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Pure Heroine

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Pure Heroine
Pure Heroine
Álbum de estúdio deLorde
Lançamento27 de setembro de 2013 (2013-09-27)
Gravação2012—2013
Estúdio(s)Golden Age Studios
(Auckland,Nova Zelândia)
Gênero(s)Indiepop,dream pop,eletrônica,electropop
Duração37:08
Idioma(s)Inglês
Formato(s)CD,LP,download digital,streaming
Gravadora(s)Universal,Lava,Republic
ProduçãoJoel Little, Lorde
Cronologia deLorde
Melodrama
(2017)
Singles dePure Heroine
  1. "Royals"
    Lançamento: 8 de março de 2013 (2013-03-08)
  2. "Tennis Court"
    Lançamento: 7 de junho de 2013 (2013-06-07)
  3. "Team"
    Lançamento: 13 de setembro de 2013 (2013-09-13)
  4. "Glory and Gore"
    Lançamento: 11 de março de 2014 (2014-03-11)

Pure Heroine é o álbum de estreia da cantora e compositora neozelandesaLorde. O seu lançamento ocorreu em 27 de setembro de 2013, através da editora discográficaUniversal Music. O processo de elaboração do projeto foi iniciado em meados de 2012, dois anos após a artista ter assinado um contrato de desenvolvimento com Scott Maclachlan, representante daA&R. Foi nessa época em que Lorde realizou as suas primeiras composições com o auxílio do seu produtor, Joel Little, o que resultou na gravação de umextended play intituladoThe Love Club, que foi utilizado para introduzir a cantora no cenário musical em 2013. Disponibilizado, inicialmente, de forma gratuita na plataformaSoundCloud, o registro contou com osingle de estreia de Lorde, "Royals", e foi responsável por atrair a atenção dos meios de comunicação à intérprete. Depois de conseguir a aclamação dos críticos com o EP, ela continuou a fonografar o material.

Gravado no estúdio Golden Age Studios, na Nova Zelândia, sob a produção executiva e musical de Joel Little, o disco possui uma sonoridade inspirada pelos estilosdream pop eelectropop, com fortes influência demúsica eletrônica e dopop independente, bem como dorock alternativo, e foi construído em torno de produção mínima, graves profundos e batidas programadas, enquanto a sua instrumentação é concretizada porsintetizadores,baixo ebateria. Liricamente, as faixas exploram temas comuns à juventude e fazem críticas à valorização do luxo e da beleza que as músicas contemporâneas exibem.

Pure Heroine recebeu revisões predominantemente positivas da mídia especializada, a qual prezou a habilidade vocal da artista e a mistura de diferentes estilos, bem como a sua produção, e consideraram-no um dos melhores lançamentos de 2013. Os resenhistas também elogiaram as composições feitas pela cantora, descrevendo-as como uma afronta à música produzida por artistaspops consagrados. Comercialmente, o disco também registrou uma recepção positiva, estreando na primeira posição das tabelas musicais daNova Zelândia e daAustrália, onde se tornou um dos dez mais vendidos do ano, e qualificou-se entre os dez primeiros colocados naArgentina, naChina, naEscócia, naEslovênia, noReino Unido, entre outras nações. NosEstados Unidos, comercializou 129 mil cópias na sua primeira semana nas lojas e debutou no terceiro posto daBillboard 200; noCanadá, conseguiu alcançar a segunda colocação.

Para promover o álbum, quatrosingles oficiais foram produzidos: "Royals", o primeiro deles, foi lançado em 8 de março, como o primeiro compacto deThe Love Club, mas logo foi incluído no CD. Tornou-se um sucesso internacional de número um, atingindo o topo na Nova Zelândia e naBillboard Hot 100, dos Estados Unidos, bem como em vários outros países. Tornou-se um dos mais vendidos do ano naAmérica do Norte e naOceania, e rendeu a Lorde os seus primeirosGrammy Awards, inclusive o de "Canção do Ano"; "Tennis Court" foi distribuído como o segundosingle na Nova Zelândia, Austrália e em partes docontinente europeu; tornou-se o segundo número um alcançado pela artista na primeira nação e obteve um desempenho moderado em outros países; "Team" foi lançado como a segunda canção de trabalho nos Estados Unidos e no Canadá, e como a terceira pelo mundo, alcançando as dez melhores colocações de várias tabelas musicais; por fim, "Glory and Gore" foi liberado como o seu últimosingle oficial, não alcançando o mesmo sucesso de seus antecessores. Como forma de divulgação do material, Lorde apresentou-se em programas televisivos e premiações e embarcou em sua primeira turnê, constituída de concertos feitos naEuropa Continental e nasAméricas.

Antecedentes e desenvolvimento

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O meu objetivo é fazer um trabalho coeso, que transmita a ideia de um álbum e seja algo em que terei orgulho. No momento, estou a trabalhar em um álbum e parece que, ultimamente, os discos que foram lançados não soam a um conjunto de canções coesas que se complementem e tenham significado como um grupo. Se conseguir fazer alguma coisa parecida, que sinta que é correta, verdadeira e boa, terei sido bem sucedida então.

— Lorde sobre o seu objetivo paraPure Heroine.[1]

A partir da idade de catorze anos, Lorde, nome artístico de Ella Yelich-O'Connor, trabalhou com aUniversal para desenvolver o seu som e visão artística. Ela assinou um contrato discográfico em 2009, quando tinha doze anos, após o vídeo de umaperformance em que participara em umshow de talentos em sua escola chegou às mãos de Scott Maclachlan, um profissional deArtistas e Repertórios da Universal Records.[2] Maclachlan ficou impressionado com a habilidade vocal de Lorde e imediatamente fechou um acordo de desenvolvimento com a cantora.[3] Inicialmente colocada junta com uma sucessão de diferentes compositores na tentativa de desenvolver a sua própria música, a jovem não foi levada a sério devido à sua pouca idade; ela, então, decidiu que escreveria as suas próprias canções e, dois anos mais tarde, realizou as suas primeiras composições em sua guitarra.[1] Com o intuito de aprimorá-las, Scott apresentou a jovem ao escritor e produtor Joel Little, que escutara as suas ideias e a ajudava a desenvolvê-las, auxiliando-a na produção, arranjos e melodia das canções. Em um pequeno estúdio, eles realizaram as gravações e, posteriormente, apresentaram-nas a Scott. Os três, então, passaram a se reunir e discutir as melhorias que poderiam ser feitas.[3] Concluídas as gravações, Maclachlan decidiu lançar a intérprete naindústria musical. Oextended play de estreia de Lorde,The Love Club (2013), foi disponibilizado gratuitamente em sua conta noSoundCloud e chegou a registrar mais de sessenta mildownloads feitos pelos seus admiradores antes de ser retirado e enviado às lojas digitais, como aAmazon.com e aiTunes Store.[4] Recebeu elogios de críticos de música que comparam o EP ao trabalho deSky Ferreira,Florence + The Machine,Lana Del Rey eGrimes, e alcançou a segunda posição naNova Zelândia e naAustrália, além da 23.ª na Billboard 200, nosEstados Unidos, onde vendeu mais de sessenta mil cópias.[5][6][7]

Após conseguir a aclamação da crítica e do público comThe Love Club, Lorde começou a trabalhar em seu primeiro álbum de estúdio.[1] Assim como oextended play,Pure Heroine possui o trabalho do produtor Joel Little e foi gravado no estúdio Golden Age Studios, emAuckland, na Nova Zelândia.[8] A gravação do material foi concluída em menos de um ano e foi supervisionada por Lorde e Little, sendo descrita pela intérprete como um processo bastante curto; todas as edições finais do projeto foram realizadas pela própria. Desde o início, todo o material foi escrito pela artista e co-escrito por Joel Little.[9] Na etapa final do processo, Lorde e Scott selecionaram apenas dez canções para fazerem parte do alinhamento do CD, a fim de se evitar um "material de enchimento".[3] Durante a gravação do álbum, Lorde afirmou que não tinha algo concreto em mente e que escutara muitos artistas dehip hop epop, comoJames Blake e Lana Del Rey, a fim de encontrar o seu estilo.[10] Mais tarde, ela mostrou ao seu namorado, James Lowe, o material que havia escrito; ele compartilhou a sua experiência em escrever canções com a cantora e a incentivou a escrever por conta própria a maior parte do disco.[11] Além de compositora, Lorde contribuiu como co-produtora do disco, ao lado de Joel Little.[1]

Lançamento e capa

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Em 12 de agosto de 2013, Lorde anunciou por meio de sua conta noTwitter que o seu primeiro álbum de estúdio seria intitulado dePure Heroine. No mesmo dia, revelou o alinhamento das faixas da edição original do disco. Adicionalmente ao seu título e à lista de faixas, a cantora revelou a sua arte de capa. Com tema simplista, a obra exibe apenas o nome artístico de Ella Yelich-O'Connor e o título do disco sobre um fundo negro.[12] Numa entrevista com osite SPEX Companies, Lorde explicou por que escolhera tal trabalho paraPure Heroine, dizendo: "Eu fiz aquilo por alguns motivos (...) Um deles é porque eu acho que amúsicapop é povoada por pessoas que têm a necessidade de ver como as suas pernas são, ou seios, ou o rosto. Eu só acho chato porque eu acho que música não deveria ser sobre isso. Eu gosto de como a capa do álbum [Pure Heroine] parece ser clássica e poderia ter cinquenta anos, ou algo dessa era. E o que eu gosto é que isso não tem nada a ver com música, então você tem que escutar ele. Completamente, você não pode julgá-lo pela capa, porque não tem uma capa para você julgar. Acho legal o fato de as pessoas terem que escutá-lo para julgá-lo".[13]

Dias depois, em 16 de agosto, a cantora confirmou a data de seu lançamento naAustrália.[14] Em 24 de setembro seguinte, a fim de promover o material, ela o disponibilizou inteiramente paraaudição apenas nosEstados Unidos.[15] Além disso, a campanha publicitária contou com trechos das letras de suas canções sendo exibidos em ônibus e vitrines, além de serem enviados viafax aos meios de comunicação.[16]Pure Heroine também foi editado em uma versão especial, contendo seis faixas adicionais.[17] Ambas as edições foram lançadas em formatofísico edigital em lojas internacionais e virtuais, comoAmazon.com eiTunes Store. NaNova Zelândia, a versão-padrão foi enviada às lojas em 27 de setembro, assim como na Austrália.[18][19] Nos Estados Unidos, foi lançada no dia 30 do mesmo mês e em 1.º de outubro noCanadá.[20][21] Já naIrlanda e noReino Unido, foi disponibilizada apenas nos dias 25 e 28 de outubro, respectivamente.[22] A sua edição especial somente foi disponibilizada, contudo, em 13 de dezembro, através do iTunes naAmérica do Norte, e, posteriormente, passou a ser distribuída em outros continentes.[23]

Composição

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Eu, na verdade, não tinha um som especifico em mente quando comecei a gravação. Eu sempre ouviahip-hop emúsica eletrônica, e também opoptop 40 (...) Eu realmente gosto demúsica minimalista, também. Eu não toco qualquer instrumento, então minha voz precisa ter o foco.[24]

Em termos musicais,Pure Heroine é um álbum de estilosdream pop eelectropop, bastante influenciado pelamúsica eletrônica e pelamúsica independente.[25][26] Construído em torno de produção mínima, graves profundos e batidas programadas, possui o trabalho desintetizadores em sua composição e também aborda elementos de gêneroship hop erock alternativo.[26][27] Liricamente, o disco explora temas relacionados à juventude, como aansiedade social, o anseio romântico, o descontentamento, o tédio, a insegurança, a inadequação e o medo, utilizando-se de uma visão madura e crítica, e desvalorizando o luxo e a beleza ostentados pelos artistaspops contemporâneos.[28][29][30]



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Para Scott Interrante, doPopMatters,Pure Heroine explora a adolescência na era digital, através de um ambiente sonoro fresco, sombrio e mal-humorado.[30] O álbum abre com "Tennis Court", uma faixa deandamento calmo e de estilosEDM, influenciada pelopop independente e pelohip hop, que fala sobre a fama recém-descoberta de Lorde e o quão pouco ela se importa com isso.[31][32] Aponte da canção foi descrita peloThe Huffington Post como perfeita, por se tratar da avaria causada pela indústria musical nos artistaspops.[33] O segundo número, "400 Lux", é uma cançãopop minimalista e, de acordo com oExaminer, reflete a favelização no paraíso, sendo descrita peloblogIdolator como a mais próxima a falar sobre o amor emPure Heroine.[34][35] "Royals" também se trata de umpop minimalista, com influências doelectropop e da músicagrime, e com umabatida acompanhada por estalos de dedo que se repete e ecoa.[36][29] Liricamente, a faixa menospreza as canções que ostentam artigos de luxo, pelos quais ela e seus amigos não têm interesse, e o estilo de vida de artistaspops contemporâneos.[37][38]

"Ribs" deriva de origens estilísticas dedeep house eelectropop, e reflete o seu medo de envelhecer, a descoberta de sua maturidade e os problemas provenientes dela.[39][40] A quita faixa, "Buzzcut Season", é acompanhada por acordes melancólicos depiano e pelapercussão doxilofone.[41] Recusando a realidade, de acordo com os analistas, "Buzzcut Season" critica a ridícula vida moderna e o modo como ela é exposta pelos meios de comunicação, sendo boa ou ruim.[42][43] Em seguida, vem "Team", uma mescla dopop e dorock alternativos com oEDM e sua melodia é concretizada através de sintetizadores,baixo ebateria.[44][45] Tornando a terra natal da cantora assunto abordado, o seu lirismo, de acordo com a própria, presta um tributo ao seu círculo de amigos e ao seu país de nascimento.[46] Além disso, retrata o descontentamento de Lorde com a músicapop moderna e reflete a diferença entre o que essas canções exibem aos ouvintes e a realidade em que estes vivem.[47] A sétima pista é "Glory and Gore", um híbrido de estiloschillwave ehip hop alternativo, que também contém influência doelectropop.[48] Utilizando-se de metáforas em sua letra, "Glory and Gore" compara as lutas dosgladiadores à cultura das celebridades modernas para alcançar a fama.[40][49] Também mostra o desprezo da cantora em relação à obsessão da sociedade com a violência moderna.[50] O próximo número é abalada "Still Sane", que apresenta em sua melodia o minimalismo sonoro de "Ribs" e relata a sua ambição e o medo de como a fama afetá-la-á, enquanto ela garante estar ciente das mudanças que vem vivenciando.[51][42] "White Teeth Teens", a nona faixa, é uma canção de estilosdoo wop erock independente e alternativo minimalistas, com Nick Levine, da revistaTime, comparando-a aos trabalhos deSantigold.[52] Liricamente, critica a sociedade e a forma com que determinados grupos se sentem superiores aos outros, reprovando o modo como aqueles são vistos e como eles realmente são.[50][40]Pure Heroine encerra-se com "A World Alone", a melodia mais longa do álbum. Substituindo as batidas eletrônicas por acordes deguitarra, Lorde mostra estar ciente de seu repentino sucesso e, mesmo tendo pessoas que a apoiam e aprovam o seu trabalho, no fim ela estará só.[53][54]

Repercussão

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Crítica profissional

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Críticas profissionais
Pontuações agregadas
FonteAvaliação
Metacritic79/100[55]
Avaliações da crítica
FonteAvaliação
AllMusic3 de 5 estrelas.[56]
Billboard(94/100)[50]
The A.V. Club(B +)[57]
PopMatters7 de 10 estrelas.[25]
The Guardian4 de 5 estrelas.[58]
The New Zealand Herald4.5 de 5 estrelas.[59]
Drowned in Sound8 de 10 estrelas.[60]
Rolling Stone4 de 5 estrelas.[61]
Slant Magazine4 de 5 estrelas.[54]
Clash Music9 de 10 estrelas.[49]

Após seu lançamento,Pure Heroine recebeu comentários bastante positivos dacrítica especializada, que elogiaram a sua produção e as habilidades de Lorde como letrista e vocalista. O portalMetacritic, com base em 28 resenhas, concedeu ao disco uma média de 79 pontos, em uma escala que vai até cem, indicando "análises geralmente positivas".[55] Jason Lipshutz, da revistaBillboard, classificou o álbum com 94 pontos, descrevendo-o como "imaculado", e que, de acordo com ele, mesmo sendo lançado no mês de setembro de 2013, onde materiais inéditos dos mais diferentes músicos também eram divulgados, Lorde se destacava por ser a mais impressionante vocalmente e pelas letras provocadoras. Lipshutz comparou ainda o trabalho do produtor Joel Little na obra, nomeadamente nobaixo, nosloops e nos ritmos, com as composições das bandas britânicas de música eletrônicaMassive Attack eThe XX. Além disso, ele caracterizou o álbum como "honesto e viciante", declarando que a era de Lorde estava apenas começando.[50]

Guilherme Tintel, do portal brasileiroIt Pop, elogiou a produção homogênea dePure Heroine e o comparou à estreia de Lorde, afirmando: "Talvez tenhamos sentido falta de algumas misturas menos óbvias, como aconteceu noThe Love Club, mas isso não tornou a produção menos interessante, fazendo-o ser, inclusive, um dos discos de estreias mais legais que escutamos nesses últimos anos".[42] Jim Farber, do periódico norte-americanoNew York Daily News, comparou os timbres vocais de Lorde aos da britânicaAdele e afirmou que o estilo formado pela neozelandesa foi inspirado porLana Del Rey, mas que Lorde consegue fazer músicas melhores e com mais convicção; segundo Farber, como Del Rey, Lorde faz canções uniformemente lentas, pessimistas e encharcada de sintetizadores, mas que se beneficiam de texturas mais finas e sutis variações dotrip hop dos anos 1990.[62]

Thomas Erlewine, da base de dadosAllMusic, também comparou Lorde a Lana Del Rey. Sendo, contudo, mais negativo em sua revisão, Thomas proferiu: "Pure Heroine parece apontar para a verdade, mas a verdade é [que] Lorde é uma invençãopop tanto quanto Lana Del Rey e não é tão honesta sobre as suas intenções".[56] Numa análise mais positiva, Jon Dolan, da revistaRolling Stone, descreveu o disco como: "Surpreendentemente verdadeiro e completamente formado", e sentiu que ele: "Transmite um sentimento surpreendentemente real e envolvente, caracterizado por algumas faixas com ritmos aconchegantes de pós-hip hop, e letras tão arrebatadoras que podem parecer, simultaneamente, arrogantes e pensativas".[61] Jon Hadusek, dositeConsequence of Sound, descreveu as letras da cantora como autoconscientes e cognitivas, e afirmou que Lorde é claramente uma compositora talentosa; sobrePure Heroine, Jon escreveu: "É um álbum muito adulto, apesar de seus temas adolescentes, e se você dá a mínima para boas cançõespops, então você deve escutá-lo".[26] A revistaNME foi mais negativa em sua análise ao preferir que todas as faixas seguem o mesmo padrão lânguido através de ritmos idênticos e que a maioria das letras abordam o mesmo tema: Lorde está entediada.[63] Robert Copsey, dositeDigital Spy, descreveu o álbum como: "Uma estreia surpreendentemente confiante", e afirmou que, com alguns ajustes, tem o potencial de fazer de Lorde a próxima estrela global.[41] NoThe Boston Globe, James Reed chamouPure Heroine de inteligente e imediatamente insidioso.[64]

Reconhecimento

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Pure Heroine foi listado por diversos críticos musicais como um dos dez maiores lançamentos de 2013 em várias publicações de final de ano. A páginaon-line australianaFasterLouder colocou-o na primeira posição de sua lista e descreveu Lorde como: "A estrelapop menos provável",[65] enquanto que aRolling Stone qualificou o álbum no número sete na lista dos cinquenta melhores de 2013, nomeando-o a melhor estreia do ano referido.[66][67]

Kevin McFarland, crítico do periódicoThe A.V. Club, colocou o disco no número nove em sua lista "Os 23 Melhores Álbuns de 2013", e declarou que, comPure Heroine, Lorde projeta uma confiança prodigiosa para o futuro.[68] NoblogIdolator, Sam Lansky classificou-o como o terceiro melhor lançamento do ano, descrevendo-o como: "Uma joia", que fica ainda melhor se escutado várias vezes,[69] ao passo que o jornalThe Daily Telegraph colocouPure Heroine na segunda posição de sua lista e Jesse Cataldo, daSlant Magazine, encerrou otop três do seu catálogo com o disco, o qual ele chamou de: "Conciso e repleto de cançõespop surpreendentemente maduras".[70][71] Ele também se destacou na lista publicada por Jon Pareles, no jornalThe New York Times, onde foi eleito o melhor disco de 2013, sendo elogiado por seus: "Brilhantes vocais e harmoniososcoros angelicais",[72] ao passo que Jason Lipshutz, da revistaBillboard, nomeou-o como o quarto melhor disco do ano em questão e afirmou que: "Pure Heroine estende os limites damúsicapop graças à tendência de Lorde para refrões inteligentes e pegajosos em cima de batidas nebulosas", elogiando a produção de Joel Little e dando ênfase às faixas "Royals" e "Team".[73] Além dessas, o álbum também se destacou nas listas das revistasEvening Standard (2.ª posição),Slate (8.ª posição)The New Republic (9.ª posição) eChash Music (10.ª posição), nos tabloidesThe Boston Globe (5.ª posição),Wall Street Journal (6.ª posição),The Austin Chronicle (10.ª posição),The Daily Beast (6.ª posição), na rádio WBEZ (5.ª posição) e nositeAmazon.com (7.ª posição).[74]

Além das listagens de fim de ano feitas pelos críticos,Pure Heroine foi incluído em diversas premiações musicais ao redor do mundo. Em 2014, o álbum venceu os troféus de "Álbum do Ano" e "AlbumPop" no New Zealand Music Awards e concorreu à categoria "ÁlbumPop Favorito" noAmerican Music Awards.[75][76]Além disso, também recebeu indicações às premiaçõesBillboard Music Awards na categoria "Melhor Álbum deRock", vindo a perder o prêmio paraNight Visions, do grupoImagine Dragons,[77] e ao prêmio "Melhor Álbum da Nova Zelândia do Ano" no Taite Music Prize, onde obteve êxito.[78]

A obra também concorreu a quatro categorias na56.ª edição dos Grammy Awards: "Canção do Ano", "Melhor Performance VocalPop Feminina", "Gravação do Ano" e "Melhor Álbum VocalPop", tendo vencido as duas primeiras.[79] Deste feito, Lorde tornou-se a neozelandesa mais jovem a conquistar um troféu nosGrammy Awards e converteu-se no terceiro ato mais jovem a levar a estatueta.[80][81]

Singles

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"Royals" foi lançado comosingle de estreia de Lorde em 8 de março de 2013. Incluso primeiramente emThe Love Club (2013), a obra recebeu aclamação doscríticos musicais, que elogiaram a sua instrumentação e os vocais da cantora, considerando-o um dos maiores lançamentos de 2013.[82][83] Estreou no topo databela musical daNova Zelândia, onde se manteve por três semanas consecutivas, e tornou-se a segunda canção mais vendida no país.[84][85] Internacionalmente, foi um sucesso de número um; nosEstados Unidos, conquistou a liderança daBillboard Hot 100 por nove semanas seguidas, convertendo Lorde na primeira neozelandesa a alcançar tal colocação e na mais jovem cantora a culminar na tabela desdeTiffany, em 1987.[86][87] Além disso, ficou na primeira posição daAlternative Songs por sete semanas consecutivas, tornando-se no trabalho de uma artista feminina solo a permanecer por mais tempo no topo e, ainda, fez de Lorde a primeira cantora em dezessete anos a liderar a tabela.[88] "Royals" foi a música mais vendida por uma cantora no país, com mais de 4.415 milhões de unidades comercializadas, e a quinta em uma classificação geral.[89] Até abril de 2014, havia distribuído mais de 5.4 milhões de réplicas nos Estados Unidos e mais de dez milhões pelo globo, tornando-se um dossingles com maisdownloads pagos no mundo.[90][91] Ovídeo musical acompanhante foi dirigido por Joel Kefali e retrata a vida de quatro rapazes em um dia comum, mostrando cenas deles realizando ações do cotidiano emcâmera lenta.[92] Até agosto de 2014, a produção possuía mais de 315 milhões de visualizações na plataformaVevo.[93]

Três meses após a sua estreia, "Tennis Court" foi liberado como o segundosingle dePure Heroine naOceania e em partes docontinente europeu. Foi recebido com análises positivas pelos profissionais especializados, os quais prezaram novamente as habilidades vocais de Lorde e o seu lirismo e melodia, descrevendo-o como um dos destaques do CD.[94][95] Conquistou o primeiro lugar da lista oficial das mais vendidas da Nova Zelândia, tornando-se o segundo número um alcançado por Lorde no país.[84] Em nível internacional, obteve um desempenho moderado, alcançando otop vinte naUcrânia, naAustrália, entre outros, enquanto que naBillboard Hot 100 atingiu a 71.ª posição, figurando no nono lugar dalista voltada para melodias de estilorock.[96][97][98] O vídeo musical correspondente também foi dirigido por Joel Kefali e mostra a cantora em um fundo preto, interpretando os versos "Yeah" da canção.[99] Até abril de 2014, a gravação havia sido assistida mais de 36 milhões de vezes.[100]

Em 13 de setembro, "Team" foi lançada como a terceira canção de trabalho do disco na Nova Zelândia e Austrália, e como a segunda noNorte da América e em alguns países daEuropa Continental. Os analistas da imprensa musical apreciaram a obra por seu estilo, letra e pela entrega vocal de Lorde.[101] Comercialmente, desfrutou de um sucesso favorável; alcançou o terceiro lugar em território neozelandês e noCanadá, enumerando-se dentre as vinte mais compradas de países como aSuíça, aAlemanha, aDinamarca e aÁustria.[102] Nos Estados Unidos, listou-se na sexta colocação daBillboard Hot 100 e vendeu mais de três milhões dedownloads.[97][90] O teledisco musical de "Team" foi dirigido por Young Replicant e exibe ao espectador um mundo de adolescentes, onde Lorde é a rainha.[103][104] Nos dias 23 e 30 do mesmo mês, "Ribs" e "Buzzcut Season" foram lançados comosingles promocionais dePure Heroine; atingiram as 26.ª e 29.ª posições no periódico daBillboard destinado a canções derock, respectivamente, e conseguiram entradas nas tabelasstreamings da Austrália e do Reino Unido, enquanto o primeiro alcançou a 29.ª na Nova Zelândia.[96][84] Em dezembro, "No Better" foi lançado comosingle promocional da versão especial dePure Heroine e, em 11 de março de 2014, "Glory and Gore" foi liberado como o últimosingle da versão oficial do CD, ambos falhando em obter o destaque dos seus antecessores; este último, contudo, conseguiu a 16.ª posição na Nova Zelândia e a 17.ª no periódico genérico daBillboard destinado amelodias alternativas, enquanto que naBillboard Hot 100 atingiu a 68.ª colocação.[105][106][107][97]

Divulgação

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Lorde a atuar ao vivo emSeattle, em 2013.

Lorde apresentou-se pela primeira vez em um grande concerto em 7 de setembro de 2013, no festivaliHeartRadio; antes disso, a cantora havia apenas realizadoperformances para um público pequeno.[108] NaAustrália, a sua primeira grande apresentação ocorreu no Splendour In The Grass, para mais de dez mil pessoas, onde ela substituiu o cantorFrank Ocean, que havia cancelado oshow em última hora.[109] Em 18 de setembro de 2013, a intérprete apresentou "Royals" no programa televisivo3rd Degree, naNova Zelândia, e, neste mesmo dia, realizou pela primeira vez uma entrevista com a imprensa, concedendo-a à jornalista Samantha Hayes.[110] Posteriormente, a cantora dirigiu-se àInglaterra, para realizar umaperformance da mesma canção noLater..., deJools Holland, da redeBBC e, no mesmo dia, subiu ao palco dacasa deshows Madame Jojo’s, emLondres.[111][38] Pouco depois, em 1.º de outubro, ela fez a sua primeira aparição em uma rede de televisão norte-americana, através do programaLate Night, deJimmy Fallon, na redeNBC, onde interpretou a mesma canção e "White Teeth Teens", sendo elogiada pelos meios de comunicação por sua presença de palco impressionante para uma garota de dezesseis anos.[112] Antes disso, em 25 de setembro, ela havia se apresentado no teatro The Fonda, emLos Angeles; usando um longo vestido preto e com o palco pouco iluminado, Lorde abriu oshow com "Bravado" e, em seguida, cantou "Biting Down", ambas doextended playThe Love Club e inclusas apenas na versão especial dePure Heroine. Da versão padrão do CD, "Glory and Gore" foi a primeira faixa interpretada, seguindo-se as demais faixas do disco, além de umcover de "Hold My Liquor", dorapperKanye West. O espetáculo também foi elogiado pelos especialistas e pelo público.[113] Em 3 de outubro, a cantora realizou um concerto em uma casa de espetáculos noBrooklyn, onde utilizou a mesmasetlist doshow anterior e apresentou a sua própria vertente de "Swingin Party", da banda derock alternativoThe Replacements.[114]

Lorde a atuar ao vivo durante a sua turnê, noTexas, em 2014.

No dia 9 do mesmo mês, Lorde continuou divulgando "Royals" ePure Heroine noThe Ellen DeGeneres Show, da comedianteEllen DeGeneres,[115] dirigindo-se, um dia mais tarde, para o Canadá para apresentar aquela canção e "Buzzcut Season" na rádioStudio Q, de Jian Ghomeshi.[116] Continuou a divulgação noLate Show, deDavid Letterman, da redeCBS Television Studios, interpretando pela primeira vez osingle "Team" em uma rede de televisão naAmérica do Norte.[117] O concerto durou cerca de 25 minutos e foi transmitidoon-line através da plataformaVevo, com Lorde apresentado faixas como "Bravado", "Ribs", "Royals", entre outras dePure Heroine.[118] Lorde apresentou "Royals" novamente durante a abertura doNew Zealand Music Awards de 2013 e, no mês seguinte, interpretou "Team" durante oARIA Awards.[119][120] Em dezembro, a cantora embarcou em sua primeiradigressão. No anuncio das datas, foi definido que o seu primeiro concerto seria realizado no início de 2014, na Nova Zelândia, e o seu encerramento no primeiro semestre do ano, noBrasil.[121] A turnê contou com concertos realizados em países docontinente europeu e dasAméricas, como naArgentina, noTexas e emRoma.[122] Ainda em dezembro, foi anunciada a sua etapa norte-americana. Ela se iniciou em 3 de março no Austin Music Hall, emAustin, e foi encerrada no dia 26 de mesmo mês, emOakland, naCalifórnia, e foram feitos, no total, dezesseisshows.[123]

A intérprete foi escalada para se apresentar na56.ª edição dos Grammy Awards em 2014. Com um visual descrito como "obscuro", a artista usou uma camiseta sem mangas branca, calça preta, cabelo alisado e unhas pintadas de preto até a metade dos dedos, além do batom escuro.[124] Ela cantou novamente "Royals" durante a cerimônia, mas com algumas alterações em sua instrumentação. A apresentação, que contou com projeções de estátuas atrás da cantora, também foi elogiada pela mídia e por personalidades comoMac Miller e a modelo Chrissy Teigen.[125][126] Em 19 de fevereiro seguinte, a neozelandesa apresentou novamente a canção em uma versãoremixada pela banda de música eletrônicaDisclosure noBRIT Awards de 2014; em maio, apresentou-se noBillboard Music Awards, onde executou "Tennis Court" e, no mês seguinte, cantou ummedley de "Tennis Court" e "Team" noMuchMusic Video Awards de 2014.[127][128][129] No mês anterior, contudo, Lorde foi umas das atrações doCoachella Festival, naCalifórnia; a jovem abriu o concerto com "Glory and Gore", interpretando, ainda, faixas deThe Love Club, como "Million Dollar Bills".[130] Para continuar divulgado o material nos Estados Unidos, uma segunda etapa da digressão foi iniciada em agosto, no festivalLolapalooza, emChicago, encerrando-se em outubro, no Austin City Limits Music Festival.[131] Também em agosto, ela embarcou na etapa neozelandesa da turnê, que se iniciou em 27 de outubro e terminou em 1.º de novembro.[132]

Impacto

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Uma jovem garota vem do nada, cuidando de si mesma contra todos osDr. Lukes eMileys eRiRis do mundo enquanto mantém seu controle e integridade no processo. É uma história que não ouvimos desde...Adele, em 2011, quando ela lançou seu próprio álbum comercializado fora de uma determinada marca de virtuosismo e juventude (o ubíquo21).

— Nick Messitte, daForbes, comentando sobre o impacto causado porPure Heroine no mercado musicalpop.[133]

O lançamento dePure Heroine e o seu sucesso comercial geraram um forte impacto no cenário musical atual. Elogiado por ser um materialmainstream coeso e por desafiar amúsicapop contemporânea produzida por artistas comoMiley Cyrus eRihanna, o álbum fez de Lorde o centro das atenções doscríticos musicais e foi considerado por muitos como uma obra-primapop.[49] Ainda foi elogiado por quebrar as barreiras necessárias para se alcançar o sucesso e por fazer Lorde provar que, para ser universalmente aceito, "não é preciso ser estúpido",[134][135] com Scott Interrante, do portalPopMatters, afirmando que o disco mostra uma visão crítica de Lorde em relação àcultura de massa e a artistas comoSelena Gomez,Taylor Swift eJustin Bieber.[30] Adam Pyarali, doThe Mood of Music, sentiu que o registro direciona a sua mensagem à geração criada pelaInternet e que, nele, Lorde atacasites comoPerez Hilton eTMZ, por promoverem a obsessão dos jovens em converter celebridades em ídolos.[134] Para editores do portalR7: "Lorde se diferencia de muita coisa que faz sucesso hoje em dia. Mais que uma aposta, ela é uma certeza. Certeza de que existe espaço para todos os tipos de artistas num mercado tão competitivo. Certeza de que é possível encontrar música boa em qualquer lugar do planeta. Certeza de que idade não significa nada".[136]

Todd Van Luling, doThe Huffington Post, levando em consideração o repentino sucesso obtido pela cantora, chamou-a de "A Próxima Nova Rainha da MúsicaPop",[137] enquanto que a equipe daBillboard proclamou-a como "Nova Rainha da Música Alternativa", chamando-a, ainda, de a nova artista mais procurada.[138] James Montgomery, daMTV, fez o seguinte comentário quando Lorde tornou-se a artista mais jovem a culminar naBillboard Hot 100: "Isso é apropriado, considerando os sentimentos anti-riqueza de seuhit 'Royals', a rara cançãopop que se atreve a sobrescrever a insipidez do seu próprio gênero. Por isso, o seu sucesso é um pouco chocante: nem a faixa, nem a jovem de dezesseis anos que a canta parecem encaixar-se dentro dos limites do reluzentetop dez, uma esfera rarefeita povoada por [nomes] como os deKaty Perry e Miley Cyrus".[139] Joe Zadeh, da revista Clash Music, ao comparar o disco aos trabalhos desenvolvidos por Cyrus e Rihanna, afirmou que a popularidade dePure Heroine sugere que nem tudo está perdido; Joe ainda citou um trecho de uma matéria publicada peloThe Guardian sobre Cyrus, na qual Kitty Empire revelou sentir-se profundamente deprimida ao ver que cantoraspops sentem dificuldade em comercializar suas canções sem lamberem marretas, e chamou Lorde de "a nossa salvadora sem marreta".[49] No periódico portuguêsPúblico, Luísa Teixeira da Mota, comparando Lorde a Rihanna, Miley Cyrus eBritney Spears, proferiu: "A Lorde chegou e, sem se despir, está a destronar as rainhas dopop. É verdade. Por mais incrível que pareça, há quem não precise de tirar a roupa para chegar ao topo".[140] Jornalistas da revistaVeja consideraram que: "2013 foi um ano em que intérpretes como Miley Cyrus, Lady Gaga e Katy Perry protagonizaram muito mais escândalos e estratégias nababescas de divulgação do que propriamente fizeram boa música. Por outro lado, 2013 foi o ano de 'Royals', uma cançãopop de alto calibre com um pouco de batida dehip hop muito bem interpretada, e cuja letra faz uma crítica à sociedade do consumo. Mais impressionante, é saber que 'Royals' não saiu da pena de uma artista consagrada ou de algum poeta veterano; ela saiu de uma cantora de dezessete anos chamada Lorde".[141]

Em dezembro de 2013, aMTV elegeu Lorde como a "Mulher do Ano", afirmando que ela usou sua música para desafiar os seus companheiros a pensar sobre o que realmente importa, além de dinheiro, carros e roupas.[142] Comentando sobre a decisão, a equipe do canal disse: "Talvez, o mais impressionante é o caminho de Lorde para o sucesso e o estrelato em 2013. Saindo do nada, a jovem cantora e compositora pediu ajuda de apenas um produtor para o seu álbum, em meio a uma era da músicapop na qual as grandes estrelas trabalham com uma vasta gama de colaboradores e escritores. Ela escreveu seu maciçohit 'Royals' em menos de uma hora e deu o passo ousado de lançar o seu primeiro EP gratuitamente através de plataformas comoSoundCloud (...) Entretanto, Lorde continua a preservar uma aura de mistério, mantendo aparições públicas e atuações ao mínimo em meio ao estrelato. Não é nenhuma surpresa que a efusiva matéria de capa daBillboard proclamou-a como a nova artista mais procurada do ano".[142] Ela também foi listada entre os dez finalistas do catálogo "Artistas do Ano de 2013", daMTV News, e, no mesmo mês, foi eleita a jovem mais influente do mundo pela revistaTime.[143][144] Em 2014, a revista norte-americanaForbes colocou Lorde no primeiro lugar de sua lista, na categoria musical, de jovens como menos de trinta anos que estão mudando o mundo e a chamou de: "A maior estrela da Nova Zelândia".[145] No mesmo ano,Dave Grohl, vocalista da bandaFoo Fighters, em uma entrevista com aRolling Stone, elogiou a cantora pelo modo como ela promove a sua música sem apelar ao que ele chamou de "pop destrippers", dizendo: "Quando a encontrei [Lorde], eu falei ‘Na primeira vez que ouvi sua música no rádio, estava com minhas filhas cantando junto e senti esperança de elas crescerem em um ambiente menos superficial",[146] enquanto que a equipe da revistaBillboard colocou-a na primeira posição na sua lista dos jovens com menos de 21 anos mais bem-sucedidos de 2014.[147]

Alinhamento das faixas

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Este é o alinhamento oficial das faixas. Todas as canções foram escritas e compostas por Ella Yelich O'Connor e Joel Little, com a exceção de "Swingin Party", que foi escrita porPaul Westerberg.

Pure Heroine - edição padrão
N.ºTítuloDuração
1."Tennis Court"  3:18
2."400 Lux"  3:54
3."Royals"  3:10
4."Ribs"  4:18
5."Buzzcut Season"  4:06
6."Team"  3:13
7."Glory and Gore"  3:30
8."Still Sane"  3:08
9."White Teeth Teens"  3:36
10."A World Alone"  4:54
Pure Heroine - edição especial (faixas bônus)
N.ºTítuloDuração
11."No Better"  2:50
12."Bravado"  3:41
13."Million Dollar Bills"  2:18
14."The Love Club"  3:21
15."Biting Down"  3:33
16."Swingin Party"  3:42
Duração total:
55:13
Pure Heroine - edição japonesa (faixas bônus)
N.ºTítuloDuração
11."Bravado"  3:41
12."Swigin Party"  3:42
13."Bravado" (Remix)3:43

Créditos

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Lista-se abaixo os profissionais envolvidos na elaboração dePure Heroine, de acordo com o encarte do CD:[148]

Desempenho comercial

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Pure Heroine estreou-se no primeiro lugar daRecording Industry Association of New Zealand (RIANZ), daNova Zelândia, na edição publicada em 7 de outubro de 2013, com mais de quinze mil cópias vendidas, recebendo, então, o certificado de platina da empresa.[149] Ele permaneceu na colocação durante as duas semanas seguintes e, posteriormente, oscilou dentre os dez mais bem-vendidos durante dezessete edições, vindo a retornar à primeira posição na sua décima oitava semana de vendas. O disco permaneceu no topo da tabela por oito semanas não-consecutivas entre 2013 e 2014 e, até a data, foi premiado com cinco discos de platina pela organização, tendo sido o segundo mais vendido de 2013 no país e o sexto de 2014.[85][150] Sucesso semelhante experimentou emterritório australiano, onde também atingiu o primeiro lugar em sua semana de estreia — tornando-se o terceiro mais rapidamente vendido em sete dias — e foi condecorado com o galardão de ouro daAustralian Recording Industry Association (ARIA) duas semanas após o seu lançamento.[151][152] Nas semanas subsequentes,Pure Heroine desempenhou-se dentre os dez mais vendidos da Austrália e chegou ao fim de 2013 com mais de cem mil unidades faturadas, tornando-se o nono CD mais comprado do ano.[153]

NoReino Unido, o material entrou na quarta posição dalista oficial dos mais vendidos, com dezoito mil réplicas vendias, enquanto que noCanadá debutou na vice-liderança dalista compilada pela Music Canada.[154] NosEstados Unidos, ele transportou cerca de 129 mil exemplares em sua semana de lançamento, entrando na terceira colocação daBillboard 200.[155] Na sua segunda semana, desceu para a sexta colocação, vendendo 63 mil cópias — uma queda de 51% de suas vendas em relação à semana anterior.[156] Sete dias mais tarde, fixou-se no sétimo lugar, com 48 mil unidades, retornando aotop cinco na sua quarta semana na tabela, ao comercializar mais quarenta mil exemplares para o país.[157][158] De acordo com aNielsen SoundScan, o CD havia vendido 413 mil exemplares até 3 de dezembro de 2013 e no dia 19 do mesmo mês totalizou 541 mil réplicas.[159][160] No dia 25, o álbum apresentou um aumento de 14% em suas distribuições e saltou da décima primeira colocação para a sétima, faturando outras 78 mil unidades.[161] Na primeira semana de 2014, vendeu 46 mil cópias e subiu à quinta posição, mantendo-se no posto nos sete dias precedentes, com mais 33 mil exportações.[162][163]Pure Heroine vendeu 797 mil cópias em quatro meses nos Estados Unidos e mais de 6.8 milhões defaixas digitais.[164]

Em fevereiro de 2014, após a apresentação de Lorde na56.ª edição dos Grammy Awards, o disco apresentou um acréscimo de 86% em suas vendas ao longo das semanas antecedentes e retornou à sua posição pico na tabela, a terceira, com 68 mil réplicas transportadas.[165] No dia 19 do mesmo mês, o disco caiu para a oitava posição, mas, após vender mais de 39 mil cópias, curvou-se na sétima e, posteriormente, moveu-se para o número seis, com outras trinta mil cópias.[166][167] Simultaneamente, atingiu a marca de um milhão de unidades vendidas nos Estados Unidos, tornando-se o primeiro disco de um artista em estreia a atingir tal marca desde outubro de 2013. Além disso, converteu Lorde na primeira artista feminina a vender um milhão de unidades de seu primeiro álbum de estúdio desde abril de 2011, quando a britânicaAdele alcançou a façanha com19.[167] Até outubro de 2014, o disco havia vendido mais de 1.5 milhão de cópias em solo norte-americano, incluindo 641 mil nos primeiros seis meses do ano, tornando-se o quarto mais vendido nesse período.[168][169] Ele foi o oitavo mais comprado de 2014 no país, com 841 mil unidades, e registra mais de quatro milhões distribuídas em nível global.[170][171]

Tabela musicalMelhor
posição
 Alemanha (Media Control Charts)[172]13
 Argentina (Argentine Monthly Albums)[173]10
 Austrália (ARIA Charts)[174]1
 Áustria (Ö3 Austriatop 40)[175]14
 Bélgica (Ultratop 50 deFlandres)[176]17
 Bélgica (Ultratop 40 daValônia)[177]16
 Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Discos)[178]4
 Canadá (Canadian Albums Chart)[179]2
 China (Sino Chart)[180]6
Coreia do SulCoreia do Sul (Gaon International Albums Chart)[181]11
 Croácia (Hrvatska Diskografska Udruga)[182]6
 Dinamarca (IFPI Dinamarca)[183]12
Escócia (Scottish Singles and Albums Charts)[184]6
 Eslovênia (Recording Industry Association of Slovenia)[185]9
Espanha (Productores de Música de España)[186]58
 Estados Unidos (Billboard 200)[187]3
 Estados Unidos (Alternative Albums)[188]1
 Estados Unidos (Rock Albums)[189]1
 Finlândia (IFPI Finlândia)[190]17
 França (Syndicat National de l'Édition Phonographique)[191]20
 Grécia (IFPI Grécia)[192]13
 Irlanda (IRMA Albums Chart)[193]4
 Itália (Federazione Industria Musicale Italiana)[194]26
 Japão (株式会社オリコン)[195]34
 México (AMPROFON)[196]32
 Noruega (VG-Lista)[197]2
 Nova Zelândia (The Official New Zealand Music Chart)[149]1
 Países Baixos (MegaCharts)[198]14
Portugal Portugal (Associação Fonográfica Portuguesa)[199]13
 Reino Unido (UK Albums Chart)[200]4
 Reino Unido (UK Digital Albums)[201]3
 Chéquia (IFPI Czech Republic)[202]29
 Suécia (Swedish Recording Industry Association)[203]6
Suíça (Schweizer Hitparade)[204]8

Certificações

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Região (Certificador)
Certificação[205]
Vendas
 Alemanha (BVMI) Ouro100.000+
 Austrália (ARIA) 2× Platina140.000+
 Áustria (IFPI Áustria) Platina15.000+
 Brasil (ABPD) Ouro20.000+
 Canadá (Music Canada) 2× Platina160.000+
 Colômbia (APDIF Colômbia) Ouro5.000+
 Estados Unidos (RIAA) 3× Platina3.000.000+
 França (SNEP) Ouro100.000+
 México (AMPROFON) Ouro30.000+
 Nova Zelândia (RIANZ) 5× Platina75.000+
 Polônia (ZPAV) Platina20.000+
 Reino Unido (BPI) Ouro100.000+
 Suécia (IFPI Suécia) Ouro20.000+
MundialMundo (IFPI World Chart)
7.750.000+

Histórico de lançamento

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Pure Heroine foi distribuído nos formatos deCompact Disc (CD) edownload digital noscontinenteseuropeu eamericano entre os meses de setembro e outubro de 2013, através das gravadorasUniversal Music eRepublic Records. Foi lançado em uma versões padrão e uma especial, trazendo dez faixas na primeira e dezesseis na segunda, além de ter sido lançado em uma edição especial limitada noJapão, que contém as faixas "Swingin Party" e "Bravado", e umremix desta última.

PaísDataFormatoGravadora
 Austrália[19]27 de setembro de 2013CD,download digitalUniversal Music
 Brasil[206]
 Nova Zelândia[18]
 Estados Unidos[207]30 de setembro de 2013Republic Records
 Canadá[21]1.º de outubro de 2013
 Alemanha[208]25 de outubro de 2013Universal Music
 Irlanda[209]
 Reino Unido[22]28 de outubro de 2013
Espanha[210]
Portugal Portugal[211]
 Japão[212]19 de fevereiro de 2014

Referências

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