos feitos pelaNASA para entrar em serviço naISS, incluindo uma maiorlatitude em espaço e capacidade depeso de tripulação e um sistema mais moderno de funcionamento dospára-quedas.
Apesar de idêntica externamente ao modelo anterior, ela tem um interior mais espaçoso, com assentos melhor desenhados e ajustáveis, e um painel de controle totalmente digital.
A nave Soyuz consiste de três partes:
As duas primeiras partes são o espaço habitável da aeronave, de espaço interno para locomoção maior do que as antigas navesApollo. Ela transporta até trêscosmonautas com condições de sobrevivência por até trinta dias. Os sistemas vitais desuporte à vida da nave produzem umaatmosfera deoxigênio enitrogênio compressurização igual aonível do mar terrestre. A atmosfera interna é regenerada constantemente através de cilindros que absorvem a maioria dogás carbônico e daágua produzida pela tripulação e os transforma em oxigênio.
Durante o lançamento, a nave é protegida por um nariz falso que é expelido assim que ela ultrapassa a atmosfera e tem um sistema de acoplagem com a ISS inteiramente automático. Ela pode ser operada porcontrole remoto desde aTerra ou de maneira independente pela tripulação.

A parte frontal da espaçonave é o módulo orbital, uma esfera também conhecida como ohabitat do veículo. Nele estão instalados todos os equipamentos que não são necessários para a reentrada terrestre, como os experimentos científicos, equipamentos de comunicação,câmeras, carga e é comumente usado como local de refeições,lavatório e toilete. Nas últimas versões da Soyuz como a TMA, foi introduzida uma pequenajanela, de maneira que a tripulação possa ter uma visão de frente do espaço.
Uma escotilha entre ele e o módulo de descida logo a seguir, pode ser fechada de maneira a isolá-la e criar uma câmera independente caso seja necessário numa emergência, com os cosmonautas podendo deixar o módulo por uma abertura lateral, a mesma que usam para embarcar na nave naplataforma de lançamento.

Este módulo é a seção do meio da nave completa e é a usada para acomodação da tripulação durante o lançamento e a volta a Terra. Possui uma cobertura resistente aocalor, para proteger o interior da abrasão causada na reentrada da atmosfera. Ele tem suavelocidade diminuída numa primeira fase pela própria atmosfera, depois por um pequeno paraquedas de serviço e finalmente pelos grandes paraquedas principais. Quando o módulo se encontra há alguns poucosmetros do chão, um pequenoretrofoguete instalado atrás do escudo de calor é acionado automaticamente, suavizando ainda mais o contato com asuperfície.
Um dos principais requisitos dos planejadores do módulo é que ele tivesse a maior eficiência volumétrica possívelvolume interno dividido pelo volume total do módulo. A melhor maneira de conseguir isto era construindo umaesfera, mas este tipo de forma não produz nenhuma elevação na superfície, o que resulta em reentradas puramentebalísticas - em que se conta apenas com a resistência da atmosfera para diminuir a velocidade de reentrada. Este tipo de trajetória de reentrada é extremamente dura para os cosmonautas, devido à grandedesaceleração que ela provoca e não pode ser controlada depois da queima inicial na saída daórbita e entrada na atmosfera.
Por este motivo a Soyuz possui um formato esférico com uma seção ligeiramentecônica em sua parte da frente. Estedesenho permite à nave alguma elevação no formato liso de sua superfície, facilitando os comandos na reentrada e formando um escudo protetor clássico.

A parte traseira e terceira seção da Soyuz é omódulo de serviço. Nele há uma espécie decontainer pressurizado, que contém os sistemas eletrônicos para controle detemperatura,gerador deenergia elétrica, comunicações derádio de longo alcance, radiotelemetria e instrumentos de orientação e controle da nave.
Outra parte deste módulo, a última e não-pressurizada, carrega omotor da nave e os sistemas depropulsão ecombustível, que proporcionam a capacidade de manobra em órbita e oempuxo para o início da descida de volta a Terra. Em seu lado externo, se encontram asantenas e ossensores de comunicação e orientação, além dos painéis solares, que se orientam peloSol para girar a nave no espaço.
A nave completa em seus três estágios possui 7,48m dealtura e 2,72m dediâmetro.

A nova série TMA-M foi desenvolvida e construída pelaRKK Energia, a empresa espacial estatal russa, na primeiradécada doséculo XXI, como uma modernização da base da Soyuz TMA. Um total de 36 peças obsoletas, foram substituídas por apenas 19 de última geração e amassa total da nave foi reduzida em 70 quilos.[3] Em particular, o antigo sistema operacional de controleanalógico 'Aragon', usado pelasSoyuz por mais de trinta anos, foi substituído por um novo sistema de computadores digitais a bordo, o TsVM-101,[4] e o consumo de energia também foi reduzido em todos os setores da espaçonave.[4] Mudanças também foram feitas na estrutura da nave e nos painéis de instrumentos, com ligas dealumínio no lugar das antigas demagnésio, que permitem uma fabricação mais fácil e barata.[4]
A nova nave permitirá aos engenheiros do programa espacial testar novos equipamentos, que serão usados na próxima geração de naves espaciais tripuladas russas, já em desenvolvimento.[5]
O astronauta norte-americanoScott Kelly, primeiro estrangeiro a voar nessas naves, em 2010, elogiou o desempenho da espaçonave, afirmando que ela permite um voo mais fácil e com menos intensidade de operações de controle e navegação a bordo.[6] Dois voos de testes, as missõesSoyuz TMA-01M em 2010 eSoyuz TMA-02M em 2011, foram realizados com sucesso. Um terceiro,Soyuz TMA-03M, foi usado para voo de qualificação espacial. Desde então a nave encontrava-se totalmente operacional e face à ausência de espaçonaves norte-americanas em atividade desde a aposentadoria dosônibus espaciais, é era o único veículo a transportar astronautas entre aTerra e aEstação Espacial Internacional e vice versa até a entrada daSoyuz MS.
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