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Porto de Niterói

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Porto de Niterói
Porto de Niterói
Entrada do porto de Niterói
Localização
LocalizaçãoCentro,Niterói, Brasil
Detalhes
Área27 060 metros quadrados
Extensão do cais431 metros

Porto de Niterói é umporto situado noCentro deNiterói, no estado doRio de Janeiro, noBrasil. Abrigado naBaía de Guanabara, é fundamental para o escoamento da produção do estado. É um dos principaisportos brasileiros, abrigando boa parte dosestaleiros nacionais e ainda a sede daarmada brasileira. Opera como base de apoiologísticooffshore para as plataformas de petróleo daBacia de Campos eBacia de Santos.

O acesso ao porto se faz através da Avenida Feliciano Sodré nº 215, que tem conexões com a rodoviaBR-101 e ligações diretas com aPonte Rio-Niterói e aRodovia Amaral Peixoto, que leva aointerior do Estado do Rio de Janeiro. Possui uma área de terminais de 27 060 metros quadrados e um cais com o comprimento de 431 metros. O seucalado atual é de 7,5 metros. Sua localização também é estratégica para atender demandas nas Bacias de Campos (RJ),Santos (SP) e Vitória (ES). Pesquisa doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra que o Porto de Niterói ocupa a nona posição entre osportos brasileiros, com elevadovalor agregado na média dos produtos movimentados, na base de 670dólares estadunidenses portonelada.[1] Com uma localização privilegiada, o porto também terá um papel significativo para a construção e atividades a serem desenvolvidas no futuroComplexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, o Comperj, a ser instalado emItaboraí.

História

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Antecedentes

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O prefeitoFeliciano Pires de Abreu Sodré deu prosseguimento à obra remodeladora de Pereira Ferraz. Em 1911, o Porto de Niterói começa a ser idealizado entre aPonta d'Areia e o Porto do Méier, na região daEnseada de São Lourenço (ou Mangue de São Lourenço), outrora ocupada pormanguezais e que, a partir dos séculos XVIII e XIX, começou a sofrer progressivo processo deassoreamento, tornando-se o vazadouro de lixo da cidade, insalubre, uma "feridacancerosa aberta em pleno coração da cidade", como expressou a Comissão Construtora do Porto de Nictheroy e Saneamento da Enseada de São Lourenço.

Em 1913, oficializou-se, pordecreto, a construção do Porto de Niterói, aos moldes doPorto do Rio de Janeiro. A cidade, aos poucos, desenvolvia-se nas mãos de Feliciano Sodré, que implantou uma rede desaneamento, beneficiandoSão Lourenço,Fonseca ePonta d'Areia. A urbanização empreendida teve forte influência da reforma feita porPereira Passos na cidade do Rio de Janeiro, contemporânea à de Feliciano Sodré. Foi o chamado período da "Renascença Fluminense", sendo a tentativa de criação de umaidentidade própria para Niterói e para o Estado do Rio de Janeiro distinta àCidade do Rio de Janeiro. A principal concepção era a aproximação entre o centro comercial e o centro político do estado. As obras de "saneamento/aterro" da enseada começaram em aproximadamente 1917 e 1918, prolongando-se por dez anos, dado o aterro de grandes proporções que quase duplicou a área urbana.

Paralelamente às obras do aterro, ocorreu o desmonte hidráulico do Morro do Campo do Sujo e de pequena parte do Morro São Sebastião. O Morro do Campo Sujo ou Morro Doutor Celestino era a área deesgotamento sanitário da cidade, lugar de despejo dosbarris dos "tigres" (termo que designava osescravos responsáveis por jogar fora os barris cheios de esgoto doméstico das casas de seus senhores e que, com essa atividade, acabavam se manchando de esgoto, ficando rajados comotigres) no século XIX. Desta área, emergiria o atual centro político da cidade, representado pelaPraça da República e seu complexo de prédios: Escola Normal (Liceu Nilo Peçanha), Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (atual sede daCâmara Municipal de Niterói),Secretaria de Segurança,Palácio da Justiça eBiblioteca Pública.

Construção do porto

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Praça Renascença Fluminense

Ao ser empossadogovernador,Feliciano Sodré expediu a autorização para a construção do porto e o saneamento completo da enseada, retirando olodo existente, aterrando a área compreendida entre ocais e a antiga linha do litoral, construindoarmazéns para serviços portuários e consequente abertura da navegação decabotagem.

O projeto de urbanização proposto pela Comissão Construtora do Porto de Nictheroy e Saneamento da Enseada de São Lourenço aterrou uma área de 357 000 metros quadrados. O traço urbano do aterrado, radial-concêntrico (formando um leque,semicírculo), possuía ruas que convergiam para a praça central, a Praça da Renascença, onde existe a estação daLeopoldina Railway, inaugurada em 1930. O primeiro trecho do porto foi inaugurado em 1927, e o segundo em 1930.

Ogoverno federal, peloDecreto 16 962, de 24 de junho de 1925, concedeu, ao estado do Rio de Janeiro, autorização para construir e explorar comercialmente o Porto de Niterói. Ainda na década de 1920, são feitas as obras do aterrado daEnseada de São Lourenço, nomangue que ali existia. Este aterro tinha, como objetivo, facilitar a construção do Porto de Niterói, da Estação Ferroviária e de uma nova avenida, a Feliciano Sodré, no limite do bairro deSantana com oCentro eSão Lourenço.[2] O desenvolvimento das primeiras instalações compreendeu um trecho de 100 metros de cais e um armazém para carga geral. A Estrada de FerroLeopoldina Railway prolongou suas linhas da estação de Maruí (existente desde 1827) até o novo cais, onde foi construída estação de passageiros, esta aberta ao público em 1930.

Decadência

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Moinho Fluminense

O porto passou a ser administrado a partir de 1960 pelo Departamento de Portos e Navegação do governo estadual. Teve aconcessão extinta pelo Decreto 77 534, de 30 de abril de 1976, ficando sob a gestão da Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobras), extinta em 1990. O porto é integrado ao complexo portuário daCompanhia Docas do Rio de Janeiro.[2]

O movimento do Porto de Niterói - sempre pequeno - consistia, principalmente, naexportação decafé para o exterior e deaçúcar deCampos dos Goytacazes para portos nacionais. Era utilizado também naimportação demadeiras etrigo. O movimento portuário de Niterói, no entanto, esvaziou-se em quase 50% no período de 1964-1967, com a decadência da economia cafeeira doNorte Fluminense. Osetor têxtil, tradicional na economia fluminense, também foi perdendo a competitividade desde então.

Na década seguinte, com a construção daPonte Rio-Niterói, uma parte do cais foi tomada por aterro e viadutos de acesso das vias da cidade à ponte, limitando e complicando as atividades portuárias locais e contribuindo para acelerar a decadência do porto. A estagnação da atividade daindústria naval nas décadas de 1980 e 1990 fez com que o porto se limitasse às atividades de importação de trigo ao Moinho Atlântico. Por sua vez, asenseadas dessa região acabaram criticamente assoreadas, com pontos onde a profundidade é de apenas 30 centímetros.[3]

Revitalização e baseOffshore

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Na década de 2000, começa um processo derevitalização do porto. Para o setor portuário, a revitalização do Porto de Niterói - com 23 000 metros quadrados de área aberta e 3 300 metros quadrados de área coberta -, é estratégica ao desenvolvimento da produção industrial local, em especial a relacionada à indústria de construção e reparo naval, em franco crescimento. Em 2005, foram assinados oscontratos dearrendamento para exploração do Porto de Niterói, buscando o seu desenvolvimento, com novosinvestimentos eminfraestrutura que possibilitem um novo perfil para o porto em conformidade com o mercado da região em torno do mesmo.[4]

Atualmente, a potencialidade do Porto está voltada para a movimentação de carga geral e reparo naval e, principalmente, adequada ao apoio logístico da atividadeoffshore. O local possui dois armazéns com capacidade de 12 000 toneladas, mais dois pátios descobertos, totalizando 3 584 metros quadrados.[4]

Acessos

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  • Rodoviário – Pelas rodoviasRJ-104 eBR-101 e através da Avenida Feliciano Sodré.
  • Ferroviário – PelaFerrovia Centro-Atlântica S/A, malha Centro-Leste, antiga Superintendência Regional Campos (SR 8), daRede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), alcançando Niterói por uma das linhas da Central, porém não tocando as instalações portuárias.
  • Marítimo – Abarra corresponde à entrada da baía de Guanabara, entre o Morro doPão de Açúcar e aFortaleza de Santa Cruz da Barra, numa faixa com largura de 1,5 quilômetros e profundidade mínima de 12 metros. O canal de acesso se estende por 14 quilômetros, com largura de 70 metros e profundidade de 6 metros.[4]

Terminais portuários

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Dentro do complexo Portuário de Niterói, existem, atualmente, dois terminais arrendados com contratos assinados em 16 de agosto de 2005, com prazo de duração de 10 anos renováveis por mais 10 anos.

  • Terminal I: Nitport Serviços Portuários S.A. - exploração das instalações portuárias de uso público, especializado na movimentação de granéis sólidos e carga geral. Área do Terminal - 11 330 metros quadrados. Comprimento da Cais - 139,56 metros. Calado - 7,5 metros.
  • Terminal II: Nitshore Engenharia e Serviços Portuários S.A. - exploração das instalações portuárias de uso público, especializado no apoio logístico às atividadesoff-shore e reparos navais. Área do Terminal - 15 730 metros quadrados. Comprimento do cais - 290 metros. Calado - 7,5 metros.

Administração

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O porto é administrado pelaPortosRio.

Recuperação e ampliação

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Estação Presidente Dutra - Porto de Niterói.

A recuperação da área portuária de Niterói incluiu, ainda, a reforma dos dois terminais e da antiga estação ferroviária Presidente Dutra, que será transformada numcentro cultural.[5] A reinauguração do Porto de Niterói significou mais um passo da cidade em sua ambição de se transformar na maior referência nacional daindústria naval e de serviços de apoiooffshore. Arevitalização da área, que consumiu 13 milhões dereais (os investimentos totais chegarão a 18 milhões de reais), permitirá que o local possa atender à demanda logística e de carga.[6]

Em 2012, iniciou-se a construção de umdique seco para armazenamento de produtos do porto na área onde existiam o campo de futebol da Escola Superior da Polícia Militar e a sede do Grupamento Aéreo Marítimo, área esta adquirida pelo Porto de Niterói. Já foram retirados, do local, 40 caminhões de aterro. O terreno de 15 mil metros quadrados, onde ainda funcionam a escola e o grupamento, foi alvo de intensa disputa envolvendo gigantes do mercadooffshore da cidade.[7]

Por sua vez, paralelamente, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional e Pesca trabalha em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária para a elaboração de um projeto que devolva o calado para o Porto de Niterói e o Centro Integrado de Pesca Artesanal de Niterói (Cipar) de forma que as embarcações voltem a circular naquela região e que esses trechos tenham até 12 metros de profundidade.[3] A revitalização das enseadas visa a dar as condições ideais para o reaquecimento da atividadepesqueira e deoffshore noLeste Fluminense.

Referências

  1. Porto de Niterói Demole Prédios da PM e se Prepara para o Pré-SalA Ttribuna. (Agosto, 2016).
  2. abPORTO DE NITERÓIantaq.
  3. abEmbarcações esquecidas na Baía de Guanabara serão leiloadasfelipepeixoto.
  4. abcNiteróiportosrio.
  5. Jornal do Brasil, 3 de agosto de 2005
  6. Porto de Niterói reinauguradoportalNaval. (Março, 2016).
  7. Começaram as Obras de Ampliação do Porto de Niterói em Áreas da PMA Tribuna. (Agosto, 2016).
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