Quediva (turco otomano: خدیو, romanizado:hıdiv; árabe: خديوي, romanizado:khudaywī) era um título honorífico de origem persa usado para os sultões e grão-vizires doImpério Otomano, mas mais famoso para ovice-rei do Egito de 1805 a 1914.[1]
Mehmet Ali Paxá assumiu o título quando subiu ao poder em1805. Como general do Império Otomano (com o título de paxá), expulsara do Egito as tropas deNapoleão Bonaparte e tornara-se um governante na prática independente, um monarca em tudo, menos no nome. Oficialmente, ele e seus sucessores ostentavam o título na qualidade de governadores otomanos, tributários do Egito e doSudão, embora o controle otomano sobre o país fosse, naquela altura, praticamente inexistente. O Império somente veio a reconhecer a reivindicação da dinastia ao título em1867.
Em1914, o QuedivaAbaz II foi deposto e seu tio,Hussein, tornou-sesultão, com a criação doSultanato do Egito pelos britânicos, pondo fim ao título de quediva do Egito. Entretanto, a dinastia de Mehmet Ali continuou a reinar no país, através de Hussein, até1952 quando foi instaurada aRepública.
O termo foi incorporado àlíngua portuguesa a partir dofrancêskhédive (1869), este doturcokhidív. Na origem, segundo alguns, estaria a palavrapersakhïdív ("rei", "príncipe"); segundo outros, um termo turco-persa que significaria "príncipe", "soberano"; ainda segundo outros, o turcoqidív ("vice-rei"), do persaqudáy ("deus").[2]