Evidências internas também apóiam atese tradicional. Geralmente são alistadas três tipos delas, que são:
A familiaridade do autor com a pessoa de Cristo. Ele afirma que é testemunha ocular do ministério de Cristo
Sua reconhecida autoridade entre os primeiros leitores
As grandes semelhanças entre e o Evangelho de João e a 1 epístola de João. (1 João1:2-3*João 3:11; 1 João 1:4*João 16:24; 1 João 2:11* João 12:35; 1 João 2:14*João 5:38; 1 João 2:17*João 8:35; 1 João 3:5*João 8:46; 1 João 3:8*João 8:44; 1 João 3:13*João 15:18; 1 João 3:14*João 5:24; 1 João 3:16* João 10:15; 1 João 3:22*João 8:29; 1 João 3:23*João 13:34; 1 João 4:6*João 8:47; 1 João 4:15*João 6:56; 1 João 4:16* João 6:69; 1 João 4:16*João 15:10; 1 João 5:4*João 16:33; 1 João 5:9* João 5:32; 1 João 5:20*João 17:3)
O testemunho de Westcott a respeito das passagens paralelas, é conclusivo, ele argumenta que existem conceitos fundamentais semelhantes, porém, são apresentadas na epístola e no evangelho, com algumas diferenças. "O evangelho nos deu a revelação histórica, a epístola nos mostrou como a revelação foi recebida e vivida pela igreja e pelo crente". A forte correlação entre ambas favorece a autoria comum.
A falta de especial dedicação e saudação indica que a carta foi circular, provavelmente enviada àsigrejas da província daÁsia Menor, perto deÉfeso, onde, segundo uma tradição antiga, João teria passado seus últimos dias. Por causa da linguagem utilizada, pode-se inferir que o autor conhecia pessoalmente os destinatários da carta.
O objetivo de João ao escrever era expor aheresia dos falsos mestres e confirmar afé dos verdadeiros crentes. João declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que Crêem "no nome do Filho de Deus" (I João 5:13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestres de uma falsa doutrina. João refere-se ao ensinamento como enganoso (I João 2:26,I João 3:7) e aos mestres como "falsos profetas" (I João 4:1), mentirosos (I João 2:22) eanticristos (I João 2:18-22,I João 4:3). O anticristo um dia tinha estado com a igreja, mas tinha se afastado (I João 2:19) e tinha se "levantado no mundo" (4.1) (I João 4:1) para propagar sua perigosaheresia.
Este falso ensinamento parece ser precursor doGnosticismo (do termo grego gnosis, que significa conhecimento), e reivindicava possuir um conhecimento especial sobreDeus, ateologia e Jesus Cristo. Sua base doutrinária incluía:
I) que Jesus fosse realmente o Cristo (2:22),
II) a pré-existência do Filho de Deus (1:1; 4:15 e 5:5,10),
III) eles negavam a Encarnação de Cristo (4:2) IV) que seu objetivo fosse vir para salvar os homens (4:9).
Porém, segundo alguns estudiosos, a forma exata dessa heresia, é incerta. Geralmente é afirmado que tinha alguma afinidade com os pontos de vista mantidos porCerinto, naÁsia Menor, no fim do primeiro século, ainda que não fosse inteiramente idêntico com aquilo que se sabe sobre seu ensino. De acordo com Cerinto, Jesus foi um homem bom, no qual o Cristo celestial viera habitar desde o tempo deseu batismo até pouco antes de suacrucificação.
Isto é combatido em diversas passagens da epístola, que afirma que Jesus é o Cristo (5:6) o Filho de Deus (2:22, 5:1,5). O ensino de Cerinto baseava-se nodualismo gnóstico entre o espiritual e o material, que negava a possibilidade de Deus (Espírito) ter se tornado homem (Matéria). Outra versão desta heresia, oDocetismo (do grego dokeo, parecer) afirmava que a Encarnação foi aparente, não uma realidade concreta. A posição de Cerinto, que fica entre essas duas, afirma que a Encarnação foi temporária, ou seja, desde o batismo até o momento da crucificação.
O método de João em expor os erros dos hereges e confrontá-los com a verdade. Cristo Jesus é a fonte da vida e nós podemos receber a vida eterna que Ele nos prometeu. E essa vida é oferecida a todos, indistintamente, não somente a um grupo de iniciados na doutrina gnóstica.
Referências
↑Harris, Stephen L.,Understanding the Bible (Palo Alto: Mayfield, 1985) "1 John," p. 355–356