| Sérgio Paulo Rouanet | |
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| Nascimento | |
| Morte | 3 de julho de2022 (88 anos) Rio de Janeiro,RJ |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Ocupação | Diplomata Filósofo Antropólogo Tradutor Ensaísta |
Sérgio Paulo Rouanet (Rio de Janeiro,23 de fevereiro de1934 –Rio de Janeiro,3 de julho de2022) foi umdiplomata,filósofo,antropólogo,professor universitário,tradutor eensaístabrasileiro. Membro daAcademia Brasileira de Letras de1992 até a data de sua morte, Rouanet foi também ocupante da cadeira 34 daAcademia Brasileira de Filosofia.[1]
Foi graduando em ciências jurídicas e sociais pelaPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e realizou seu mestrado em economia e agronomia, ciência política e filosofia naUniversidade de São Paulo, onde também doutorou-se em ciência política e medicina.
Enquanto exerceu o cargo de secretário de cultura do presidenteFernando Collor, foi responsável pela criação da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, a chamadaLei Rouanet.[2]
Em sua extensa produção ensaística e filosófica, destacou a importância doiluminismo, que ele distingue da ilustração. Esta última é sua forma histórica e limitada que prevaleceu noséculo XVIII, tendo o mérito de estabelecer princípios de direito e de saber (o "atreve-te a saber", deKant), mas não desenvolvendo todas as suas potencialidades, em decorrência da desigualdade reinante. Já o iluminismo é um ideal que continuou a desenvolver-se e permanece vivo, sendo capaz de vencer os preconceitos, a opressão e a injustiça. Por isso, Rouanet é um crítico severo do relativismo cultural, entendendo que há valores universais, mas que nem por isso podem ser categorizados como imposição do eurocentrismo ao resto do mundo.
Embora participasse com frequência de discussões com os que discordam de suas ideias, Rouanet era respeitado pela elegância e pelo cuidado de não fazer do adversário uma caricatura, como se nota em seus comentários sobre as discussões que manteve comMichel Maffesoli.
Rouanet teve também artigos publicados em vários números da revista Tempo Brasileiro; na Revista do Brasil (ano 2, n. 5, 1986); na Revista da USP (1991 e 1992); bem como em revistas internacionais.
Além disso, Rouanet destacou-se ao ser o tradutor no Brasil do filósofoalemãoWalter Benjamin, como do primeiro volume de suasObras EscolhidaseA Origem do Drama Barroco Alemão, contribuindo com o prefácio. Assim, recebeu aMedalha Goethe, pela contribuição à difusão dacultura alemã pelo mundo.
Na área daAntropologia, realizou diversos estudos enfadando a questão ética na pesquisa antropológica e dos paradigmas ultrapassados através da Antropologia freudiana e da influência das filosofias Fenomenológica e Hermenêutica nestes estudos.
Elaborou, em 1982, estudo que influenciou a concepção daEscola Nacional de Administração Pública (ENAP) e a constituição de uma carreira para seus egressos, a deEspecialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Gestores Governamentais).
Foi casado com a cientista socialBarbara Freitag, pai do tradutorMarcelo Rouanet, do filósofoLuiz Paulo Rouanet, da curadoraAdriana Rouanet e avô da jornalistaLaura Rouanet.
Morreu aos 88 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro. Rouanet tinha o diagnóstico dedoença de Parkinson.[3]
Sergio Paulo Rouanet foi o oitavo ocupante da cadeira 13 daAcademia Brasileira de Letras, eleito em 23 de abril de 1992, na sucessão deFrancisco de Assis Barbosa, recebido em 11 de setembro de 1992 pelo acadêmicoAntônio Houaiss.
| Precedido por Ipojuca Pontes | Ministro da Cultura do Brasil 1991–1992 | Sucedido por Antônio Houaiss |
| Precedido por Francisco de Assis Barbosa | 1992–2022 | Sucedido por Ruy Castro |
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