Apesar de sua composição multiétnica,[23][24] a sua cultura é exercida em comum pela maioria dos americanos, como umacultura ocidental em grande parte derivada das tradições de imigranteseuropeus ocidentais.[23] Ela também inclui influências da culturaafro-americana.[25] A expansão para ooeste integrou oscrioulos ecajuns daLouisiana, oshispânicos do sudoeste e trouxe um contato próximo com acultura mexicana. A forte imigração no final do século XIX e início do século XX a partir daEuropa meridional eOriental introduziu uma variedade de elementos. A imigração proveniente daÁsia,África eAmérica Latina também teve impacto. A expressão "caldeirão cultural" descreve a maneira como as várias gerações de americanos celebram e trocam distintas características culturais entre si.[23]
Além do país de origem, americanos e pessoas com ascendência podem ser encontradas morando em outros países pelo mundo. Estima-se que cerca de três a sete milhões estejam vivendo no exterior e compõem adiáspora americana.[26][27][28]
Os cidadãos dos EUA geralmente se referem a si próprios como "americanos". O termo "americano" é também o mais coloquialmente usado nos países de língua portuguesa como referência a alguém (ou algo) dos EUA, sendo que acomunicação social tende a usar o termo "norte-americano".[29]
O termo "estado-unidense" e sua variante "estadunidense" são aceitos por vários dicionários como tendo o mesmo significado que "americano" ou "norte-americano".[14][30][31][32] O uso de termos como "americano" e "norte-americano" é às vezes criticado por algumas pessoas por ser considerado inexato ou inadequado.[33][34] Argumenta-se que o termo americano seria utilizável apenas quando relativo a toda aAmérica; e que associação do termo norte-americano apenas com EUA seria depreciativa com oscubanos,mexicanos,canadenses,gronelandeses,são-pedrenses oubermudenses, embora mesmo os canadenses chamem seus vizinhos do sul de "americanos".[35][36]
Este tipo de crítica, porém, eventualmente envolve uma abordagem politizada, calcada em argumentoslinguísticos eonomásticos, caracterizada como uma "tomada de consciência" perante as constatações citadas acima, como deixa claro alinguista eprofessoraFlorence Carboni,[37] em sua crítica ao uso do termo "americano" como sinônimo de estadunidense:
"A categoria "estadunidense" não constitui tentativa esquerdista de riscar do mundo da linguagem e dos vivos a população daquela grande nação, como já assinalado. Trata-se apenas de pequena tomada de consciência e restauração da legalidade lingüística e simbólica dos direitos políticos e materiais dos povos oprimidos da América."[34]
"Eles eram americanos, foram rebaixados a norte-americanos e hoje não passam de estadunidenses. Os arautos do antiamericanismo querem extirpar a América do nome dos EUA, reduzindo-os à descrição anódina do seu sistema federal."[38]
As principais ascendências étnicas dos habitantes dos Estados Unidos
Os Estados Unidos têm uma população muito diversificada: 31 grupos étnicos têm mais de um milhão de membros. Os americanosbrancos são o maior grupo racial; descendentes de alemães, irlandeses e ingleses constituem três dos quatro principais grupos étnicos do país. Osafro-americanos são a maiorminoria racial da nação e o terceiro maior grupo étnico.[39][40] Os asiático-americanos são a segunda maior minoria racial do país; os dois maiores grupos étnicos asiático-americanos são chineses americanos e filipinos americanos.[39] Em 2008, a população americana incluía um número estimado de 4,9 milhões de pessoas com alguma ascendência denativos americanos ou nativos do Alasca (3,1 milhões exclusivamente de tal ascendência) e 1,1 milhão com alguma ascendência de nativos doHavaí ou das ilhas do Pacífico (0,6 milhão exclusivamente).[40] De acordo com o censo de 2010, os hispânicos já são mais de 50 milhões nos Estados Unidos.[41]
Grupos raciais nos Estados Unidos (censo de 2020; inclui declaração racial dehispânicos)[42]
O crescimento populacional doshispânicos elatino-americanos é uma grandetendência demográfica. Os 46,9 milhões de americanos de ascendência hispânica[40] são identificados como uma etnia "distinta" peloCensus Bureau; 64% dos hispano-americanos são de origem mexicana. Entre 2000 e 2008, a população hispânica do país aumentou 32%, enquanto a população não hispânica cresceu apenas 4,3%.[40][43] Grande parte deste crescimento populacional vem daimigração. Em 2007, 12,6% da população era constituída por indivíduos nascidos em outros países, 54% deles naAmérica Latina.[44] A fertilidade é também um fator importante; o número médio de filho por mulher latino-americana (taxa de fecundidade é de três, de 2,2 para as mulheres não hispânicas negras e 1,8 para as mulheres não hispânicas brancas (abaixo da taxa de substituição populacional, que é de 2,1). Minorias (conforme definido peloCensus Bureau, ao lado de todos os não hispânicos, não multirraciais brancos) constituem 34% da população. Estima-se que os "não brancos" constituirão a maioria da população em 2042.
Por volta de 1/3 dos americanosbrancos possuem ancestralidade africana, de acordo com um estudo autossômico de 2003. A média de contribuição africana para esse 1/3 da população branca americana ficou em 2,3%, mas havendo variações individuais em que a contribuição africana chega a até mais de 20%. Levando-se em conta toda a população branca americana, a média de contribuição africana cai para o valor pequeno de 0,7%.[45] Já em um estudo de 2010, concluiu-se que apenas 5% dos que se identificam comoafro-americanos possuem ancestralidade africana superior a 95%. 27% dos afro-americanos teriam ancestralidade africana inferior a 60%. 52% dos americanos brancos (a maioria, portanto) teriam ancestralidade europeia inferior a 95%. De acordo com outro estudo, americanos que se autodeclararam como de ascendência europeia revelam ancestralidade europeia, em média, de 93,20%. Afro-americanos, ancestralidade africana de 86,20% (com variações individuais de 47,82% a 98,50% no caso dos afro-americanos).[46] Os brancos americanos são maioria entre os norte-americanos que possuem idade superior a 65 anos (80% da população com idade superior a 65 anos). Entre os recém-nascidos, porém, os "não brancos" (negros, latinos, asiáticos, etc.) predominam e já ultrapassaram os brancos, de acordo com notícia divulgada em junho de 2011.[47][48]
Já em 2014, 50,3% dos alunos pertencem a segmentos "não brancos" (latinos, afro-americanos, asiáticos, indígenas, etc.).[49]
As religiões mais seguidas nos Estados Unidos são as que se denominamcristãs, sendo as protestantes as com maior número de seguidores. Sendo uma ex-colônia britânica, seria natural esse dado; no entanto, aIgreja Anglicana perdeu posições como a religião com maior número de devotos no país, representando atualmente algo em torno de 1,5%. As igrejasBatista (25,3%),Pentecostal (8,9%), eLuterana (5,1%) são as religiões protestantes mais praticadas, seguida pela para-protestanteA Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (4,1%). Apesar da maior parte da população estadunidense declarar-se protestante, todavia, aIgreja Católica ainda é a religião que, sozinha, possui o maior número de fiéis, com 44,3% da população.
Ressalta-se que, no geral, os Estados Unidos, assim como boa parte do Novo Mundo, representou um porto-seguro para devotos de religiões outras que não a católica, fugidos principalmente durante aInquisição.[carece de fontes?] Dentre esses, destacam-se osjudeus, representando 1% dos devotos estadunidenses. Depois, temos budistas (0,9%) e muçulmanos (0,6%).
O número de estadunidenses que se declaramateus ouagnósticos, representa em torno de 4% da população, conforme tabela do Pew Research Center, 2008.[51]
Um dado relevante define que a identidade de um povo é sua língua; no caso dos estadunidenses, não há oficialmente uma língua definida para todo o território nacional, sendo adotados diferentes idiomas, conforme cada estado-membro da federação. Reconhece-se, todavia, que oinglês seja o principal idioma, falado comolíngua nativa por 82% da população dos Estados Unidos.[carece de fontes?] Ocastelhano é o segundo idioma mais falado, utilizado por 13% da população, sendo o quinto maior país de fala castelhana (atrás deMéxico,Espanha,Argentina eColômbia).[carece de fontes?] O terceiro, e bem mais abaixo, é ochinês, falado por 0,61%, seguido de perto pelofrancês,alemão efilipino.[carece de fontes?] Aslínguas indígenas são faladas, no geral, por grupos específicos, sendo oNavajo o principal idioma.
Alguns estados definem-se comobilíngues ou mesmo multilíngues, oficialmente definindo ou não os idiomas. Estados como aCalifórnia, por exemplo, já publicam os documentos públicos em oito idiomas diferentes, refletindo a relevância da população imigrante.
↑US-PH alliance 'stronger than ever'—envoy By Raymund Antonio (Manila Bulletin)"Beyond the economic and defense partnership, the US and Philippines maintain “meaningful people-to-people ties,” which Carlson described is “the foundation of everything we do together.” Some four million Filipinos and Filipino-Americans call the United States their home, while more than 750,000 US citizens are currently living in the Philippines, she noted."
↑étrangères, Ministère de l'Europe et des Affaires.«Présentation des États-Unis» (em francês). France Diplomatie: Ministère de l'Europe et des Affaires étrangères. Consultado em 3 de janeiro de 2020. Arquivado dooriginal em 18 de outubro de 2009
↑Fiorina, Morris P., and Paul E. Peterson (2000).The New American Democracy. London: Longman, p. 97.ISBN 0-321-07058-5.
↑abcAdams, J.Q., and Pearlie Strother-Adams (2001).Dealing with Diversity. Chicago: Kendall/Hunt.ISBN 0-7872-8145-X.
↑Thompson, William, and Joseph Hickey (2005).Society in Focus. Boston: Pearson.ISBN 0-205-41365-X.
↑Holloway, Joseph E. (2005).Africanisms in American Culture, 2d ed. Bloomington: Indiana University Press, pp. 18–38.ISBN 0-253-34479-4. Johnson, Fern L. (1999).Speaking Culturally: Language Diversity in the United States. Thousand Oaks, California, London, and New Delhi: Sage, p. 116.ISBN 0-8039-5912-5.
↑Humes, Karen R. (Março de 2011).«Overview of Race and Hispanic Origin: 2010»(PDF). U.S. Department of Commerce Economics and Statistics AdministrationU.S. CENSUS BUREAU.2010 Census Briefs (C2010BR-02): 3. Cópia arquivada(PDF) em|arquivourl= requer|arquivodata= (ajuda)🔗line feed character character in|publicado= at position 68 (ajuda)
↑Fahmy, Gregory A. Smith, Alan Cooperman, Becka A. Alper, Besheer Mohamed, Chip Rotolo, Patricia Tevington, Justin Nortey, Asta Kallo, Jeff Diamant and Dalia (26 de fevereiro de 2025).«Decline of Christianity in the U.S. Has Slowed, May Have Leveled Off».Pew Research Center (em inglês). Consultado em 15 de junho de 2025