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Resistência Armada Nacionalista

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AResistência Armada Nacionalista (RAN) foi um grupo guerrilheiro[1]brasileiro sob a liderança do ex-almiranteCândido da Costa Aragão e antigos oficiais doExército Brasileiro e daForça Aérea Brasileira. O grupo contaria, conforme os dados daCIA, com uma rede de escape e uma base guerrilheira de apoio na Bolívia, onde foram encontrados contatos e nomes e endereços de Porto Alegre. Concentrado emMontevidéu, era dominado por militares expurgados pelo regime. O RAN se opunha às decisões doMNR e não reconhecia Brizola, um civil, como líder.

História

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Movimento de Resistência Militar Nacionalista (MRMN) foi o nome de um grupo guerrilheirobrasileiro.[2] Por volta de dezembro de 1966, o MRMN viraria Resistência Armada Nacionalista (RAN), tendo como signo uma: anfíbia, como os fuzileiros navais do almirante paraibano. De acordo com documento doCIEX, de 20 de dezembro de 1966, o grupo planejava:[2]

  • Obter recursos financeiros junto aoPartido Comunista Uruguaio (PCU) e àOrganização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), através de contatos com Rodney Arismendi e Edmundo Soares Neto
  • Lançamento no Brasil de manifesto subversivo assinado por Cândido Aragão, visando especialmente as capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Guanabara e Rio de Janeiro
  • Ainda nas mesmas cidades, pichamento de paredes divulgando a nova sigla do grupo: RAN
  • Por intermédio da OLAS, enviar a Cuba os asilados Cândido Aragão, Daudt e Armando Magno de Araújo
  • Posteriormente, enviar duplas aCuba eCoreia do Norte para adestramento na técnica de guerra de guerrilhas

Em março, esses grupos realizaram diversas reuniões, com a finalidade de formarem uma frente única. Entretanto, enquanto que o grupo deLeonel Brizola acreditava que dentro do Brasil iria, em curto prazo, aflorar um movimento contra o governo, o grupo do ex-militares não concordava com essa posição e afirmava que a revolução armada era a única forma de tomada do poder. Este grupo preconizava a criação de uma estrutura clandestina, conduzida por uma liderança conhecida e atuando no Brasil. Para eles, a presença física de Brizola era a condição indispensável para o sucesso do movimento. Essa posição constituiu-se no ponto de ruptura entre os dois grupos. A convicção revolucionária de Brizola não era tão grande a ponto de levá-lo a se expor fisicamente. Bem mais tranqüila era a sua participação na revolução brasileira elaborada à sombra do asilo político no Uruguai. Por outro lado, os ex-militares relutavam em aceitar a liderança de Brizola, em conseqüência dos repetidos fracassos de suas anteriores tentativas, qualificadas como aventuras irresponsáveis.

Em 20 de maio de1966, realizou-se uma reunião do grupo militar na residência do ex-almirante Cândido da Costa Aragão, em Montevidéu, a fim de ser constituída uma organização que pudesse atuar clandestinamente no Brasil, o Movimento de Resistência Militar Nacionalista (MRMN). Nessa reunião, ficou estabelecido que o MRMN desencadearia, inicialmente, uma série de atos contra alvos ligados aos interesses estadunidenses no Brasil. Numa fase seguinte, partiria para a eliminação física dos membros do "Peace Corps" e de outros estadunidenses que eram agentes daCIA. O MRMN apostava que os atos provocariam uma repressão violenta que, por sua vez, conduziria ao clima visado pela organização, denominado de "auto-defesa das massas". O movimento, a partir daí, ganhando mais adeptos, desaguaria na revolução armada, a partir de um movimento de guerrilhas bem constituído.

Inicialmente, a chefia do MRMN coube ao ex-almirante Aragão. Posteriormente, por problemas de saúde, Aragão entregou o comando aAlfredo Ribeiro Daudt e aEmanoel Nicoll. Integrariam, o MRMN, os ex-militares exilados no Uruguai e em outros países, ex-militares cassados no Brasil e, clandestinamente, alguns militares ainda em serviço ativo, recrutados pelo aproveitamento do mote "nacionalismo", pensamento sempre presente na maioria dos militares. Para este fim, as bases do movimento seriam levadas aoRio Grande do Sul, com a ideia de recrutar militares e civis, que participariam da organização formando "núcleos de resistência" em várias cidades do Brasil.

Em 26 de maio de 1966, o MRMN deu publicidade ao manifesto "Ao Povo Brasileiro", no qual transmitiu uma imagem hegemônica do Brasil naAmérica do Sul. No início de junho, os "militares" do MRMN tentaram uma aproximação com o grupo sindical dos exilados. A tentativa não teve êxito. Os sindicalistas acreditavam que a atividade dos ex-militares prejudicava o trabalho queDante Pelacani estava realizando em São Paulo, em ligação comBenedito Cerqueira e com aFederação Sindical Mundial. Naquele mesmo dia de junho de1966, o MRMN entrou em contato com o Comitê de Apoio a Cuba, a fim de obter o seu reconhecimento político.

Em 15 de junho, o ex-presidenteJoão Goulart organizou, em sua residência, uma reunião com o MRMN, representado por Aragão, Daudt e Nicoll, da qual também participaramDarcy Ribeiro eAmaury Silva. Jango prometeu auxílio financeiro ao movimento e, tentando ficar acima dos grupos, criou um Comitê para coordená-los, integrado por Emanoel Nicoll, representando o grupo militar, por Dante Pelacani, o sindical, porNeiva Moreira, os brizolistas, e Darcy Ribeiro, representando o próprio Jango.

A movimentação do MRMN obrigou Brizola, que temia perder a sua condição de líder, a aceitar um novo contato com os ex-militares, no início de julho. E, novamente, o impasse causado pela ideia do MRMN de exigir a presença física de Brizola no Brasil provocou outro rompimento. Paralelamente à atuação dos diversos grupos de exilados, uma outra organização destacava-se na época, a AEBU (Associação dos Exilados Brasileiros no Uruguai), que tinha o objetivo declarado de, indistintamente, prestar assistência aos refugiados brasileiros. Orientada pelas liderança de Jango e de Brizola, a AEBU obtinha recursos através da contribuição de alguns exilados e de colaboradores no Brasil, dentre os quaisDoutel de Andrade. O rompimento de Brizola refletiu-se na AEBU. Em 9 de julho de 1966, nas eleições para a sua nova diretoria, os elementos ligados a Brizola foram alijados.

Debatendo-se em busca de reconhecimento político e de apoio financeiro, o MRMN saiu do imobilismo realizando, em 21 de outubro de1966, um atentado à bomba contra o monumento do Barão do Rio Branco, em Montevidéu, executado por Gualter de Castro Mello, Tito Guimarães Filho e Arnaldo Magno de Araújo.

Em dezembro de 1966, a direção do MRMN decidiu mudar o nome da organização para RAN (Resistência Armada Nacionalista), que utilizava, como símbolo, uma rã. Com o objetivo de angariar o apoio financeiro doPartido Comunista Uruguaio (PCU) e da OLAS, a RAN pretendia lançar um manifesto assinado por Aragão nas principais capitais brasileiras e pichar muros para popularizar a nova sigla. Ficou prevista a ida de Aragão, Daudt e Arnaldo Magno de Araújo aCuba, a fim de conseguir recursos para enviar seus militantes para realizar cursos deguerrilha em Cuba e naCoreia do Norte.[3]

A nova RAN lutava para afirmar-se e ser reconhecida.

Ver também

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Referências

  1. «Documentos apontam que CIA via em Brizola a principal ameaça à ditadura - Zero Hora». Consultado em 30 de maio de 2015 
  2. ab«Almirante Aragão: Do Golpe de 1964 ao exílio no Uruguai - Anderson da Silva Almeida - Fundação Perseu Ábramo»(PDF). Consultado em 30 de maio de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 3 de março de 2016 
  3. «La lucha emancipadora»(PDF).Cedema. Consultado em 17 de maio de 2020 
Atividade paramilitar durante aditadura militar no Brasil (1964 – 1985)
Conflitos armados
Incidentes
Grupos paramilitares
Principais guerrilheiros
Os crimes políticos e eleitorais cometidos entre 1961 e 1979 foramanistiados pela Lei 6.683/79
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