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Região

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaRegião (desambiguação).
Localização de Cartago no meio do Mar Mediterrâneo.

Região (dolatimregio, regionis 'direção, linha reta; caminho direto, fre, deregere 'dirigir, guiar, governar'[1]), originalmente, um conceito de síntese da geografia que pretende definir, numa certa porção da superfície terrestre, uma identidade espacial homogênea baseada na análise dos elementos naturais e humanos. Porém, o termo passou a fundamentar uma área do pensamento geográfico denominadaGeografia Regional, concebida em oposição à Geografia Geral. Ao decorrer do século XX tal denominação passou por diversas revisões conceituais e atualmente seu uso tornou-se conflituoso e ambíguo para um olhar que esteja fora do âmbito daepistemologia geográfica[2].

Região é uma área da superfície terrestre que apresenta características naturais (geomorfologia, vegetação, clima, entre outras presentes em uma região natural) e humanas (culturais, econômicas, políticas e sociais entre outras) que a diferenciam das demais áreas, configurando uma relativa unidade ou identidade interna.

Umaregião também pode ser qualquer área geográfica que forme uma unidade distinta em virtude de determinadas características, tal como um recorte temático doespaço ou um recortelógico. Em termos gerais, costumam, mas não necessariamente, ser menores que um país, e podem ser delimitadas em diversas escalas de acordo com as necessidades do estudo. É comum intuitivamente empregarmos, como exemplo, o seguinte uso do termo para expressar uma hierarquia em escalas de abrangência política: país; região; e cidade. De modo mais geral, principalmente para referir fenômenos naturais, também se pressupõe a seguinte sequência: zona; região; e localidade. Por exemplo, podemos dizer que os fenômenos climáticos globais ocorrem de maneira distinta em zonas hemisféricas (norte e sul) e possuem consequências muito particulares em cada localidade. Por outro lado, as cidades servem como lugar de expressão dos territórios de conflitos para grupos populacionais que seguem ordenamentos e determinações nacionais e globais oriundas da produção econômica.

NaUnião Europeia, por exemplo, o território é administrativamente dividido emNUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins Estatísticos), que em algunspaíses vieram a substituir algumas das subdivisões tradicionais dos territórios nacionais.

A divisão e administração territorial difere de país para país, segundo políticas próprias e levando em conta particularidades geográficas, étnicas, históricas, econômicas e ecológicas.

Nageografia tradicional, as regiões eram entendidas como sínteses de elementos físicos e sociais em integração, sendo reconhecidas pela descrição dapaisagem. Nesse sentido, a região era uma paisagem diferenciada. O geógrafo clássico que mais se destacou no desenvolvimento desse tipo de estudo regional foiPaul Vidal de La Blache[3].

Já nageografia quantitativa, a região passa a ser pensada como uma divisão de área definida através de critérios de homogeneidade e/ou de relações funcionais. Os “belts” ou “cinturões” da agricultura norte-americana são exemplos de regiões homogêneas (cinturão do trigo, cinturão do milho, etc.), enquanto as regiões de influência de cidades são exemplos de regiões funcionais.

Ageografia humanista (ao menos na proposta deArmand Frémont), concebe a região não apenas com base em critérios econômicos e político-administrativos, mas também como espaço de identidade e de pertencimento. A região é, assim, um espaço mais amplo do que o lugar e onde vivem as pessoas com as quais um determinado indivíduo se identifica. Por exemplo, se uma pessoa que nasceu no Nordeste do Brasil acha que os nordestinos têm um jeito próprio de ser, irá pensar nessa região como o espaço em que vivem pessoas iguais a ela, muito embora ela não tenha visitado a maior parte dessa região[4].

Ageografia crítica relegou o estudo regional a um plano secundário, pois o identificou com o empirismo da vertente tradicional[5]. Os geógrafos críticos preferem trabalhar com os conceitos deespaço e deterritório. Alguns geógrafos que procuraram trabalhar com questões regionais numa perspectiva crítica sãoYves Lacoste eEdward Soja. Vale também mencionar queMilton Santos elaborou uma proposta de regionalização do território brasileiro em seu livroBrasil: território e sociedade no início do século XXI fé tropa"

Devido à crise do planejamento regional, que se inicia nos anos 1980, o conceito deregião não tem sido muito trabalhado pela geografia e nem pela economia regional. Hoje, o conceito mais usado pelos geógrafos latino-americanos é o deterritório[6].

Referências

  1. HOUAISS & VILLAR, Antônio & Mauro (2001).Dicionário Houaiss da língua portuguesa. [S.l.]: Instituto Antonio Houaiss/Editora Objetiva 
  2. Sandra Lencione, Tese de livre-docência apresentada no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.Região e Geografia. [S.l.: s.n.] 
  3. Luis Lopes Diniz Filho.Fundamentos epistemológicos da geografia. 1. ed. Curitiba: IBPEX, 2009 (Coleção Metodologia do Ensino de História e Geografia, 6), p. 86.
  4. Luis Lopes Diniz Filho.Fundamentos epistemológicos da geografia. 1. ed. Curitiba: IBPEX, 2009 (Coleção Metodologia do Ensino de História e Geografia, 6), p. 169.
  5. Bertha K. Becker; Claudio A. G. Egler.Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994 (Coleção Geografia)
  6. Rogério Haesbaert. Território e região numa "constelação" de conceitos. In: MENDONÇA, F.; SAHR, C. L. L.; SILVA, M. (org.).Espaço e tempo: complexidade e desafios do pensar e do fazer geográfico. Curitiba: Ademadan, 2009.

Ver também

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Designações de tipos deestados e dedivisões administrativas
Estados independentes ou
com grande autonomia
Entidades subnacionais
e localidades
Índole religioso
Outros
Termos relacionados
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