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"Revolution 9" | |
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Canção deThe Beatles do álbumThe Beatles | |
Lançamento | 22 de novembro de1968 |
Gravação | Abbey Road Studios maio-junho de1968 |
Gênero(s) |
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Duração | 8:22 |
Gravadora(s) | Apple Records |
Composição | Lennon/McCartney |
Produção | George Martin |
Faixas deThe Beatles | |
Lado um
Lado dois
Lado 3
Lado 4
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"Revolution 9" é uma canção dos Beatles composta porJohn Lennon, creditada à dupla Lennon-McCartney, e lançada no álbumThe Beatles (ou "Álbum Branco"), de 1968. Faz parte da impensada trilogia que consiste no single lado B de "Hey Jude", "Revolution"; a versão blues "Revolution 1"; e essa colagem de sons intitulada "Revolution 9".
John Lennon inicialmente nomeou-a"Number Nine Dream" ao invés de"Revolution Number 9". Esse nome se tornou o título de sua canção“#9 Dream”, de seu disco soloWalls and Bridges, de1974.
A ideia veio a partir de uma versão estendida de“Revolution 1” que foi adicionado fitas em loop, música reversa e efeitos sonoros numa influência da música moderna deKarlheinz Stockhausen,Edgard Varèse,Luigi Nono, eJohn Cage que traz ainda técnicas de pane no estéreo efading. Com um pouco mais de oito minutos é a canção mais longa do disco, e seria a mais longa da carreira da banda, se não fosse a versão de 14 minutos para Tomorrow Never Knows.
A canção é creditada a Lennon/McCartney, porém é um trabalho basicamente Lennon/Yoko Ono que implementava a influênciaavant-garde nas composições de Lennon através de“Revolution 9.”
Acreditando que a música era muito anti-comercial, mesmo para uma canção Beatle, os outros integrantes, principalmentePaul McCartney, realmente tentaram (sem sucesso) convencer John a não colocar essa música no disco. JáGeorge Martin sempre admirou a música, chamando-a de"música do futuro".
"Revolution 9" começa com uma conversa entreGeorge Martin e Alistair Taylor:
Alistair Taylor: ...garrafa de Claret para você se eu tivesse lembrando. Eu esqueci completamente, George, me desculpe.
George Martin: Bem, traga da próxima vez.
Taylor: Você me perdoaria?
Martin: Hum... Sim....
Taylor: Você é uma graça.
Após uma pequena introdução depiano, uma voz em loop começa a repetir a frase“número nove”, possivelmente de um examinador de fitas daEMI. A frase entra emfade-in efade-out durante a música inteira. Após isso vem o caos: microfonia, gritos, ensaios, fitas em loop, sirenes e etc.
Há ainda alguns pedaços de outros sons durante a música:“Carnaval” deSchumann,Sibelius eBeethoven, orquestra ao contrário tirado das sessões de“A Day in the Life,” que pode ser considerada um precursor do“sample” usado mais tarde principalmente pelorap, diálogos sem sentido entre Lennon e Harrison dizendo,“Não há regras para os loucos das empresas,” Yoko Ono dizendo“você ficou nu,” vozes de um time defutebol americano gritando“bloqueiem a defesa!,” e aos 6:56 é possível ouvir o piano que poderia ser a introdução de"While My Guitar Gently Weeps" tocada bem rápida,George Martin dizendo“Geoff, acenda a luz vermelha”, com um eco pesado, umMellotron tocado por Lennon ao contrário e outras frases como,“Pegue isto irmão, deve te servir bem.”
Em30 de maio de1968, os Beatles começaram as gravações do disco com“Revolution 1” e o take 18 acabou sendo a base crua de“Revolution 9.”
Os trabalhos na canção começaram em6 de junho, quando Lennon preparou 12 efeitos. Alguns deles ele mesmo fez e outros eram dos arquivos doAbbey Road Studios. Em10 de junho, enquanto Paul gravava“Blackbird” John ia tentando mais efeitos e técnicas.
Mas o dia mais significante da gravação foi no dia20 de junho, quando Lennon usou os 3 estúdios e gravou fitas de um para o outro tudo ao vivo. Segundo Lennon em entrevista para aPlayboy em1980:“Todos aqueles tipos de barulho e sons estavam encaixados. Havia mais ou menos umas 10 máquinas com pessoas segurando os loops com lápis – alguns esticavam e outros afrouxavam os loops – Eu fiz os efeitos todos ao vivo de um estúdio para o outro. Até achar um que eu tivesse gostado.”
“Yoko estava lá me ajudando em tudo e fazendo decisões sobre quais loops usar. Era algo sob sua influência, eu acho. Uma vez que eu ouvi suas coisas, como palavras sem sentido, sons de batimentos cardíacos e respiração eu fiquei intrigado... Então queria fazer algo assim. Gastei mais tempo nessa música do que em qualquer outra música que escrevi. Era uma montagem.”
A canção teve que ser editada de 9’05 para 8’12, a fim de caber no último lado do último disco.
Algumas partes faladas deGeorge Martin assim como alguma coisa depiano foram retiradas de“Honey Pie” e“Martha My Dear,” ambas dePaul McCartney.