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Rosa canina

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaRosa canina
Flores da Rosa canina.
Flores daRosa canina.
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Angiospermae
Clado:eudicotiledóneas
Clado:rosídeas
Ordem:Rosales
Família:Rosaceae
Género:Rosa
Espécie:R. canina
Nome binomial
Rosa canina
L.
Ilustração mostrando vários aspetos da planta

Rosa canina, comummente conhecida comosilva-macha,[1] é uma espécie deplanta com flor, de forma arbustiva, pertencente àfamília dasrosáceas e ao tipo fisionómico dosnanofanerófitos.[2][3]

Nomes comuns

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Dá ainda pelos seguintesnomes comuns:rosa-canina[4] (com as variantesroseira-canina,[2]rosa-de-cão[2] eroseira-de-cão[2]);rosa-brava[2] (com a varianteroseira-brava[2]);roseira-silvestre,[2]mosqueta[5] esilvão.[6]

Descrição

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Trata-se de umarbusto defolha caduca, cujas dimensões podem variar entre 1 e 5 metros de altura.[7] Dispõe de ramos verdosos e fortes, arqueados ou erectos, oiriçados de espinhos chamadosacúleos.[8]

Asfolhas são pinadas, amiúde têm 1 ou 2 acúleos subestipulares, e são compostas com cinco a sete folíolos de margens serradas.[8] Osfolíolos, por sua vez, têm um formato ovado-lanceolado e uma base arredondada.[3] Opecíolo tanto pode ter penugem, como ser glabro, estando, por vezes dotado de pequenos acúleos que se estendem peloráquis e pela nervura central.[9]

Asflores são grandes, medindo entre 4-6 cm de diâmetro, e contam com cincopétalas, de cor branca ou rosa.[8] As flores podem ser solitárias ou agrupar-se em conjuntos de 2 a 5 e exalam um odor almiscarado.[9] Asbrácteas são são ovado-lanceoladas e caducam antes da úrnula amadurecer, sendo por vezes substituídas por umaestípula ou folha com 1 a 3 folíolos.[9] A úrnula é esférica ou elipsoidal, costuma ser lisa na superfície, só muito raramente aparece com acúleos, podendo, por vezes, mostrar-se mais carnosa do que lisa.[3] Costuma ter uma coloração próxima do vermelho escuro.[9] Assépalas são lanceoladas, pelosas na face interna e na margem, mas glabras na face externa, caducando antes da flor amadurecer.[9]

Esta planta floresce na Primavera, de Abril a Junho.[2]

Produz umfruto macio, comummente designado cinarrodo,[8] de formato oval ou elíptico, com 1,5 a 2 cm de comprimento, e uma coloração entre o vermelho e o alaranjado.

É uma espécie muito polimórfica, reunindo um vasto rol de formas hibridógenas que se caracterizam pela sua reprodução sexual atípica, em que se formam sempre gametas masculinos com 7 cromossomas.[9]

Distribuição

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Encontra-se na maior parte da Europa, no Cáucaso, na Ásia Central e no Próximo Oriente até Afeganistão e Paquistão. Está presente no Noroeste africano e na Macaronésia.[2]

Foi naturalizada na América do Norte, no Chile e no Sul da Austrália.[9]

Portugal

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Trata-se de uma espécie presente no território português, mais concretamente, em todas as zonas dePortugal Continental.[2]

Em termos de naturalidade, é autóctone dessas regiões.

Ecologia

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Trata-se de uma espécie ruderal, que medra tanto em bosques e matas, como nas orlas de caminhos.[2]

Protecção

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Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

Usos

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Esta espécie, nativa da região mediterrânica era muito apreciada pelos romanos, que as usavam para exornar os seus jardins, incluindo nasvillae romanas na Lusitânia.[8]

Com efeito, a silva-macha era um motivo botânico comum na arte romana, figurando nas pinturas de murais dos jardins dePompeia[10] e nos mosaicos davilla romana doRabaçal.[8]

As rosas-de-cão eram usadas para fazer grinaldas e para fazer perfumes durante a Antiguidade Clássica, na orla Mediterrânea.[8] Historicamente, os seus frutos - denominados cinarrodo- eram usado para confeccionar geleias,[9] com efeito, hodiernamente, naBulgária, ainda são aproveitados para fazer vinho doce echá.

O cultivarRosa canina assisiensis é o único sem espinhos. Os frutos são usadas como aromatizante nacockta, uma bebida não-alcoólica eslovena.

Farmacologia

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A planta tem teor elevado em algunsantioxidantes. O fruto - chamado cinarrodo[7] - é conhecida pelo seu alto nível devitamina C e utilizado para fazerxarope,chá emarmelada.

Na medicina tradicional austríaca, utilizam-se para produzir uma infusão destinada ao tratamento de infeções virais e doenças dosrins e dotrato urinário.

Folclore

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Nofolclore português, a silva-macha ou silvão esteve historicamente associada a práticas mágicas, às mãos de benzedores, para operar curas mágicas sobre os enfermos.[11]

Com efeito, o Livro V dasOrdenações Manuelinas, em 1514, cominava o uso do silvão em fervedouros, benzeduras e ensalmos de teurgia ou magia branca, sob pena de açoites públicos e multa até três mil reais.[11]

Galeria de imagens

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  • Folha com estípulas
    Folha comestípulas
  • Flores
    Flores
  • Cinarrodo (fruto)
    Cinarrodo (fruto)
  • Cinarrodo (fruto)
    Cinarrodo (fruto)

Referências

  1. Infopédia.«silva-macha | Definição ou significado de silva-macha no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa».Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de dezembro de 2021 
  2. abcdefghijk«Rosa_canina». Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Consultado em 17 de março de 2020 
  3. abc«Rosacanina| Flora-On | Flora de Portugal».flora-on.pt. Consultado em 16 de outubro de 2021 
  4. Infopédia.«rosa-canina | Definição ou significado de rosa-canina no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa».Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de dezembro de 2021 
  5. Infopédia.«mosqueta | Definição ou significado de mosqueta no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa».Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de dezembro de 2021 
  6. Infopédia.«silvão | Definição ou significado de silvão no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa».Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 21 de dezembro de 2021 
  7. abMouga, Teresa (1996).Motivos botânicos nos Mosaicos da Villa Romana do Rabaçal(PDF). Conimbriga: Universidade de Coimbra. p. 11 
  8. abcdefgMouga, Teresa (1996).Motivos botânicos nos Mosaicos da Villa Romana do Rabaçal(PDF). Conimbriga: Universidade de Coimbra. p. 11 
  9. abcdefghCastroviejo, S. (1986–2012).«Rosa canina»(PDF). Real Jardín Botánico, CSIC, Madrid. p. 165-167. Consultado em 17 de março de 2020 
  10. Jashemski, Wilhelmina Feemster (1979).The Gardens of Pompeii: Herculaneum and the Villas Destroyed by Vesuvius. Ann Arbor, Michigan, USA: Caratzas Bros.ISBN 9780892410965 
  11. abGandra, Manuel J. (2018).Magia na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra. Mafra: Centro Ernesto Soares de Iconografia e Simbólica-Cesdies. p. 21 

Leitura complementar

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OCommons possui imagens e outros ficheiros sobreRosa canina
  • «Flora Europaea:Rosa canina» 
  • Blamey, M. & Grey-Wilson, C. (1989).Flora of Britain and Northern Europe. Hodder & Stoughton.ISBN 0-340-40170-2.
  • Vedel, H. & Lange, J. (1960).Trees and bushes. Metheun, London.
  • Graham G.S. & Primavesi A.L. (1993). Roses of Great Britain and Ireland. B.S.B.I. Handbook No. 7. Botanical Society of the British Isles, London.


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