Oraio de Bohr (
) é umaconstante física cujo valor é 5,2917721067(12) x 10−11 m.[1]
Nomodelo atômico de Bohr essa constante corresponde aoraio daórbita de ordem 1 e é dada por

Nessa expressão
é aconstante de permissividade do vácuo e
aconstante de Planck;
e
são, respectivamente amassa e acarga do elétron.[2]
Afísica clássica previa que, uma vez que umelétron ao descrever umaórbita circular estáacelerado, ele deve emitirradiação eletromagnética, de acordo com asequações de Maxwell, perdendo dessa formaenergia cinética. A perda de energia cinética precipitaria rapidamente o elétron em direção aonúcleo do átomo. Dessa forma a física clássica prevê que não há possibilidade de haver umátomo estável.
Niels Bohr, no espírito dafísica quântica que estava nascendo, afirmou que omomento angular do elétron équantizado. Relacionando aforça centrípeta do elétron àforça de Coulomb e à quantização do momento angular, Bohr pôde calcular o raio de cadacamada eletrônica. Utilizando a energia do elétron, calculada a partir da energia cinética e dopotencial de Coulomb, e a equação doefeito fotoelétrico, Bohr pôde calcular ocomprimento de onda e afrequência de umfóton emitido ouabsorvido durante umsalto quântico de um elétron a partir da camada inicial e final do salto.
Dessa forma, Bohr obteve resultados que concordavam não só com opotencial de ionização dohidrogênio, como também com oespectro de raias do hidrogênio. Sua fórmula estava de acordo com afórmula empírica deJohann Jakob Balmer.
Posteriormente, em sua tese de doutorado,Louis de Broglie demonstrou que, tratando o elétron como onda, o momento angular do elétron no átomo corresponde ao postulado de Bohr.
Referências
- ↑«Bohr radius» (em inglês). National Institute of Standards and Technology. Consultado em 9 de maio de 2017
- ↑YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. (2016).Física: ótica e física moderna 14 ed. São Paulo: Pearson. p. 248-250 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)