Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Região Sudeste do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Região Sudeste do Brasil
Divisão regional do Brasil
Região Sudeste do Brasil
Localização
Características geográficas
Região geoeconômicaCentro-Sul eNordeste
Estados Espírito Santo
 Minas Gerais
 Rio de Janeiro
 São Paulo
Municípios1 668
Gentílicosudestino
Área924 620,678 km²2010
População88 617 693 hab.2024
Densidade95,84 hab./km²
Cidade mais
populosa
 São Paulo
Indicadores
PIBR$ 3 917 4852019
PIBper capitaR$ 40 321,682019
IDH0,795alto[3](2017)

ARegião Sudeste doBrasil é uma das cincoregiões brasileiras definidas peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Região mais desenvolvida e populosa doBrasil,[5] sua superfície terrestre compreende uma área de 924 620,678 km², sendo asegunda menor em extensão territorial.[6][7] Boa parte de seu território está subordinada àRegião geoeconômica Centro-Sul do Brasil, ao passo que onorte mineiro integra aRegião geoeconômica Nordeste do Brasil.[6] Alberga quatrounidades federadas:São Paulo,Rio de Janeiro,Minas Gerais eEspírito Santo. Possui limites ao norte e ao nordeste, com aBahia; ao leste e ao sul, com ooceano Atlântico; ao sudoeste, com oParaná; ao oeste, comMato Grosso do Sul; ao noroeste, comGoiás e com oDistrito Federal.[7]

A região Sudeste marca o início dacolonização efetivado Brasil, após operíodo pré-colonial, com a fundação da primeira cidade do país: a vila deSão Vicente, no atual estado de São Paulo, fundada em 1532 e onde ocorreram as primeiras eleições docontinente americano.[8][9] Como primeiroassentamento oficialmente instituído no território, aCapitania de São Vicente prosperou e permitiu a organização política e administrativa, além de impulsionar atividades econômicas, como a agricultura decana-de-açúcar voltada para a exportação.[10] Além dela, outras capitanias na atual região Sudeste foram formadas, como ado Espírito Santo, deSão Tomé e a deSanto Amaro. No século XVII, osbandeirantespaulistas partiram da região em expedições que ampliaram o território e descobriram riquezas minerais, especialmente emMinas Gerais, o que atraiu grande número de colonos, mão de obra escravizada e investimentos, consolidando o Sudeste como um centro dinâmico da colônia.[10] Em 1763, oporto do Rio de Janeiro, por onde o ouro era exportado, tornou-se a sede administrativa doVice-Reino do Brasil. Exerceu esta condição até a fundação da novacapital daRepública dos Estados Unidos do Brasil,Brasília, em 1960.[7]

A região Sudeste constitui o núcleo essencial do país, concentrando53,3% do PIB nacional,[11] as maioresáreas urbanas, a mais elevadadensidade populacional, as maioresreservas deminério de ferro, os principaiscomplexos hidrelétricos, a mais ampla malha de transportes terrestre e osportos de maior relevância. É, ainda, a áreaindustrial eagropecuária mais significativa do território nacional, absorvendo 70% daforça de trabalho operária e utilizando 85% daenergia elétrica consumida ao nível nacional.[7]

Atopografia é bastante ondulada, com prevalência deplanaltos. Apresenta umclima tropical, entreameno e dealta temperatura, com grandes diferenças locais. Determinadas regiões possuemcobertura vegetal escassa earbustiva; outras são revestidas pormatas tropicais úmidas. A região é um verdadeiro foco de escoamento de águas. Existem diversasregiões hidrográficas, comcursos d'água descendo em inúmeros sentidos.[7]

História

Ver artigo principal:História da Região Sudeste do Brasil

Povos indígenas, exploração portuguesa e colonização

Fundação de São Vicente (1900),Benedito Calixto.

Os primeiros moradores da região sudeste doBrasil eram ospovos indígenas,[12] mormente oscaingangues,[13] osguaranis,[14] osaranãs,[15] oscrenaques,[15] osmaxacalis[15] e ostupiniquins.[16]

Posteriormente, vieram oslusitanos. Eles realizaram expedições para entender a região e passaram a extrair opau-brasil. Estamadeira era comum nasflorestas dacosta.[12]

Os lusitanos criaram as mais antigasvilas na costa do sudeste do Brasil. A mais antiga vila criada eraSão Vicente. Ali começou o cultivo dacana-de-açúcar. Mais tarde, nasceram demais vilas. A colonização do interior se iniciou com a criação da vila deSão Paulo de Piratininga.[12]

Bandeirismo, tropeirismo, cultivo da cana-de-açúcar, imigração e desenvolvimento econômico e infraestrutural

Estátua deAntônio Raposo Tavares, um dos mais famososbandeirantes, noMuseu do Ipiranga emSão Paulo.

Os habitantes da vila deSão Paulo penetraram por intermédio dointerior em busca de indígenas para prender. Eles promoveram asbandeiras. Em suas cansativas e longínquas andanças, osbandeirantes paulistas avistaramjazidas deouro nas terras do hoje estado deMinas Gerais.[12]

A ocupação também cresceu com a venda de animais. Os vendedores conduziram os animais dosul do Brasil para serem comercializados na região das minas. No trajeto por onde trafegavam as tropas de gado surgiram ranchos e pousadas. Estas localidades fizeram nascer váriosmunicípios.[12]

Antiga sede daBolsa Oficial do Café, emSantos,São Paulo.

Novas propriedades de cultivo decana-de-açúcar nasceram nas antigas rotas por onde acompanhavam as bandeiras. Estas propriedades fizeram surgir diversas comunas. Posteriormente, com o plantio docafé, demais municipalidades nasceram.[12]

A colonização cresceu bastante com a vinda dos imigrantes e com a construção de novasferrovias. A implantação defábricas também colaborou para que muitos imigrantes de demaisunidades federativas e de demaisnaçõesestrangeiras chegassem a residir na região sudeste do Brasil.[12]

Geografia

Ver artigo principal:Geografia da Região Sudeste do Brasil
OPico da Bandeira, localizado entre os estados doEspírito Santo e deMinas Gerais, o ponto mais elevado do Sudeste.
Serra dos Órgãos vista deTeresópolis,Rio de Janeiro.

É possível distinguir quatro importantes fragmentações nageomorfologia da região sudeste doBrasil:[17]

Na porção sudeste deMinas Gerais, situam-se aSerra da Canastra, já nas delimitações doplanalto Meridional.

Hidrografia

Rio Tietê nos municípios deBarra Bonita eIgaraçu do Tietê com aUsina Hidrelétrica de Barra Bonita ao fundo.
Trecho dorio São Francisco entre osmunicípios dePonto Chique eVárzea da Palma, emMinas Gerais.

Em consequência dos seus aspectosgeomorfológicos, prevalecem na região os rios deplanalto, dotados decachoeiras naturais. Dentre as diversasbacias fluviais, sobressaem:⁣[18]

Em seu alto curso, que se estende da nascente atéPirapora (Minas Gerais), orio São Francisco é irregular e inadequado para anavegação, no entanto, possui grande potencialidade hidrelétrica. Ausina hidrelétrica de Três Marias foi ali erguida para normalizar o curso do rio, produzirenergia elétrica e expandir o seu percurso navegável, por intermédio de eclusas que aumentam o nível das águas. Já no médio curso, que vai entre Pirapora eJuazeiro, naBahia, o rio é completamente apropriado para a navegação. O baixo curso do rio São Francisco se situa completamente naregião nordeste.[18]

Clima

Mapa climático do Sudeste de acordo com aclassificação climática de Köppen-Geiger.[19]

A região sudeste compreende osclimastropical,tropical de altitude,subtropical etropical semiárido.[20]

Oclima tropical prevalece noEspírito Santo, noRio de Janeiro, no norte deMinas Gerais e nooeste paulista. Possuitemperaturas altas (média anual de 22 °C) e duas estações determinadas: uma úmida, que equivale aoverão, e outra seca, que equivale aoinverno. Oclima tropical de altitude, o qual aparece nas regiões mais altas dorelevo, define-se por temperaturas mais amenas (média atual de 18 °C).[20]

Oclima subtropical, que ocorre no sul deSão Paulo, é caracterizado porchuvas bem divididas no decorrer do ano (temperaturas médias anuais por volta de 16 °C e 17 °C) e por uma enormeamplitude térmica anual. Temos também, no norte de Minas Gerais, oclima semiárido mais cálido e menos chuvoso, abrigandoestação seca anual entre quatro e cinco meses ou até mais nos vales dos riosSão Francisco eJequitinhonha.[20]

No sudeste, como em qualquer outra região, as temperaturas passam pela decisiva força dalocalização geográfica, isto é, dalatitude, do relevo ou altura e também damaritimidade. Deste modo, o norte de Minas Gerais e o Espírito Santo, de baixas latitudes e altitudes regulares, possuem um clima mais cálido. Já aSerra do Mar possui a maior umidade da região, porque bloqueia a transição dosventos oriundos doAtlântico, repletos de chuva, e, por esta razão, cai chuva somente em suas encostas orientais. O litoral também é verdadeiramente mais chuvoso, como consequência damaritimidade.[20]

Vegetação

Já que são muitos ostipos climáticos na região sudeste, podemos entender que antigamente ali havia uma enorme variedade de gêneros de formação vegetal, atualmente em boa parte desflorestada, em consequência dodesenvolvimentoagrário.[21]

Vegetação característica docerrado na região noroeste deMinas Gerais.

Afloresta tropical é a vegetação predominante na região, no entanto, sua característica oscila bastante. Ela é abundante e rica nas vertentes direcionadas para ooceanoMata Atlântica — onde apluviosidade é mais intensa, propiciando o crescimento deárvores altas, várioscipós,epífitas e numerosaspalmeiras; está quase completamente desflorestada, menos nossopés mais abruptos. No interior docontinente, esta floresta se mostra menos espessa, já que aparece em regiões de clima maisseco, ocorre somente em manchas.[21]

Em determinadas regiões dointerior aparecem asmatas galerias ouciliares, que se propagam às beiras dosrios, mais chuvosas. Nas regiões caracteristicamentetropicais do sudeste, sobressai a vegetação denominada decerrado, formada por pequenas árvores earbustos de galhos retorcidos e vegetação rasteira.[21]

A região possui também pequenos trechos revestidos pelacaatinga, no norte deMinas Gerais. As regiões mais elevadas dasSerras e planaltos do Leste e do Sudeste, ao sul, de clima mais leve, são compreendidas por uma ou outra espécie do que foi um dia afloresta subtropical oumata de araucárias. Em áreas também pequenas doplanalto, ocorrem trechos de formações campestres: oscampos limpos, no sul doestado de São Paulo, e oscamposserranos, no sul deMinas Gerais. No decorrer dacosta, existe a vegetação característica depraias, chamada devegetação litorânea.[21]

Demografia

A região Sudeste do Brasil abriga umapopulação estimada em 84.847.187 habitantes, conforme dados docenso de 2022, consolidando-se como a mais populosa do território nacional.[22] Esse elevado contingente demográfico deve-se, sobretudo, aosfluxos migratórios provenientes daEuropa e àsmigrações internas ocorridas ao longo do século XX.[23] O estado deMinas Gerais, com 63% da superfície total, é o maior em extensão territorial da região,[24] enquantoSão Paulo, responsável por 48% do número de habitantes, é o estado mais habitado.[25][23]

Cerca de 7% dos habitantes residem emáreas rurais, embora essa proporção apresente uma tendência de declínio.[26] A região conta com cem municípios cuja população ultrapassa 100 mil habitantes[27] e possui seteregiões metropolitanas de relevância, destacando-seSão Paulo, com 20.743.587 habitantes;Rio de Janeiro, com 13.497.709 habitantes; eBelo Horizonte, com 5.733.783 habitantes, segundo o censo de 2022.[22][23]

OÍndice de Desenvolvimento Humano da região sudeste do Brasil é considerado alto conforme oPNUD. Segundo o último levantamento doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,766, estando naprimeira colocação ao nível nacional, depois do sudeste.[28] É a primeira região mais populosa do país, concentrando 42,0% da população brasileira.[22][29][30] Entretanto, compreende umadensidade demográfica de 91.76 hab/km², mais de três vezes maior que a do Brasil como um todo.[31]

Composição étnica, povos indígenas e migração

Fluxos migratórios no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980.

Hoje residem na região sudeste do Brasil pouco mais de 123 milindígenas. Do total, 17,44% moram em terras indígenas e 82,56% vivem fora. Dentre os 21 525 habitantes, que habitamterras indígenas, 20 555 moradores têm cor ou raça indígena e 970 residentes se acham indígenas. Entre os 101 909 residentes, os quais moram fora de terras indígenas, 89 379 pessoas possuem cor ou raça indígena e 12 530 indivíduos se julgam indígenas.[32]

Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2022, 44 152 518 sudestinos se reconheceram comobrancos, 28 904 271pardos, 6 281 663pretos, 902 731amarelos e 101 295indígenas.[33] Em 2010, 99,62% forambrasileiros (99,51% natos e 0,11% naturalizados) e 0,38% estrangeiros.[34] Dentre os brasileiros, 88,64% naturais do sudeste (83,94% do próprio estado) e 10,39% em demais regiões. 1,65% são dosul, 7,92% donordeste, 0,56'% docentro-oeste e 0,26% donorte.[35] Entre os estados de origem dos imigrantes, aBahia (2,77) possuía o maior percentual de residentes (1,46%). Este é acompanhado porPernambuco (1,52%),Paraná (1,38),Ceará (0,91),Paraíba (0,85) eAlagoas (0,58).[36]

Povoamento

Imigrantes portugueses, espanhóis, italianos e alemães

OMuseu da Imigração do Estado de São Paulo, na capital, antiga Hospedaria dos Imigrantes.
Catedral de Petrópolis, noRio de Janeiro, região com forte influênciagermânica

A compreensão dodesenvolvimento econômico da região Sudeste do Brasil está intrinsecamente ligada à contribuição deimigrantesestrangeiros. Entre esses grupos, osportugueses destacam-se como o contingente mais numeroso, presentes desde o período dodescobrimento e concentrados majoritariamente nas áreas urbanas. Ositalianos, por sua vez, estabeleceram-se sobretudo noestado de São Paulo, onde desempenharam um papel essencial na mão de obra das lavouras de café, atividade que impulsionou o desenvolvimento econômico estadual. Posteriormente, também contribuíram para o processo deindustrialização da capital paulista.[37]

Osespanhóis chegaram em número reduzido, mas, assim como ositalianos, inicialmente trabalharam naagricultura cafeeira e, posteriormente, nosetor industrial paulista. Osalemães, embora menos numerosos, tiveram relevância significativa, fixando-se predominantemente na zona sul da cidade deSão Paulo, emLimeira e novale dorio Doce, noEspírito Santo. Apesar do volume expressivo de alemães em São Paulo, sua participação no Sudeste não foi tão marcante quanto na região Sul do país.[37]

Diversidade étnica minoritária, imigrantes sul-americanos, coreanos, chineses e japoneses

Além desses grupos, o Sudeste recebeu importantes contribuições deeslavos, especialmentepoloneses,russos eucranianos, bem como deárabes, notadamentesírios elibaneses, além dejudeus oriundos de diversas nações. Em menor escala,franceses,holandeses,escandinavos,lituanos,húngaros eestadunidenses também se estabeleceram na região. A partir da década de 1970, aimigração sul-americana, com destaque paraparaguaios,uruguaios,argentinos echilenos, intensificou-se. Nos anos 1980, houve um aumento significativo da imigraçãoasiática, composta principalmente porcoreanos echineses, que se concentraram na cidade deSão Paulo.[37]

Aimigração japonesa merece menção especial, pois, embora menos expressiva em outras partes do Brasil, foi de grande importância para o Sudeste, particularmente em São Paulo. Osjaponeses fixaram-se nas áreas periféricas da capital paulista, onde se dedicaram à horticultura, contribuindo para a formação docinturão verde da cidade. No interior, impulsionaram o desenvolvimento daavicultura e da produção de algodão em municípios comoBastos,Marília eTupã.[37]

Predomínio da etnia caucasiana e grande número de mestiços

A região Sudeste do Brasil, após oSul, apresenta a segunda maior proporção de pessoas autodeclaradasbrancas, correspondendo a aproximadamente 66% da população. O estado de São Paulo destacou-se como o principal polo de atração para imigranteseuropeus, inicialmente em razão da expansão dacultura cafeeira e, posteriormente, devido ao processo deindustrialização.[37]

Em relação àpopulação negra, embora esta represente apenas 6% dos habitantes da região, o Sudeste, juntamente com oNordeste, abriga o maior contingente do país. Esse fenômeno é explicado por fatores históricos, já que pessoasescravizadas foram trazidas principalmente para o trabalho nas atividades demineração durante o século XVIII e, mais tarde, para o cultivo do café nos séculos XIX e XX. Por outro lado, a presença depovos indígenas é limitada, concentrando-se em pequenas áreas ao longo dolitoral. Apopulação parda corresponde a cerca de 27% do total regional.[37]

Religião

Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o segundo maior templo católico religioso do mundo,[38] emAparecida, no Vale do Paraíba.

A região Sudeste do Brasil, composta pelos estados deSão Paulo,Minas Gerais,Rio de Janeiro eEspírito Santo, é marcada peladiversidade religiosa. Conforme ocenso demográfico do Brasil de 2010, divulgado peloIBGE, a maioria da população se declaracatólica, com 56,5% dos habitantes. Osevangélicos somam 29,3%, sendo que 13,5% sãopentecostais e 4,8% pertencem a igrejas de missão. Outras religiões, incluindoespíritas eafro-brasileiras, representam cerca de 14% do total.[39][40][41][42]

A estrutura eclesiástica católica na região é robusta, contando com diversasarquidioceses edioceses. Dentre as principais, destacam-se as arquidioceses deSão Paulo,Belo Horizonte eRio de Janeiro. Cada uma dessas jurisdições coordena dioceses menores e centenas deparóquias, atendendo uma vasta comunidade de fiéis.[43][44][45] As celebrações religiosas, especialmente as festas católicas, são importantes elementos culturais e turísticos, como a Festa deNossa Senhora Aparecida e a Procissão doSenhor dos Passos.[46][47]

O movimento evangélico na região é diversificado. As igrejaspentecostais, como aAssembleia de Deus e aIgreja Universal do Reino de Deus, têm grande representação, principalmente em áreas urbanas. As igrejas de missão, como aPresbiteriana e aBatista, também possuem significativa presença e influenciam na educação e ações sociais. O crescimento do segmento evangélico é notável, refletindo uma mudança no perfil religioso da população brasileira nas últimas décadas.[39][40][41][42]

Além disso, oespiritismo, introduzido noBrasil porChico Xavier, tem forte adesão no sudeste do país, especialmente em estados comoMinas Gerais eSão Paulo. Asreligiões afro-brasileiras, como ocandomblé e aumbanda, encontram praticantes principalmente nas grandes capitais, comoRio de Janeiro e São Paulo, onde aherança cultural africana é celebrada e preservada.[39][40][41][42]

Modo de vida

São Caetano do Sul, situado naGrande São Paulo, é o município com o maiorIDH doBrasil.

A região Sudeste do Brasil destaca-se por oferecer uma ampla variedade de oportunidades deemprego, além de contar com elevados padrões educacionais e serviços desaúde de qualidade, fatores que a tornam um destino atrativo para migrantes provenientes de diversas partes do país. O fluxo migratório é especialmente intenso a partir de regiões onde odesenvolvimento econômico não segue o crescimento populacional, como ocorre em algumas áreas doNordeste. Além disso, acapital paulista recebe também considerávelmigração interna, composta por habitantes de cidades menores do interior do estado, o que contribui para queSão Paulo apresente índices de crescimento demográfico superiores à média regional do Sudeste.[37]

Entretanto, a intensidade dessamigração já não é tão expressiva quanto em períodos anteriores. Atualmente, as cidades do Sudeste experimentam um crescimento urbano menos acelerado. A cidade de São Paulo, que outrora apresentava uma expansão contínua, viu sua taxa de crescimento populacional declinar de 4,5% para 1,9% ao ano.[37]

Urbanização

Imagem dagrande São Paulo vista por umsatélite.

As cidades deSão Paulo,Rio de Janeiro eBelo Horizonte destacam-se entre as mais extensas e densamente povoadas do Brasil. Nessas localidades encontram-se estabelecidos os principaisbancos,indústrias e corporações comerciais, que projetam sua influência para áreas internas e outros estados por meio de uma complexa rede derodovias eferrovias, além deportos,aeroportos ecanais de comunicação.[37]

São Paulo e Rio de Janeiro configuram-se comometrópoles de abrangência nacional, exercendo influência em todo o território brasileiro. Em contrapartida, Belo Horizonte é classificada como uma metrópole regional, com uma esfera de influência limitada ao estado deMinas Gerais.[37]

O crescimento acelerado dessas três cidades resultou em um processo denominado conurbação, caracterizado pela integração espacial com municípios vizinhos, formando umaárea urbana contínua. NoBrasil, essas conurbações são oficialmente reconhecidas comoregiões metropolitanas.[37]

Municípios mais populosos daRegião Sudeste do Brasil
Censo 2022 doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[48]

São Paulo

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeEstadoPop.PosiçãoLocalidadeEstadoPop.
1São PauloSão Paulo11 451 99911OsascoSão Paulo728 615
2Rio de JaneiroRio de Janeiro6 211 22312SorocabaSão Paulo723 682
3Belo HorizonteMinas Gerais2 315 56013UberlândiaMinas Gerais713 224
4GuarulhosSão Paulo1 291 77114Ribeirão PretoSão Paulo698 642
5CampinasSão Paulo1 139 04715São José dos CamposSão Paulo697 054
6São GonçaloRio de Janeiro896 74416ContagemMinas Gerais621 863
7São Bernardo do CampoSão Paulo810 72917Juiz de ForaMinas Gerais540 756
8Duque de CaxiasRio de Janeiro808 16118SerraEspírito Santo520 653
9Nova IguaçuRio de Janeiro785 86719Campos dos GoytacazesRio de Janeiro483 540
10Santo AndréSão Paulo748 91920Belford RoxoRio de Janeiro483 087

Problemas atuais

Embora seja a região maisindustrializada edesenvolvida do país, o Sudeste também enfrenta diversos desafios, frequentemente oriundos de seu próprio progresso. Entre os problemas mais significativos dessa região, que invariavelmente têm impacto em todo o território nacional, destacam-se os mencionados a seguir:[49]

  • Áreas verticais e horizontais lado a lado no tecido urbano deHeliópolis.
    Constantescrises econômicas: desde a década de 1970, a região Sudeste tem sido significativamente impactada pelas recorrentescrises econômicas que afetam o Brasil. Os elevados índices deinflação, associados à insuficiência de investimentos governamentais em áreas fundamentais, comoenergia elétrica etelecomunicações, têm contribuído para o aumento dodesemprego e para a intensificação dasdesigualdades sociais, repercutindo não apenas no Sudeste, mas em todo o território nacional.[49]
  • Concentração de população nas regiões urbanas, provocada peloêxodo rural: a intensa migração da população rural para as áreas urbanas, fenômeno conhecido comoêxodo rural, resultou em um excedente deforça de trabalho disponível. Essa dinâmica tem contribuído para a redução da renda média da população, agravando as taxas de desemprego e ampliando o contingente de habitantes emassentamentos precários. Consequentemente, a qualidade de vida de uma parcela significativa dos residentes na região Sudeste apresenta-se comprometida.[49]
  • Violência urbana: a violência urbana pode ser compreendida como um reflexo direto das adversidades econômicas e das expressivasdesigualdades sociais. Populações marginalizadas, frequentemente enfrentando desafios como o desemprego e ainsegurança alimentar, podem recorrer a atos violentos na busca por meios de subsistência. Nesse contexto, uma redistribuição equitativa derenda, aliada à promoção de oportunidades acessíveis para todos os indivíduos, desponta como uma abordagem viável para mitigar essa problemática.[49]
A violência urbana e acriminalidade constituem desafios comuns a grandes cidades em escala global. No entanto, esses fenômenos alcançam níveis alarmantes nasmetrópoles da região Sudeste do Brasil, especialmente emSão Paulo e noRio de Janeiro. Nessas localidades, a proximidade entre áreas de alta concentração deriqueza e de extremapobreza favorece o surgimento de dinâmicas associadas aocrime organizado e ao tráfico deentorpecentes.[49]
A região Sudeste do Brasil, assim como qualquer outra área do planeta, inevitavelmente continuará a enfrentar desafios. A melhoria nas condições de vida e na distribuição de recursos financeiros atenuará muitas dessas dificuldades, contudo, outras permanecerão. Com o retorno ao crescimento e a revitalização econômica, tanto o país quanto a região Sudeste terão a possibilidade de superar algumas de suas questões mais graves.[49]

Governo e política

Ver artigos principais:São Paulo (estado) § Governo e política,Rio de Janeiro (estado) § Governo e política,Minas Gerais § Governo e política, eEspírito Santo (estado) § Governo e política
Palácio dos Bandeirantes, sede dopoder executivopaulista.

A Região Sudeste do Brasil, composta pelos estados deSão Paulo,Minas Gerais,Rio de Janeiro eEspírito Santo, é uma das mais politicamente influentes do país, desempenhando um papel fundamental tanto no cenário nacional quanto local. Cada um dos estados dessa região possui sua própria estrutura de governo, com a divisão dos três poderes:executivo,legislativo ejudiciário, além de exercer uma forte influência no eleitorado nacional.[50][51][52][53]

Palácio Tiradentes, ex-sede dopoder legislativofluminense.

No poder executivo, cada estado (São Paulo,Rio de Janeiro,Minas Gerais eEspírito Santo) é governado por umgovernador, escolhido por voto direto das populações paulista, fluminense, mineira e capixaba para mandatos de quatro anos. A composição doslegislativos estaduais é feita porassembleias legislativas, com o número de deputados variando de acordo com a população de cada estado.São Paulo, como o estado mais populoso, possui a maiorassembleia, com 94deputados estaduais. O Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo possuem, respectivamente, 70, 77 e 30 cadeiras. Osistema eleitoral é baseado no voto proporcional, com candidatos disputando cadeiras conforme a quantidade de votos recebidos.[50][51][52][53]

Palácio da Justiça de São Paulo, sede dopoder judiciáriopaulista.

Osistema judiciário na Região Sudeste segue as normas estabelecidas pelaConstituição Federal de 1988, com a presença detribunais estaduais em cada estado,[50][51][52][53] além doTribunal Regional Federal da 3.ª Região, que abrange São Paulo eMato Grosso do Sul.[54] OSupremo Tribunal Federal (STF) e oSuperior Tribunal de Justiça (STJ) têm jurisdição sobre toda a nação, incluindo a Região Sudeste.[55][56][57] AJustiça Eleitoral é uma parte crucial do sistema político, com cada estado da região possuindo tribunais eleitorais responsáveis pela organização das eleições e pela supervisão do processo eleitoral.[58] Os eleitores dessa região têm grande peso no resultado das eleições gerais, comSão Paulo sendo o estado que concentra o maior número de eleitores no Brasil, com cerca de 33% doeleitorado nacional.[59][60][61][62]

A Região Sudeste é decisiva naseleições gerais, com sua alta concentração populacional representando uma parcela significativa do eleitorado brasileiro.São Paulo, como o maior colégio eleitoral do país, influencia diretamente a escolha dopresidente do Brasil,senadores edeputados federais. O estado tem, aproximadamente, 33 milhões de eleitores.Rio de Janeiro eMinas Gerais seguem em termos de representatividade política, com oEspírito Santo, embora menor em termos populacionais, desempenhando papel relevante na política regional. Além disso, os estados da região são conhecidos por terem uma diversidade política, com grandes cidades comoSão Paulo eRio de Janeiro servindo de berço para diferentes correntes políticas e sociais.[59][60][61][62]

Subdivisões

Unidades federativas

Ver artigos principais:São Paulo (estado),Rio de Janeiro (estado),Minas Gerais, eEspírito Santo (estado)
Mapamudo ecolorido dadivisão política da região sudeste do Brasil, incluindo os estados deSão Paulo (emamarelo),Rio de Janeiro (emazul-bebê),Minas Gerais (emvermelho) eEspírito Santo (emverde-limão).

A região sudeste do Brasil alberga quatrounidades federativas:São Paulo, criado em 1709[63][64] e dividido em 645 municípios,[65]Rio de Janeiro, organizado em 1565[66] e fragmentado em 92 municipalidades,[65]Minas Gerais, fundado em 1720[67] e subdividido em 853 cidades,[65] eEspírito Santo, instituído em 1535[68] e partilhado em 78 comunas.[65][69] Suas capitais, são, nesta ordem,São Paulo, fundada em 1554,[70]Rio de Janeiro, criada em 1565,[71]Belo Horizonte, organizada em 1897,[72] eVitória, instituída em 1551.[73][69]

Três dos quatro estados são delimitados pelooceano Atlântico, entretanto, compartilhamfronteirassecas efluviais com unidades federativas vizinhas como aBahia,Goiás,Mato Grosso do Sul e oDistrito Federal.[69]

Omaior estado em área éMinas Gerais, localizado mais ao norte da região, com 586 513,983km², e omais populoso, em 2022, éSão Paulo, situado mais ao sul, com 45 973 190 habitantes. O menor em extensão territorial dos estados é oRio de Janeiro, com 43 750,427km² e o mais oriental, oEspírito Santo.[74][69]

São Paulo possui omaior PIB, com R$ 3 130 333 trilhões, depois vem o Rio de Janeiro, com R$ 1 153 512 trilhão. O Espírito Santo é o estado mais pobre da região em PIB, com R$ 186 337 bilhões.[75] Omaior PIB per capita é do estado do Rio de Janeiro, com R$ 71 850, depois vem São Paulo, com R$ 70 471. Apesar de ser o menor em PIB per capita, Minas Gerais está dentre os maiores do Brasil nesta questão, com R$ 44 147.[76]

Omaior estado em IDH é São Paulo, com 0,806, à frente de Minas Gerais, com 0,774, e do Espírito Santo, com 0,771. Mesmo sendo o estado com a mais baixaqualidade de vida, o Rio de Janeiro está entre os primeiros maiores IDHs do Brasil, com 0,762.[77]

Regiões geográficas intermediárias e imediatas

Esta seção é um excerto deLista de regiões geográficas intermediárias e imediatas de São Paulo § Regiões geográficas intermediárias.[editar]
Região geográfica intermediária[78]CódigoNúmero de
municípios
Região geográfica imediataCódigoNúmero de
municípios
São Paulo350150São Paulo35000139
Santos35000211
Sorocaba350278Sorocaba35000322
Itapeva35000419
Registro35000513
Itapetininga3500066
Avaré35000712
Tatuí3500086
Bauru350348Bauru35000919
Jaú35001012
Botucatu3500119
Lins3500128
Marília350454Marília35001318
Assis35001412
Ourinhos35001511
Tupã3500168
Piraju3500175
Presidente Prudente350555Presidente Prudente35001828
Adamantina-Lucélia35001910
Dracena35002012
Presidente Epitácio-Presidente Venceslau3500215
Araçatuba350644Araçatuba35002214
Birigui-Penápolis35002319
Andradina35002411
São José do Rio Preto3507100São José do Rio Preto35002536
Catanduva35002616
Votuporanga35002712
Jales35002818
Fernandópolis35002911
Santa Fé do Sul3500307
Ribeirão Preto350864Ribeirão Preto35003126
Barretos35003216
Franca35003310
São Joaquim da Barra-Orlândia3500346
Ituverava3500356
Araraquara350926Araraquara35003617
São Carlos3500379
Campinas351087Campinas35003818
Jundiaí3500399
Piracicaba35004011
Bragança Paulista35004111
Limeira3500424
Mogi Guaçu3500434
São João da Boa Vista3500449
Araras3500454
Rio Claro3500465
São José do Rio Pardo-Mococa3500477
Amparo3500485
São José dos Campos351139São José dos Campos3500498
Taubaté-Pindamonhangaba35005010
Caraguatatuba-Ubatuba-São Sebastião3500514
Guaratinguetá3500528
Cruzeiro3500539
Esta seção é um excerto deLista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Rio de Janeiro § Regiões geográficas intermediárias.[editar]
Região geográfica intermediária[79]CódigoNúmero de
municípios
Regiões geográficas imediatasCódigoNúmero de
municípios
Rio de Janeiro330126Rio de Janeiro33000121
Angra dos Reis3300022
Rio Bonito3300033
Volta Redonda-Barra Mansa330217Volta Redonda-Barra Mansa3300048
Resende3300054
Valença3300065
Petrópolis330319Petrópolis3300074
Nova Friburgo33000811
Três Rios-Paraíba do Sul3300094
Campos dos Goytacazes330418Campos dos Goytacazes3300106
Itaperuna3300117
Santo Antônio de Pádua3300125
Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio330512Cabo Frio3300136
Macaé-Rio das Ostras3300146
Esta seção é um excerto deLista de regiões geográficas intermediárias e imediatas de Minas Gerais § Regiões geográficas intermediárias.[editar]
Região geográfica intermediária[80]CódigoNúmero de
municípios
Região geográfica imediataCódigoNúmero de
municípios
Belo Horizonte310174Belo Horizonte31000129
Sete Lagoas31000219
Santa Bárbara-Ouro Preto3100036
Curvelo31000411
Itabira3100059
Montes Claros310286Montes Claros31000632
Janaúba31000711
Salinas31000814
Januária3100098
Pirapora3100107
São Francisco3100116
Espinosa3100128
Teófilo Otoni310386Teófilo Otoni31001327
Capelinha31001410
Almenara31001514
Diamantina31001613
Araçuaí3100178
Pedra Azul3100187
Águas Formosas3100197
Governador Valadares310458Governador Valadares31002026
Guanhães31002120
Mantena3100227
Aimorés-Resplendor3100235
Ipatinga310544Ipatinga31002422
Caratinga31002516
João Monlevade3100266
Juiz de Fora3106146Juiz de Fora31002729
Manhuaçu31002824
Ubá31002917
Ponte Nova31003019
Muriaé31003112
Cataguases31003210
Viçosa31003312
Carangola3100349
São João Nepomuceno-Bicas3100359
Além Paraíba3100365
Barbacena310749Barbacena31003714
Conselheiro Lafaiete31003821
São João del Rei31003914
Varginha310882Varginha3100405
Passos31004115
Alfenas31004213
Lavras31004314
Guaxupé3100449
Três Corações3100456
Três Pontas-Boa Esperança3100465
São Sebastião do Paraíso3100475
Campo Belo3100485
Piumhi3100495
Pouso Alegre310980Pouso Alegre31005034
Poços de Caldas3100518
Itajubá31005214
São Lourenço31005316
Caxambu-Baependi3100548
Uberaba311029Uberaba31005510
Araxá3100568
Frutal3100576
Iturama3100585
Uberlândia311124Uberlândia31005911
Ituiutaba3100606
Monte Carmelo3100617
Patos de Minas311234Patos de Minas31006218
Unaí31006311
Patrocínio3100645
Divinópolis311361Divinópolis31006520
Formiga31006610
Dores do Indaiá3100679
Pará de Minas3100687
Oliveira31006910
Abaeté3100705
Esta seção é um excerto deLista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Espírito Santo § Regiões geográficas intermediárias.[editar]
Região geográfica intermediária[81]CódigoNúmero de
municípios
Regiões geográficas imediatasCódigoNúmero de
municípios
Vitória320121Vitória32000110
Afonso Cláudio-Venda Nova do Imigrante-Santa Maria de Jetibá32000211
São Mateus320115São Mateus3200039
Linhares3200046
Colatina320318Colatina32000513
Nova Venécia3200065
Cachoeiro de Itapemirim320424Cachoeiro de Itapemirim32000712
Alegre32000812

Economia

Ver artigo principal:Economia da Região Sudeste do Brasil
Marginal Pinheiros vista do distrito doItaim Bibi, a cidade deSão Paulo é o principalcentro financeiro doBrasil.

A expansão econômica do sudeste doBrasil se encontra associada a uma série de razões que possibilitaram principalmente esta região, em relação às demais do país sul-americano. Dentre estes motivos, sobressaem:[82]

É importante ressalvar que todas as razões se encontram interconectadas; a existência de um possibilita a expansão de outro. Por exemplo, a importante potencialidade humana e oprogressoagrário efabril do sudeste garantem um grandemercado consumidor para a produção regional. Estes motivos, associados a outros, são responsáveis por um desenvolvimento econômico muito maior em relação ao resto do Brasil.[82]

Mas a expansão agrícola,pecuária e fabril da região sudeste não é invariável: tal como ocorre com adivisão demográfica, as fontes de renda oscilam bastante de estado para estado, existindo maior quantidade de fábricas e pessoas na porção meridional da regiãio, mormente no decorrer da costa.[82]

Colheitadeiras em um campo decana-de-açúcar emPiracicaba,São Paulo.
Plantação decafé emSão João do Manhuaçu, interior de Minas Gerais.

Setor primário

Agricultura e pecuária

Os setoresagrícola epecuário se mostram bastante expandidos e muito variegados, apesar docafé haver sido a força primeira dacolonização doestado de São Paulo e de sua enorme expansão econômica, seu plantio tem se diminuído cada vez mais e, hoje, alterna-se com demais cultivos ou era completamente sucedido.[83]

Gado bovino em Minas Gerais.

Sobressaem, na produção agrária da região, asoja, alaranja e acana-de-açúcar. O Sudeste responde por boa parte do cultivo decana-de-açúcar doBrasil, centralizada naBaixada Fluminense, naZona da Mata mineira e noestado de São Paulo. Já o plantio dasoja possui maior desenvolvimento, porque ela é bastante usada nas fábricas derações eóleos, sendo uma boa parteescoada. Em sua grande parte reservado àprodução industrial e à venda externa desuco, o cultivo delaranjas é feito especialmente noestado de São Paulo. Além destes, são riquezas de grande relevância naprodução agrícola do sudeste doBrasil omilho, oalgodão, amamona, oamendoim e oarroz, etc.[83]

Apecuária também possui enorme importância na região, sendo sua criação degado bovino a segunda maior do país. O enorme beneficiamento decarne suína ebovina possibilita a implantação e a expansão deabatedouros efábricas de produtos derivados doleite. Aavicultura e a produção deovos são as mais expressivas doBrasil, centralizando-se noestado de São Paulo.[83]

Mineração

Mina de ferro daVale S.A emItabira, Minas Gerais.

Na extração mineral, em 2017, Minas Gerais era o maior extrator do país deminério de ferro (277 milhões de toneladas no preço de R$ 37,2 bilhões),ouro (29,3 toneladas em R$ 3,6 bilhões),zinco (400 mil toneladas em R$ 351 milhões) enióbio (no formato de cloridrato) (131 mil toneladas em R$ 254 milhões). Ademaiz, Minas fora o segundo maior exploradoer dealumínio (bauxita) (1,47 milhão de toneladas em R$ 105 milhões), terceiro demanganês (296 mil toneladas em de R$ 32 milhões) e 5º deestanho (206 toneladas em R$ 4,7 milhões). Minas Gerais possui 47,19% do valor da extração de minerais vendida no Brasil (primeiro lugar), com R$ 41,7 bilhões.[84][85][86][87] O estado detém a maior extração do país de várias pedras preciosas. Naágua-marinha, Minas Gerais extrai as pedras mais valiosas do mundo. Nodiamante, o Brasil foi o maior explorador mundial de diamantes entre 1730 e 1870: a mineração aconteceu primeiramente na Serra da Canastra, região deDiamantina, vindo a diminuir o valor da pedra internacionalmente pela extração em demasia. Minas Gerais continua produzindo diamantes, além de possuir extrações maiores ou menores deágata,esmeralda,granada,jaspe esafira.Topázio eturmalina sobressaem. No topázio, o Brasil tem a variedade mais reluzente do mundo, o topázio imperial, extraído somente emOuro Preto. Ademais, o país é o maior extrator de topázio do mundo. É ainda um dos maiores exploradores de turmalinas do planeta.[88][89][90]

Ainda tem extração degrafita, emSalto da Divisa, Minas Gerais; aglomerados, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e pedras ornamentais, no Espírito Santo.[91]

Embraer E-190,jato desenvolvido pelaempresaEmbraer que está sediada emSão José dos Campos,interior paulista.
REPLAN, a maiorrefinaria em produção depetróleo daPetrobrás, localizada emPaulínia,estado de São Paulo.

Setor secundário

CSN, emVolta Redonda, Rio de Janeiro.
Chocolates Garoto emVila Velha, Espírito Santo.
Sede daEMS emHortolândia, São Paulo.
Indústria químicaBraskem noestado de São Paulo.

Nasregiões metropolitanas do sudeste do Brasil –São Paulo,Rio de Janeiro eBelo Horizonte – centralizam-se os maiores complexos industriais daAmérica Latina. Estaszonas urbanas, no entanto, apresentam grande diferença entre setores bastante expandidos e outros com aspectos demiséria extrema, comocortiços,favelas e casebres de madeira.[92]

Também todo o sudeste do Brasil compreende regiões com aspectosambientais eeconômicos caracterizadamente distintos entre si.[92]

Regiões metropolitanas

Com enorme número defábricas e demunicípios, comportam cerca de 50% da população da região.[92]

Deste centro, a atividade fabril se expandiu por determinados eixosferroviários erodoviários, como, por exemplo, ovale do Paraíba e das baixadasSantista eFluminense, além do eixo davia Anhanguera e numerosos outros.Campinas é a enorme importância do setorfabril paulista atualmente. As 90 municipalidades de sua região administrativa já são o terceiro maiorparque fabril do Brasil, perdendo apenas para as regiões metropolitanas deSão Paulo e doRio de Janeiro.[92]
Além do parque fabril formado pelas trêsregiões metropolitanas, são núcleos manufatureiros principais no sudeste:Sorocaba,Jundiaí,Piracicaba,Santos e a “corrente” industrial dovale do Paraíba, cujo município mais populoso éSão José dos Campos.[92]

Setor terciário

Turismo

Ver artigo principal:Turismo na região Sudeste do Brasil
Pôr do sol no Vale do Travessão,Parque Nacional da Serra do Cipó em Minas Gerais.
Ilha das Couves, emUbatuba,São Paulo, considerada um dasilhas mais bonitas do Brasil.

São Paulo eRio de Janeiro comandam oturismo brasileiro, denegócios e delazer, nessa ordem, com a entrada inicial direta de cerca de 452 mil e mais de 181 milturistas em cada um em 2012.[93] Em 2018, a Região Sudeste do Brasil foi responsável por 54,8% do total de passageirosembarcados e desembarcados no país. Considerando que, nesse ano, o movimento total de passageiros nos principaisaeroportos brasileiros somou 206.880.245, isso representa aproximadamente 113.400.000 passageiros movimentados na Região Sudeste. É importante notar que esses números incluem tanto embarques quanto desembarques, emvoosdomésticos einternacionais. Além disso, a região concentrou 52,6% dospousos edecolagens deaeronaves no país durante o mesmo período.[94]

O Sudeste compreende alguns dos mais importantespatrimônios naturais e históricos doBrasil, como oCristo Redentor e oPão de Açúcar, noRio de Janeiro. EmSão Paulo, entre os atrativos estãoCampos do Jordão,estância deinverno no conjunto montanhoso daserra da Mantiqueira,praias nacostasetentrional ereservas ecológicas na porçãomeridional, com praiassilvestres egrutas. EmMinas Gerais, sobressai oturismo ambiental, como oParque Estadual de Ibitipoca e naserra do Cipó, além de cidades históricas dociclo do ouro, dentre elas se encontramOuro Preto, oCentro Histórico de Diamantina, patrimônios naturais e históricos da humanidade, eTiradentes.[93] OEspírito Santo é principalmente visitado pelas praias deGuarapari eAnchieta e pelas serras e montanhas.

Vista panorâmica deSanta Teresa, comCorcovado,Cristo Redentor eFloresta da Tijuca à direita e aEnseada de Botafogo, oPão de Açúcar e oMorro da Urca à esquerda e ao fundo aBaía de Guanabara. ORio de Janeiro é um dos principais destinos turísticos naAmérica Latina e em todo oHemisfério Sul.[95]

Infraestrutura

Saúde

O Hospital Regional do Câncer dePresidente Prudente, no oeste paulista.

A Região Sudeste do Brasil, composta por quatro estados, possui 1.668municípios. Em 2009, a região contava com aproximadamente 600.399médicos, resultando em uma média de 3,1 médicos por milhabitantes. Além disso, havia cerca de 132.313enfermeiros, correspondendo a 0,7 enfermeiros por mil habitantes.[96] A equipe de enfermagem, incluindo técnicos e auxiliares, ocupava 272.398 postos de trabalho na região, com predominância nosetor público e emestabelecimentos hospitalares.[97]

Em termos deinfraestrutura, o Sudeste apresentava, em 2018, uma cobertura deabastecimento de água que atendia 91,0% da população. No entanto, apenas 79,2% tinham acesso àcoleta de esgoto, e otratamento de esgoto abrangia cerca de 50,1% do volume coletado. Essas deficiências emsaneamento básico impactam diretamente asaúde pública, contribuindo para a incidência de doenças de veiculação hídrica.[98]

AME deRibeirão Preto.

Em relação ao acesso a serviços de saúde, dados de 2019 indicam que 76,5% da população brasileira costumavam procurar o mesmo local ouprofissional de saúde, sendo que 69,8% desses atendimentos ocorriam em estabelecimentospúblicos, com destaque para asUnidades Básicas de Saúde (UBS), mencionadas por 46,8% dos usuários. Além disso, apenas 28,5% da população possuía algum plano de saúde, seja médico ou odontológico, evidenciando a importância doSistema Único de Saúde (SUS) na assistência à saúde da população.[99]

AEstratégia Saúde da Família (ESF) desempenha um papel fundamental na atenção primária, com equipes multidisciplinares atuando em comunidades para promover a saúde e prevenirdoenças. No entanto, desafios persistem, como a necessidade de ampliar a cobertura e melhorar a infraestrutura dos serviços de saúde, especialmente em áreas mais vulneráveis.[100]

Educação e ciência

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, daUniversidade de São Paulo (USP), um dos renomados centros universitários do mundo.
Sirius,acelerador de partículas doLaboratório Nacional de Luz Síncrotron, emCampinas, o único acelerador de partículas desse porte na América Latina e o segundo do mundo.[14]

A Região Sudeste do Brasil destaca-se por sua expressiva infraestrutura educacional, abrangendo desde aeducação infantil até oensino superior. Em 2022, a taxa deescolarização paracrianças de 6 a 14 anos atingiu 99,4% no país, com o Sudeste apresentando uma das maiores taxas, refletindo o compromisso regional com aeducação básica.[101]

Noensino superior, o Sudeste abriga algumas das mais renomadasuniversidades públicas do país, como aUniversidade de São Paulo (USP), aUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp), aUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e aUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Essas instituições são reconhecidas por sua excelência acadêmica e contribuições significativas empesquisa einovação.[102][103][104][105]

Ataxa de analfabetismo na região é a mais baixa doBrasil, registrando 2,9% em 2022, em contraste com a média nacional de 5,6%. No entanto, desafios persistem, como a redução doanalfabetismo funcional e a melhoria contínua da qualidade do ensino.[101]

OÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH) relacionado àeducação no Sudeste é elevado, refletindo os investimentos e políticas públicas voltadas para o setor.[28] Apesar dos avanços, a região continua empenhada em aprimorar seus indicadores educacionais, buscando equiparar-se apaíses desenvolvidos e assegurareducação de qualidade para toda apopulação.[106]

A região compreende os três principais centros depesquisa e progresso doBrasil, constituídos pelascidades deSão Paulo,Rio de Janeiro eCampinas, que são responsáveis, nesta ordem, por 28%, 17% e 10% da produção científica do país – conforme informações de 2005.[107] A região é formada por importantes universidades, como aUniversidade de São Paulo e aUniversidade Estadual de Campinas, no Estado de São Paulo,[108] aUniversidade Federal do Rio de Janeiro e aUniversidade Federal de Minas Gerais, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, nesta ordem.[109]

Transportes

Ponte Rio-Niterói, a maior ponte brasileira com quase 14Km de extensão, noRio de Janeiro.

A Região Sudeste do Brasil destaca-se por abrigar aproximadamente metade dapopulação nacional e concentrar oscentros urbanos mais industrializados doterritório. Essa configuração confere à região o mais elevado índice deurbanização e ainfraestrutura detransportes mais desenvolvida do país.[110]

A malha ferroviária da região Sudeste, expandida principalmente devido àcultura cafeeira, constitui aproximadamente metade dasvias férreas existentes noBrasil. Além disso, cerca de 30% dasrodovias nacionais estão situadas nessa região, com destaque para oestado de São Paulo, onde se concentra a maior parte dessas estradas. Determinadas rodovias, como a dosImigrantes e aCastelo Branco, são reconhecidas por sua qualidade e segurança, sendo comparáveis às melhores infraestruturas viárias daAmérica.[110]

Porto de Santos, o mais movimentado doBrasil e daAmérica Latina.

Nos anos mais recentes, contudo, a redução nosaportes financeiros por parte do governo tem inviabilizado a expansão dainfraestrutura rodoferroviária e comprometido a conservação das estruturas já implantadas.[110]

O progresso industrial observado na região, aliado a uma estratégia governamental explicitamente voltada àexportação, impulsionou significativamente a ampla expansão das atividadesportuárias no Sudeste do Brasil. Nesse contexto, destacam-se os portos deSantos,Vitória,Tubarão,Angra dos Reis eSepetiba como os mais movimentados do território nacional.[110]

A região dispõe de uma infraestrutura moderna e bem equipada, destacando-se a presença deaeroportos internacionais e diversos terminais destinados ao intenso fluxo devoos domésticos. Em contrapartida, a utilização danavegação fluvial permanece subaproveitada. Com o intuito de viabilizar otransporte aquaviário em trechos navegáveis de rios como oTietê e oParaná, foi instituída ahidrovia Tietê-Paraná. Para tal empreendimento, foram edificadas oitoeclusas — mecanismos hidráulicos semelhantes aelevadores aquáticos — cuja função é regularizar os desníveis do leito fluvial, permitindo, assim, otrânsito seguro de embarcações entre as diferentes seções dahidrovia.[110]

A hidrovia possibilita a navegação ao longo de 2,4 mil quilômetros dabacia Platina, abrangendo cincoestados brasileiros e quatronações sul-americanas. Trata-se de um avanço significativo na modernização da infraestrutura detransportes da região Sudeste, contribuindo para a redução dos custos defrete e favorecendo a integração com outros meios de transporte.[110]

Energia

Usina nuclearAngra 1 noRio de Janeiro.

Por se encontrar centralizado quase 50% do contingente populacional do país, além de se encontrar o maior e mais variegado centro fabril do país e de centralizar um grande sistema de transportes, a região precisa de muita energia. Boa parte da energia utilizada na região (bem como ocorre no país) é gerada por usinas hidrelétricas, comoFurnas,Ilha Solteira,Três Marias,Marimbondo,Jupiá e outras; explorando o relevo montanhoso e a existência de rios volumosos. Uma porção da energia gerada na região procede dasusinas termonucleares,Angra I eAngra II.[111]

Em 2013, o Sudeste é responsável por mais da metade do volume do Sistema Integrado Nacional (SIN), sendo a maior região compradora de eletricidade do país. O potencial implantado de produção de energia elétrica da região perfazia mais de 42 500 MW, o que significava mais de um terço do volume de produção do Brasil. A produçãohidrelétrica respondia por 58% do potencial implantado na região, sendo o resto 42% essencialmente equivalente à produçãotermelétrica. São Paulo era responsável por 40% desse potencial; Minas Gerais por mais de 25%; o Rio de Janeiro por 13,3%; e o Espírito Santo pelo resto. Entre as fontes renováveis para a produção termelétrica, sobressai abiomassa da cana-de-açúcar, com aproximadamente 6 300 MW de capacidade, divididos em mais 230 usinas. Entre as fontes não renováveis, sobressaem ogás natural, com cerca de 6 300 MW, os derivados de petróleo, com 1 100 MW, e a geração termonuclear, com 2 000 MW.[111]

Segurança pública

Centro de Detenção Provisória (CDP) emItatinga.

A Região Sudeste do Brasil, composta pelos estados deSão Paulo,Rio de Janeiro,Minas Gerais eEspírito Santo, possui uma estrutura de segurança pública composta por diversas instituições militares eforças policiais. Cada estado mantém suas próprias corporações, como aPolícia Militar e aPolícia Civil, responsáveis pelo policiamento ostensivo e pelainvestigação de crimes, respectivamente. Essas instituições operam de forma coordenada para garantir aordem pública e asegurança da população.[112]

O sistema prisional na Região Sudeste enfrenta desafios significativos, incluindosuperlotação edéficit de vagas. O aumento doencarceramento e da rede de instituições carcerárias em todo o Brasil é impulsionado pelo "exemplo" paulista, que lidera o país em termos de número de presos e estabelecimentos prisionais. Além disso, o surgimento e a expansão de facções criminosas dentro do sistema prisional têm contribuído para a complexidade dasegurança pública na região.[113]

Viaturas daPolícia Rodoviária do Estado de São Paulo.

Em relação às estatísticas decriminalidade, os estados da Região Sudeste apresentam taxas dehomicídios abaixo da média nacional. Por exemplo,São Paulo registrou uma redução significativa na taxa de homicídios, passando de 39,7 para 10,1 por 100 mil habitantes entre 1998 e 2014. Essa diminuição reflete os esforços contínuos das autoridades estaduais em implementar políticas de segurança pública eficazes.[114]

No entanto, desafios persistem, como aviolência policial e aimpunidade em alguns casos. A atuação daPolícia Militar noRio de Janeiro, por exemplo, tem sido alvo de críticas devido a padrões violentos de operação, sendo responsável por 17% de todas as mortes violentas em 2017. Além disso, a baixa efetividade daPolícia Civil reflete-se na impunidade dos crimes que não têm as investigações concluídas, com apenas 12% dos crimes registrados sendo encaminhados para osistema judiciário em 2015.[115]

Cultura

Típicafeijoada à brasileira, acompanhada dearroz,couve,farofa elaranja.

Agastronomia do sudeste do Brasil é influenciada pela tradiçãolusitana, com as adições dos fluxos migratóriositaliano,japonês eárabe. Sobressaem ocuscuz-paulista, ofeijão-tropeiro, opernil à mineira, oleitão à pururuca e amoqueca capixaba. Afeijoada carioca, de procedência negra, é o mais tradicionalmente brasileiro destes alimentos. A base da alimentação das áreas costeiras da região compreende ofeijão-preto, oarroz, acarne-seca e afarinha de mandioca. Acarne fresca, oleite e os derivados demilho são mais comuns no interior.[116]

A região sudeste é abundante emlendas emitos, repletos de personagens extraordinários como osaci-pererê e amula sem cabeça. Na região interiorana deMinas Gerais são notórios os narradores de "causos", cuja inventividade sustentava antigamente a imaginação dos escutadores. Uma raridade que ainda existe nas comunidades rurais é ocarro de boi, o primeiro meio de transporte no Brasil.[116]

Nos centros urbanos da região sudeste do Brasil, aindumentária se fez cada vez menos típica em consequência da influência da moda daEuropa e dosEstados Unidos. O vestuáriocaipira, com vestimenta de chita colorizada, com babados elaços, para aspessoas do sexo feminino, e acamisaxadrez, olenço nopescoço echapéu de palha para osindivíduos do gênero masculino. A padronização do interesse pelorodeio em determinadas regiões rurais originou uma moda baseada nas roupas de montaria, combotas decouro ejaquetas.[116]

Arquitetura e artesanato

Complexo do Alemão, um conjunto de mais de treze favelas que, somadas, têm uma população maior que 65 mil habitantes.
Ouro Preto, Minas Gerais, foi o centro dociclo do ouro brasileiro e foi declaradaPatrimônio Mundial pelaUNESCO devido à suaarquitetura colonial barroca.

Nas regiões produtoras decafé noestado de São Paulo,extinta a escravatura, os agricultores das propriedades começaram a morar nas imediações da sede, em agrupamentos deresidências que compunham grupos de edificação normal. Com a difusão dasolarias, a residências de taipa passaram a ceder lugar àsconstruções detijolos. Nas comunidades de colonização mais tradicional, como noRio de Janeiro eMinas Gerais, preservaram-se as matrizes dosengenhos de açúcar e das propriedades de café do período colonial. Diminutas residências rurais mantém aspectos antigos, com paredes detaipa oupau-a-pique, ocasionalmente com revestimento desapê. NoEspírito Santo se fizeram frequentes as habitações de pau-a-pique,barreadas, revestidas comfolhas dezinco ouestilhaços delenha. Nos importantes centros urbanos, principalmente noRio de Janeiro, osmigrantes sem teto fizeram surgir um gênero próprio de edificação, o barraco, em agrupamentos estreitos que ganharam a denominação defavela oumorro. A favela se constitui de casas depapelão,tábuas e latas que convivem com outras dealvenaria, de dois ou mais andares, geralmente semarremate exterior.[116][117]

A fabricação dearreios ecaçambas (estribos simples delenha em formato dechinelo) é característica da região sudeste do Brasil, onde ainda são abundantes aspanelas eutensílios dedecoração depedra sabão, principalmente emMinas Gerais.Tapetes,colchas ecortinas produzidas em teares toscos e, na região mineira dorio São Francisco,rendas de bilro,redes echapéus de palha, mormente doburiti, formam oartesanato da região.[116]

Museu de Arte de São Paulo (MASP), naAvenida Paulista, em São Paulo, considerado um dos principaismuseus doHemisfério Sul.[118]

Patrimônio ecológico e festividades

Desfile daPortela noCarnaval do Rio de Janeiro, o maior do mundo segundo oGuiness Book[17]

Unidade de conservação mais antiga doBrasil, oParque Nacional do Itatiaia alberga uma superfície de 30 mil hectares nosmunicípios fluminenses deItatiaia eResende e nascomunas mineiras deItamonte,Alagoa eBocaina de Minas. Seu ponto mais alto é opico das Agulhas Negras, com 2 787 metros. Além davegetação característica damata pluvial, com árvores grandes comopaineiras,cedros ejequitibás, o parque possui, desde os 1 600 metros,florestas nubladas e, mais acima,campos de altitude. São comuns asorquídeas,begônias esamambaias. Seicentas espécies deaves coexistem compacas,preguiças emacacos, além de cem mil espécies deinsetos. Existem inúmerasquedas d´água, ummuseu debiologia e umorquidário.[116]

Festividades da região sudeste do Brasil[116]
FestividadeLocalData
ProcissãomarítimaAngra dos Reis-RJ1.° de janeiro
Desfile das escolas de sambaRio de Janeiro-RJ,São Paulo-SP eVitória-ESDomingo esegunda-feira deCarnaval
Festa do Peão de BoadeiroBarretos-SPSegundaquinzena deagosto
Réveillon napraia de CopacabanaRio de Janeiro-RJ31 de dezembro

Esportes

Neo Química Arena,estádio doCorinthians.

A Região Sudeste do Brasil destaca-se por sua rica tradição esportiva, com ofutebol ocupando posição de destaque.[119][120] Nos quatro estados que compõem a região, os clubes mais vitoriosos são:

Estádio do Maracanã, noRio de Janeiro

Além do futebol, esportes comovôlei,basquete eautomobilismo também gozam de grande popularidade na região. Oestado de São Paulo, por exemplo, é reconhecido por sua tradição no basquete e no vôlei, com clubes e atletas de destaque nacional e internacional.[126][127][128][129][130][131][132][133][134]

Ofutebol foi introduzido nos estados do Sudeste no final do século XIX e início do século XX. EmSão Paulo,Charles Miller é creditado por trazer o esporte em 1894.[135] NoRio de Janeiro, o futebol ganhou força no início do século XX, com clubes de remo adotando a modalidade.[136][137] EmMinas Gerais, o esporte começou a se popularizar nas primeiras décadas do século XX.[138][139] NoEspírito Santo, o futebol também se difundiu no início do século XX, com a fundação de clubes tradicionais.[140][141]

Vista aérea doAllianz Parque.

Os maiores estádios da região incluem oMaracanã, noRio de Janeiro, com capacidade para cerca de 78 mil espectadores; oMorumbi, emSão Paulo, com capacidade para aproximadamente 67 mil pessoas; e oMineirão, emBelo Horizonte, que comporta cerca de 62 mil torcedores.[142][143]

Oscampeonatos estaduais são organizados pelas federações de futebol de cada estado desde as primeiras décadas do século XX. EmSão Paulo, aFederação Paulista de Futebol foi fundada em 1941, sucedendo ligas anteriores que já organizavam o campeonato estadual desde 1902.[144] NoRio de Janeiro, aFederação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) foi criada em 1978, unificando as entidades anteriores após a fusão dos estados daGuanabara e doRio de Janeiro.[145] EmMinas Gerais, aFederação Mineira de Futebol foi fundada em 1915,[146] e noEspírito Santo, aFederação de Futebol do Estado do Espírito Santo foi estabelecida em 1917.[147]

Vista aérea doAutódromo de Interlagos, onde anualmente ocorreGrande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

A região sedia diversos eventos esportivos de importância internacional, regional e local. Oestado do Rio de Janeiro, por exemplo, foi palco dosJogos Olímpicos de 2016 e da final daCopa do Mundo de 2014.[148][149]São Paulo abriga oGrande Prêmio do Brasil deFórmula 1 noAutódromo de Interlagos.[150] Além disso, aCorrida de São Silvestre, tradicional prova deatletismo, ocorre anualmente nacapital paulista.[151]

A região Sudeste é berço de inúmeros atletas de destaque em diversas modalidades além do futebol. EmSão Paulo, nasceram opilotoAyrton Senna,[152][153] onadadorCésar Cielo[154] e ajogadora debasqueteHortência Marcari.[155] NoRio de Janeiro, destacam-se ovelejadorTorben Grael[156] e o jogador devôleiBernardinho.[157] NoEspírito Santo, aginastaNatália Gaudio é uma das atletas de maior destaque.[158]

Ver também

Referências

  1. «Área Territorial Brasileira».Resolução nº 1 da Presidência do IBGE, de 15/01/2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 15 de janeiro de 2013. Consultado em 11 de setembro de 2014 [ligação inativa]
  2. «IBGE_Censo_2022». Consultado em 29 de junho de 2023 
  3. abIPEA -Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.«Evolução do IDHM e de Seus Índices Componentes no período de 2012 a 2017 - Publicado em 2019 - Página 25 - Gráfico 7»(PDF). Consultado em 26 de abril de 2019 
  4. ab«Sistema de Contas Regionais: Brasil 2019.»(PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 8 de setembro de 2021. Consultado em 21 de abril de 2022 
  5. «Sul e Sudeste concentram 91% dos municípios mais desenvolvidos».Agência Brasil. 28 de junho de 2018. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  6. abSimielli 2000, p. 99.
  7. abcdeArruda 1988, pp. 7739–7740.
  8. «Brasil: 500 anos de povoamento | território brasileiro e povoamento | construção do território |capitanias hereditárias».IBGE. Consultado em 3 de agosto de 2025 
  9. Dias, Carlos Malheiro (7 de outubro de 2022).História da Colonização Portuguesa do Brasil. Col: 200 anos da Independência do Brasil. Ernesto de Vasconcelos, Roque Gameiro. Brasília, DF: Senado Federal |acessodata= requer|url= (ajuda)
  10. abFausto, Boris (1994).História do Brasil. Col: Didática. São Paulo, SP, Brasil: Edusp : Fundação para o Desenvolvimento da Educação |acessodata= requer|url= (ajuda)
  11. «Em 2022, PIB cresce em 24 unidades da federação | Agência de Notícias».Agência de Notícias - IBGE. 14 de novembro de 2024. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  12. abcdefgPerugine & Vallone 1992, p. 80.
  13. «Almanaque Indígena do Brasil: São Paulo».websmed.portoalegre.rs.gov.br. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  14. ab«Almanaque Indígena do Brasil: Rio de Janeiro».websmed.portoalegre.rs.gov.br. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  15. abc«Almanaque Indígena do Brasil: Minas Gerais».websmed.portoalegre.rs.gov.br. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  16. «Almanaque Indígena do Brasil: Espírito Santo».websmed.portoalegre.rs.gov.br. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  17. abAntunes 1997, pp. 28–29.
  18. abcdefAntunes 1997, p. 30.
  19. Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., de Moraes, G., Leonardo, J., & Sparovek, G. (2013).«Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711-728.». Consultado em 31 de março de 2014  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  20. abcdAntunes 1997, pp. 30–31.
  21. abcdAntunes 1997, pp. 31–32.
  22. abc«Panorama do Censo 2022».Panorama do Censo 2022 (em inglês). Consultado em 27 de outubro de 2024 
  23. abcArruda 1988, p. 7442.
  24. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).«Resoluções e legislação». Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  25. «Panorama do Censo 2022».IBGE. Consultado em 28 de junho de 2023 
  26. «Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 11 de janeiro de 2017.Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2016 
  27. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011).Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 261 páginas.ISBN 978-85-240-4187-7 
  28. abDesenvolvimento humano nas macrorregiões brasileiras(PDF). Brasília: PNUD: IPEA: FJP. 2016. p. 45.Cópia arquivada(PDF) em 16 de novembro de 2024 
  29. Civita Neto 2014, p. 654.
  30. Antunes 1997, pp. 37–44.
  31. «Censo Demográfico 2022 | IBGE». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de maio de 2023 
  32. «Tabela 9718: População residente, total e indígena, por localização do domicílio e quesito de declaração indígena nos Censos Demográficos - Primeiros Resultados do Universo».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 26 de outubro de 2024 
  33. «Tabela 2093: População residente por cor ou raça, sexo, situação do domicílio e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  34. «Tabela 1497: População residente, por nacionalidade - Resultados Gerais da Amostra».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  35. «Tabela 631: População residente, por sexo e lugar de nascimento».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  36. «Tabela 1505: População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 8 de julho de 2024 
  37. abcdefghijkAntunes 1997, pp. 37–44.
  38. «Revista Turismo - BASÍLICA NACIONAL DE APARECIDA DO NORTE - SP». Revista Turismo. Consultado em 9 de fevereiro de 2014.Cópia arquivada em 21 de novembro de 2008 
  39. abc«Tabela 137: População residente, por religião».sidra.ibge.gov.br. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  40. abc«As religiões no Brasil».Religião e Poder. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  41. abc«Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião | Agência de Notícias».Agência de Notícias - IBGE. 29 de junho de 2012. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  42. abc«Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião | Agência de Notícias».Agência de Notícias - IBGE. 29 de junho de 2012. Consultado em 8 de novembro de 2024 
  43. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]».www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  44. «Leste 2 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]».www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  45. «Leste 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]».www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  46. «Prefeitura divulga Calendário Oficial de Feriados e Pontos Facultativos do Município».Prefeitura de Aparecida. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  47. «Hoje, 6 de agosto, comemora-se o Dia de Senhor Bom Jesus dos Passos. A data marca o feriado...».Prefeitura Municipal Passos - MG. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  48. IBGE.«Tabela 4709 - População residente, Variação absoluta de população residente e Taxa de crescimento geométrico». Consultado em 26 de março de 2025 
  49. abcdefghAntunes 1997, pp. 50–51.
  50. abc«Constituição estadual». Consultado em 3 de julho de 2011.Cópia arquivada em 3 de julho de 2011 
  51. abcRio de Janeiro (5 de outubro de 1989).«Constituição do estado do Rio de Janeiro»(PDF). Senado Federal do Brasil. Consultado em 9 de julho de 2021. Arquivado dooriginal(PDF) em 9 de julho de 2021 
  52. abcAssembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) (17 de julho de 2013).«Constituição do Estado de Minas Gerais»(PDF). Consultado em 23 de dezembro de 2013 
  53. abc«Constituição do Estado do Espírito Santo»(PDF). Assembleia Legislativa do Espírito Santo. 5 de outubro de 1989. Consultado em 16 de fevereiro de 2012.Cópia arquivada(PDF) em 7 de maio de 2014 – via Dhnet 
  54. «Breve Histórico — TRF3: Conheça o TRF3».www.trf3.jus.br. 12 de maio de 2020. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  55. «Institucional».Supremo Tribunal Federal. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  56. «Histórico».Supremo Tribunal Federal. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  57. «Atribuições do STJ».www.stj.jus.br. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  58. «História da Justiça Eleitoral».Justiça Eleitoral. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  59. abTribunal Superior Eleitoral (TSE).«Consulta Quantitativo». Consultado em 23 de dezembro de 2013 
  60. ab«Consulta Quantitativo». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 23 de dezembro de 2013. Arquivado dooriginal em 17 de outubro de 2013 
  61. abTribunal Superior Eleitoral (TSE).«Consulta Quantitativo». Consultado em 12 de novembro de 2022 
  62. abTSE.«Consulta a zonas eleitorais». Consultado em 12 de novembro de 2022 
  63. Bueno, Beatriz Piccolotto Siqueira (dezembro de 2009).«Dilatação dos confins: caminhos, vilas e cidades na formação da Capitania de São Paulo (1532-1822)». Scielo.Anais do Museu Paulista.17 (2): 254. Consultado em 6 de janeiro de 2024 
  64. Boxer, Charles (1969).O Império Colonial Português (1415 - 1825). Lisboa: Edições 70. pp. 159 – 160 
  65. abcd«Evolução político-administrativa, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1940/2010»(PDF).Anuário Estatístico do Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2012. p. 22. Consultado em 3 de novembro de 2013.Cópia arquivada(PDF) em 2 de janeiro de 2019 
  66. Mascarenhas et al. 1998c, pp. 5065–5066.
  67. Mascarenhas et al. 1998b, pp. 3996–3997.
  68. Mascarenhas et al. 1998a, p. 2220.
  69. abcdSimielli 2013, p. 153;Simielli 2013, pp. 110–111.
  70. «São Paulo–SP: Histórico».cidades.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  71. «Rio de Janeiro–RJ: Histórico».cidades.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  72. «Belo Horizonte–MG: Histórico».cidades.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  73. «Vitória–ES: Histórico».cidades.ibge.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  74. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).«Resoluções e legislação». Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  75. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021»(PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023 
  76. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021»(PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023 
  77. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP.«Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023 
  78. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 12 de janeiro de 2018 
  79. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  80. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 25 de setembro de 2017 
  81. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 25 de setembro de 2017 
  82. abcAntunes 1997, pp. 44–45.
  83. abcAntunes 1997, pp. 45–47.
  84. Anuário Mineral Brasileiro 2018
  85. «Brasil extrai cerca de 2 gramas de ouro por habitante em 5 anos».R7.com. 29 de junho de 2019. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  86. «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Votorantim Metais adquire reservas de zinco da Masa».g1.globo.com. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  87. «Nióbio: G1 visita em MG complexo industrial do maior produtor do mundo».G1. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  88. «Algumas Gemas Clássicas».www.cprm.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  89. EFE, Da (7 de dezembro de 2012).«Maior pedra de água-marinha é brasileira e ficará exposta nos EUA».Ciência e Saúde. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  90. MINERAÇÃO DE METAIS E PEDRAS PRECIOSAS
  91. O peso da mineração na Região Sudeste
  92. abcdefghijklmAntunes 1997, pp. 47–48.
  93. abCivita Neto 2014, p. 662.
  94. Freire, Laura Lúcia Ramos.«Turismo»(PDF).www.bnb.gov.br. Consultado em 11 de janeiro de 2025 
  95. «Rio de Janeiro é o principal destino turístico do Hemisfério Sul, segundo pesquisa». O Globo. 28 de janeiro de 2010. Consultado em 10 de outubro de 2012 
  96. «Saúde».ipea.gov.br. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  97. Vieira, Ana Luiza Stiebler; Amâncio Filho, Antenor; Oliveira, Eliane dos Santos de (fevereiro de 2004).«Mercado de trabalho em saúde na região sudeste-Brasil: a inserção da equipe de enfermagem».Revista Latino-Americana de Enfermagem: 134–138.ISSN 1518-8345.doi:10.1590/S0104-11692004000100019. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  98. User, Super.«Saneamento e Saúde na Região Sudeste - Trata Brasil».bkp-trata.aideia.com. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  99. «PNS 2019: sete em cada dez pessoas que procuram o mesmo serviço de saúde vão à rede pública | Agência de Notícias».Agência de Notícias - IBGE. 4 de setembro de 2020. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  100. Fundação Oswaldo Cruz (2005).Saúde da Família: avaliação da implementação em dez grandes centros urbanos: síntese dos principais resultados(PDF). Brasília: Editora do Ministério da Saúde 
  101. ab«Em 2022, analfabetismo cai, mas continua mais alto entre idosos, pretos e pardos e no Nordeste | Agência de Notícias».Agência de Notícias - IBGE. 7 de junho de 2023. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  102. «Ranking de universidades - RUF 2023 | Folha».RUF: Ranking Universitário Folha. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  103. «USP e Unicamp lideram ranking da Folha; diferença é de 0,65 ponto».Unicamp. 13 de novembro de 2023. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  104. Gerais, Universidade Federal de Minas (15 de julho de 2021).«Ranking THE: UFMG mantém-se como a melhor federal e a quinta universidade da AL».Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  105. «Com federais, Brasil lidera lista das melhores universidades latino-americanas».Agência Gov. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  106. «Medalhas, IDH, Covid, PIB per capita: como o Brasil se compara aos outros países do mundo | Mundo».G1. 8 de agosto de 2021. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  107. «Unicamp – Assessoria de Comunicação e Imprensa 17 de Junho de 2005». Arquivado dooriginal em 17 de junho de 2008 
  108. Bermúdez, Ana Carla (20 de Julho de 2017).«Unicamp passa USP e é melhor universidade da América Latina, aponta ranking». UOL Notícias. Consultado em 16 de Agosto de 2017 
  109. Pati, Camila (7 de Julho de 2016).«As 15 melhores universidades do Brasil em 2016». EXAME. Consultado em 16 de Agosto de 2017 
  110. abcdefAntunes 1997, pp. 48–49.
  111. ab«O BNDES e a questão energética e logística da Região Sudeste»(PDF).web.bndes.gov.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  112. Comunitárias, OSP-Observatório de Segurança Pública e Relações.«Dados e Análises».OSP - Observatório de Segurança Pública e Relações Comunitárias. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  113. «Anuário Brasileiro de Segurança Pública»(PDF).forumseguranca.org.br. 2018. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  114. Waiselfisz, Julio Jacobo (2016).«Lista de estados e capitais mais violentos». G1. Consultado em 6 de abril de 2016.Cópia arquivada em 29 de outubro de 2016 
  115. «BRASIL: Experiências de (in)segurança pública em São Paulo e Rio de Janeiro»(PDF).www.thedialogue.org. 2024. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  116. abcdefgGarschagen 2002, pp. 250-E–250-F.
  117. Verano 2009, p. 5116.
  118. «MASP».MASP. Consultado em 11 de maio de 2025 
  119. «Corinthians supera Flamengo em torcida no Sudeste, veja ranking».Extra Online. 20 de julho de 2022. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  120. Prates, Renan (4 de setembro de 2023).«Quais são as maiores torcidas de futebol no Brasil?».olympics.com. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  121. abc«Com 16 títulos nacionais, Flamengo é um dos maiores campeões do Brasil; veja ranking».Gazeta Esportiva Apostas. 12 de novembro de 2024. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  122. abc«Brasileirão: confira lista atualizada com todos os campeões».O Estado de S. Paulo. 6 de dezembro de 2023. Consultado em 7 de dezembro de 2023 
  123. abc«Palmeiras conquista 4º Brasileiro nos pontos corridos; veja todos os campeões».CNN Brasil. 6 de dezembro de 2023. Consultado em 7 de dezembro de 2023 
  124. Meyer, Lorenzo (10 de novembro de 2024).«Flamengo: veja a lista completa de títulos conquistados pelo clube em sua história».olympics.com. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  125. «História».Rio Branco. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  126. «Clubes | Federação Paulista de Futebol».futebolpaulista.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  127. «Olimpíada de Tóquio 2021: SP lidera ranking 'estadual' em total de medalhistas, mas Bahia tem mais ouros».BBC News Brasil. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  128. «Medalha, medalha!: Quem são os maiores medalhistas do Brasil, e quem pode ampliar suas marcas em Tóquio».www.uol.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  129. «Ge promove lista histórica dos atletas brasileiros para celebrar centenário olímpico; veja o top 10 | ge.globo».Globoesporte. 3 de agosto de 2020. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  130. «Notícias - Esporte Clube Pinheiros».Esporte Clube Pinheiros. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  131. «Natação Archives».Notícias Unisanta. 20 de dezembro de 2024. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  132. OTD, Colaboração (5 de julho de 2022).«Osasco anuncia equipe para a próxima temporada».Olimpíada Todo Dia. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  133. Solutions, 3Tech.«Sesi Franca - O Maior do Brasil».www.francabasquete.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  134. «Fifa oficializa São Paulo como sede da abertura da Copa | Exame».exame.com. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  135. «UOL Esporte - Campeonato Paulista».www.uol.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  136. «MultiRio — A cidade entre regatas e partidas de futebol».MultiRio. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  137. «A história do Vasco da Gama».www.feth.ggf.br. Consultado em 7 de janeiro de 2024 
  138. «O Futebol na RMBH: aspectos históricos e sociais – Espaço do Conhecimento UFMG». Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  139. Dias, Cleber; Neto, Georgino Jorge de Souza; Silva, Igor Maciel da; Mayor, Sarah Soutto (2014).«HISTÓRIA DO FUTEBOL EM MINAS GERAIS».Revista Tempos Gerais (2). Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  140. «Vitória-ES 100 anos: meninos de 'sangue azul' criam futebol capixaba». globoesporte.com. 1 de outubro de 2012. Consultado em 17 de fevereiro de 2017 
  141. Vitória, Por Eduardo Dias e Sidney Magno Novo; ES (21 de junho de 2013).«Rio Branco: 100 anos de história do clube que nasceu para 'ser do povo'».globoesporte.com. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  142. «CBF cadastra 790 estádios brasileiros». CBF. 21 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de fevereiro de 2016. Arquivado dooriginal em 25 de fevereiro de 2016 
  143. «Cadastro Nacional de Estádios de Futebol»(PDF). CBF. 18 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de fevereiro de 2016. Arquivado dooriginal(PDF) em 29 de junho de 2017 
  144. Agência Futebol Interior (22 de abril de 2021).«Há 80 anos, nascia a FPF e o futebol paulista se unificava para sempre».www.futebolinterior.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  145. «FERJ | FERJ: 40 anos da fusão».www.fferj.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  146. «História da Federação Mineira de Futebol – Márcio Guerra: Memória».www.mguerramemoria.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  147. «A Federação - FES». 13 de agosto de 2018. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  148. Rio, Do G1 (13 de julho de 2014).«Final da Copa do Mundo será sob céu nublado mas sem chuva no Maracanã».Rio de Janeiro. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  149. «Rio-2016 será maior que a Copa do Mundo de 2014. Duvida?».UOL Esporte. 5 de agosto de 2014. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  150. «GP do Brasil de Fórmula 1: história, vencedores e recordes».www.esportelandia.com.br. 3 de novembro de 2024. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  151. «Corredores celebram a volta da São Silvestre com novos rituais».Folha de S.Paulo. 28 de dezembro de 2021. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  152. «Ayrton Senna: Memória preservada». Globo. Consultado em 25 de outubro de 2019 
  153. Liz Batista (24 de abril de 2015).«Era uma vez em SP... Maternidade São Paulo».acervo.estadao.com.br. Acervo Estadão. Consultado em 1 de abril de 2018 
  154. «5 dias para Paris-2024 : saiba mais sobre o recordista César Cielo!».Surto Olímpico. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  155. «Tudo sobre Hortência Marcari: biografia, títulos e recordes».www.esportelandia.com.br. 11 de agosto de 2024. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  156. «Biografia | Torben Grael».torben-grael.com. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  157. «Bernardinho: biografia, títulos, livro e frases famosas».www.esportelandia.com.br. 3 de outubro de 2024. Consultado em 13 de janeiro de 2025 
  158. Sites, AM Design.«Natália Gaudio | Ginasta | Palestrante |». Consultado em 13 de janeiro de 2025 

Bibliografia

  • Antunes, Celso (1997).Geografia e participação: as regiões do Brasil.2. São Paulo: Scipione 
  • Antunes, Celso (1990).Geografia do Brasil. 2º grau. São Paulo: Scipione 
  • Arruda, Ana (1988). «Região Sudeste».Enciclopédia Delta Universal.13. Rio de Janeiro: Delta 
  • Civita, Roberto (2002).Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita, Roberto (2007).Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita, Roberto (2010).Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Civita Neto, Victor (2014).Almanaque Abril. São Paulo: Abril 
  • Garschagen, Donaldson M. (2002). «Regiões brasileiras: Região Sudeste».Nova Enciclopédia Barsa: Macropédia.12. São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda. 
  • Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998a). «Espírito Santo».Grande Enciclopédia Larousse Cultural.9. São Paulo: Nova Cultural 
  • Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998b). «Minas Gerais».Grande Enciclopédia Larousse Cultural.16. São Paulo: Nova Cultural 
  • Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998c). «Rio de Janeiro (estado)».Grande Enciclopédia Larousse Cultural.21. São Paulo: Nova Cultural 
  • Perugine, Erdna; Vallone, Manuela Diogo (1992).Mundo Mágico: Estudos Sociais, Ciências, Programas de Saúde: livro 4. São Paulo: Ática 
  • Simielli, Maria Elena (2000).Geoatlas. São Paulo: Ática 
  • Simielli, Maria Elena (2013).Geoatlas. São Paulo: Ática 
  • Verano, Paulo Nascimento (2009). «Regiões brasileiras».Enciclopédia Barsa Universal.15. Rio de Janeiro: Barsa Planeta 
  • Wachowicz, Ruy Christovam (2010).História do Paraná. Ponta Grossa: UEPG 

Ligações externas

Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
CommonsCategoria noCommons
WikivoyageGuia turístico noWikivoyage
WikidataBase de dados noWikidata
Estados
Mapa da Região Sudeste do Brasil
Mapa da Região Sudeste do Brasil
História
Geografia
Economia
Relacionado
Região Centro-Oeste
Região Nordeste
Região Norte
Região Sudeste
Região Sul
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Região_Sudeste_do_Brasil&oldid=71073893"
Categoria:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp