Presidente Lula em discurso de Posse. | |
| Data | 5 de janeiro do ano subsequente à Eleição Presidencial |
|---|---|
| Localização | Catedral Metropolitana Congresso Nacional Palácio do Planalto Palácio Itamaraty |
| Participantes | |
Aposse presidencial no Brasil ou aposse do presidente no Brasil é a cerimônia que marca o início do mandato de umpresidente da República, um momento de grande simbolismo político e social. Desde aProclamação da República em1889, ela representa a transição de poder, seja em contextos democráticos ou autoritários. Hoje, a posse ocorre em1º de janeiro do ano seguinte à eleição, conforme aConstituição de 1988 (Artigo 78). A partir de2027, será em5 de janeiro (Emenda Constitucional nº 111, 2021), para evitar o período de festas de fim de ano e facilitar a transição governamental.[1]
A primeira posse foi deDeodoro da Fonseca, em25 de fevereiro de1891, sob aConstituição de 1891, que fixava 15 de novembro como data padrão. Desde então, 40 posses ocorreram com ritos formais e públicos, incluindo inícios de mandato e sucessões intra-mandato, como a deJosé Sarney em1985. Antes de1961, as cerimônias eram noRio de Janeiro, em locais como oPalácio do Itamaraty e oTiradentes; desdeJânio Quadros, em1961, acontecem emBrasília, noCongresso Nacional. O juramento é prestado perante o Congresso, conduzido peloPresidente do Senado, em um evento que reflete a história e as tensões políticas do país.[2]
Através deeleições democráticas, renúncias, cassações ou mortes, asposses presidenciais são eventos importantes na história brasileira. As cerimônias tiveram significados diferentes em tempos diferentes. Posses de presidentes foram desenvolvidas como a própriademocracia brasileira.[3]
Aposse mais recente ocorreu em 1° de janeiro de 2023, quandoLuiz Inácio Lula da Silva foi empossado como o39.ºpresidente do Brasil eGeraldo Alckmin como o26.ºvice-presidente Brasil.[4]
AConstituição de 1891 estabeleceu15 de novembro como data de posse, com mandatos de quatro anos e eleição direta, embora restrita a homens alfabetizados.Deodoro da Fonseca tomou posse em25 de fevereiro de1891, noPalácio da Quinta da Boa Vista,Rio de Janeiro, em uma cerimônia simples, mas marcante, com um discurso de 412 palavras.Floriano Peixoto, em1891, fez o discurso de posse mais curto da história, com 187 palavras, em meio a uma crise política. Até1930, 13 posses seguiram esse padrão, muitas vezes marcadas por instabilidades, como revoltas e crises econômicas, que culminaram naRevolução de 1930.[3]
AConstituição de 1934 manteve15 de novembro como data de posse, mas permitiueleição indireta em casos de vacância, como naposse de Getúlio Vargas em 1934, já sob forte influência do contexto político que levaria aoEstado Novo (1937–1945). Após a redemocratização, aConstituição de 1946 mudou a data para31 de janeiro, com mandatos de cinco anos, começando comGaspar Dutra em1946, em uma cerimônia que simbolizou a volta daseleições diretas.
Com aConstituição de 1967, as posses passaram a ser definidas pelo calendário doregime, comeleição indireta peloCongresso e mandatos de cinco anos. As datas variaram, como15 de março (ex.:Costa e Silva,1967;Geisel,1974) e31 de outubro (Médici,1969), refletindo a lógica política da ditadura, que priorizava a ordem e a continuidade do poder militar.
AConstituição de 1988 fixou1º de janeiro como data oficial de posse, masFernando Collor, em1990, tomou posse em15 de março, uma transição atípica após o fim do mandato deJosé Sarney. A data de1º de janeiro consolidou-se comFernando Henrique Cardoso, em1995, marcando o fortalecimento da democracia brasileira. A posse mais recente deLuiz Inácio Lula da Silva, em1º de janeiro de2023, com um discurso de posse de 2.914 palavras, é o mais longo já registrado, refletindo um momento de polarização e reconstrução nacional.
A posse noBrasil é um evento carregado de simbolismo, realizado noCongresso Nacional, emBrasília, desde1961. Opresidente presta o juramento perante o Congresso, conduzido peloPresidente do Senado.Após o juramento, segue-se o discurso de posse, que define o tom do mandato.
Os locais das posses refletem a evolução política e geográfica doBrasil:
Além dafaixa presidencial, outros símbolos marcam a posse. OPresidente recebe uma salva de 21 tiros de canhão, uma tradição militar. ORolls-Royce presidencial, usado desde1953, é um ícone das posses, exceto em casos de mau tempo ou questões de segurança.Os Dragões da Independência, com uniformes históricos, remetem à guarda imperial doséculo XIX.
As datas de posse mudaram ao longo do tempo, refletindo as transformações constitucionais:
Os discursos de posse refletem o contexto histórico do Brasil.Floriano Peixoto (1891) fez o mais curto, com 187 palavras, em um período de instabilidade.Lula da Silva (2023) fez o mais longo, com 2.914 palavras, abordando temas como democracia e desigualdade. Durante oregime militar, discursos como o deErnesto Geisel (1974, 1.094 palavras) eram técnicos, enquanto na redemocratização,Fernando Henrique Cardoso (1995, 2.487 palavras) trouxe foco na estabilidade econômica. O discurso deDilma Rousseff em2011 (2.614 palavras) destacou a importância de uma mulher na presidência.
Abaixo, as 40 posses com ritos formais e públicos, incluindo inícios de mandato e sucessões intra-mandato com cerimônia pública confirmada, ordenadas cronologicamente.
| Nº | Data | Evento | Localização | Presidido por | Discurso |
|---|---|---|---|---|---|
| 1ª | 25/02/1891 (quarta-feira) | Posse de Deodoro da Fonseca | Palácio da Quinta da Boa Vista,Rio de Janeiro,DF | Prudente de Morais, Presidente da Assembleia Nacional Constituinte | 412 palavras |
| 2ª | 23/11/1891 (segunda-feira) | Posse de Floriano Peixoto | Palácio do Itamaraty,Rio de Janeiro,DF | Prudente de Morais,Presidente do Senado | 187 palavras |
| 3ª | 15/11/1894 (quinta-feira) | Posse de Prudente de Morais | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Ubaldino do Amaral, Vice-Presidente do Senado | 523 palavras |
| 4ª | 15/11/1898 (terça-feira) | Posse de Campos Sales | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Manuel Queirós, Vice-Presidente do Senado | 614 palavras |
| 5ª | 15/11/1902 (sábado) | Posse de Rodrigues Alves | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Pinheiro Machado,Vice-Presidente do Senado | 568 palavras |
| 6ª | 15/11/1906 (quinta-feira) | Posse de Afonso Pena | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Ruy Barbosa,Senador | 692 palavras |
| 7ª | 14/06/1909 (segunda-feira) | Posse de Nilo Peçanha | Palácio do Catete,Rio de Janeiro,DF | David Campista,Deputado federal | 263 palavras |
| 8ª | 15/11/1910 (terça-feira) | Posse de Hermes da Fonseca | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Quintino Bocaiuva, Senador | 647 palavras |
| 9ª | 15/11/1914 (domingo) | Posse de Venceslau Brás | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Pinheiro Machado, Senador | 589 palavras |
| 10ª | 15/11/1918 (sexta-feira) | Posse de Delfim Moreira | Palácio do Catete, Rio de Janeiro, DF | Antônio Azeredo, Senador | 294 palavras |
| 11ª | 28/07/1919 (segunda-feira) | Posse de Epitácio Pessoa | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Antônio Azeredo, Senador | 813 palavras |
| 12ª | 15/11/1922 (quarta-feira) | Posse de Artur Bernardes | Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro, DF | Antônio Azeredo, Senador | 705 palavras |
| 13ª | 15/11/1926 (segunda-feira) | Posse de Washington Luís | Palácio Tiradentes,Rio de Janeiro,DF | Antônio Azeredo, Senador | 672 palavras |
| 14ª | 20/07/1934 (sexta-feira) | 1ª Posse de Getúlio Vargas | Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, DF | Antônio Carlos Andrada,Presidente da Câmara | 1.015 palavras |
| 15ª | 29/10/1945 (segunda-feira) | Posse de José Linhares | Palácio do Catete, Rio de Janeiro, DF | Góis Monteiro,Chefe do Estado-Maior do Exército | 310 palavras |
| 16ª | 31/01/1946 (quinta-feira) | Posse de Gaspar Dutra | Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, DF | Waldemar Falcão,Presidente do TSE | 1.187 palavras |
| 17ª | 31/01/1951 (quarta-feira) | 2ª Posse de Getúlio Vargas | Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, DF | Fernando Melo Viana,Senador | 1.524 palavras |
| 18ª | 24/08/1954 (terça-feira) | Posse de Café Filho | Palácio do Catete, Rio de Janeiro, DF | Marcondes Filho, Presidente do Senado | 392 palavras |
| 19ª | 31/01/1956 (terça-feira) | Posse de Juscelino Kubitschek | Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, DF | Carlos Oliveira, Senador | 1.792 palavras |
| 20ª | 31/01/1961 (terça-feira) | Posse de Jânio Quadros | Palácio do Congresso Nacional,Brasília,DF | Filinto Müller, Senador | 1.318 palavras |
| 21ª | 07/09/1961 (quinta-feira) | Posse de João Goulart | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Auro Moura Andrade, Senador | 486 palavras |
| 22ª | 02/04/1964 (quinta-feira) | Posse de Ranieri Mazzilli | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Auro Moura Andrade, Senador | 305 palavras |
| 23ª | 15/04/1964 (quarta-feira) | Posse de Castelo Branco | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Auro Moura Andrade, Senador | 1.022 palavras |
| 24ª | 15/03/1967 (quarta-feira | Posse de Costa e Silva | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Auro Moura Andrade, Senador | 896 palavras |
| 25ª | 31/10/1969 (sexta-feira) | Posse de Emílio Médici | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Gilberto Marinho, Senador | 813 palavras |
| 26ª | 15/03/1974 (sexta-feira) | Posse de Ernesto Geisel | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Paulo Torres, Senador | 1.094 palavras |
| 27ª | 15/03/1979 (quinta-feira) | Posse de João Figueiredo | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Luís Viana Filho, Senador | 1.013 palavras |
| 28ª | 15/03/1985 (sexta-feira) e 21/04/1985 (domingo) | Posse de José Sarney | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | José Fragelli, Senador | 512 palavras |
| 29ª | 15/03/1990 (quinta-feira) | Posse de Fernando Collor | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Nelson Carneiro, Senador | 2.013 palavras |
| 30ª | 29/12/1992 (terça-feira) | Posse de Itamar Franco | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Mauro Benevides, Deputado | 684 palavras |
| 31ª | 01/01/1995 (domingo) | 1ª Posse de Fernando Henrique Cardoso | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Humberto Lucena, Senador | 2.487 palavras |
| 32ª | 01/01/1999 (sexta-feira) | 2ª Posse de Fernando Henrique Cardoso | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Antonio Carlos Magalhães, Senador | 2.194 palavras |
| 34ª | 01/01/2003 (quarta-feira) | 1ª Posse de Lula da Silva | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Ramez Tebet, Senador | 2.823 palavras |
| 35ª | 01/01/2007 (segunda-feira) | 2ª Posse de Lula da Silva | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Renan Calheiros, Presidente do Senado | 2.317 palavras |
| 36ª | 01/01/2011 (sábado) | 1ª Posse de Dilma Rousseff | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | José Sarney, Senador | 2.614 palavras |
| 37ª | 01/01/2015 (quinta-feira) | 2ª Posse de Dilma Rousseff | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Renan Calheiros, Senador | 2.392 palavras |
| 38ª | 31/08/2016 (quarta-feira) | Posse de Michel Temer | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Renan Calheiros, Senador | 792 palavras |
| 39ª | 01/01/2019 (terça-feira | Posse de Jair Bolsonaro | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Eunício Oliveira, Presidente do Senado | 1.583 palavras |
| 40ª | 01/01/2023 (domingo) | 3ª Posse de Lula da Silva | Palácio do Congresso Nacional, Brasília, DF | Rodrigo Pacheco, Presidente do Senado | 2.914 palavras |
No Brasil, todos os funcionários públicos devem tomar posse perante a presença de um superior. O mesmo acontece com opresidente, mas o seu único superior é opovo brasileiro (representado pelosdeputados federais).
Entre as tradições, destaca-se o desfile em carro aberto daPraça dos Três Poderes aoPalácio do Planalto, com a presença de tropas militares e bandas, como osDragões da Independência. Desde1985, as posses são transmitidas ao vivo pelatelevisão, acompanhadas por milhões de brasileiros. Na redemocratização, eventos populares ganharam força, como shows e festas na Esplanada dos Ministérios, especialmente nas posses deLula (2003,2023), celebrando ademocracia e a inclusão social.
ACatedral de Brasília se localiza no início daEsplanada dos Ministérios e o dia da posse, tradicionalmente, se inicia nela. O presidente eleito é conduzido noRolls Royce Presidencial (somente usado em certas ocasiões) e desfila até oCongresso Nacional, escoltado por 6 agentes daPolícia Federal e 11 cavalos dosDragões da Independência.[5]

Ao chegar noCongresso Nacional, eles são recebidos pelosPresidentes do Senado e daCâmara dos Deputados. Na presença dos 513 deputados, 81 senadores e de convidados, como chefes de estado ou seus representantes, os novos mandatários fazem um juramento à nação, prestando o compromisso de:[6]
“Manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.”
Depois da assinatura do termo de posse eles se tornam presidente e vice-presidente da República. OHino Nacional é executado e o discurso de posse é feito, seguido por breve discurso do presidente do Congresso Nacional.[7]
Saindo doCongresso Nacional, o Hino Nacional é novamente tocado mas, dessa vez, é seguido por 21 salva de tiros daBateria Histórica Caiena. Como o presidente écomandante em chefe dasForças Armadas, ele é saudado peloBatalhão da Guarda Presidencial e por tropas daMarinha, doExército e daAeronáutica. A primeira vez que as salvas de tiros não aconteceram foi na posse deLula em2023.[8]
Depois opresidente acompanhado daprimeira-dama a bordo doRolls Royce, e ovice-presidente acompanhado da segunda-dama num carro logo atrás, se dirigem aoPalácio do Planalto.[9]

NoPalácio do Planalto, eles são recebidos pelo ex-presidente no topo da rampa de entrada (somente usada em Cerimônias Oficiais). Antigamente, no Salão Nobre e nos dias atuais no parlatório, o ex-presidente passa afaixa presidencial ao novo presidente.[10] O Hino Nacional é tocado pela terceira vez.
Afaixa presidencial é um dos principais símbolos do cargo, representando a continuidade do poder executivo. Foi criada por decreto em1910, durante o governo deHermes da Fonseca, ooitavopresidente do Brasil, que governou de15 de novembro de1910 a15 de novembro de1914. Hermes, um militar de carreira e sobrinho doprimeiropresidente,Deodoro da Fonseca, instituiu a faixa para formalizar a transição de poder e reforçar o simbolismo republicano, inspirando-se em tradições de outros países, como aArgentina, onde afaixa presidencial já era usada desde oséculo XIX. O decreto foi assinado em1910, e Hermes foi o primeiro presidente a utilizá-la oficialmente, passando-a ao seu sucessor,Venceslau Brás, em1914.
A faixa atual é confeccionada emseda, com as cores da bandeira nacional —verde com detalhesamarelos —, e exibe obrasão da República no centro. Mede cerca de 2 metros de comprimento e 20 centímetros de largura, sendo usada sobre o ombro direito e cruzada no peito, com o brasão posicionado próximo ao coração. Sua confecção é feita sob encomenda para cada posse, e a faixa usada pelopresidente é guardada como parte do acervo histórico doPalácio do Planalto. Antes de1910, não havia um símbolo formal para a transmissão de poder, e a transição era marcada apenas pelo juramento e pela assinatura do termo de posse.
A transmissão da faixa é um ato simbólico e não obrigatório. Em situações de ruptura política ou ausência do presidente antecessor, a tradição foi interrompida. Por exemplo, em 1930, após a deposição deWashington Luís, não houve entrega da faixa aGetúlio Vargas. Em 1985,João Figueiredo não compareceu à posse deJosé Sarney, que recebeu a faixa de um funcionário do Palácio do Planalto.
Em 2023,Jair Bolsonaro não participou da posse deLuiz Inácio Lula da Silva. Neste caso, a faixa foi entregue por representantes do povo brasileiro, simbolizando a continuidade democrática.
| Data | De | Para | Transmissão da faixa |
|---|---|---|---|
| 15/11/1914 | Hermes da Fonseca | Venceslau Brás | Sim, no Palácio do Itamaraty (RJ) |
| 15/11/1918 | Venceslau Brás | Delfim Moreira | Sim, no Palácio do Itamaraty |
| 28/07/1919 | Delfim Moreira | Epitácio Pessoa | Sim, no Palácio do Itamaraty |
| 15/11/1922 | Epitácio Pessoa | Artur Bernardes | Sim, no Palácio do Itamaraty |
| 15/11/1926 | Artur Bernardes | Washington Luís | Sim, no Palácio Tiradentes (RJ) |
| 03/11/1930 | — | Getúlio Vargas | Não houve (Washington Luís foi deposto) |
| 31/01/1946 | José Linhares | Eurico G. Dutra | Sim, no Palácio Tiradentes |
| 31/01/1951 | Eurico G. Dutra | Getúlio Vargas | Sim, no Palácio Tiradentes |
| 24/08/1954 | — | Café Filho | Não houve (Vargas se suicidou) |
| 11/11/1955 | — | Nereu Ramos | Não houve (crise institucional) |
| 31/01/1956 | Nereu Ramos | Juscelino Kubitschek | Sim, no Palácio do Catete |
| 31/01/1961 | Juscelino Kubitschek | Jânio Quadros | Sim, em Brasília |
| 07/09/1961 | — | João Goulart | Não houve (renúncia de Jânio Quadros) |
| 15/04/1964 | — | Castelo Branco | Não houve (Goulart deposto) |
| 15/03/1967 | Castelo Branco | Costa e Silva | Sim, no Congresso Nacional |
| 31/10/1969 | — | Emílio Médici | Não houve (Costa e Silva incapacitado) |
| 15/03/1974 | Médici | Ernesto Geisel | Sim, no Congresso Nacional |
| 15/03/1979 | Geisel | João Figueiredo | Sim, no Congresso Nacional |
| 15/03/1985 | — | José Sarney | Não houve (Tancredo doente, Figueiredo ausente) |
| 15/03/1990 | José Sarney | Fernando Collor | Sim, no Palácio do Planalto |
| 29/12/1992 | — | Itamar Franco | Não houve (Collor impedido) |
| 01/01/1995 | Itamar Franco | FHC | Sim, no Palácio do Planalto |
| 01/01/2003 | FHC | Lula | Sim, no Palácio do Planalto |
| 01/01/2011 | Lula | Dilma Rousseff | Sim, no Palácio do Planalto |
| 31/08/2016 | — | Michel Temer | Não houve (Dilma impedida) |
| 01/01/2019 | Michel Temer | Jair Bolsonaro | Sim, no Palácio do Planalto |
| 01/01/2023 | — | Luiz Inácio Lula da Silva | Não houve (Bolsonaro ausente); entregue por representantes do povo |
O presidente acompanha o ex-presidente até a entrada principal do Palácio do Planalto e o observa descer a rampa e entrando num carro oficial que o levará até sua casa ou até o aeroporto.[11][12][13]
No parlatório, o discurso ao povo (similar ao de posse só que menor e mais informal) é feito. O único presidente a confiar na memória e pronunciar o discurso de posse sem lê-lo foi o marechalCosta e Silva.[14]
Já com afaixa presidencial, o presidente se dirige ao Salão Nobre doPalácio do Planalto onde dará posse ao novo gabinete. Segundo a tradição, o primeiro a assumir é oministro da Justiça, que assina o livro de posse e depois é seguido por todos os outros novos Ministros.[15][16] Por último, o presidente da República assina também o livro declarando empossado o novo gabinete. Em seguida, é feita a foto oficial do novo governo.[17]

Depois de um tempo para descansar após o longo desfile, recebem os chefes de Estado e suas delegações em audiência solene.[2]
Logo após a solene cerimônia de posse, o presidente oferece um coquetel durante a noite noPalácio Itamaraty para convidados pessoais entre a família, amigos, chefes de Estado e/ou de governo e membros do governo.[2]
As posses presidenciais refletem as transformações políticas e culturais do Brasil. Na República Velha, eram restritas a elites políticas e militares. Durante a Era Vargas, ganharam um tom nacionalista, com bandeiras e hinos. No regime militar, a sobriedade predominava, com forte presença militar, como na posse de João Figueiredo (1979), realizada sob esquema de segurança reforçado. Com a redemocratização, as posses passaram a incluir maior participação popular, com eventos na Esplanada dos Ministérios, como shows e apresentações culturais, refletindo a diversidade regional do país.
As posses presidenciais no Brasil frequentemente envolvem tensões políticas, decisões de última hora e momentos marcantes nos bastidores. Abaixo, alguns relatos de entrevistas e registros históricos que revelam o que aconteceu por trás das cerimônias:

Erro de citação: Existem etiquetas<ref> para um grupo chamado "nota", mas não foi encontrada nenhuma etiqueta<references group="nota"/> correspondente