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Presidência de Lex Luthor refere-se à série dearcos de história publicados entre 2000 e 2004 pela editora americanaDC Comics que narram, dentro douniverso fictício em que se situam as histórias da editora, o período pelo qual o personagemLex Luthor, um notóriovilão e oponente deSuperman, foiPresidente dos Estados Unidos. É uma das histórias firmadas pela equipe criativa liderada porJeph Loeb eJoe Kelly duranteo período em que a dupla, acompanhada de diversos profissionais, foi responsável por escrever as quatro revistas do personagem, promovendo a revitalização das histórias do herói frente público e crítica no início dadécada de 2000.
A história teve início no final do ano de 2000, com a publicação do especialLex 2000, que lançou o personagem como candidato àEleição presidencial dos Estados Unidos de 2000[1] e se estendeu até 2004, com a conclusão do arco de históriaOs Melhores do Mundo. Nesta última história, publicada na revistaSuperman/Batman Luthor é demovido do cargo. Em 2009, umfilme de animação produzido diretamente em vídeo intituladoSuperman/Batman: Public Enemies, baseado na história, foi lançado mundialmente. Na ficção, Luthor sucedeuBill Clinton e foi sucedido pelo personagemPete Ross, seu Vice-Presidente, até este que abdicasse do cargo durante os eventos daSaga do Ruína. Após esses eventos, a editora passou a criar personagens fictícios específicos para serem o Presidente dos Estados Unidos em suas histórias.

Em 1986, aDC Comics contratou o escritor e desenhistaJohn Byrne para reformularSuperman e seu elenco de apoio após o evento "Crise nas Infinitas Terras", criando inclusive umauma nova origem para o herói. A partir daminissérieThe Man of Steel, escrita e desenhada por Byrne, passariam ser contadas as novas histórias do personagem, estabelecendo um novocânone.[2][3] Byrne realizou um completoreboot do personagem, modificando grande parte de sua mitologia. Na nova versão, elementos excessivamente fantásticos, como aFortaleza da Solidão ea cidade engarrafada de Kandor não mais existiam, por exemplo.[4]
O escritorMarv Wolfman foi convidado para colaborar com Byrne na nova linha de revistas, e foi responsável pela reformulação deLex Luthor, ainda que sua ideia inicial não tenha sido integralmente aproveitada por Byrne, por também envolver significativas mudanças emLois Lane que Byrne não pretendia seguir. A ideia central, entretanto, se manteve: se até então Luthor era um "cientista louco" que ficara calvo por causa de Superman quando ambos eram adolescentes vivendo emSmallville, a partir de 1986, ele passou a ser caracterizado como um influente e inescrupuloso empresário deMetrópolis e um dos homens mais ricos do mundo[4][5][6] - nas palavras de Byrne, "uma mistura entreDonald Trump,Ted Turner,Howard Hughes e talvez atéSatã".[7]
Toda a linha de revistas foi reformulada a partir de setembro[8] de 1986:uma nova revista intituladaSuperman foi lançada, com roteiros e desenhos de Byrne, e as duas outras revistas do personagem foram alteradas:a revistaSuperman original, mantendo sua numeração, teve seu título alterado paraAdventures of Superman e passou a ser escrita por Wolfman, enquantoAction Comics, também mantendo sua numeração original, passou a partir da edição 584 a ser uma revista dedicada à histórias do gêneroteam-up.[7][9][10][11]
Mantendo uma média de 200 mil exemplares por mês, o relançamento das revistas era visto como um sucesso,[12] mas os bastidores tão eram tão animados. No livroModern Masters: Jerry Ordway o desenhista responsável pela arte deAdventures of Superman expôs sua visão sobre os conflitos entre Byrne e Wolfman: "Logo nos primeiros meses vi que havia problemas. Era tudo uma situação infeliz, porque claramente havia... Enfim, eu não era parte do atrito entre Marv Wolfman e John Byrne, mas claramente os dois tinham alguns problemas. Eu não sei se Marv não gostava da ideia de ser, de certa forma, um "subordinado", porque num determinado ponto era Byrne quem efetivamente controlava a mitologia, ou se era outra coisa, mas os roteiros estavam ficando prontos com muito atraso".[13] Wolfman sairia deAdventures of Superman ainda em 1987 e no início do ano seguinte seria a vez de Byrne, já insatisfeito a suposta "falta de apoio" da editora às modificações que ele havia imposto ao personagem, também decidir abandonar as revistas. O estopim, para Byrne, seria ver seu trabalho ser retratado de forma negativa em uma matéria publicada na revistaTIME, que pertencia ao mesmo grupo que controlava a DC Comics.[11][12][14][15] O trabalho desenvolvido pela dupla, entretanto, continuaria influenciado as histórias do personagem por mais de uma década,[15][16] mas, no final dadécada de 1990, quandoEddie Berganza assumiu as funções de editor responsável pelas histórias de Superman, as quatro revistas então protagonizadas pelo personagem -Action Comics,Superman,Adventures of Superman eSuperman: The Man of Steel - vinham passando por baixas vendas, e suas histórias tinham pouca repercussão junto ao público.[17]
Berganza, então, contrataria uma equipe capitaneada porJeph Loeb, que se tornou o escritor deSuperman, eJoe Kelly, que assumiu os roteiros deAction, com a responsabilidade de "revitalizar" o personagem a partir de outubro de 1999, promovendo inúmeros questionamentos acerca das várias facetas que o definiam.[17][18] Conforme definiu Marcus Medeiros, dosite brasileiroOmelete, em 2005, após a equipe sair definitivamente das revistas: "o objetivo dos roteiristas era evoluir as bases estabelecidas porJohn Byrne e seus seguidores para conseguir um Super-Homem mais humano - conseqüência de sua criação porJonathan eMartha Kent - ao mesmo tempo em que resgatariam a magia e a grandeza perdida da Era de Prata dos super-heróis".[19]
Quando Berganza assumiu as funções de editor responsável pelas histórias de Superman, incluindo as publicadas emAction Comics, o personagem vinha passando por baixas vendas, e suas histórias tinham pouca repercussão. Uma nova equipe capitaneada porJeph Loeb eJoe Kelly tomou para si a responsabilidade de "revitalizar" o personagem. À época o personagem protagonizava quatro diferentes revistas, e elas passaram a ter roteiristas e desenhistas que passariam a trabalhar de forma levemente independente, com histórias individuais, sem a necessidade de se adquirir todas as edições de todas as revistas mensalmente, permitindo aos leitores escolher qual das publicações acompanhar.[19][20]
Loeb se tornou o roteirista deSuperman, com arte deMike McKone,Ed McGuinness eCam Smith, Kelly assumiuAction Comics ao lado dos artistas Kano e Marlo Alquiza,Adventures of Superman passou a ser escrita porJ.M. Dematteis e desenhada por Mike Miller and Jose Marazan, eSuperman: The Man of Steel ganhou os artistasDoug Mahnke e Tom Nguyen, comMark Schultz permanecendo nos roteiros.[20]
A partir de outubro de 1999 a nova equipe começou a promover em suas tramas nas diferentes revistas questionamentos acerca das várias facetas que definiam Superman.[19] Dentre os elementos que retornariam à mitologia moderna do personagem estava a presença deKrypto, o Super-cão e odesign deKrypton, planeta natal de Superman.[21] A proposta paraAction Comics era que Kelly elaborasse históriasteam-up, focadas na ação mas mostrando Superman sendo confrontado por diferentes personagens, enquanto Loeb abordaria Superman e seu relacionamento com os personagens "básicos":Lex Luthor e as pessoas doPlaneta Diário, reaberto logo na primeira história, emSuperman #151.[20]
Durante o período, Kelly contribuiria com várias histórias significativas para a revista. Sozinho, escreveriaWhat's so Funny about Truth, Justice & the American Way? emAction Comics #775, eA Hero's Journey emAction Comics #800, e estas seriam consideradas duas das melhores histórias já escritas com o personagem.[19] Em colaboração com os demais escritores, fez parte de várioscrossovers. Ainda em 1999 participou deY2K[22] e em 2000, contribuiu comEmperor Joker eLex 2000.[22][23][24][25]
Em 2000, durante a reunião anual realizada entre o corpo editorial daDC Comics e os escritores responsáveis pelas várias revistas protagonizadas por Superman para definir o rumo que as histórias tomariam no ano seguinte, discutiu-se como continuar avançando a história do personagemLex Luthor. Embora fosse desde a sua concepção um vilão, uma série de tramas publicadas nos últimos anos concluíram com Luthor recebendo aos olhos do público o crédito por inúmeras "boas ações", como a reconstrução deGotham City após uma série de eventoster devastado a cidade. ComPaul Levitz eJanette Kahn - editor-chefe epublisher da editora, respectivamente - presentes, a equipe propôs que Luthor se candidatasse ao cargo dePresidente dos Estados Unidos e vencesse o pleito de forma legítima. No final daquele ano, com a publicação do especialLex 2000, o vilão lançou-se como candidato àEleição presidencial dos Estados Unidos de 2000 e se elegeu presidente, substituindoGeorge W. Bush noUniverso DC como o43º Presidente dos Estados Unidos, sem que a editora tivesse planos à longo prazo para retirá-lo do cargo.[26][27]

Luthor já era visto pelos cidadãos dos Estados Unidos como um visionário e um benevolente empresário[26] e durante o período em que esteve no cargo, ao olhos do público, reformou o sistema educacional, liderou o paísdurante a vitória contra uma invasão alienígena e alcançou grande popularidade.[28][29]
ComOur Worlds at War, evento capitaneado por Loeb, novamente o personagem foi posto à prova. Em entrevista sobre a história, o editor responsável,Eddie Berganza, questionou: "Os ideais de Superman podem resistir à brutalidade de uma guerra?".[31]
No início de 2002, Loeb deixou o cargo de roteirista da revistaSuperman para se dedicar ao planejamento deSuperman/Batman, revista que a editora pretendia lançar no ano seguinte. Berganza acumulou as funções de editor da revista comMatt Idelson, e a revista começou a ser planejada de forma a refletir os eventos narrados tanto nas revistas de Superman - onde, por exemplo, havia surgido uma novaSupergirl chamada "Cir-El"[18] - quanto de Batman. Desde o início já se discutia que o primeiro arco da revista abordaria o fim do período de Luthor naCasa Branca e queEd McGuinness trabalharia como desenhista na nova revista, que tentaria se afastar do gêneroteam-up e buscaria mostrar a relação entre os antagônicos elementos dos dois personagens.[36]
Kelly permaneceria nos roteiros deAction até dezembro de 2003, com o lançamento da 810ª edição, mas retornaria à revista em fevereiro e março do ano seguinte para coescrever comMichael Turner oarco de históriaGodfall - O Fim dos Deuses.[19]
Em junho de 2011, aDC Comics anunciou que relançaria toda a sua linha editorial de quadrinhos de super-heróis. Todo o universo ficcional foi revisado e um novostatus quo foi estabelecido.[41] Com a linha de revistas de Superman, a mudança foi total. Um novo cânone foi estabelecido e o escritor britânicoGrant Morrison assumiu os roteiros da revistaAction Comics, contando uma nova versão do início da carreira de Superman, e alterando sua caracterização. Após 904 edições contínuas, a novaAction Comics #1 foi lançada em 7 de setembro, e Morrison afirmou que pretende usar as histórias da "Era de Ouro" como inspiração, voltando a caracterizar o herói como fora originalmente concebido por Siegel e Shuster.[42][43][44] Morrison pretendia com sua histórias realinhar o herói com os ideais que ele defendia originalmente, tornando-o menos um "escoteiro" e mais alguém que enfrenta qualquer força opressora,incluindo a polícia.[43] Disse: "Superman luta pela justiça, não necessariamente pela lei".[45]
Lex Luthor, por sua vez, não é retratado como alguém que tem inveja da superioridade de Superman, mas como alguém que considera o alienígena uma "espécie invasora" cuja presença na Terra é uma ameaça para o meio ambiente e para o desenvolvimento do planeta — Luthor chega a comparar Superman com os saposRhinella marina, cuja introdução na Austrália foi desastrosa para oecossistema local.[46][47][48] Segundo Chad Nevett, doComic Book Resources, os personagens mantiveram seus "valores fundamentais", mas estes passaram a ser apresentados "por ângulos diferentes" que relembram as primeiras histórias de Superman, no final dadécada de 1930. Vista como "ousada"[49] e tão impactante para adécada de 2010 quanto o trabalho de Byrne fora originalmente,[50][51] essa nova reformulação imediatamente angariou uma série de críticas positivas.[52]
|acessodata= requer|url= (ajuda) (trechos arquivados nosite "Superman Thru The Ages")|issn= (ajuda) |acessodata= requer|url= (ajuda)|issn= (ajuda) |acessodata= requer|url= (ajuda)|acessodata= requer|url= (ajuda) (trechos arquivados nosite "Superman Through the Ages!")<ref> inválida; não foi fornecido texto para as "refs" nomeadasrebirth of superman1<ref> inválida; não foi fornecido texto para as "refs" nomeadasberganza em 2004