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Quartel do Segundo Batalhão de Guardas

23° 33′ 05″ S, 46° 37′ 38″ O
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quartel do Segundo Batalhão de Guardas
Quartel do Segundo Batalhão de Guardas
Informações gerais
Construção1842
Estado de conservaçãoSão Paulo
Património nacional
ClassificaçãoCONDEPHAAT
Data28 de agosto de 1981
Geografia
PaísBrasil
CidadeSão Paulo
Coordenadas23° 33′ 05″ S, 46° 37′ 38″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

OQuartel do Segundo Batalhão de Guardas é um edifício que encontra-se noParque Dom Pedro II, na região conhecida comoCentro Histórico de São Paulo. O edifício foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) da Secretaria de Cultura doGoverno do Estado de São Paulo emagosto de1981.[1]

O imóvel teve inúmeros usos e proprietários ao longo dos anos. Inicialmente foi a sede da Chácara do Fonseca, depois abrigou o Convento das Irmãs Duarte,[2] o Seminário dos Educandos, o Hospício dos Alienados e por fim foi o quartel do 2.º Batalhão de Guardas, como é conhecido até hoje.[3] A construção exata do prédio é uma incógnita até os dias de hoje porém, acredita-se que a obra foi uma herança deixada por D. Pedro I para sua ex mulher, Marquesa de Santos, visto que possivelmente este era o local de encontro do casal na cidade de São Paulo, quando D. Pedro realizava suas expedições pelo Brasil.[4]

O Quartel do Segundo Batalhão de Guardas foi por muitos anos um símbolo militar e ícone da preservação, enquanto era utilizado, estava sempre muito bem cuidado, da pintura até a grama.[5]

História

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Quartel do Segundo Batalhão de Guardas visto da plataforma de embarque da estação de metrô Pedro II.

Não se sabe a autoria e em que ano o prédio começou a ser construído, mas sabe se que sua obra foi concluída em1842 e que funcionou em seus primeiros anos como sede da Chácara do Fonseca.[6]

Segundo o historiador Antonio Egídio Martins no livro "São Paulo Antigo" (paginas 58/61) o prédio foi adquirido pela Fazenda Provincial com o objetivo de instalar o Seminário dos Educandos em1859. O historiador Ernani da Silva Bruno em "História e Tradições da Cidade de São Paulo", Vol. III (página 1197) discorda de Antonio Egídio Martins, afirmando que o Seminário dos Educandos foi instalado apenas em1860. Ambos autores concordam em relação a data em que o edifício passou a abrigar o Hospício dos Alienados, sendo1862 o ano em questão.[7]

O hospício permaneceu no imóvel localizado no Centro Histórico de São Paulo até1903, quando os pacientes que residiam no imóvel foram transferidos para o município deJuqueri.[7]

Por volta de1930 o prédio passou a ser o quartel daForça Pública e assim permaneceu até1964, ano em que oexército brasileiro tomou posse do local, inicialmente como este sendo a sede da 7ª Cia. de Guardas e apenas após isso, o quartel passou a abrigar o Segundo Batalhão de Guardas, onde ficaram até 1992 e até hoje é conhecido como tal.[8] Em1992 o imóvel foi transferido para aPolícia Militar, quando o batalhão foi deslocado para nova sede localizada no município deOsasco.[7]

O Quartel do Segundo Batalhão de Guardas foi tombado em1981 pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) com o objetivo da instalação do Museu Militar de São Paulo no edifício, apesar disso, está cada vez mais próximo de um futuro desabamento.[5]

Descrição Técnica

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Detalhe do telhado do quartel.

A construção do imóvel foi feita a partir de alvenaria de tijolos etaipa de pilão. O corpo mais antigo do prédio, construído 1842, preserva suas características clássicas originais. Esta área conta com pilastras e platibandas na fachada e foi erguida em dois pavimentos. A edificação conta com piso de pinho-de-riga, vitrais coloridos, umaclaraboia construída em forma de cone e um teto alto sustentado por imensas vigas.[3]

Segundo o processo de tombamento do CONDEPHAAT o edifício tem uma "curiosa característica" de possuir a linguagem arquitetônica colonial e neoclássica ao mesmo tempo, embora a técnica construtiva da taipa de pilão tenha sido utilizada para ambas.[9] A influência doneoclassicismo pode ser observada nas molduras de vãos, forros, vergas retas ou em arcos pleno, portas com as com as respectivas bandeiras de vidros coloridos e assoalhos originais conservados na parte mais antiga do imóvel.[6]

Dentre as reformas feitas na construção, podemos destacar as alas laterais que foram construídas nas últimas décadas doséculo XIX. Uma grande interligação entre as alas laterais foi a última grande obra feita no prédio. A construção ainda conta com uma varanda que percorre internamente o pátio inteiro.[6]

Atual estado de abandono

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Desde a mudança do Segundo Batalhão de Guardas para Osasco, o imóvel se encontra fechado em estado de abandono e deterioração. Com inúmeras portas e janelas quebradas, paredes com rachaduras, telhas quebradas, pichações, vegetação descuidada, muito entulho acumulado do lado de dentro, forros com cupins e até viaturas abandonadas,[8] o edifício parece estar “caindo aos pedaços” para os pedestres que passam na região do Parque Dom Pedro II.[10]

No processo de tombamento do CONDEPHAAT, feito em1981, afirmava-se que externamente o imóvel se encontrava em boas condições, mas que internamente necessitava de reparos "imediatos".[11] Agora, com quase duzentos anos de existência, a situação mostra-se cada vez pior, estando sujeita a um desmoronamento que pode ocorrer a qualquer momento.[4]

Projeto de Reforma

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Restaurar o Quartel da Guarda pode acontecer. O Quartel, onde já serviu o sargentoJoão Carlos de Oliveira, (conhecido como o atletaJoão do Pulo) pode acontecer reforma devido a uma parceria entre as secretarias daSegurança Pública e da Cultura de São Paulo. O local, situado noCentro de São Paulo, está deteriorado, em consequência do abandono. Depois de restaurado, o quartel sediará um centro cultural e um museu militar.[12]

Pessoas que passam a pé ou de metrô pode avistá-lo na Avenida do Estado, perto doParque Dom Pedro II. Também pelo trem é possível ver as condições do quartel, o telhado, a pintura, a estrutura, tudo precisa de reparos. Se por um lado falta conservação, por outro há excesso de história naquele local, tombado peloConselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).[12]

O secretário estadual de Cultura,Andrea Matarazzo, admitiu que o projeto só deveria ser tocado com afinco no próximo governo. Nesse atual governo, ainda estão sendo feitos os estudos de convênios e parcerias, do que precisa ser restaurado primeiro. Mas, tudo está seguindo para que a revitalização se concretize, completa o secretario.[12]

“A reforma do quartel faz parte do projeto de revitalização doParque Dom Pedro II”, comentouMatarazzo, informando: “na região está o Catavento Espaço Cultural da Ciência e o Museu de História do Estado de São Paulo e também integra o plano de modernização da área a demolição dos edifícios São Vito e Mercúrio”, que já teve início.[12]

O coronel da Polícia Militar, Marco Antonio Augusto, chefe do Centro de comunicação Social da corporação também comentou a respeito: “o quartel tem uma importância histórica para a cidade, que precisa de pontos culturais”. O prédio hoje está deteriorado, mas, em uma primeira análise, cabe restauro”.

A obra toda, segundo o coronel, custará R$ 30 milhões e será custeado pelo governo paulista. O local ainda abrigará bibliotecas, centro de convenções e salas para cursos. O tempo previsto de reforma dois anos. O Museu da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros devem ser transferidos também para o Quartel, após restaurado.[12]

Após quatro anos, em2014, o prédio continuava sem o restauro. A Secretaria de Estado da Cultura, que acompanha a proposta de intervenção no edifício por parte daSecretaria de Segurança Pública, divulgou que o órgão abriu licitação para contratar projetos executivos de restauro, que vai dar todo apoio técnico à implantação do Museu da Polícia Militar, mas que, após as avaliações técnicas, verificou que não há espaço suficiente para implantação de uma unidade do programa Fábricas de Cultura.[2]

Galeria

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  • Telhas quebradas mostram o estado de conservação do imóvel
    Telhas quebradas mostram o estado de conservação do imóvel
  • Detalhe de janela quebrada na fachada do imóvel
    Detalhe de janela quebrada na fachada do imóvel
  • Portas quebradas mostram o estado de conservação do imóvel e facilitam possíveis invasões
    Portas quebradas mostram o estado de conservação do imóvel e facilitam possíveis invasões
  • Detalhe de janela quebrada na fachada do imóvel
    Detalhe de janela quebrada na fachada do imóvel
  • Detalhe da fachada do imóvel
    Detalhe da fachada do imóvel
  • Detalhe de janela quebrada na fachada que denuncia o abandono dentro do imóvel
    Detalhe de janela quebrada na fachada que denuncia o abandono dentro do imóvel
  • Fachada do imóvel vista da Avenida do Estado
    Fachada do imóvel vista daAvenida do Estado

Significado Histórico-cultural

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Fachada do quartel

Devido ao seu significado histórico-cultural para a cidade, o quartel foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) da Secretária de Cultura doGoverno do Estado de São Paulo no dia28 de agosto de1981.Antônio Henrique Bittencourt Cunha Bueno, o secretário extraordinário da Cultura do Governo do Estado durante a gestão dePaulo Salim Maluf, assinou o parecer do processo no dia1 de agosto de 1981.[13]

Apesar de não possuir umestilo arquitetônico definido e diferentes fontes divergirem sobre datas impossibilitando de se elaborar uma resenha história precisa, o argumento de que o edifício é depositário da memória nacional pelos inúmeros usos que teve ao longo dos anos foi utilizado para justificar a decisão do tombamento da construção.[7] No processo de tombamento consta que pelo porte e localização do quartel dentro da paisagem urbana, o imóvel assumiu um "papel marcante na fisionomia da região tradicional da cidade", tornando-se impossível de ser separado da memória urbana dos cidadãos de São Paulo.[14]

O processo também objetivava a criação do Museu Militar de São Paulo no quartel,[7] o que não aconteceu, tendo em vista que o edifício continuou apenas como sede do Segundo Batalhão de Guardas e como almoxarifado da Secretaria de Justiça.[3]

O processo do tombamento é o nº 21740/81 nos arquivos do CONDEPHAAT e está disponível para consulta on-line. No Livro do Tombo Histórico do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) o número de inscrição do patrimônio consta como o 153, feito no dia22 de dezembro de 1981.[6]

Detalhe da fachada do quartel

Ver também

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OCommons possui imagens e outros ficheiros sobreQuartel do Segundo Batalhão de Guardas

Referências

  1. Processo nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981 |acessodata= requer|url= (ajuda)
  2. ab«Abandonado, quartel histórico do Parque D. Pedro II desperta a atenção de moradores - Mural».Mural - Folha de S.Paulo - Blogs. Consultado em 26 de abril de 2017 
  3. abc«Cópia arquivada». Consultado em 25 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 25 de novembro de 2016 
  4. ab«2º Batalhão de Guardas – São Paulo Antiga».www.saopauloantiga.com.br. Consultado em 19 de abril de 2017 
  5. ab«2º Batalhão de Guardas – São Paulo Antiga».www.saopauloantiga.com.br. Consultado em 27 de abril de 2017 
  6. abcd«Quartel do Segundo Batalhão de Guardas».Bens tombados pelo CONDEPHAAT. Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Consultado em 17 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 2 de outubro de 2016 
  7. abcdeProcesso nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981. pp. 64 e 65 |acessodata= requer|url= (ajuda)
  8. ab«2º Batalhão de Guardas – São Paulo Antiga».www.saopauloantiga.com.br. Consultado em 27 de abril de 2017 
  9. Processo nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981. 13 páginas |acessodata= requer|url= (ajuda)
  10. Nascimento, Douglas (31 de março de 2010).«2º Batalhão de Guardas».2º Batalhão de Guardas. São Paulo Antiga. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  11. Processo nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981. pp. 14 e 15 |acessodata= requer|url= (ajuda)
  12. abcde«Após anos de abandono, quartel histórico em SP deve ser reformado».São Paulo. 12 de setembro de 2010 
  13. Processo nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981. 99 páginas |acessodata= requer|url= (ajuda)
  14. Processo nº 21740. São Paulo, SP: Secretaria do Estado da cultura. 1981. 66 páginas |acessodata= requer|url= (ajuda)


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