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Rio Tamanduateí

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Rio Tamanduateí
Rio Tamanduateí
Rio Tamanduateí na divisa deSão Paulo (à direita) eSão Caetano do Sul (à esquerda)
Comprimento35 km
NascenteParque Ecológico Gruta Santa Luzia,Mauá
FozRio Tietê,Bom Retiro,São Paulo
Área da bacia320 km²
País(es)Brasil (estado deSP)
País da
bacia hidrográfica
Brasil

ORio Tamanduateí é um rio que corta aRegião Metropolitana de São Paulo, no estado deSão Paulo,Brasil.

Etimologia

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"Tamanduateí" é um termo de origemtupi que significa "rio dos tamanduás verdadeiros", através da junção dos termostamandûá (tamanduá),eté (verdadeiro) e 'y (rio). Ou seja, o "rio dostamanduás-bandeiras".[1]

Em outra versão que também considera alíngua tupi, registra-se que o termo "Tamanduateí" significa "rio de muitas voltas". O nome teria sido conferido pelos indígenas em alusão ao trajeto originalmente sinuoso do rio.[2]

Hidrografia

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No seu percurso original, o rio se encontrava com seu afluente principal: oRio Anhangabaú, no lugar onde atualmente se encontram aAvenida São João e oVale do Anhangabaú. Suas nascentes estão no Parque Municipal daGruta de Santa Luzia no município deMauá, na região daSerra do Mar. Passa pelos municípios deMauá,Santo André eSão Caetano do Sul e deságua norio Tietê, na cidade deSão Paulo.[3]

Abacia hidrográfica do Rio Tamanduateí totaliza 320 quilômetros quadrados. Com 35 quilômetros de extensão, o rio faz parte da Sub-bacia Billings-Tamanduateí, que compõe aBacia Hidrográfica do Alto Tietê.[4]

Com o passar dos anos e a implementação de planos de canalização dos rios da cidade de São Paulo, o "Tamanduateí" perdeu suas curvas originais. O trajeto ondulante ocupava muito espaço e daí surgiu a ideia de ocupar essa área com construções e passagens de ruas. Os desvios feitos nos séculos XIX e XX criaram um curso artificial e retilíneo para o rio.[5]

É margeado em grande parte pelaAvenida do Estado, que corre em sentido contrário ao rio, ou seja, enquanto o rio tem suafoz noRio Tietê, a avenida tem seu início no mesmo. Isso também ocorre com os outros dois grandes rios de São Paulo: o Tietê (indo em sentido oeste, enquanto a avenida segue para o leste) ePinheiros (seguindo para o Tietê ao norte, ao contrário da avenida, que segue para o sul).

Atualmente, o rio está contaminado devido àpoluição vinda decórregosafluentes, um deles oRibeirão dos Meninos. Está em projeto sua despoluição, segundo fontes oficiais do Governo do Estado de São Paulo.[carece de fontes?]

História

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Várzea do Carmo e Rio Tamanduateí, de José Wasth Rodrigues (1858), retrata lavadeiras ao Tamanduateí, casas e oConvento do Carmo

O processo de urbanização na região central da cidade de São Paulo no século XIX perpassou o rio Tamanduateí que inicialmente era chamado de Rio Piratininga, daí o nome da cidade de São Paulo, quando ainda era uma Vila (São Paulo de Piratininga). O curso natural do rio compreendia uma série de voltas até encontrar o seu afluenteAnhangabaú, de forma que os bairros do centro da cidade surgiram adaptados ao seu contorno.[6]

O rio tem papel chave nesse momento de desenvolvimento da cidade de São Paulo, sendo via de transporte para mercadorias, local de pesca e ponto de encontro de lavadeiras. A várzea do Tamanduateí, assim como aVárzea do Carmo, eram utilizadas para banhos e faziam parte da vida social de São Paulo durante o período de urbanização da cidade. Artistas comoAntonio Ferrigno,Arnaud Julien Palliè eBenedito Calixto retrataram entre o final do século XIX e início do século XX o rio Tamanduateí como integrado à paisagem de São Paulo, servindo à sua comunidade, embora ainda fosse um marco do limite geográfico de São Paulo, de onde podia se partir em direção aoRio de Janeiro. Autores também descreveram a várzea do rio e o baixo da Ladeira do Carmo por seu teor operário, fabril e pobre, em oposição à região do Anhangabaú que com suas palmeiras imperiais e construções planejadas ostentava a rica economia do café paulista.[7]

Inundação da Várzea do Carmo, 1892. Pintura deBenedito Calixto. Acervo doMuseu do Ipiranga.

Em 1848, houve os primeiros esforços na eliminação das curvas sinuosas do rio Tamanduateí a fim de conter suas enchentes na região central de São Paulo, durante a gestão deJoão Theodoro.[7]

Até meados do século XIX o rio Tamanduateí possuía quatro portos na região central de São Paulo, sendo eles o Porto Geral, Tabatingüera, Figueira e Coronel Paulo Gomes.[8]

Entre as décadas de 1870 e 1880, o rio Tamanduateí foi um dos pontos de lazer do paulistano, quando a "Ilha dos Amores", que era uma pequena ilhota ajardinada existente nas proximidades da atualRua 25 de Março, mantinha quiosques com bebidas e comidas, além de uma casa de banho e espaço para o descanso, permitindo, assim, um local de entretenimento e lazer para a população, estimada nesta época em 31 mil habitantes conforme o censo de 1872. Após vários alagamentos, a ilha foi abandonada e deixou de existir no início do século XX, quando ocorreu a segunda retificação do rio.[9]

O Tamanduateí, até o início do século XX, foi um via de transporte fluvial, atendendo o Mercado Grande (ou Mercado Velho) e o Mercado dos Caipiras que existiam na antiga Rua de Baixo, atualRua 25 de Março, quando barcos transportavam mercadorias e escravos até o porto denominado deLadeira Porto Geral. Frequentemente alagado por estar na área da várzea do Tamanduateí, o local ficou conhecido também como "beco das sete voltas".[6][10]

  • Várzea do Mercado e o Mercado Caipira: a fotografia de Guilherme Gaensly retrata à esquerda também a Ilha dos Amores
    Várzea do Mercado e o Mercado Caipira: a fotografia deGuilherme Gaensly retrata à esquerda também a Ilha dos Amores
  • Margem direita do rio Tamanduateí no início do século XX. Fotografia de Guilherme Gaensly
    Margem direita do rio Tamanduateí no início do século XX. Fotografia deGuilherme Gaensly
  • Lavadeira à margem do Tamanduateí na década de 1910
    Lavadeira à margem do Tamanduateí na década de 1910
  • Parque Dom Pedro II, em 1971, com o Rio Tamanduateí retificado e cercado pela Avenida do Estado e viadutos.
    Parque Dom Pedro II, em 1971, com o Rio Tamanduateí retificado e cercado pelaAvenida do Estado e viadutos.

Referências

  1. NAVARRO, E. A.Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. p. 42.
  2. O Rio de Muitas Voltas – Um Breve Histórico do Tamanduateí São Paulo in foco
  3. Bacia Hidrográfica SAMA - Saneamento Ambiental do Município de Mauá
  4. Tamanduateí, um rio metropolitano em agonia Agência Envolverde
  5. Rio Tamanduateí perde curvas com canalização ao longo dos anos; veja mapas G1 São Paulo
  6. ab«Rio Tamanduateí perde curvas com canalização ao longo dos anos; veja mapas».G1. Consultado em 19 de junho de 2020 
  7. abOliveira, Maria Luiza Ferreira de (1 de janeiro de 1999).«O registro dos limites da cidade: imagens da várzea do Carmo no século XIX».Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material.6 (1): 37–59.ISSN 1982-0267.doi:10.1590/S0101-47141999000100003 
  8. SIMÕES JÚNIOR, José Geraldo.Anhangabaúː história e urbanismo. São Paulo: Editora Senac São Paulo. p. 23.
  9. Ruas de São Paulo no século XIX Folha de S.Paulo
  10. Ladeira Porto Geral Folha de S.Paulo
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