Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW • CAPES • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Janeiro de 2013) |
Rubem Braga | |
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![]() Rubem Braga, à esquerda, com seu irmãoNewton Braga, em 1932 | |
Nascimento | 12 de janeiro de1913 Cachoeiro de Itapemirim,Espírito Santo |
Morte | 19 de dezembro de1990 (77 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Escritor |
Prêmios | Ordem do Infante D. Henrique (Portugal, 1987) Grã-Cruz daOrdem do Mérito Cultural (2013) |
Movimento literário | Contemporâneo |
Magnum opus | Os trovões de antigamente: crónicas |
Rubem Braga (Cachoeiro de Itapemirim,12 de janeiro de1913 —Rio de Janeiro,19 de dezembro de1990) foi umescritor lembrado como um dos melhorescronistasbrasileiros.[1]
Iniciou-se nojornalismo profissional ainda estudante, aos 15 anos, noCorreio do Sul, de Cachoeiro de Itapemirim, fazendo reportagens e assinando crônicas diárias no jornalDiário da Tarde. Formou-se pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte, em1932, mas não exerceu a profissão. Neste mesmo ano, cobriu aRevolução Constitucionalista deflagrada emSão Paulo, na qual chegou a ser preso. Transferindo-se para oRecife, dirigiu a página de crônicas policiais noDiário de Pernambuco. Nesta cidade, fundou o periódicoFolha do Povo. Em1936, lançou seu primeiro livro de crônicas,O Conde e o Passarinho, e fundou em São Paulo a revistaProblemas, além de outras. Durante aSegunda Guerra Mundial, atuou como correspondente de guerra junto àForça Expedicionária Brasileira.
Rubem Braga fez diversas viagens ao exterior, onde desempenhou função diplomática emRabat,Marrocos, atuando também como correspondente de jornais brasileiros. Após seu regresso, exerceu o jornalismo em várias cidades do país, fixando domicílio no Rio de Janeiro, onde escreveu crônicas e críticas literárias para oJornal Hoje, daRede Globo. Sua vida como jornalista registra a colaboração em inúmeros periódicos, além da participação em váriasantologias, entre elas aAntologia dos Poetas Contemporâneos.
A 26 de novembro de 1987, foi agraciado com o grau de Comendador daOrdem do Infante D. Henrique, de Portugal.[2]
Foi inaugurada no dia 30 de junho de 2010 a terceira saída da estação General Osório do Metrô em Ipanema, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. O novo acesso, que conta com duas torres com dois elevadores ligando a Rua Barão da Torre ao Morro do Cantagalo, recebeu o nome de Complexo Rubem Braga, em homenagem ao escritor que por anos morou na cobertura do prédio vizinho à estação.
Rubem Braga sofria decâncer de laringe e decidiu não ser submeter a tratamentos químicos ou cirúrgicos. Morreu deinsuficiência respiratória no Hospital Samaritano, emBotafogo. Quando soube do câncer registrou em cartório o desejo de ser cremado. Também pediu para a família dele a não realização de velório ou qualquer cerimônia fúnebre.[3]
O cronista deixou um bilhete para o filho, Roberto Braga, com orientações para depois da cremação:
Meu filho,
Após a cremação de meu corpo, providencie que as cinzas sejam transportadas em urna de metal, e não de madeira, e lançadas ao rio Itapemirim. De maneira discreta, sem cortejo e sem quaisquer cerimônias, por pouquíssimas pessoas da família, e de preferência no local que só a sua tia Gracinha, minha irmã Anna Graça, tem conhecimento. De preferência a ilha da Luz, ou a correnteza da ponte de Ferro ou a correnteza da antiga ponte Municipal. Nem o dia deve ser divulgado, tudo isso para evitar ferir suscetibilidades de pessoas religiosas, amigos e os parentes. Agradeça a quem pretenda qualquer disposição em contrário, por mais honrosa que seja, mas não ceda aos símbolos da morte, que assustam as crianças e entristecem os adultos. Viva a vida.
Adeus.
Rubem Braga[4]