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Sirius (acelerador de partículas)

22° 48′ 28″ S, 47° 03′ 09″ O
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Particle accelerator
Sirius

Prédio do Sirius
Propriedades Gerais
Tipo de aceleradorSíncrotron
Tipo de feixeelétrons
Propriedades do feixe
Energia máxima3 GeV
Corrente máxima350 mA (atualmente 200 mA em modo top-up)
Propriedades físicas
Circunferência518,4 m
LocalizaçãoCampinas,São Paulo (estado)
Coordenadas22° 48′ 28″ S, 47° 03′ 09″ O
InstituiçãoLaboratório Nacional de Luz Síncrotron
Datas de operação2019 - presente
Precedido porUVX

Sirius é uma fonte deluz síncrotron de quarta geração localizada no município deCampinas, nointerior deSão Paulo,Brasil. OLaboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que operou a primeira fonte de luz síncrotron do Brasil de 1997 a 2019, o UVX, coordena também o projeto do Sirius. O acelerador de partículas possui 518.4 metros de circunferência 165 metros de diâmetro, emitância de 0,27nanômetros-radianos[1] e energia de 3 GeV. O espectro da radiação inclui oinfravermelho, visível,ultravioleta eraios-x.

Com custo total de R$1,8 bilhão, o projeto foi financiado peloMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelaFAPESP. A discussão sobre o projeto começou em 2008 e em 2009 recebeu um financiamento de R$2 milhões. A construção começou em 2015 e terminou em 2018. O feixe completou a primeira volta no acelerador principal em 22 de novembro de 2019.[2] Os primeiros experimentos ocorreram durante a pandemia deCOVID-19 na linha Manacá, dedicada a cristalografia macromolecular[3].

História

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Obras de construção do edifício do Sirius em abril de 2017

Sua construção começou em 2014, nogoverno Dilma Rousseff, e foi inaugurado em 14 de novembro de 2018 pelo então presidenteMichel Temer. O Sirius é o segundoacelerador de partículas operacional no Brasil, depois do pioneiroUVX. No começo dos anos 2000 a tecnologia avançara e o UVX ficara obsoleto em comparação a outros síncrotrons espalhados pelo mundo. Em 2008, José Antônio Brum, diretor do LNLS entre 2001 e 2008, pediu à equipe do laboratório que desenhasse um pré-projeto do novo acelerador. A proposta foi entregue ao entãoMinistro da Ciência dogoverno Lula, o físicoSergio Machado Rezende, durante uma visita ao laboratório.[4][5]

Maquete do complexo do Sirius em 2017
Fachada do edifício do Sirius

No dia 14 de novembro de 2018 foi celebrada a entrega da primeira etapa do projeto Sirius,[6] sob a presença do então presidente Michel Temer e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab. Nesta primeira etapa houve a entrega do prédio e de dois dos três aceleradores.[7]

A segunda etapa do projeto incluiu a finalização da construção do terceiro acelerador, o anel de armazenamento, e início da montagem e comissionamento das primeiras linhas de luz. Em dezembro de 2019 as primeiras imagens foram obtidas.[8] Atualmente, Sirius opera com corrente de 200 mA em modo top-up[9] e 10 linhas de luz abertas para pesquisadores externos[10].

Características

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Interior do edifício do Sirius durante sua construção

O Sirius é usado para entender aestrutura atômica e molecular de diversas amostras, o que pode ajudar no desenvolvimento de novosmedicamentos, no aprimoramento de materiais usados naconstrução civil, naexploração de petróleo e em várias outras áreas. O prédio de 68.000 metros quadrados abriga um equipamento com formato de anel e circunferência superior a 500 metros.[4][5] Para proteger as pessoas daradiação liberada pelo funcionamento da máquina, uma das mais avançadas desse tipo em todo o mundo, o conjunto é blindado por 1 quilômetro de paredes deconcreto, uma barreira com 1,5 metro de espessura e 3 metros de altura.

O investimento no projeto foi de R$1,8 bilhão, estabelecendo-o como o mais ambicioso projeto científico já feito noBrasil. A construção contou com 90% de peças desenvolvidas e/ou produzidas nacionalmente,[11] e durante os primeiros meses de sua operação foi a fonte de luz síncrotron mais brilhante no mundo.[12]

Linhas de luz

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Linhas de luz instaladas no Sirius

As estações experimentais que recebem a luz síncrotron gerada pelo feixe de elétrons circulando no anel de armazenamento recebem o nome de linhas de luz. Atualmente, Sirius tem 10 linhas de luz em operação, 1 em comissionamento científico, 4 em fase de montagem e 8 em fase de projeto.[13][10]

A primeira linha de luz do projeto Sirius, a Manacá, foi inaugurada oficialmente em 21 de outubro de 2020, mas esteve em uso desde julho para apoiar pesquisas relacionadas àCovid-19.[14][15] Essa primeira estação do Sirius é equipada com instrumentos que permitem revelar estruturas tridimensionais de proteínas e enzimas humanas e patógenos com resoluções que não podem ser obtidas em equipamentos convencionais. Uma das técnicas disponíveis permite revelar a posição de cada um dosátomos que compõem uma determinada proteína estudada, suas funções e interações com outras moléculas, que podem ser usadas como princípios ativos de novos medicamentos.[16]

Linha de luzTécnica principalFaixa de energiaStatus
ARIRANHAInstrumentação de Raios X5-25 keVProjeto
CARNAÚBANanoscopia de raios X2.05 - 15 keVAberta
CATERETÊEspalhamento coerente de raios X3 - 24 keVAberta
CEDRODicroísmo circular3 - 9 eVAberta
EMAEspectroscopia e difração de raios X em condições extremas2.7 - 30 keVAberta
HIBISCOMicrotomografia in vivo por contraste de fase de raios X Duros16 - 45 keVProjeto
IMBUIAMicro e nanoespectroscopia de infravermelho70 - 400 meVAberta
IPÊEspalhamento inelástico ressonante de raios X e espectroscopia de fotoelétrons100 - 2000 eVAberta
JATOBÁEspalhamento total de raios X e análise de PDF40 - 70 keVMontagem
MANACÁMicro e nanocristalografia macromolecular5 - 20 keVAberta
MOGNOMicro e nanotomografia de raios X22 | 39 | 67.5 keVAberta
PAINEIRADifração de raios X em policristais5 - 30 keVAberta
PITANGAFotoemissão de raios X em pressão próxima ao ambiente250 - 2000 eVProjeto
QUATIEspectroscopia de raios X com resolução temporal4.5 - 35 keVMontagem
QUIRIQUIRIDifração de raios X em monocristais5 - 50 keVProjeto
SABIÁEspecroscopia de fotoemissão e absorção de raios X moles de alto fluxo100 - 2000 eVAberta
SAPÊEspectroscopia de fotoemissão resolvida em ângulo8 - 70 eVMontagem
SAPUCAIAEspalhamento de raios X a baixos ângulos6 - 17 keVComissionamento
SIBIPIRUNACrionanotomografia por contraste de absorção em raios X moles0,3 - 0,75 keVProjeto
SUSSUARANADrifração de raios X e imageamento em alta energia30 - 200 keVProjeto
TATUNanoespectroscopia de Terahertz12 - 62 meVMontagem
TEIÚMicroscopia de raios X1 - 10 keVProjeto
TIMBÓCrionanotomografia por contraste de fase de raios X coerentes5 - 20 keVProjeto

Ver também

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Referências

  1. «Novo acelerador de partículas será inaugurado em 2018, em Campinas». Folha de S.Paulo. 19 de janeiro de 2015. Consultado em 19 de janeiro de 2015 
  2. «Alcançada primeira volta dos elétrons no acelerador principal do Sirius – LNLS».lnls.cnpem.br. Consultado em 29 de maio de 2024 
  3. «Primeiros experimentos são realizados no Sirius – LNLS».lnls.cnpem.br. Consultado em 29 de maio de 2024 
  4. ab«O acelerador de partículas de R$ 1,8 bilhão».Revista Piauí. 14 de agosto de 2017. Consultado em 14 de novembro de 2018.Cópia arquivada em 9 de Setembro de 2018 
  5. abZorzetto, Ricardo (Julho de 2018).«Salto para um brilho maior».Pesquisa FAPESP. Consultado em 9 de Setembro de 2018.Cópia arquivada em 9 de Setembro de 2018 
  6. «Sirius inaugura 1ª etapa e diretor vê otimismo na continuidade da obra após troca de governo».G1 
  7. «Cerimônia marca entrega da primeira etapa do projeto Sirius – LNLS».www.lnls.cnpem.br. Consultado em 19 de novembro de 2018 
  8. Moreno, Gustavo (20 de dezembro de 2019).«Primeiras imagens de microtomografia de raio-x são obtidas no Sirius».CNPEM. Consultado em 10 de dezembro de 2024 
  9. Ferreira, Matheus de Matos (29 de novembro de 2024).«Sirius passa a operar com 200 mA de corrente no anel de armazenamento».CNPEM. Consultado em 10 de dezembro de 2024 
  10. abMedina, Erik (3 de junho de 2024).«CNPEM abre quarta chamada oficial para projetos de pesquisa no Sirius».CNPEM. Consultado em 10 de dezembro de 2024 
  11. «Salto para um brilho maior».revistapesquisa.fapesp.br. Consultado em 4 de junho de 2024 
  12. «A corrida pela melhor luz».revistapesquisa.fapesp.br. Consultado em 4 de junho de 2024 
  13. «Linhas de Luz».LNLS. Consultado em 5 de Agosto de 2023 
  14. «Bolsonaro inaugura linha de luz do acelerador de partículas Sirius».Agência Brasil. 21 de outubro de 2020. Consultado em 23 de outubro de 2020 
  15. Menicucci, Arthur (21 de outubro de 2020).«Bolsonaro inaugura linha de pesquisa do Sirius e ministro projeta laboratório de biossegurança 4 em Campinas». g1.globo.com. Consultado em 23 de outubro de 2020 
  16. «Projeto Sirius | Agência Brasil - EBC».conteudo.ebc.com.br. Consultado em 23 de outubro de 2020 

Bibliografia

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Ligações externas

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