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ABR-101 é umarodovia longitudinalbrasileira[2] que tem início no município deTouros, noestado doRio Grande do Norte, e termina emSão José do Norte, noRio Grande do Sul. Ao lado daBR-116, é um dos principais eixos rodoviários do país[3][4] com 4 824,6 km[1] de extensão.[4]
Construída peloExército entre os anos de 1950 e 1960, passa por doze estados através dolitoral brasileiro, ligando cidades importantes comoFlorianópolis,Vitória,Maceió,João Pessoa,Recife eNatal. A via é duplicada em algumas áreas metropolitanas, além de ter sido totalmente duplicada entreOsório eCuritiba[5] e em todo o território do estado dePernambuco.[6] Em 2001, toda a sua extensão foi batizada deRodovia Governador Mário Covas.[7] Dentre as denominações regionais que a rodovia recebe estãoRodovia Rio–Santos,Rodovia Rio–Vitória eRodovia do Contorno.
A BR-101 seria, em tese, a maior rodovia brasileira, mas alguns trechos são interpostos com outras rodovias federais. Ela segue no sentido norte-sul por praticamente todo o litoral leste brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Inicialmente, possuía um trecho não construído entre Peruíbe (SP) e Garuva (SC); neste trecho, a BR-101 é sobreposta às rodoviasBR-116 eBR-376, o qual é computado no comprimento total da BR-101 peloMinistério dos Transportes.[4][5]
Em março de 2011, a construção do trecho paranaense planejado voltou a pauta, após fortes chuvas que afetaram as rodoviasBR-376 eBR-277. Entretanto, o novo trecho invadiria áreas de proteção daMata Atlântica que protegem o maior remanescente do bioma no Brasil. O projeto nunca foi iniciado.
O trecho da BR-101 que recebe o nome de"Rodovia Rio–Santos" interliga os municípios doRio de Janeiro aSantos (Área Continental) nolitoralpaulista. Atualmente, aCCR administra o trecho entreSanta Cruz, noRio de Janeiro ePraia Grande, emUbatuba.[8][9] No trecho entre Ubatuba até o trevo com aRodovia Cônego Domênico Rangoni integra a malha rodoviária do estado de São Paulo recebendo a denominação deRodovia Doutor Manuel Hipólito Rego (SP-55), trecho este sob administração doDepartamento de Estradas de Rodagem.
A rodovia é famosa por margear os litorais paulista e fluminense correndo a poucos quilômetros do mar e paralelamente a este. Nos entornos da rodovia estão localizadas estâncias balneárias turísticas famosas comoItaguaí,Mangaratiba,Angra dos Reis,Paraty, Ubatuba,Caraguatatuba,São Sebastião,Ilhabela,Juquei,Bertioga, onde na maioria das vezes passa entre praias desses balneários. Apesar da denominação da rodovia ela não dá acesso à área urbana do município deSantos que fica na parte insular. Para tal acesso é necessário a utilização daRodovia Anchieta ou das balsas daTravessia Santos–Guarujá. Alguns trechos do projeto original da Rodovia Rio–Santos nunca foram concluídos como o compreendido entre Porto Novo e Camburi, no município paulista de São Sebastião, onde há viadutos abandonados naSerra do Mar. Neste foi incorporado o traçado de uma rodovia já existente.
Em 2009, foi aberta ao público a duplicação de 26 quilômetros entreSanta Cruz eItacuruçá, trecho localizado no estado do Rio de Janeiro, próximo à capital do estado. A estrada oferece boas condições para acostamento e oferece passarelas no trecho sentido Rio de Janeiro até o município de Mangaratiba, na altura do bairro de Itacuruçá.[10] A maior parte do trecho paulista (SP-55) com 172 km entreUbatuba eBertioga poderá ser duplicada até 2017.[11] A rodovia está entre as que fazem parte do plano de concessões do governo.[12]
O trecho da BR-101 denominado "Rodovia Rio–Vitória" faz a ligação entre a cidade doRio de Janeiro eVitória. O primeiro trecho, o daPonte Rio-Niterói, está sob a concessão daEcoponte.[13] AArteris Fluminense é a concessionária que administra o trecho que ligaNiterói, noGrande Rio, aCampos dos Goytacazes, noNorte Fluminense, passando porSão Gonçalo,Itaboraí,Tanguá,Rio Bonito,Silva Jardim,Casimiro de Abreu,Rio das Ostras,Macaé,Carapebus,Quissamã eConceição de Macabu, e terminando na divisa do estado doEspírito Santo.[14] Já o trecho entreMimoso do Sul, no extremo sul do Espírito Santo, e Vitória está sob concessão daEco101, que ainda administra o trecho entre Vitória eMucuri, no sul daBahia.[15][16]
Sua inauguração data da década de 1950. A rodovia, que já foi conhecida como rodovia da morte no passado, hoje apresenta um bom estado de conservação, principalmente no trajeto em território capixaba.
Em 1984, foi aberta uma retificação de 25 quilômetros entre Niterói eManilha, margeando parte do litoral daBaía de Guanabara e atravessando áreas pantanosas emSão Gonçalo, no intuito de desafogar o trânsito saturado daRJ-104, que além de realizar o mesmo trajeto, passa por localidades comerciais e de intensa movimentação de veículos. Cinco anos mais tarde, inaugurou-se uma variante conhecida como Manilha-Duques, que desviava o traçado da rodovia para a zona rural deItaboraí, a fim de evitar congestionamentos em sua região central, findando em um trevo no bairro de Duques, de onde prossegue-se pela pista original, sentido Campos dos Goytacazes e Vitória.[17][18][19]
Após ser leiloado no dia 18 de março de 2008, quando o grupo empresarial espanholOHL saiu vencedor, oferecendo o valor de R$ 4,93 para a tarifa de pedágio.[20] Como consequência, melhorias em algumas partes da rodovia. que vai de Niterói até a divisa doRio de Janeiro com oEspírito Santo. Tendo cinco praças de pedágio, sendo que a de São Gonçalo, e como contrapartida do pedágio daPonte Rio–Niterói.[21] Há uma proposta de que a rodovia passe a ter trecho doArco Metropolitano, como forma de conectá-lo atéMaricá.[22]
O trecho da rodovia no estado doEspírito Santo, incluindo o trajeto deVitória àBahia foi leiloado, em 18 de janeiro de 2012, para o consórcioRodovia da Vitória, formado porEcoRodovias e SBS Engenharia. A previsão era de que a metade da BR-101 no Espírito Santo estivesse duplicada até 2019 e a outra metade até 2023,[23] o que não ocorreu.[24][25][26] A Eco101 desistiu da concessão em 2022,[27][28] mas um aditivo contribuiu para que a empresa continuasse administrando a via.[29][30]

O trecho denominado "Rodovia do Contorno" (também conhecido comoContorno de Vitória) fica entreCarapina, naSerra, e o entroncamento com a RodoviaBR-262, emCariacica. Foi criada com o intuito de desviar o fluxo de carros do centro daGrande Vitória.[31]
O crescimento do Estado do Espírito Santo nos últimos 15 anos, principalmente da região metropolitana da Grande Vitória, deixou em colapso nos principais sistemas de transporte. Entre eles, estão as mais importantes ligações rodoviária da capital com o resto do país, as Rodovias BR-101 e também BR-262. O trecho, conhecido como Contorno de Vitória, tinha em 1997 um volume diário médio de aproximadamente 10 mil veículos. Hoje esse índice é cinco vezes maior. E não foi apenas o fluxo de veículos que aumentou. A urbanização da região trouxe o crescimento da população, da demanda por transporte público, do movimento de pedestres, ciclistas, motociclistas. Isso tudo se mistura ao trânsito de veículos locais e de carga, que tem a BR-101 e BR-262 como rota de mercadorias. Dividida em dois lotes, as obras de duplicação da BR-101 no Espírito Santo, no Contorno de Vitória, já teve sua primeira parte concluída e entregue. A empresa Delta Construção foi responsável pela obra entre os municípios de Serra (km 268,8) e Cariacica (km 288,1). Agora, oDepartamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu as intervenções entre os quilômetros 288,1 e 294,3, nos trevos de acesso e nos entroncamentos com outras rodovias, como a BR-262, que é coincidente com a BR-101 na altura de Vitória.
De acordo com o superintendente do DNIT no Espírito Santo, Halpher Luiggi, o Contorno de Vitória é hoje o maior empreendimento rodoviário feito pelo governo federal no estado. “É uma obra de grande vulto, foram construídos oito viadutos, 25,5 quilômetros de duplicação, quase 12 quilômetros de ruas laterais, ciclovias, calçadas e uma passagem inferior.” O superintendente explica que foram encontradas muitas dificuldades, justamente por ela estar dentro de uma área de grande fluxo de veículos e pessoas. “O maior desafio foi própria execução, por se tratar de uma obra de grande porte incrustada no meio urbano. São grandes interferências externas envolvendo esse trecho aqui, como a rede de distribuição de energia elétrica, gás, água e esgoto. Tudo isso teve de ser muito bem planejado, porque a obra não poderia impactar e prejudicar a vida da população. As pessoas não podem ficar sem água ou sem energia, as indústrias não podem ficar sem gás. Esse é o grande desafio, fazer uma obra de grande porte dentro de um centro urbano”, explica Luiggi.

Encontra-se em duplicação, desde 2005, o trecho da BR-101 no Nordeste, entreNatal eSalvador. Ainda não concluído, com previsão de término em 2021.[32][33] Cerca de 70 km que cortam a Região Metropolitana doRecife já eram duplicados antes de 2005. No trecho de 688 km ligando os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas (trecho entre Natal-RN, João Pessoa-PB, Recife-PE, Maceió-AL e a fronteira AL-SE), a rodovia já está quase toda duplicada. Em fevereiro de 2019, havia um trecho em Alagoas, de 59 km, entre São Miguel a Rio Largo, cuja inauguração estava prevista para o segundo semestre de 2020. Um trecho de 10km na reserva indígena em Joaquim Gomes-AL tem pendências de liberação para obras.[34][35] EmSergipe, encontra-se com obras em ritmo lento, sem previsão de término. No estado de Sergipe, o trecho entreAracaju eEstância, de 67 km, está com a duplicação concluída e o que ligaMaruim atéPropriá, encontra-se quase parada, sendo realizado obras apenas pelo Exercito Brasileiro. No final de 2018 foram entregues 18 km duplicados neste trecho.[36] No trecho daBahia, a ordem de serviço foi assinada em 2014, com previsão de conclusão em 2016, mas até hoje sem todo o trecho duplicado. Foram assinadas quatro lotes das obras da BR-101, os quais deverão ser executados simultaneamente. Terá 165,4 quilômetros e parte deFeira de Santana até a divisa com o estado de Sergipe. Outra parte será duplicada deEunápolis até a divisa com oEspírito Santo. Em 2021, foram liberados os trechos duplicados entreConceição do Jacuípe eAlagoinhas, entreEntre Rios eEsplanada e entreEsplanada eRio Real.

O trecho entreCuritiba eFlorianópolis, de 312 km, foi totalmente duplicado nogoverno FHC (Fernando Henrique Cardoso),[37][38] sendo que o trecho entre a divisa entreParaná–Santa Catarina eFlorianópolis, de aproximadamente 200 km, foi totalmente duplicado no final dos anos 1990; já o trecho complementar (BR-376, entre a divisa Paraná–Santa Catarina (emGaruva - SC eCuritiba), foi duplicado pelo governo do estado do Paraná (administraçãoRoberto Requião) entre 1994 e 1995.
Entre 2005, no primeiro governo Lula e 2016 no governo Dilma Roussef,[19] foi iniciada a duplicação e a conclusão do trecho que ligaPalhoça - SC aOsório - RS, de 350 km. Essa duplicação reduziu a área da Terra Indígena do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC), fazendo com que aFUNAI junto do DNIT indenizassem a comunidade com poucos hectares de terra na cidade deMajor Gercino/SC, onde hoje existe a aldeia guarani Tekoa Vy'A. Os 88,5 quilômetros do trecho gaúcho foram entregues em fevereiro de 2011; no sul do estado deSanta Catarina, a demora foi maior: em 2018 ainda faltavam duplicar 14,5 km (10 km emLaguna e 2 km emTubarão).[39] Em 2019, o trecho foi totalmente finalizado e entregue.

No estado doRio de Janeiro rodovia continua com pista dupla até o município deCasimiro de Abreu com 130 km desde o fim daPonte Rio-Niterói. Um trecho de 46 km entre Casimiro de Abreu eMacaé está com seu processo de duplicação sendo dificultado por entraves na obtenção delicenciamento ambiental.[40] Entre a capital do Rio de Janeiro e a cidade de Campos, o trecho entre Niterói e Rio Bonito já era duplicado desde os anos 1980. O trecho de 176,6 km entreRio Bonito e Campos foi concessionado à empresaArteris em 2008, por 30 anos. As obras de duplicação começaram em 2011,[41] e em 2023, já havia duplicado 128,3 km.[42][43]
No estado deSão Paulo, o trecho de 49,1 km entreUbatuba e a divisa com o estado do Rio de Janeiro ela é denominada deRodovia Governador Mário Covas sob a Sigla BR-101. Em 17 de abril de 2013 a Justiça liberou o início de obras na BR-101 noestado do Espírito Santo, para ser explorado e duplicado pela EcoRodovias (Eco101) onde até meados de 2018 foram duplicados apenas 1,8km dos 475,9km do trecho sob responsabilidade da concessionária no ES, equivalente a 0,39% do total a ser duplicado ao logo da concessão. A concessionária alega atraso na liberação das licenças ambientais e problemas com as desapropriações.[44][45]