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República da Crimeia

45° 24′ 00″ N, 35° 18′ 00″ L
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 Nota: Para a península, vejaCrimeia. Para a república autônoma ucraniana, vejaRepública Autônoma da Crimeia.
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República da Crimeia
República
Республика Крым (russo)
Республіка Крим (ucraniano)
Къырым Джумхуриети (tártaro crimeano)
HinoНивы и горы твои волшебны, Родина (russo)
Nivy i gory tvoi volshebny, Rodina (translit.)
"Seus campos e montanhas são mágicas, Pátria"

Gentílicocrimeio(a)
Localização
Localização de República da Crimeia na Rússia.
Localização de República da Crimeia na Rússia.
Localização de República da Crimeia na Rússia.
Localização da República da Crimeia na península da Crimeia.
Localização da República da Crimeia napenínsula da Crimeia.
Localização da República da Crimeia napenínsula da Crimeia.
País Rússia (de facto)

 Ucrânia (de jure)

Distrito federalSul
Região econômicaNorte do Cáucaso
História
Estabelecido em18 de março de2014
Administração
CapitalSimferopol
LíderSergey Aksyonov
Características geográficas
 • Área total26 100 km²
 • População total1 913 731 hab.
Informações
Fuso horárioUTC+3
Outras informações
Língua oficialRusso,ucraniano etártaro crimeano
Sítiocrimea.gov.ru

República da Crimeia (emrusso: Республика Крым,transl.Respublika Krym; emucraniano: Республіка Крим,transl.Respublika Krym; emtártaro da Crimeia: Къырым Джумхуриети, transl.Qırım Cumhuriyeti) éde facto umente federativo daFederação Russa, constituída comorepública autônoma. Localizada napenínsula da Crimeia, sua capital éSimferopol, que é também a maior cidade da península, depois da cidade federal deSebastopol. No último censo, a Crimeia tinha uma população de 1 891 465 habitantes (2014).

Apenínsula da Crimeia já fez parte doImpério Russo e daRússia Soviética, tendo-se integrado à Ucrânia em1954. A partir de 1991 obteve oestatuto derepública autónoma, dentro da Ucrânia. O estatuto deautonomia da Crimeia foi ainda reiterado em 1996, com aratificação da atualConstituição da Ucrânia, que declarou a Crimeia uma "República Autónoma", mas também "parte inseparável e constituinte da Ucrânia".[1]

Em 11 de março de 2014, na sequência da tomada da Crimeia por separatistas pró-Rússia, bem como pelasForças Armadas Russas, oparlamento da Crimeia e o Conselho da cidade de Sebastopol emitiram uma declaração sobre a sua intenção de declarar unilateralmente a suaindependência da Ucrânia, como um passo para, após um referendo, se juntarem a Rússia.[2]

A declaração foi feita a fim de legitimar um referendo sobre o estatuto da Crimeia, em que os cidadãos escolheram se a Crimeia se juntava à Rússia como uma entidade federal da Federação da Rússia ou continuava a fazer parte da Ucrânia. Oreferendo de 2014, considerado ilegal pelaONU,[3] mas cujas sondagens indicavam ser apoiada por uma larga maioria dos crimeus, resultou num apoio maciço à reunificação com a Rússia, e a Crimeia, assim como a cidade deSebastopol, foram prontamente anexadas comodivisões federais da Rússia. Enquanto a Rússia e 26 outros estados-membros dasNações Unidas reconhecem a Crimeia como parte da Federação da Rússia, a Ucrânia continua a reivindicar a Crimeia como parte integrante do seu território, como República Autónoma da Crimeia, sendo apoiada nesta posição pela maioria dos estados-membros das Nações Unidas, pelaResolução 68/262 da Assembleia Geral das Nações Unidas e pela Resolução A/C.3/72/L.42 da Assembleia Geral das Nações Unidas.

História

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Ver artigo principal:História da Crimeia

Antecedentes

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Ver artigo principal:Oblast da Crimeia
Decreto do Presidium doSoviete Supremo "sobre a transferência do Oblast da Crimeia", 1954

Em 1792, sob a imperatriz russaCatarina, a Grande, a Crimeia foi cedida aoImpério Russo peloImpério Otomano sob os termos doTratado de Jassy, ​​que terminou formalmente aGuerra Russo-Turca (1787–1792), que ocorreu entre 1787 e 1792. A partir de 1802, a região passou a constituir a parte sul doGovernorado de Táurida do Império Russo até oseu colapso em 1917. Durante aGuerra Civil Russa (1917-1921), a Crimeia mudou de mãos várias vezes, sendointer alia o último território detido pelo governo doMovimento Branco naparte europeia da Rússia em 1920 e, finalmente, se tornou umarepública autônoma dentro daRepública Socialista Federativa Soviética Russa (RSFSR) em 1921.

Durante aSegunda Guerra Mundial, em 1944, as autoridades centrais daUnião Soviética deram a ordem paradeportar os tártaros da Crimeia por alegada colaboração com oregime de ocupação nazista. Estima-se que 46% dos deportados tenha morrido durante o trajeto;[4] em 1945, a região perdeu seu estatuto de autonomia.

Em 1954, oPresidium doSoviete Supremo da União Soviética transferiu a região da RSFSR para aRepública Socialista Soviética da Ucrânia, outra república constituinte da União Soviética, então um Estado altamente centralizado, onde as fronteiras entre as repúblicas constituintes eram apenas uma questão técnico-administrativa, apesar da Ucrânia ser um membro separado daONU. Ostártaros da Crimeia foram autorizados a retornar àCrimeia em meados da década de 1980 sob a política daperestroika.[5]

Com ocolapso da União Soviética, a Crimeia tornou-se parte daUcrânia recém-independente, o que levou a tensões entre aRússia e a Ucrânia.[6] Como aFrota do Mar Negro fica na península, as preocupações de conflitos armados foram ocasionalmente levantadas. Os tártaros da Crimeia começaram a regressar do exílio e a reassentarem-se na Crimeia. A Ucrânia restaurou o estatuto autônomo da Crimeia em 1991, que foi reafirmado em 1996 com a ratificação da Constituição atual da Ucrânia, que designa a península como a "República Autônoma da Crimeia", mas também como uma "parte inseparável da Ucrânia".[1]

Declaração de Independência da Ucrânia

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Ver artigos principais:Declaração de Independência da República da Crimeia eCrise da Crimeia de 2014
Soldados russos de guarda no aeroporto deSimferopol, Crimeia.

Em 11 de março de 2014, o parlamento da Crimeia e a prefeitura deSebastopol emitiram conjuntamente uma carta de intenção de declarar unilateralmente a independência da Ucrânia no caso de um "sim" noreferendo de anexação à Rússia, em 16 de março.[7] O documento mencionava especificamente o caso doKosovo como precedente.[7]

O referendo sobre o estatuto da Crimeia permitiu que os cidadãos votassem se a Crimeia deveria integrar-se à Rússia como umaentidade federal da Federação Russa, ou restabelecer a Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia. As opções disponíveis não incluíam manter o status quo da Crimeia e Sebastopol como estavam no momento em que o referendo foi realizado.[8]

Em 16 de março de 2014, de acordo com declarações dos organizadores do referendo da Crimeia, uma grande maioria (relatada como 96,77% dos 81,36% da população da Crimeia que participou do pleito) votou a favor da independência da Crimeia da Ucrânia e pela anexação à Rússia.[9][10] O referendo não foi reconhecido pela maioria dacomunidade internacional e os resultados relatados foram contestados por vários observadores independentes. ABBC informou que a maioria dostártaros da Crimeia que eles entrevistaram boicotaram a votação.[9] Relatos daONU criticaram as circunstâncias em torno do referendo, especialmente a presença deparamilitares, grupos de autodefesa e soldados sem identificação.[11] AUnião Europeia, oCanadá, oJapão e osEstados Unidos condenaram a votação como ilegal.[9][12] AResolução 68/262 daAssembleia Geral dasNações Unidas considerou o referendo ilegal, sendo então a Crimeia classificada como um território ucraniano sob ocupação russa.

Após o referendo, os legisladores da Crimeia formalmente votaram tanto para se separar da Ucrânia quanto para pedir sua admissão à Rússia. A prefeitura de Sebastopol, entretanto, solicitou a entrada separada do porto como umacidade federal.[13]

Anexação e integração à Federação da Rússia

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Ver artigo principal:Adesão da Crimeia à Federação Russa
Assinatura daadesão da Crimeia e de Sebastopol à Federação Russa.

Em 18 de março de 2014, a autoproclamada República da Crimeia assinou um tratado de adesão à Federação Russa. A adesão foi concedida separadamente para cada uma das antigas regiões que a compuseram: uma adesão para a República Autônoma da Crimeia como República da Crimeia e outra para Sebastopol comocidade federal. A adesão só foi reconhecida internacionalmente por alguns Estados, sendo que a maioria considerou a ação ilegal. Embora a Ucrânia tenha se recusado a aceitar a anexação, osmilitares ucranianos começaram a se retirar da Crimeia em 19 de março.[14] Um período de transição, durante o qual ambas as partes do Tratado de Adesão resolveriam as questões de integração "no sistema econômico, financeiro, de crédito e jurídico da Federação Russa", deveria durar até 1 de janeiro de 2015.[15]

O processo de integração começou dentro de dias: em 24 de março orublo russo entrou em circulação oficial com circulação paralela do ucranianohryvnia, permitido até 1 de janeiro de 2016.[16] Em 29 de março, os relógios da Crimeia foram transferidos para o horário de Moscou[17] e em 31 de março o entãoprimeiro-ministro russo,Dmitry Medvedev, anunciou uma série de programas destinados a incorporar rapidamente o território na economia e na infraestrutura russa.[18] Também em 31 de março, o Ministério do Exterior russo afirmou que os cidadãos estrangeiros que visitam a Crimeia precisavam solicitar um visto para a Federação Russa em uma dasmissões diplomáticas russas.[19]

Em 3 de abril de 2014, Moscou enviou uma nota diplomática à Ucrânia sobre o encerramento das ações dos acordos relativos àFrota do Mar Negro da Federação Russa no território da Ucrânia. Como parte dos acordos, a Rússia pagava ao governo ucraniano 530 milhões de dólares anuais pela base e cancelou quase 100 milhões de dólares da dívida deKiev pelo direito de usar as águas territoriais ucranianas. A Ucrânia também recebeu um desconto de 100 dólares por cada mil metros cúbicos degás natural importado da Rússia. OKremlin afirmou que, como a base já não está localizada na Ucrânia, não havia bases legais para o desconto continuar.[20]

Pessoas combandeiras russas emSebastopol em 9 de maio de 2014

Em 11 de abril de 2014, o parlamento da Crimeia aprovou uma nova constituição, com 88 em cada 100 legisladores votando a favor da sua adoção.[21] A Constituição garante à República da Crimeia como um Estadodemocrático dentro da Federação Russa e diz que seu território é unido e inseparável. O parlamento da Crimeia se tornará menor e terá 75 membros em vez de 100 atuais.[22] De acordo com o jornalKommersant, as autoridades, incluindo o presidente do Conselho de Estado,Vladimir Konstantinov, não oficialmente prometeram que certas quotas seriam reservadas para ostártaros da Crimeia em vários órgãos governamentais.[23] No mesmo dia, uma nova revisão da Constituição Russa foi oficialmente divulgada com a República da Crimeia e a cidade federal de Sebastopol incluídas na lista de entidades federais da Federação Russa.[24] A fonte de poder na República da Crimeia é o seu povo, que faz parte do povo multinacional da Federação Russa.[25]

Em 15 de abril de 2014, o parlamento ucraniano declarou a Crimeia e a cidade de Sebastopol "territórios ocupados".[26] Em 1 de junho de 2014, a Crimeia mudou oficialmente para o rublo russo como sua única moeda legal.[27] Em 7 de maio de 2015 a Crimeia mudou seus códigos de telefone (sistema de número ucraniano) para o sistema de numeração russo.[28] Em julho de 2015, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, declarou que a Crimeia estava totalmente integrada na Rússia.[29]

Pós-anexação

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Após a anexação, as autoridades da Crimeia começaram a nacionalização do que chamavam empresas estrategicamente importantes, que incluíam não só empresas de transporte e produção de energia, mas também, por exemplo, uma fábrica de vinhos emMassandra. As empresas que pertenciam a cidadãos russos foram nacionalizadas por reembolso financeiro, que foi, no entanto, muito inferior ao valor real; as que pertenciam a cidadãos ucranianos, por exemplo, o PrivatBank de propriedade de Ihor Kolomoyskyi, ou a Ukrtelecom, de propriedade de Rinat Akhmetov, foram expropriadas sem qualquer reembolso. O futuro das empresas nacionalizadas é decidido pelo governo.[30] Em julho de 2016, a Crimeia deixou de ser umdistrito federal separado da Federação Russa e foi incluída noDistrito Federal do Sul em vez disso.[31][32]

Ver também

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Referências

  1. ab«Constitution of Ukraine, 1996». Consultado em 12 de março de 2014 
  2. «Crimea parliament declares independence from Ukraine ahead of referendum».Russia Today. 11 de março de 2014. Consultado em 12 de março de 2014 
  3. «Ukraine: UN condemns Crimea vote as IMF and US back loans».BBC News (em inglês). 27 de março de 2014. Consultado em 27 de maio de 2022 
  4. Rummel, R. J.Lethal Politics: Soviet Genocides and Mass Murders Since 1917 (em inglês). [S.l.]: Transaction Publishers. p. 181 
  5. Greta Lynn Uehling,The Crimean Tatars (Encyclopedia of the Minorities, Chicago: Fitzroy Dearborn)iccrimea.org
  6. (ucraniano)Майже 60% росіян вважають, що Крим - це РосіяAlmost 60% of Russians believe, that Crimea - is Russian,Ukrayinska Pravda (10 de setembro de 2013)
  7. ab«Парламент Крыма принял Декларацию о независимости АРК и г. Севастополя». Государственный Совет Республики Крым. 11 de março de 2014. Consultado em 18 de março de 2014 
  8. «При воссоединении с Россией крымчане дискомфорта не почувствуют! - Krym Info».Krym Info. Consultado em 25 de setembro de 2014 
  9. abc«Crimea referendum: Voters 'back Russia union'».BBC News 
  10. «Crimeans vote over 90 percent to quit Ukraine for Russia».Reuters. 16 de março de 2014 
  11. «UN report on Euronews - 15 April 2014». Euronews. 11 de março de 2014. Consultado em 16 de abril de 2014 
  12. «Japan does not recognise Crimea vote - govt spokesman».Reuters. 17 de março de 2014 
  13. Herszenhorn, David M.; Cowell, Alan (17 de março de 2014).«Lawmakers in Crimea Move Swiftly to Split From Ukraine».The New York Times. Consultado em 17 de março de 2014 
  14. Carol Morello and Kathy Lally (19 de março de 2014).«Ukraine says it is preparing to leave Crimea».The Washington Post 
  15. «Treaty to accept Crimea, Sevastopol to Russian Federation signed».Russia Today. 18 de março de 2014 
  16. «TASS: Russia - Russian ruble goes into official circulation in Crimea as of Monday».TASS 
  17. «Ukraine crisis: Crimea celebrates switch to Moscow time».BBC News. 29 de março de 2014. Consultado em 29 de março de 2014 
  18. Lukas I. Alpert, Alexander Kolyandr.«Medvedev visits Crimea, vows development aid».Market Watch 
  19. «Now foreigners need Russian visas to visit Crimea - Russian Foreign Ministry».voiceofrussia.com 
  20. Sputnik (3 de abril de 2014).«Moscow Sent Diplomatic Note to Ukraine on Terminating Black Sea Fleet Agreements».ria.ru 
  21. Sputnik (11 de abril de 2014).«Crimean Parliament Approves New Constitution».ria.ru 
  22. «Crimea approves new Constitution».PravdaReport 
  23. «Crimea's new constitution put up for discussion».RT English 
  24. Sputnik (11 de abril de 2014).«Russia Amends Constitution to Include Crimea, Sevastopol».ria.ru 
  25. Crimean Constitution comes into legal force - News - Russia - The Voice of Russia: News, Breaking news, Politics, Economics, Business, Russia, International current events, Ex...
  26. Sputnik (15 de abril de 2014).«Ukraine's Parliament Declares Crimea, Sevastopol 'Occupied Territory'».ria.ru 
  27. Verbyany, Volodymyr (1 de junho de 2014).«Crimea Adopts Ruble as Ukraine Continues Battling Rebels».Bloomberg 
  28. Crimea switches to Russian telephone codes,Interfax-Ukraine (7 de maio de 2015)
  29. Jess McHugh (15 de julho de 2015).«Putin Eliminates Ministry Of Crimea, Region Fully Integrated Into Russia, Russian Leaders Say». International Business Times. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  30. Sambros, Andrey (27 de fevereiro de 2015).«Изображая Чавеса: чем закончился год национализаций в Крыму». carnegie.ru. Consultado em 3 de janeiro de 2016 
  31. «Crimea becomes part of vast Southern federal district of Russia». Consultado em 29 de julho de 2016 
  32. «Крым, который лопнул. Как Путин снова обманул полуостров». 29 de julho de 2016. Consultado em 29 de julho de 2016 

Ligações externas

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