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Santo

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Ícone deSão João Paulo II,Cracóvia
Santa Teresa d'Ávila (séc. XVII),Museu do Prado

Santo (do termolatinosanctu, "estabelecido segundo a lei", "que se tornou sagrado") é tudo aquilo que ésagrado, ou seja, que está conforme ospreceitos religiosos e adivindade.[1][2][3][4][5]

Para oCristianismoCatólico, "santo" é todo aquele que já está noCéu, junto de Deus, aguardando aParúsia (segunda vinda deCristo).[6][7][8][9] Aqueles que a Igreja Católica reconhece como santos, através dacanonização,[10] são as pessoas que desempenharam uma obra admirável, ou cuja vida serve de testemunho aos demais católicos.[11] NaIgreja Ortodoxa e naIgreja Anglicana, pessoas reconhecidas porvirtudes especiais podem receber, também, o título de Santo, porém a Igreja Católica foi a que mais gerou santos na suaHistória. Esse título denota que, além de grande caráter, a pessoa está na graça deDeus (noCéu), mas a falta desse reconhecimento formal não significa necessariamente que o indivíduo não seja um santo. Aqueles santos que não possuem o reconhecimento formal da Igreja Católica recebem o título de Santos Anônimos. Para celebrar a honra desses santos, foi instituído oDia de Todos-os-Santos peloPapa Gregório III.

Etimologia

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Osromanos cultuavam um deus antiquíssimo,Sancus, que não deixava violar as promessas e juramentos, mandando cumpri-las. Daí vem o verbosancire, “consagrar”.Sanctus, “santo, consagrado, o qual tem que, sobretudo, ser tratado com respeito” é oparticípio passado do verbo supracitado, gerando assim o termosanto.[12]

Santos no Catolicismo e na Igreja Ortodoxa

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NaIgreja Católica e naIgreja Ortodoxa, algumas pessoas são, oficialmente, reconhecidas como santos. Elas são vistas como tendo feito algo de extraordinário ou tendo uma especial proximidade com Deus. Aveneração dos santos, emlatimcultus, ou o culto dos santos, descreve uma especialdevoção aos santos populares. Embora o termo "culto" seja, frequentemente, utilizado, significa apenas prestar honra ou respeito (dulia). O Culto Divino está devidamente reservado apenas paraDeus (latria).

Nadoutrina católica, uma vez que Deus é o Deus da Vida, os santos estariam vivos no céu, podendo por issointerceder ou orar junto a Deus por aqueles que estão ainda na terra. AIgreja Católica baseia sua crença nodogma dacomunhão dos santos e na passagem bíblica "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens" (Primeira Epístola a Timóteo, capítulo 2, versículo 1).

Um santo pode ser designado como umsanto padroeiro de causas específicas ou profissões, ou invocado contra doenças específicas ou catástrofes, mas isso é somente pensamento popular, não sendo umadoutrina oficial da Igreja. Os santos não têm poderes próprios, mas apenas que os concedidos por Deus.Relíquias de santos são respeitados e muitas vezes preservadas em igrejas.

Maria, mãe de Jesus

O processo de reconhecimento oficial de um santo é chamado, na Igreja Católica, de canonização. Isto só pode ter lugar após a suamorte uma vez que, segundo os princípios do Catolicismo Romano, mesmo a mais santa pessoa viva pode cair empecado mortal até o último momento. NaIgreja Ortodoxa, é mais no sentido de evitar a pressa e permitir um amplo tempo de reflexão sobre a vida da pessoa.

"A Igreja Católica sempre acreditou que, desde os primeiros tempos do cristianismo, osapóstolos e osmártires emCristo estão unidos a nós mais estreitamente, venerou-os particularmente juntamente com a bem-aventuradaVirgem Maria e os SantosAnjos, e implorou devotamente o auxílio da sua intercessão. A eles se uniram também outros que imitaram mais de perto avirgindade e apobreza de Cristo e além disso aqueles cujo preclaro exercício das virtudes cristãs e dos carismas divinos suscitaram a devoção e a imitação dos fiéis. (…)ASé Apostólica (…) propõe homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade e de outrasvirtudes evangélicas para que sejam venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de canonização, depois de ter realizado as oportunas investigações." (João Paulo II, Const. Apost.Divinus perfectionis Magister).

Santa Teresinha do Menino Jesus, freiracarmelita.

SegundoBento XVI, a santidade é uma tarefa que não é exclusiva apenas dos cristãos, mas de todo ser humano. Recordou que nos primórdios do cristianismo oscristãos eram chamados de "os santos". Com efeito, afirmou que

"o cristão já é santo, porque oBatismo o une aJesus e a seuMistério Pascal, mas, ao mesmo tempo, deve chegar a sê-lo identificando-se com Ele mais intimamente. Às vezes, costuma-se pensar que a santidade é uma condição de privilégio reservado a uns poucos escolhidos. Na realidade, ser santo é tarefa de todo cristão, de todo homem. Segundo aepístola de São Paulo aos Efésios: "Deus sempre nos abençoou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença, noamor". Todos os seres humanos são, portanto, chamados àsantidade. Em última instância, a santidade consiste em viver como filhos de Deus, na "semelhança" com Ele, segundo a qual foram criados. Todos os seres humanos são filhos de Deus e todos devem chegar a ser aquilo que são, mediante o exigente caminho da liberdade." (Bento XVI, por ocasião da Solenidade de Todos os Santos de 2007)

Em conclusão, a santidade é uma vocação única e universal do Homem e consiste na "plenitude da vida cristã e [na] perfeição dacaridade".[13]

Procedimento

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Ver artigo principal:Canonização

Nocatolicismo , o caminho para uma pessoa ser canonizada é regulado pela Constituição ApostólicaDivinus perfectionis Magister, de 25 de janeiro de 1983, e pelasNormae da SagradaCongregação para as Causas dos Santos, de 7 de fevereiro de 1983. Em 18 de fevereiro de 2008 aSanta Sé torna público a instrução "Sanctorum Mater" daCongregação para a Causa dos Santos sobre as normas que regulam o início das causas de beatificação juntamente com o "Index ac status causarum".

Segundo aquelas normas, aobispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele equiparada, de iniciativa própria ou a pedido de fiéis, é a quem compete investigar sobre asvirtudes, a oferta da vida[14] oumartírio, bem como a respectiva fama de santidade emilagres atribuídos e, se considerar necessário, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonização é pedida. Nesta fase, a pessoa investigada recebe o tratamento de "Servo de Deus" se é admitido o início do processo.

Haverá um postulador que deverá recolher informações pormenorizadas sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razões que pareceriam favorecer a promoção da causa da canonização. Os escritos que tenham sido publicados devem ser examinados porteólogoscensores; nada havendo neles contra a fé e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inéditos e de todos os documentos que de alguma forma se refiram à causa. Se, ainda assim, o bispo considerar que se pode ir em frente, providenciará o interrogatório das testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessário.

Em separado, se faz o exame do eventual martírio, das virtudes que o servo de Deus deverá ter praticado emgrau heroico (,esperança ecaridade;prudência,temperança,justiça,fortaleza e outras) ou da oferta heroica e voluntária da própria vida, bem como o exame dos milagres atribuídos ao candidato a santidade. Concluídos estes trabalhos, tudo é enviado a Roma para a Sagrada Congregação da Causa dos Santos.

Para tratar das causas dos santos existem, na Congregação para a Causa dos Santos, consultores procedentes de diversas nações, uns peritos em história e outros em teologia, sobretudo espiritual, há também um Conselho de médicos. Reconhecida a prática dasvirtudes em grau heroico o decreto que o faz declara o Servo de Deus "Venerável".

Havendo apresentação demilagre, este é examinado numa reunião de peritos e, se se trata de curas pelo Conselho de médicos, depois é submetido a um Congresso especial de teólogos e pôr fim à Congregação dos cardeais e bispos. O parecer final destes é comunicado ao Papa, a quem compete o direito de decretar o culto público eclesiástico que se há de tributar aos Servos de Deus. ABeatificação portanto, só pode ocorrer após o decreto das virtudes heroicas e da verificação de um milagre atribuído à intercessão daquele Venerável.

O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz daciência e damedicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões eateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimônia debeatificação, que pode ser presidida peloPapa ou por algumbispo oucardeal delegado por ele.

Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto debeato e seja comprovado mais um milagre pelaIgreja Católica, emmissa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesmaveneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de canonização.

Santificação naIgreja Católica

Colégio de Postuladores

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Em 17 de dezembro de 2007, oPapa Bento XVI, dirigindo-se aos membros do Colégio de Postuladores para as Causas de Beatificação e Canonização daCongregação para as Causas dos Santos, reafirmou que "todos os que trabalham pelas causas do santos (…) estão chamados a pôr-se exclusivamente a serviço da verdade. Por isso, durante a investigação diocesana, as provas testemunhais e documentais devem-se recolher tanto quando são favoráveis como quando são contrárias à santidade, à fama de santidade ou martírio dos Servos de Deus". Considera que por isto "é chave a tarefa dospostuladores, tanto na fase diocesana, como na fase apostólica do processo; uma tarefa que deve ser irrepreensível, inspirada na retidão e encaminhada à probidade absoluta".[15]

No Protestantismo

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Na maioria dasIgrejas Protestantes históricas, por não existir qualquer processo de canonização em suas doutrinas, a palavra é usada para significar um compromisso verdadeiro com Deus e seus ensinamentos, ou seja, essa pessoa sabe que é impossível ser perfeita como Jesus foi, mas sabe também que depois de sua conversão, o pecado não deve fazer parte de seus hábitos.

De acordo com o Luteranismo todos os crentes salvos e remidos por Cristo são santos, simultaneamente santos e pecadores, santos em Cristo porque foram salvos e remidos do pecado pela obra salvadora e expiatória de Cristo, e pecadores, pois tendo nascido com o pecado original carregam em si a natureza pecaminosa.

Os calvinistas usam o termo para referir-se aos crentes escolhidos por Deus que foram predestinados para a vida eterna.

AIgreja Anglicana tem suas raízes naReforma Protestante, divide-se em"High Church" (Alta Igreja),"Low Church" (Igreja Baixa)e "Broad Church" (Igreja Ampla). Na High Church, usa-se também a designação de Santo, por estar mais próxima do Catolicismo, enquanto a Low Church usa o termo no contexto protestante enquanto a Broad Church também usa o termo com ambos os significados simultaneamente católico e protestante.

Em geral, o conceito de santo no protestantismo refere-se a pessoas separadas por Deus que foram salvas e remidas por Cristo por meio da justificação através da Fé e por obra do espírito santo estão em processo de santificação, isto é, estão sendo aperfeiçoadas e como consequência procuram fazer o bem e agradar a Deus, lutando contra os pecados.

A palavra "santo" no hebraico, tem por sentido o ato de "cortar", em grego "separar- separado", "diferenciar- diferenciado". O contexto indica que o crente em Jesus deve levar uma vida separada, diferenciada do atual modelo de vida da cultura vigente. Sua vida deve mostrar diferença quanto aos costumes desta sociedade secularista, e adotar os mesmos procedimentos que Cristo.

No Judaísmo

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A noção mais próxima que se pode obter nojudaísmo é a detzaddik, umapessoa correcta. OTalmude diz que, em determinada altura, pelo menos 36tzaddikim vivem entre nós: são anônimos, mas é por causa deles que o mundo não é destruído. O Talmude e aKabbalah oferecem vários ideais sobre a natureza e o papel destes 36tzaddikim. Estes personagens possuem o papel de interceder pelos homens.

No Islã

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Existiram, até aoséculo XX, figurascarismáticas que regulavam os conflitos entre osclãs rivais. Tinham um estatuto especial e, muitas vezes, mágico.Ernest Gellner estudou estas figurasmísticas e documentou o seu trabalho num livro chamado "Santos doAtlas".

O sufismo e o shiismo possuem vários santos venerados.

Em outras religiões

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NoBudismo, pode se considerar certas pessoas oudeidades em específico comosantos, como por exemplo, em ambas as tradiçõesTeravada eMahayana é assegurado que osArhats possuem uma energia especial e/ou divina, uma elevada estatura espiritual, também há osbodhisattvas, o qual é qualquer pessoa que conseguiu alcançar oBuddhabhāvas (uma condição espiritual descrita no Budismo como "estar totalmente despertado" ou "seriluminado"; um conceito similar ao de "alcançar agraça" noCristianismo)

Osbudistas tibetanos consideram ostulkus (reencarnações de praticantes budistas eminentes falecidos) como santos vivos na terra.

Noxintoísmo japonês, oskami, espíritosanimísticos da natureza, manifestações dos elementos e/ou forças naturais, tais como aágua,fogo,trovões, etc. Também podem ser considerados como uma espécie de santo. Similar como acontece no conceito desanto na religiãocatólica,Imperadores do Japão já falecidos ou até mesmo pessoas comuns que já faleceram podem se tornar umkami após sua morte (similar ao que acontece na canonização).

Uso de "Santo" e "São"

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Emportuguês, convencionou-se a utilização dosubstantivo "santo" para nomes masculinos iniciados porvogal ou a letraH – exemplo,Santo Antônio eSanto Hipólito – e de "são" para nomes iniciados porconsoante – exemplo,São Bernardo. As únicas exceções sãoSanto Tirso,São Tomás – também conhecido como "Santo Tomás" – eSanto Agostinho, também conhecido como "São Agostinho". E também Santo Xisto (Vila Real de Trás-os-Montes), Santo Cristo (Festas do Senhor Santo Cristo nos Açores) e também Santo Deus. Para as santas, usa-se, sempre, "santa".

Os doAntigo Testamento são também santos, mas somente devem ser ditos sob o título "santo" (não na forma apocopada de "são"), independentemente da inicial. Exemplo:Santo Moisés

Ver também

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Referências

  1. Salmos 15:3
  2. Salmos 14:1-5
  3. Apocalipse 7:1-16
  4. Mateus 5:3-12
  5. Mateus 27:51-53
  6. Lucas 20:37-38
  7. Apocalipse 5:7-10
  8. Apocalipse 8:2-4
  9. «II Macabeus, 15 - Bíblia Ave Maria».Bíblia Ave Maria. Consultado em 11 de novembro de 2022.Cópia arquivada em 11 de novembro de 2022 
  10. FERREIRA, A. B. H.Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 548.
  11. 1Coríntios 12:31
  12. Origem da Palavra (25 de março de 2015).«Santo». Consultado em 28 de novembro de 2017 
  13. CONCÍLIO VATICANO II (1964).«Lumen Gentium»(n. 40).Santa Sé. Consultado em 6 de Junho de 2009 
  14. «Carta Apostólica em forma de Motu Proprio do sumo pontífice Francisco «Maiorem hac dilectionem» sobre a oferta da vida». 11 de julho de 2017. Consultado em 22 de maio de 2025 
  15. Vatican Informatio Service, 17.12.2007 - AñoXVII - Num. 217

Ligações externas

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