O estado surgiu a partir de porções das capitaniascoloniais deSão Tomé eSão Vicente. De 1555 a 1567, os francesesinvadiram o território. Em 1565, foi criada acidade homônima. No século XVII, apecuária e acana-de-açúcar estimularam o desenvolvimento. Este estava decisivamente garantido no momento em que o porto passou a escoar as riquezas deMinas Gerais, no século XVIII. Em 1763, começou a ser capital dovice-reino. Com atransferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, a região recebeu grandes benefícios como sede doreino. Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro foi elevada a município, ficando como capital do país. A capitania da qual este deixou de fazer parte se tornouprovíncia, com sede emNiterói. Em 1889, a cidade foi promovida a capital da República, e a província, a estado. Com a transferência da capital paraBrasília, em 1960, o município do Rio de Janeiro foi elevado aEstado da Guanabara. Em 1975, reunificaram-se os estados da Guanabara e o Rio de Janeiro, com a denominação de Estado do Rio de Janeiro. Este começou a compreender a cidade do Rio de Janeiro como capital.[13]
A denominaçãoRio de Janeiro veio de um erro de interpretação dos exploradores lusitanos, os quais, em 1.º de janeiro de 1502, liderados porAndré Gonçalves, avistaram abaía hoje denominada Guanabara. Quando eles confundiram a penetração da barra com a desembocadura dum rio, denominaram a baía "do Rio de Janeiro". Em seguida, esta designação passaria ao município e deste à capitania, posteriormente província, da qual a municipalidade fez parte até se transformar emMunicípio Neutro, por meio doAto Adicional de 1834.[19][20]
Ogentílicofluminense[21] vem dolatimfluminis,genitivosingular deflumen, "rio", esufixoense. Este termo foi, antigamente, o adjetivo tanto do estado como do município, para classificar pessoas, objetos, lugares e acontecimentos ligados àunidade federativa ou àmunicipalidade. Os fluminenses do município, no entanto, com os anos, prefeririam autodenominar-se “cariocas”, uma palavra tradicional. Esta, no final das contas, triunfou de maneira completa sobre a competidora. Possibilita identificar os nascidos no Rio de Janeiro e tudo o que está associado a ele. A procedência da palavracarioca é otupi-guaranikari'oka, “casa de branco”, dekara'i, “esbranquiçado” eoka, “residência”. Inicialmente, a denominação referia-se a uma residência feita de pedra, erguida em arquitetura europeia, existente entre omorro da Viúva e oouteiro da Glória. Foi também construída antes da criação da cidade pelos portugueses que expulsaram os franceses. Uma série de documentos daquele tempo comprova que a residência existia, embora, até os dias atuais, não se conheça o nome do construtor. Depois, no que diz respeito ao termo, começou a constituir a denominação dos moradores dos arredores dessa residência. O termo “carioca” nomeou mais tarde um rio e os naturais da capital do estado.[20]
Na literatura, há um padrão de utilização de ambos os gentílicos — carioca e fluminense — relativos às coisas do município, em épocas distintas: em 1870, foi publicado um livro de histórias cariocas, chamadoContos fluminenses, escrito porMachado de Assis. Décadas depois, na bibliografia deArtur de Azevedo, há uma publicação elaborada após sua morte, um volume de literaturas igualmente referentes ao município. Entretanto, eram denominadas deContos cariocas (1928).[20]
Inúmeras pesquisas genéticas confirmam que ospovos ameríndios descendem diretamente de grupos no leste daSibéria que migraram para aAmérica do Norte há cerca de 25 mil a quinze mil anos, e depois se espalharam por todo o continente.[22][23]
Um dos primeiros registros da existência humana no atual estado do Rio de Janeiro é o Sambaqui da Lagoa de Itaipu, emNiterói, que remonta a oito mil anos.[24][25]
Em um período disputado, nos primeiros séculos da era cristã ou por volta do ano 1000, ospovos tupis, procedentes daAmazônia, conquistaram todo o litoral do Rio de Janeiro, exceto a área em torno da embocadura doRio Paraíba do Sul.[26][27]
Durante o período em que osportugueses vieram ao Brasil, diversas tribos indígenas, como osgoitacás,puris,guaianás etamoios, ocupavam as terras que hoje compreendem o estado do Rio de Janeiro. Os goitacás residiam inicialmente na planície atravessada pelorio Paraíba do Sul, ao norte doCabo Frio. Os puris habitavam a região que se estendia desde o Paraíba do Sul até orio Muriaé. Já os guaianás ocupavam o planalto perto da atual divisa com oestado de São Paulo. Por fim, os tamoios se estabeleciam ao longo de toda a costa, desde abaía de Guanabara até o sul do estado.[27][28]
Uma das mais antigas regiões brasileiras atingidas pelos portugueses, acosta do Rio de Janeiro, desde 1511, começou a ser movimentada por expedições predatórias tanto de lusitanos como depiratasfranceses. Estes povos ficaram encantados com a enorme quantidade depau-brasil.[29][30]
Só em 1559, Portugal providenciou o desalojamento dos franceses. Em 1560,Mem de Sá derrotou os franceses e demoliu oForte Coligny, que haviam erguido. Em 1565,Estácio de Sá aportou nabaía da Guanabara e criou a cidade à qual concedeu a denominação deSão Sebastião. Ainda precisava combater os franceses, os quais se refugiaram nosertão e eram apoiados pelostamoios. Os franceses foram vencidos em definitivo em 1567, ano da fundação da capitania do Rio de Janeiro.[31][29][30]
A cordilheira daSerra do Mar complicou o deslocamento dos colonizadores aointerior. A costa, de entrada mais simples, era o percurso usado para a expansão do plantio da cana-de-açúcar, a qual alcançou ovale do Paraíba. As condições desolo eclima colaboraram para o franco progresso da região. Além da cana-de-açúcar, eram praticadas aagricultura de subsistência e acriação de gado.[29][30]
Em1710 e1711, os franceses buscaram novamente dominar a região, porém, foram expulsos, apesar de terem saqueado a capital na última tentativa.[33] Conflitos entre famílias reivindicando a conquista da terra convulsionaram acolonização e oprogresso. Tal condição perdurou cerca de um século, entre 1648 e 1753. Com o descobrimento do ouro emMinas Gerais, a região se tornou acesso natural para os aventureiros que estavam à procura das jazidas, acompanhando o curso do Paraíba do Sul.[29][30]
Foi explorada aSerra do Mar e, com a implantação de empórios comerciais no norte da capitania, foram nascendo povoados. O cultivo da cana-de-açúcar entrou em decadência, devido ao esgotamento das terras e à crise do mercado açucareiro.[34][35][36] Oporto do Rio de Janeiro, ponto de saída principal do açúcar, tornou-se o local concentrador do ouro e dos produtos trazidos pelos abastadosmineradores.[29][30]
Em 1763, a cidade doRio de Janeiro sucedeu Salvador como capital do vice-reinado e passou a ser o centro do poderio financeiro e administrativo do Brasil.[29] Com o esgotamento do ouro daCapitania de Minas Gerais, aCapitania do Rio de Janeiro retomou o plantio da cana-de-açúcar, desta feita em padrões mais inovadores, usando técnicas apropriadas ao cultivo em escala maior.[29][30]
Em 1808, achegada da família real lusitana ao Rio de Janeiro converteu a capitania em capital administrativa, política e econômica doReino de Portugal. Os fluminenses apoiaram aindependência do Brasil (1822) e a região continuou sob gestão direta do governo central.[29][30] Em 1834, foi fundado oMunicípio Neutro, que permaneceu comocapital nacional. A capitania foi transformada naprovíncia do Rio de Janeiro, que passou a abrigarNiterói como capital em 1835.[29][30] Desde 1830, ocafé apareceu como nova fonte de renda. O açúcar prevalecia nabaixada, ao passo que os exploradores conquistavam o planalto à procura de terras apropriadas para o cultivo do café. Por isso, consolidou-se uma sociedade tradicionalista, escravista, que defendia o imperador e resistia às teorias abolicionistas e inovadoras.[29][30]
Foi a época mais poderosa e rica da região, a mais desenvolvida do Brasil à época. No fim doséculo XIX, a diminuição na produção agrícola, ocasionada pelo desgaste do solo, pelas técnicas tradicionais de cultivo e pelalibertação dos escravos, empobreceu a região. A abolição da escravatura estava associada aos conflitos internos pelo poder político.[29][30]
No período, por duas décadas, com interrupções, predominou onilismo na política estadual, que tentava aumentar a influência do estado sob a liderança deNilo Peçanha, face à prevalência nacional das oligarquias de Minas e São Paulo.[41] Aintervenção federal no estado em 1923 resultou na ascensão de opositores liderados porFeliciano Sodré, aliados do presidenteArtur Bernardes.[41]
Em 1.º de julho de 1974, a Lei Complementar n.º 20 foi promulgada pelopresidente do Brasil,Ernesto Geisel, fundando o atual estado do Rio de Janeiro por meio da unificação dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. A mencionada legislação entrou em vigor em 15 de março de 1975.[30][29][43][44] Como capital, foi eleita a cidade do Rio de Janeiro. O entãopresidente do Brasil,Ernesto Geisel, indicou como o primeiro governador da nova unidade federativa, o almiranteFaria Lima. Em 1979, tomou posseChagas Freitas, escolhido pelaassembleia.[29][30]
Geralmente, asterras fluminenses são relativamente inférteis. Os solos mais favoráveis ao uso agrário se situam emCampos,Cantagalo,Cordeiro e em certas localidades do vale doParaíba do Sul.[59]
A basecristalina do Brasil forma o arcabouço básico dorelevo do estado. Suasrochas,gnaisses egranitos foram os primeiros do país. Estas passaram por transformaçõessísmicas, especialmente as falhas doterciário,procedência geológica das fileirasserranas que seguem a planície costeira. O estado abriga relevo bem diversificado, com enormes declives e altitudes elevadas.[60]
Quase 50% do território está aquém de 200 metros. Outros 32% se encontram de 200 a 600 m, 11% de 600 a 900 m, 6% de 900 a 1 500 m e apenas 1% além de 1 500 m. Três unidades formam o esquemageomorfológico: abaixada, osmaciços litorâneos e oplanalto.[60]
Abaixada se expande no decorrer do território e desenha uma curvatura desde o nordeste até o sudoeste. Bastante reduzida em sua parte oeste, estende-se grandemente na porção leste. Percebe-se uma variada estrutura na baixada. Há vários gêneros de acidentes geográficos nessa região: morros ecolinas cortadas emrochas cristalinas,praias,areões constituídos pela união de faixas costeiras, camposdunares, grandespântanos que se propagam no decorrer doscursos inferiores dosrios, e um enormedelta, constituído peloParaíba do Sul em suafoz. Inúmeraslagoas aparecem no decurso dolitoral do estado, que compreende também três enormes reentrâncias:baías deGuanabara, deSepetiba e daIlha Grande. Dentre as duas últimas, está localizada aIlha Grande e, bloqueando de maneira incompleta a baía de Sepetiba, arestinga de Marambaia.[60]
Osmaciços litorâneos elevam-se no decorrer da baixada e constituem uma fileira demontanhas com altitude entre 200 e 500 m. As regiões mais altas se estendem a partir deCabo Frio até a margem leste dabaía de Guanabara, em direção horizontal para o litoral. Do oeste da baía, se encontram os pontos mais altos no município da capital. Estes pontos culminantes constituem os maciços deGericinó (900 m no pico do Guandu), daPedra Branca (1 024 m) e daTijuca (1 021 m).[60]
Oplanalto abrange boa parte do território estadual. Sua orla de montanhas, geralmente denominadaSerra do Mar, é localmente chamadaSerra dos Órgãos, da Estrela, entre outras. Esta cadeia de montanhas ocupa a baixada, desde o norte, com seuparedão de serras. Ergue-se habitualmente além de mil metros de altura, especialmente na Serra dos Órgãos, onde aPedra do Sino alcança 2 263 m. Já a área do planalto desce levemente para ointerior, rumo ao vale do Paraíba do Sul.[60]
Aplanície de inundação, ou várzea doParaíba do Sul, disponibiliza os únicos pedaços de terra aplainada de área considerável nessa região de terreno irregular. Além do Paraíba do Sul, perto da divisa com os estados de Minas Gerais e São Paulo, eleva-se outro paredão escarpado similar à Serra do Mar: aSerra da Mantiqueira, que compõe a orla do planalto mineiro e paulista. É nesta região que se localizam as maiores elevações do estado, as quais alcançam oPico das Agulhas Negras, com 2 787 m. Esta montanha é a altitude máxima do estado do Rio de Janeiro.[60]
Vários rios, que descem diretamente aoOceano Atlântico, pertencem àrede hidrográfica fluminense. O mais importante é oParaíba do Sul, proveniente do estado deSão Paulo. Ele corta o estado de oeste a leste, até desaguar no Atlântico, perto da divisa com oEspírito Santo. Acolhe vários tributários (Pomba,Paraibuna,Piabanha,Piraí,Dois Rios). A ele corre toda a rede hidrográfica, a qual tem suasnascentes nas elevações da serra do Mar. Enquanto isso, os rios, os quais saem daescarpa, alcançam rapidamente o oceano. Todos os outros rios autônomos são pequenos. Dentre os quais merecem destaqueItabapoana,Macaé,São João eMacacu. Váriaslagoas aparecem por toda a extensão da costa fluminense.[61]
DeCabo Frio até abaía de Guanabara, estão localizadaslagoas resultantes da obstrução de antigasbaías porfímbrias costeiras (Maricá, da Barra, Guarapina,Saquarema eAraruama). Perto da Guanabara, e na parte ocidental, situam-se as lagoasRodrigo de Freitas, daTijuca, deJacarepaguá e deMarapendi. Próximo a Campos dos Goytacazes, no norte, aparecem lagoas cuja estrutura está associada à formação dodelta do Paraíba do Sul. Entre essas lagoas estão aFeia, a de Dentro, a dos Coqueiros e a do Taí Pequeno, dentre outras menores.[61]
O estado do Rio de Janeiro possui os tipos climáticosAw,Am,Af,Cfa,Cfb,Cwb eCwa daclassificação climática de Köppen-Geiger. O climatropical semi-úmido do tipoAw, cominvernossecos epluviosidades deverão, aparece no oeste dabaixada. Já oAm predomina nas imediações dosmaciços e encostas baixas do município da capital, em consequência daschuvas orográficas. A média térmica é de 24 °C por ano e o índice é de 1 250 mm por ano. O climatropical úmidoAf, com pluviosidades bem divididas ao longo do ano, aparece na parte mais baixa das montanhas do planalto (serra do Mar). Nessa região, as chuvas de relevo elevam seuíndice pluviométrico para 2 500 mm por ano. O climatropical de altitudeCfa é caracterizado por verões quentes e pluviosidades bem divididas. Este clima equivale às partes altas dodeclive escarpado, onde a altitude causa a diminuição das médias térmicas para 20 °C por ano. Já o tipoCfb equivale às partes mais altas, onde os verões já se tornam frios e amédia da temperatura despenca para 18 °C por ano.[61]
Os climasCwb eCwa aparecem na retaguarda daserra do Mar, ou seja, no reverso doplanalto, em regiões onde se somam as chuvas de relevo. Sua pluviosidade ocorre apenas nos períodos de verão, descendo para 1 500 mm. OCwb compreende as partes mais altas do planalto, localizadas próximo à serra do Mar. Este clima ocasiona o aparecimento de verões frios e oCwa nas porções menos elevadas do planalto, vale doParaíba do Sul. Nessa região, os verões se tornam quentes, aumentando as temperaturas médias para 20 °C por ano. Uma característica anormal dessa situação aparece na costa deCabo Frio, onde chuvas menos volumosas permitem a exploração desal naLagoa de Araruama.[61]
Pouco sobra davegetação original fluminense. A atividadeagropecuária conduziu a uma quase inteira destruição dasmatas, as quais revestiam mais de 91% da área da atualunidade federativa. Dessas matas, remanescem, na atualidade, somente pequenas manchas que se localizam em lugares de menor acesso ou de altas montanhas, inadequados para aagropecuária. Estes incluem encostas mais inclinadas das serras do Mar e Mantiqueira.[61]
Densidade demográfica dos municípios do Rio (em hab./km²)
Dos 92 municípios fluminenses, apenas quatro tinham população acima dos quinhentos mil. Outros vinte e dois tinham entre 100 001 e 500 000, onze de 50 001 a 100 000, vinte e oito de 20 001 a 50 000, vinte de 10 001 a 20 000, e sete de 5 001 a 10 000.[72] A cidade doRio de Janeiro, sozinha, abrigava 39,5% do total de habitantes,[73] além de possuir a quarta maior densidade demográfica,[74] três vezes menor queSão João de Meriti, em relação aos demais municípios (12 521,64 hab./km²),[75] enquantoSanta Maria Madalena, no centro-leste, detinha a mais baixa (12,62 hab./km²).[76]
O estado do Rio de Janeiro também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, sendo aIgreja Universal do Reino de Deus, aCongregação Cristã, aBatista e aAssembleia de Deus as maiores denominações. Dos 29,37% da população fluminense que se declararam evangélicos, 15,76% pertenciam às igrejas de origem pentecostal, 7,98% às evangélicas não determinadas e 5,63% às de missão.[79]
Composição étnica, migração, povos indígenas e racismo
Atualmente, residem no Rio pouco mais de 620indígenas, divididos em dezesseis grupos, que abrangem área de 4 789hectares de extensão.[82] Destes, a reserva indígena Tekoha Jevy, localizada no município deParaty, é o grupo mais extenso.[82]
Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 47,40% dos fluminenses se identificaram como brancos, 39,60% pardos, 12,12% pretos, 0,77% amarelos e 0,10% indígenas, além dos não declarados (0,02%).[83] 99,52% forambrasileiros (99,39% natos e 0,13% naturalizados) e 0,48% estrangeiros.[84] Dentre os brasileiros, 90,61% doSudeste (85,57% do próprio estado) e 8,39% de demais regiões: 0,49% doSul, 7,19% doNordeste, 0,28% doCentro-Oeste e 0,43% doNorte.[85] Entre as unidades federativas de origem dos imigrantes,Minas Gerais possuía o maior percentual de residentes (3,00%), acompanhado porParaíba (1,92%),Ceará (1,23%),Pernambuco (1,18%),Bahia (1,16%) eEspírito Santo (1,12%).[86]
O estado do Rio de Janeiro denunciou, em 2021, 1365 queixas deracismo — 1 036 das vítimas sãonegras, ou 75% das ocorrências. As informações foram publicadas pelo Instituto deSegurança Pública (ISP), que descreveu com detalhes o Painel Discriminação.[87]
O relatório aponta estatísticas relativas ao preconceito contra pessoas ou grupos em consequência da sua etnia,raça,cor,classe social,sexualidade ou porintolerância religiosa. A pesquisa enfatiza, ainda, que 166 pessoas sofreram discriminação de raça, cor,credo,etnia enacionalidade, e 33 casos por injúria a culto. O estudo aponta que 56% das vítimas de discriminação são mulheres negras, o que significa no mínimo uma vítima por dia durante todo o ano de 2021. Nos casos de discriminação de raça, cor, religião, etnia e nacionalidade, das 77 vítimas negras, 26,5% também são mulheres.[87]
O poder executivo fluminense é desempenhado pelogovernador do Rio de Janeiro. Este é escolhido pela população fluminense para ummandato de quatro anos, com direito àreeleição para mais um período de governo, visando administrar o estado. O chefe do poder executivo fluminense é sucedido, em seus impedimentos, pelovice-governador, e assessorado pelossecretários estaduais.[88]
A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado o Dr.Francisco Portela, que esteve no poder de 16 de novembro de 1889 a 10 de dezembro de 1891.[91]
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde adivisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[101] Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado estavam distribuídos em18 microrregiões e seis mesorregiões, segundo o IBGE.[102]
Noperíodo imperial, amonocultura cafeeira era a maioratividade econômica doRio de Janeiro; no entanto, seu declínio foi provocado pelaerosão do solo e pelalibertação dos escravos. A lavoura se transformou em uma atividade secundariamente importante no estado, que, no final do século XX, converteu-se em um dos poucos, no Brasil, com produto fabril superior ao agrário. Acana-de-açúcar, item mais significativo da produção agrária nos últimos anos do século XX, permanece como o mais importante produto agrícola, bastante cultivado na região deCampos. O segundo produto é alaranja, plantada especialmente na região deItaboraí. Depois vem otomate, plantado principalmente naSerra Fluminense, junto ao seu rebordo (Serra do Mar), com demaishortaliças e árvores frutíferas (principalmente ocaqui).[108]
Outros principais produtos incluem abanana e oarroz. A primeira é plantada naBaixada Fluminense e nos baixossopés da Serra do Mar, prevalecendo nas áreas mais úmidas, que se aproveitam de fartaschuvas orográficas. O arroz está concentrado na região dos vales dos riosMuriaé ePomba, e é plantado nos solos dealuvião dasplanícies de inundação da região. Ainda nessa área se encontra acafeicultura fluminense, que desempenha no panorama nacional função bem inferior em comparação com o que tinha no passado, quando ocupava inteiramente ovale do Paraíba. Entre os mais importantes produtos do estado, destacam-se também amandioca, na região de Campos; omilho, nos vales do Muriaé e Pomba; ofeijão, no vale do Paraíba; abatata-inglesa, na Serra Fluminense, próximo à borda; e oabacaxi, na planície litorânea, no entorno daRegião Metropolitana do Rio de Janeiro.[108]
Apecuária bovina está dirigida sobretudo para a fabricação deleite e derivados. Abacia leiteira do estado está localizada principalmente na região do vale doParaíba do Sul, onde a criação de gado apareceu em substituição à cafeicultura, no final do século XIX. Já asuinocultura está concentrada na parte norte do estado, onde o plantio do milho atinge maior progresso. Outra atividade importante é a daavicultura e produção de ovos. Associada ao desenvolvimento do comércio do Grande Rio, essa atividade se situa tanto na baixada como no planalto.[108]
Também apesca adquire posição de relevo, ao utilizar o comércio das cidades e a infraestrutura instalada no estado (entrepostos,construção naval, indústria deenlatados). No setor, uma das atividades de maior importância econômica constitui a pesca dasardinha.[108]
Desde os anos 1960, o progresso industrial, à procura de novos mercados, incluindo o exterior, viu-se beneficiado por novas condições infraestruturais, com a fundação de zonas e distritos industriais — incluindo a do Rio de Janeiro, onde foi estabelecida aCosigua — e a construção de novasestradas de rodagem. Cresceu o número de indústrias, em prejuízo dos antigos estabelecimentos de tecelagem, inativos ou em declínio. Desenvolveu-se também aconstrução civil, que se transformou em importante fonte de aproveitamento demão-de-obra. Por setores, é necessário enfatizar a instalação de imensosestaleiros no Rio de Janeiro, Niterói eAngra dos Reis, nos anos 1960, que modernizam e expandem a frota mercante do Brasil.[108]
Osetor terciário constitui o segundo mais relevante e maior da economia fluminense ao nível nacional: no ano de 2013, os serviços respondiam por 11,6% dovalor adicionado bruto em relação à economia do Brasil.[111]
O comércio do estado é vigoroso, especialmente com nações estrangeiras como aChina (37%),Estados Unidos (15%),Espanha (11%),Singapura (5,8%),Chile (5,3%),Portugal (3,9%) eÍndia (3,7%). Boa parte das operações de intercâmbio ocorre por meio doPorto do Rio de Janeiro. Em 2023, os portos deNiterói,Angra dos Reis e Rio de Janeiro movimentaramexportações no valor de 46 740,8 milhões de dólares eimportações de 25 847,6 milhões de dólares. No comércio decabotagem, o estado exportou 3,7 bilhões de dólares e importou 2,1 bilhões de dólares no mesmo ano.[112][113]
O estado e, mais precisamente, sua capital, são comumente ligados à produção audiovisual. Conforme informações doMinistério da Cultura, mais de 80% das produtoras de cinema nacionais possuem matriz nele, sendo da mesma dimensão sua produção de filmes em comparação ao total do país.[115] O Rio de Janeiro compreende hoje grande parte dos estúdios que dublam filmes e séries televisivas de outros países. Na capital do estado se encontrava aHerbert Richers, maior companhia de dublagem e tradução do Brasil.[116] A cidade do Rio de Janeiro é o quartel-general e berço doGrupo Globo, maior conglomerado de instituições comerciais de comunicações e produção cultural daAmérica Latina.[117] Ainda têm sede no Rio de Janeiro aTV Globo, aRádio Globo e o jornalO Globo, primeira entidade comercial da holding.[117]
Também se encontra nele oCasablanca Estúdios, complexo de estúdios de teledramaturgia e produção daRecord.[118] Ainda tinha sede no Rio de Janeiro aRede Manchete, criada em 1983 e dissolvida em 1999.[119] O estado (e exatamente a cidade do Rio de Janeiro) tem sobressaído como palco para filmes de outros países, especialmente dosEstados Unidos.[120]
O Rio de Janeiro constitui uma dasunidades federativas brasileiras de maior potencialidade turística. Embora seja pouco extenso, traz ao turista uma abundância de atrações, tanto nacosta quanto naserra.[121]
A cidade do Rio de Janeiro é conhecida por seusacidentes geográficos e pela agitadavida noturna, sendo uma das principais zonas turísticas brasileiras. Tem a segunda maior rede de hotéis do Brasil, atrás dacidade de São Paulo, contando, a nível nacional, com 429 estabelecimentos (8,5%), 31 594 unidades habitacionais (12,6%) e 45 416 leitos (12,2%).[9][125][121]
O ponto culminante da temporada turística da cidade acontece em fevereiro (ou março, em certos anos) quando, em quatro dias, é festejado omaior carnaval do mundo.[127] Os mais importantes eventos e festividades do estado constituem: em Cabo Frio, a Festa deNossa Senhora da Assunção (de 6 a 16 de agosto);[128] emCampos, a Festa de São Salvador (de 4 a 10 de agosto) e a Exposição Especializada (em abril);[129][130] emCordeiro, a Exposição Agropecuária de Cordeiro (em julho);[131] emNiterói, Niterói em Cena (em setembro);[132] em Paraty, a Festa deSão Benedito (de 8 a 17 de novembro);[133] no Rio de Janeiro, oCarnaval (em fevereiro ou março),[127] a Festa deNossa Senhora da Glória do Outeiro (15 de agosto),[134] a Feira da Providência (em dezembro),[135] a Festa da Penha (em outubro),[136] e o Festival Villa-Lobos (de 4 a 30 de novembro);[137] emSão Fidélis, a Festa da Lagosta (em maio), extinta em 1988;[138] e emSão João da Barra, a Festa da Penha (em abril).[139][121]
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, 80% dos fluminenses realizavamconsulta médica periodicamente; 49,2% dos habitantes consultavam odentista regularmente e 5,7% estiveram internados em leito hospitalar nos últimos doze meses. Apenas 37,7% tinhamplano de saúde. 45,4% declararam necessitar sempre doPrograma Saúde da Família — PSF.[140]
Em 2018, foram registradas matrículas de 2 003 315discentes nas 7 677instituições educacionais deensino fundamental no estado do Rio de Janeiro, das quais 202 eram doestado, 139 143 domunicípio, 79 408 dainiciativa privada e 697 daUnião. No que diz respeito aocorpo docente, era formado por 102 737 professores, dos quais 13 392 ensinavam em instituições de ensino do estado, 630 em escolas da União, 26 503 nas do município e 21 792 nas da iniciativa privada. Oensino médio, em 2018, era lecionado em 18 107 estabelecimentos, com 311 830 discentes registrados por matrícula, atendidos por 1 051 docentes.[143]
O estado do Rio de Janeiro é atendido pelas linhas das antigasferrovias daCentral do Brasil,Leopoldina e Viação Férrea Centro-Oeste, membros daRede Ferroviária Federal. As linhas da Leopoldina atendem à periferia da capital e à porção leste do estado, com diversos troncos e inúmeros ramais, por meio dos quais se fazem as conexões com oEspírito Santo e azona da Mata mineira. As linhas da Central do Brasil atendem à periferia da capital e à porção oeste do estado, por intermédio de um tronco que conecta a capital estadual com os estados deSão Paulo eMinas Gerais. Já as do Centro-Oeste atendem a algumas cidades próximas ao sul de Minas Gerais. Sua única entrada mais acentuada no estado alcançaAngra dos Reis, cujo porto serve à região central de Minas Gerais.[56][108]
O estado conta com outros serviços básicos. No Rio de Janeiro, existem várias empresas responsáveis pelo abastecimento de água. Em boa parte dos municípios fluminenses, a empresa responsável porágua esaneamento básico (esgoto) é aCompanhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE).[163] Outros municípios são abastecidos por outras empresas ou por empresas do próprio município — um exemplo éCampos dos Goytacazes, na região norte do estado, cuja empresa responsável pelo abastecimento de água é a Águas do Paraíba, pertencente àAegea.[164]
Existem vários jornais presentes em diversos municípios do estado, por exemplo,O Fluminense,Nitideal (Niterói),O Debate,Azul Limão,Tribuna do Sol (Macaé),Folha da Manhã,Tribuna do Sol,O Diário (Campos dos Goytacazes),Diário de Petrópolis,Jornal de Itaipava,Tribuna de Petrópolis (Petrópolis),A Folha,O Diário de Teresópolis,Teresópolis Jornal (Teresópolis),A Voz da Serra (Nova Friburgo),Jornal Dia-a-Dia (São João de Meriti),Jornal Atual,Jornal Impacto (Itaguaí), entre outros.[165] Dois dos mais influentes jornais do país,[166]O Globo e oJornal do Brasil, são fluminenses e mantêm suas sedes na capital do estado.[165]
Na área televisiva, a mais antiga emissora de televisão do estado, aTV Tupi Rio de Janeiro, foi fundada e comandada por um dos herdeiros deAssis Chateaubriand, Fernando, em 1951.[167] Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção no Brasil e nesse estado, como foi o caso daTV Globo, a maior emissora de televisão do país, totalmente sediada naregião metropolitana do Rio.[168][169]
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) possui, como atribuição principal, a realização do policiamento ostensivo e a manutenção da ordem pública no território fluminense, constituindo-se em uma das corporações militares desse ente federativo. Para fins de organização e de emprego em situações bélicas, atua como força auxiliar e de reserva doExército Brasileiro, assim como as demais corporações congêneres, integrando o Sistema Nacional de Segurança Pública e Defesa Social. Está vinculada ao governo do estado do Rio de Janeiro, por intermédio daSecretaria de Estado de Segurança Pública (SESP).[183][184] Seus membros são denominados militares estaduais, conforme o art. 42 da Constituição Federal, assim como os integrantes do Corpo de Bombeiros Militar.[182][185] Segundo informações do 19.º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em julho de 2025, as corporações policiais do Rio de Janeiro figuram proporcionalmente como as oitavas mais letais do país.[186] Em 2013, aFundação Getulio Vargas apontou o Rio de Janeiro como a unidade federativa com o maior número de policiais mortos.[187] O 16.º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, apontou que a corporação possuía 43 362 militares na ativa.[188]
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) é uma das forças policiais da unidade federativa e integra a estrutura de proteção estatal. Cabe-lhe, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal, respeitada a atribuição da esfera federal, as funções depolícia judiciária, investigação criminal e o exame de delitos, excluídas as infrações de caráter bélico.[182] Fundada em 1808, contava com 6 976 agentes em 2020.[189][188]
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma organização cuja função principal consiste na realização de tarefas deproteção civil, prevenção e combate aincêndios, busca, resgate e atendimento público no território fluminense, sendo também força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, vinculado ao Executivo Estadual do Rio de Janeiro por meio da Secretaria Estadual de Defesa Civil (SEDeC).[190] Foi instituído em 1856 porD. Pedro II, contando com 11 364 militares em 2022.[191][188]
Ocrime organizado no Rio de Janeiro exerce controle territorial significativo, com facções como asmilícias, oComando Vermelho e oTerceiro Comando Puro dominando áreas estratégicas. Em 2023, as milícias controlavam 66,2% dos 155,33 km² de territórios sob domínio de grupos armados na capital fluminense, enquanto o Comando Vermelho dominava 20,7% e o Terceiro Comando Puro 9,3%.[192] No leste metropolitano, há predomínio do Comando Vermelho, enquanto a facção divide com as milícias a prevalência na Baixada Fluminense.[193]
Esse domínio é consolidado por meio da exploração de atividades ilícitas, como otráfico de drogas, e da imposição de regras próprias, incluindo horários de funcionamento e cobrança de taxas. A presença de facções emfavelas ebairros periféricos impacta diretamente asegurança pública e aqualidade de vida dos moradores, além de representar um desafio contínuo para as autoridades locais.[193]
Conforme oMapa da Violência 2012, divulgado pelo Instituto Sangari e peloMinistério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil moradores no estado do Rio de Janeiro, que era de 2,7 em 1980, subiu para 31,8 em 2009, permanecendo acima da média nacional de 27,0.[194] Entre 2000 e 2010, o número anual de óbitos violentos caiu de 7 337 para 4 193, e o estado passou da segunda para a décima-sétima posição no ranking nacional de unidades federativas por taxa de homicídios.[194]
Em 1983, o Brasil registrava 13,8 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto a taxa do Rio de Janeiro era de 15,9, 16% maior que a média nacional. Ao final do período analisado, a taxa estadual aumentou para 61,9, uma elevação de 288,8%, colocando o estado por vários anos no topo do ranking nacional da violência.[194][195]
ARegião Metropolitana do Rio de Janeiro destacou-se como principal foco de violência, com índices mais de quatro mil vezes superiores à média estadual, crescendo 345,8% no período, o equivalente a 13,3% ao ano.[194] No interior, as taxas eram mais de mil e novecentas vezes maiores que a média estadual.[194] Desde 2000, observa-se uma redução gradual nos índices criminais em todo o território, embora permaneçam vários polos fortemente conurbados.[194]
Capital do Brasil por dois séculos, a partir de 1763 até a implantação deBrasília em 1960, oRio de Janeiro retrata um apreciávelpatrimônio cultural e artístico. Várias outras cidades do estado também fazem parte dessa herança, já em virtude da influência da metrópole carioca, em resultado do antigo apogeu cafeeiro.[198]
O Rio de Janeiro é visto como um dos principais polosgastronômicos do Brasil, tendo importância e influência internacional. A cidade dispõe dos mais refinados restaurantes que fornecem os mais variados alimentos para as mais diversas predileções culinárias. A comida mais tradicional da região é afeijoada. Sua projeção determinou a culinária brasileira e resulta da miscigenação cultural que o país assistiu e que originou o que atualmente designa-se de "brasilidade".[199]
OMuseu de Arte Contemporânea de Niterói destaca-se por sua estrutura arquitetônica externa, a qual remete tanto à forma de um cálice quanto à de um objeto voador não identificado. A instituição conta com quatro pavimentos e cerca de 2.500 metros quadrados de área, nos quais estão distribuídos ambientes destinados a exposições artísticas e galerias. Aqueles que observam através das janelas inclinadas em um ângulo de 40 graus podem desfrutar de uma paisagem abrangente que revela o Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara.[211] ABarra da Tijuca, na capital estadual, passou a abrigar, a partir de 2013, a chamadaCidade das Artes, um centro cultural onde está instalada a maior sala de concertos daAmérica Latina.[212]
O estado do Rio de Janeiro era e permanece sendo um dos principais expoentes artísticos da identidade brasileira. Sua herança musical tem ultrapassado até mesmo asfronteiras geopolíticas do Brasil, fazendo com que os ritmos e os estilos musicais criados nele sejam bem recebidos no estrangeiro. Dentre os mais importantes estilos musicais, merecem destaque osamba, ochorinho e abossa nova.[199]
Osamba tem procedênciaafro-brasileira, mas com peculiaridades bem cariocas. Tem origem nolundu, oriundo dobatuque negro. O ritmo se expandiu ligeiramente por todo o estado, sendo agora a dança e a música mais popular do Brasil. O mais antigo samba gravado foiPelo Telefone, composto porDonga. Um dos principais intérpretes desse estilo foiAry Barroso, responsável por seu prestígio. Desde osanos 1950, o samba de morro alcançou os asfaltos por meio dasescolas de samba, convertendo-se no ícone do carnaval.[199]
Mas tem se destacado recentemente outro estilo musical, ofunk carioca, que possui festivais de forte apelo popular denominados bailes. Estas são lideradas porMCs eDJs, várias vezes com intensa conotação de apologia à violência.[223][224] Outro estilo musical popular no estado e também inspirado pela cultura negra constitui ocharme. Este, no entanto, ao contrário dofunk, dá preferência às letras românticas e bem-comportadas.[224]
No ano de 2006, 65% dos filmes produzidos no Brasil tiveram origem em produtoras localizadas na capital fluminense,[225] que conta, ainda, com mais de 360 salas de exibição — a segunda maior taxa entre as capitais brasileiras —,[226] além de concentrar também a segunda maior quantidade relativa de museus (sendo 124 ao todo)[227] e 43 espaços teatrais.[228]
Em pleno antigoDistrito Federal, agora subordinado ao estado do Rio de Janeiro, obiquíni, utilizado por várias mulheres brasileiras em praias, piscinas, rios, banheiras e banhos de cama em hospitais, foi introduzido porMiriam Etz em 1948, pela primeira vez naPraia do Arpoador.[229][230][231]
A unidade federativa foi sede de importantes eventos poliesportivos mundiais como aCopa do Mundo FIFA de 2014 e osJogos Olímpicos de Verão de 2016, para os quais o Maracanã e outras arenas passaram por amplas reformas, e novas praças esportivas foram construídas.[236][237] No entanto, os respectivos torneios foram mal gerenciados devido à demora na conclusão das obras de infraestrutura e outros serviços úteis à população participante.[236][238][239]
No Rio de Janeiro, há três feriados estaduais: a terça-feira deCarnaval, em fevereiro ou março; 23 de abril,festa litúrgica de São Jorge; e 20 de novembro, dia daConsciência Negra.[267][268][269][nota 3] Além desses feriados, a terceira segunda-feira de outubro, Dia doComércio, constitui feriado para os comerciários (Lei estadual n.º 160/1977) e construtores civis (Lei estadual n.º 4.742/2006).[270] O Rio de Janeiro não tem data magna.[271] A legislação relacionada com as datas comemorativas, feriados estaduais e pontos facultativos do estado está consolidada pela lei 5.645/2010.[272]
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