Asemana é um período correspondente a um grupo de setedias que é o tempo de duração aproximado de umafase lunar (¼ deciclo lunar). Porém, a origem da expressão é mais recente e vem dolatimseptimana, que significavasetemanhãs. Umasemana tem assim uma duração de 168 horas.
A semana foi uma evolução na medida do tempo, cujo início ocorreu pela relação do homem com a natureza e principalmente com o que mais lhe chamava atenção e influenciava em sua vida, a movimentaçãodos astros, daLua, doSol e dos planetas errantes por eles monitorados.
Na antiguidade, a Lua era muito mais significativa ao homem do que o Sol, porque iluminava as noites, conceito que hoje não é bem compreendido. A origem do período de 7 dias está intimamente ligada com sua proximidade em duração com as fases da Lua, que acabaram gerando os primeiros calendários anuais, hoje conhecidos como calendários lunares, e que também acabaram gerando em nível global os calendários semanais.
EmPortugal, noBrasil e em todos os países de língua portuguesa existem duas formas para representação da semana.
Uma forma de representação é derivada da sequência de dias dos eventos bíblicos, sendo sábado o sétimo e último dia da semana, dia de oração e de descanso.
Outra forma de representação é orientada pelo trabalho, lazer e litúrgica cristã católica, sendo domingo o sétimo e último dia da semana, dia de oração e de descanso.
As expressões segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira derivam desecunda feria,tertia feria,quarta feria,quinta feria esexta feria do latim litúrgico, que representavam o segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto dia seguintes aoSabbatum (Dia de Descanso), no qual os Judeus e Cristãos faziam suas orações de fé e descanso no sábado, e a partir do ano 325 no Primeiro Concílio de Niceia, o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão, e a guarda do sábado abolida no Concílio de Laodiceia, para distinguir-se dos judeus.
Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quaseipsis literis do latim litúrgico. Os outros países e povos acabaram seguindo uma evolução dos calendários de origem em astros, deuses e do relacionamento do homem com a natureza.
Para ver melhor a origem dos nomes da semana, consulteDias da semana.
A ordem para os dias da semana mais utilizada mundialmente tem sua origem em astros e deuses quando dosistema geocêntrico e também em orientação litúrgicacristã. Esta semana é representada começando-se pelasegunda-feira e terminando nodomingo, sendo domingo o dia de descanso para a maioria dos povos, e o sábado e domingo o que se chama defim de semana.
Uma segunda ordenação para os dias da semana é a de tradiçãomuçulmana, sendo utilizado em países islâmicos e observada por seguidores desta religião. Esta semana começasábado e termina nasexta-feira, sendo sexta-feira o dia do descanso para seus seguidores.
Uma terceira organização é a vinculada com fundamentos bíblicos, sendo utiliza por seguidores dareligião judaica e porcristãos sabatistas. Esta semana começa pelo domingo terminando no sábado, sendo sábado o dia de descanso para seus seguidores.
Durante um período após aRevolução Francesa, a partir de 22 de setembro de 1792, indo até 1805, foi utilizado naFrança o chamadoCalendário Revolucionário Francês, o qual, dentre suas modificações na contagem de tempo, definiu que cada um dos doze meses (de 30 dias, cada) do ano se dividiria em três semanas de dez dias cada.
A Organização Internacional para Padronização (ISO) estabeleceu, através da normaISO 8601, um padrão que define o dia inicial de referência e a representação numérica dos dias da semana, sendo iniciada pela Segunda-feira (dia 1) e finalizando no Domingo (dia 7).
Os planetas clássicos (que incluem o Sol e a Lua) denominaram a semana doImpério Romano. A ascensão do cristianismo fez o primeiro e último dia serem trocados por derivações de "dominicus", dia do Senhor, e "Sabá", o sétimo dia no qual Deus descansou.
Na maioria das línguas românicas a denominação dos dias consoante os planetas manteve-se. Em português, porém, provém da ordem dos dias ("secunda feria" a "sexta feria")[1]
Considerando que alguns dos astros ligados aos dias da semana tem derivação damitologia romana, os povos germânicos colocaram deuses de suaspróprias mitologias, incluindo os dois do Sol e da Lua nos primeiros dias. A exceção foi o sétimo.
AIgreja católica combateu os nomes pagãos, mas a campanha só vingou nocontinente europeu emPortugal e naGaliza. Latinasferiae são "dias de repouso", "dias de festa", "férias" ou "feriados" e, segundo uns, incluem “dias de mercado” (nundinae).[3] A Igreja santificou os dias da semana. Depois disto o primeiro dia de fé e de mercado receberia o nome de “dia do Senhor” (Dominicus dies ouDominica dies). Por influência judaica, o sétimo se denominou “dia dosabá” (sabbatum). Quanto ao sentido de “mercado” que temos em “feira”, fora significação já Latina de "dia de mercado", naIdade Média os dias santos eram dias de mercado. Os dias tinham na designação pagã os nomes de dia da Lua, dia de Marte, dia de Mercúrio, dia de Júpiter, dia de Vénus e dia de Saturno.[4]
De forma similar, ocalendário hebreu tem a semana com os dias sendo literalmente "Primeiro Dia" (Yom Rishon – יום ראשון ) a sexto dia (Yom Shishi – יום ששי ), com exceção do sagrado "Dia do Sabá" (YomShabbat – יום שבת ). Nocalendário islâmico, o sagrado é o sexto, onde Alá criou o homem, sendo assim o "dia da congregação" (al-Jumu‘ah \الجمعة ), com os outros indo de "Primeiro Dia" (al-Aḥad / الأحد ) a "Sétimo Dia" (as-Sabt /السبت ).
No nordeste asiático, assim como no calendário latino os dois primeiros dias são o Sol e a Lua, mas os seguintes seguem oscinco elementos da filosofia chinesa.
Considerando-se a semana completa, por exemplo, desegunda-feira adomingo, ummês pode ter 4 semanas completas e uma incompleta, ou 3 semanas completas e duas incompletas. Fevereiro, porém, pode ter apenas 4 semanas completas, quando não forano bissexto ou 3 completas e uma incompleta. Oano pode ter 52 semanas completas mais um (ou dois) dia(s) ou 51 semanas completas e duas incompletas.
Calendário Soviético 12 Dezembro 1937(Sob o "12" lê-se) "Sexto dia da semanasoviética de 6 dias" ————————— "Eleição para o Soviete Supremo da URSS"
A União Soviética que até então era adepta do calendário que haviam herdado dos bizantinos, em 1918 adotou o Calendário Gregoriano. Já em 6 de outubro de 1923, estabeleceram um calendário próprio, conhecido como Calendário Soviético Eterno. Posteriormente em 1929 ficou estabelecido novas mudanças as quais só começaram a valer em 1º de janeiro de 1930.
Neste novo modelo o ano era dividido em 12 meses, cada mês com seis semanas de 5 dias (360 dias), não contendo sábado nem domingo. De modo a equacionar com a evolução tropica do Sol, eram adicionados mais 5 dias extras (Feriados Nacionais) a fim de completar os 365 dias.
1 dia consagrado a Leni, após 30/01 e antes de 1/2;
2 dias ao proletariado, depois de 30/4
2 dias à Revolução, depois de 30/10
Em 1932, houve nova mudança no calendário, na qual o ano continuava sendo dividido em 12 meses, mas desse vez para 60 semanas de seis dias. Os novos dias da semana começaram a ser chamados de primeiro, segundo terceiro, quarto, quinto e sexto dia da semana, sendo que o 6º dia era de descanso (como o Domingo) oficial. Os cinco Feriados Nacionais permaneceram sem coincidir com esses “sextos” dias. Sendo que os feriados passaram a cair após os 6, 12, 18, 24 e 30 dias de cada mês, com exceção do mês de fevereiro que pulava do 24 para o 6 dia do mês seguinte, em virtude de um outro dia feriado estabelecido para o Primeiro de março. Como Janeiro, Março, Maio, Julho, Agosto, Outubro e Dezembro têm 31 dias, a semana depois do dia de descanso oficial do 30º dia tinha sete dias de duração. Esse dia extra era feriado para alguns e dia útil para outros. Fevereiro continuou a ter 28 ou 29 dias em função do ano bissexto e o primeiro de Março passou a ser outro dia oficial de descanso, embora nem todos locais de trabalho o adotassem.
Esse calendário foi substituído em 26 de junho de 1940, quando houve o retorno ao Calendário Gregoriano que conta com semana de sete dias.
Para os primeiroscristãos, oDomingo era o primeiro dia da semana, mas também o oitavo dia espiritual simbolizando o mundo criado após aRessurreição de Jesus. O conceito de 8º Dia, dia do Senhor era tão somente simbólico e não tinha efeito sobre a semana de sete dias em termos deCalendário.JustinoMártir escreveu: “o primeiro dia após o Sabbath, permanecendo como o primeiro de todos os dias, é chamado, porém o oitavo, conforme o número de todos os dias do ciclo e, assim continua sendo o primeiro".[5] Isso realmente não define a semana como tendo oito dias, uma vez que oitavo é também considerado como primeiro do novo ciclo.
Um período de oito dias, iniciando e terminando num Domingo ou começando em qualquer dia de festa e terminando no mesmo dia da semana seguinte (semana de 7 dias), é chamado de umaoitava. Por séculos essa foi uma característica muito importante do calendário litúrgico, em especial para aIgreja Católica, o qual ainda é observado, embora a quantidade dessas oitavas já tenha se reduzido muito.
Algumas igrejas modernas ainda usam e preservam essa ideia, iniciando e terminando no mesmo dia da semana e ainda a chamam de “oitava”. Como exemplo, temos a “Oitava de Prece pela Unidade Cristã” que transcorre de 18 a 25 de Janeiro ou iniciando no Domingo dePentecostes. Organizações como o “Centro da Justiça do 8º Dia” deChicago usa tal conceito para ações dejustiça social.
Osibos daNigéria têm um calendário tradicional com semana de quatro dias. É a chamada “Semana do Mercado” apresentada em obras deChinua Achebe. O calendário ibo apresenta 13 meses para o ano de 365 dias.
OsJavaneses daIndonésia têm uma semana de cinco dias no chamado “ciclo-Pasaran”, o qual ainda é usado em superposição com o tradicional calendário de sete dias semanais Gregoriano e com oCalendário islâmico, resultando num Ciclo “Wetonan” de 35 dias.
OsAkans daÁfrica Ocidental consideram um ciclo de 42 dias chamadoAdaduanan. Esses 42 dias (7x6) parecem ter se originado na sobreposição das antigas semanas de seis dias que ainda existem em comunidades do norte de Guan, em Nchumuru, com as de sete dias trazidas por mercadores que vinham do sul.[8] Essa semana de seis dias é referida comoNanson (literalmente “sete dias”) e reflete a ausência dozero nos sistemas de numeração locais. O último dia e o primeiro estão ambos incluídos na mesma contagem dos dias da semana.
A semanachinesa de dez dias existiu durante o período daDinastia Shang (1200-1045 a.C.).[9] Legislação ao tempo daDinastia Hang (206 a.C. – 220 d.C.) dizia que oficiais doImpério Chinês deveriam repousar a cada cinco dias, no chamadomu (沐), o que foi mudado para dez dias durante aDinastia Tang (618 – 907 d.C.), no chamadohuan ouxún (旬). Os meses tinham três semanas (duravam 29 ou 30 dias, dependendo dalunação. As três semanas eram chamadasshàng xún (上旬),zhōng xún (中旬), andxià xún (下旬) cujos significados eram aproximadamente semana "superior", "medial" and "inferior"..
Semanas de dez dias, chamadas “décadas”, foram usadas naFrança (verCalendário revolucionário francês) durante nove anos e meio desde Outubro de 1793 e Abril de 1802. Foi novamente utilizado durante 18 dias em 1871, pelaComuna de Paris.
Pedra Asteca restaurada mostrando semana de 20 dias
OsAstecas dividiam seu ciclo RitualTonalpohualli de 260 dias em 20 semanas de treze dias.
Os mesmos dividiam oAno Solar de 365 dias,Xiuhpohualli, em 18 períodos de 20 dias mais 5 dias adicionais sem nomes individuais, chamados em conjunto comoNemontemi. Alguns chamam esses períodos de 20 dias como meses, mas não há nenhuma relação comlunacões e, assim, a palavra semana é mais apropriada.
Os Maias também dividiam seu ciclo de 260 dias em semanas de 13 dias, chamadas de "ondas" ou trecenas.[carece de fontes?]
Tanto para os Maias quanto os Astecas, devido aoSistema de Numeração Vigesimal utilizado pelos povos mesoamericanos pré-colombianos, cada trecena continuava a contagem vigesimal da trecena anterior, totalizando 20 trecenas diferentes, compondo assim a matriz ou módulo harmônicoTzolk'in[10].
No entanto, esta contagem de dias não era uma referência ao giro da Terra ao redor do Sol, mas sim uma contagem ritualística de base espiritual, pois cada número da base vigesimal dos Maias e Astecas recebia o nome de um elemento ou animal da natureza e era associada a umadeidade.[carece de fontes?] Por isso, até hoje esta matriz é conhecida pela sua tradução, "Conta Sagrada dos Dias"[10].
Porém, osMaias também dividiam o ano de 365 dias, por outro calendário chamado "Haab", em 18 períodos (Vinais) de 20 dias, mais 5 dias adicionais (conjunto esse chamadoWayeb'), mas que também envolvia ritualísticas espirituais.
Desde agosto de 1990[11], aFundação Internacional para a Lei do Tempo, fundada pelo professor norte-americano Dr. José Argüelles[carece de fontes?], vinculado ao movimento mundialNew Age e à Rede de Arte Planetária em mais de 90 países,[carece de fontes?] adota e propaga internacionalmente[11] umcalendário lunar perpétuo de 13 meses regulares[carece de fontes?] (chamados de Luas) de 28 dias cada (ciclo lunar médio completo), composto de 4 semanas de 7 dias, chamadas deHeptais (do gregohepta, "sete"). O calendário é chamado de Sincronário das 13 Luas[12] (ou Sincronário da Paz, no Brasil[13]).
Cada dia da semana tem um nome e um símbolo próprios, chamados Plasmas Radiais, e são nomeados:Dali,Seli,Gama,Kali,Alfa,Limi eSilio.[14] Devido ao Sincronário nascer também a partir de um compilado de ciências de diversas outras culturas contemporâneas e ancestrais de várias partes do mundo, os dias da semana também são associados[15] a elementos doBudismo e doHinduísmo, tais como as afirmações[carece de fontes?] dePadmasambhava e os sete principaischacras.
Devido aos meses serem de 28 dias regulares, todo primeiro dia é Dali (como um Domingo), e todo dia 28 é Silio (como um Sábado). Porém, apesar de serem semanas de 7 dias como nocalendário gregoriano, nem sempre Dali cai no mesmo dia que o Domingo, variando sempre a cada ano e só se ressincronizando a cada 52 anos (gregoriano, Sincronário e Tzolk'in).[16]
Há ainda 1 dia extra localizado após o dia Silio-28 do 13º mês e o dia Dali-1 do 1º mês do ano seguinte. Este dia completa o ciclo médio de 365 dias do giro da Terra ao redor do Sol, mas não pertence a nenhuma semana ou mês, nem recebe o nome de qualquer plasma radial. Conhecido comoDia Fora do Tempo[17], este dia é culturalmente celebrado como Dia da Cultura, da Paz e do Perdão, e sempre corresponde ao dia 25 de julho no calendário gregoriano.
O nome "sincronário" vem do termo "syn" (junto) e "chronos" (tempo), significando a natureza sincrônica da contagem do Tempo. Apesar de ter a mesma função de macroorganizador da contagem dos dias, o sincronário não é chamado de "calendário" pois se opõe à ideia base do surgimento docalendário, que tem origem nas antigas "calendas" católicas romanas, que eram livros de registros de impostos.[carece de fontes?] O calendário gregoriano teria eventualmente promovido na mente humana o chamado "tempo artificial", enquanto o Sincronário teria a nova função de ressincronizar as pessoas ao "tempo natural".[18]
"O tempo artificial imprime descompassos contínuos com a natureza. A frequência artificial do tempo minimiza a vida e maximiza o dinheiro, oxigenando um sistema entrópico e reducionista que leva a humanidade ao sofrimento. Produzido por relógios e máquinas, o erro no tempo já tirou o seu prazer de viver momento a momento e pode ter atrofiado a sua memória. Como nada está perdido, o estado natural da mente também pode ser resgatado, pois é fruto de um tempo natural."(André Staehler, embaixador oficial do Law of Time Institute no Brasil, 2020).[18]
O sincronário é utilizado simultaneamente aoTzolk'in Maia de 260 dias, mas em uma contagem alternativa complementar.[19] Segundo Argüelles, a harmonia espiritual, social e científica do planeta está na conjunção de duas ordens do Tempo, uma chamada deordem cíclica 13:28 (Sincronário) e outra, aordem sincrônica 13:20 (Tzolk'in)[20] – a primeira descrevendo o movimento da Terra ao redor do Sol e dos 13 ciclos lunares ao redor da Terra, e a segunda descrevendo o comportamento informativo (sincrônico) daquarta dimensão.
A origem dos sete dias - Terra Magazine, matéria jornalística que mapeia como os povos antigos organizavam as diferentes formas de medir algo "maior que um dia e menor que um mês"